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História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - I Love U, I Hate U


Escrita por: 96l1n3

Capítulo 11 - I Love U, I Hate U


Fanfic / Fanfiction Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - I Love U, I Hate U

- Droga, droga, droga, droga. - sussurrava dando voltas em círculos pela sala. - Atende por favor!

[- He Hey! Aqui é o Baek, se está ouvindo isso é por que estou muito ocupado, então já sabe o que fazer após o bip, correct? Agora é com você. ]

- Damn It! - Arremessou o aparelho sobre o estofado.

Levava as mãos constantemente aos fios, elas estavam além de geladas completamente suadas. A pressão devia ter baixado após aquela revigorante conversa.

O aparelho perdido em meio as almofadas começou a vibrar notificando a chamada. Movido pela esperança de ser o amigo, o pegou o mais rápido que pôde e atendeu sem nem sequer ver o número que o ligava.

- Alô?

[- Alô, está tudo bem? - A pessoa do outro lado da linha se surpreendeu com a euforia do outro.]

Ao ouvir a voz que menos esperava naquele momento ele afastou o celular do ouvido apenas para confirmar que não estava alucinando e deu de frente com o nome Kim JongIn no seu visor.

- Oh, estou sim. Estava apenas… Me exercitando. - Soltou a primeira explicação sensata que lhe veio a cabeça.

[- Exercitando? Você nunca gostou disso.]

- Digamos que estou experimentando coisas novas. - "Droga, o que estou dizendo?" Sussurrava para si mesmo se sentindo um completo idiota por conta dessas mentiras…

[- Olha, precisamos conversar. Podemos nos ver agora?]

- Agora?

[- Sim.]

- Não dá. Após os exercícios eu terei que resolver algumas coisas.

[- Então, que tal…]

- Olha. - O interrompeu antes que dissesse algo e ele notasse que havia algo errado. - Eu tenho que desligar. Te ligo mais tarde, amor.

E desligou sem aviso prévio.

"Amor? Eu o chamei de amor? Oh gosh!"

Novamente discou os números de Baek e como da primeira vez a única resposta que obteve foi uma mensagem na caixa postal.

Observava cada canto da sala, não conseguia acreditar que agora que havia alguma chance de se redimir com JongIn havia um obstáculo enorme para o impedir. Então era fato, ele seria pai e com isso Kyung não podia lidar, não podia desfazer um lar. Já havia feito Kai sofrer demais, não poderia agora se meter no meio de seu casamento ou de seu filho.

Sua cabeça parecia com uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento. Sentia como se sua vida estivesse sendo escrita por um autor de novelas mexicanas, por que todo esse melodrama que o cercava não parecia real. Então cansado de tudo, daquele dia, de sua vida e das pessoas ao seu redor ele vestiu apenas uma jaqueta que achou próximo a porta e decidiu que precisava de álcool no sangue. Não conseguiria passar por isso de "cara limpa", afinal beber um pouco nunca faz mal, ainda mais sendo para esquecer algo.

___

Entrando no ambiente tudo estava igual a noite em que esteve ali e foi retirado por JunMeyon, a diferença era, além de parecer estar um pouco mais lotada, a motivação de KyungSoo por se perder naquilo e esquecer toda as "desgraças" que o cercava deixava tudo mais atrativo.

Sentou no mesmo banco, pediu a mesma coisa ao mesmo garçom, como dito, tudo igual.

 

- Um bom filho à casa torna, sabia que ainda te veria aqui novamente. - Sentiu um hálito quente bater diretamente contra seu pescoço fazendo os pêlos dos seus braços arrepiarem. - Estou feliz em te ver novamente - O rosto entrou no seu campo de visão, enquanto uma voz manhosa ressoava em seus ouvidos, o homem sentou o seu lado e imitou o seu pedido.

- Oh! Você... Quanto tempo! - Tentou não soar tão desconfortável quanto realmente estava.

- Seria exagero de minha parte dizer que já estava morrendo de saudades? - Apoiou a cabeça na mão, o cotovelo sobre o balcão, no rosto carregava uma expressão divertida.

- Sim… - Revirou os olhos mas não conseguiu impedir o sorriso bobo que insistiu em aparecer em sua face.

- Que bom que te fiz sorrir.

- É sua meta agora?

- Digamos que sim… Minha meta é te fazer feliz. Você estava com uma carinha tão tristinha quando entrou. - Fez um biquinho com os lábios. 

- Meu dia não foi nada bom. - Suspirou e viu sua bebida ser posta em sua frente.

- Não precisa se preocupar. Esta é por minha conta. - Ele avisou ao garçom que se aproximava com a bebida e recebeu a sua também. - Quer falar sobre isso?

- Obrigado! - Levou da bebida até a boca. - Foi uma garota… Jessica Jung. ARGH!

Ao pronunciar o nome da garota a boca de Kyung se contorceu em uma careta que JunMyeon achou engraçada.

- Mas, não vale a pena falar disso, não quero estragar sua noite, JunMyeon.

- Por falar nisso, já que somos "namorados" acho que há intimidade suficiente para me chamar apenas de Suho.

- Não somos namorados…

- Ainda. - Mordeu os lábios o encarando descaradamente.

Sem que ambos percebece seus rostos estavam completamente próximos e os lábios roçavam suavemente uns sobres os outros. Kyung é pego de surpresa pela atitude do rapaz, o que faz com que fique paralisado.

- Desculpa. - Suho balançou a cabeça voltando ao seu lugar, um sorriso nervoso brincava em sua face.

Sem saber o que estava fazendo Kyung o puxou pela camisa para próximo novamente, a única coisa que conseguia pensar era: "Por que não? Porque não relaxar e esquecer ao menos por uns minutos tudo ao meu redor?"

Sua vida já estava completamente "fudid*", então por que não poderia tentar seguir outro rumo e tentar reescrever sua história com uma pessoa legal?

Em meio aos pensamentos ambos nem sequer perceberam o momento que sairam do bar e quando deram por si já estavam no banco traseiro de um carro que, pela concepção do menor, era do homem que tinha os lábios ocupados em sugar o seu pescoço.

Seus lábios se moviam de forma lenta e instigante, suas mãos eram um pouco invasivas mas ainda respeitava os limites, o que levava o garoto a crer que ele não era desses caras tarados que só querem saber de sexo, afinal eles já tinham até dormindo junto. O que chegava a irritar-lhe um pouco, pois ele queria partir logo para o ato em si, queria perder-se de vez no corpo do homem, então suas mãos procuraram o fecho da calça do outra tentando abrir de uma vez.

- Descu-pa... - Ele sussurra entre os lábios apressados conseguindo romper o beijo. Sua respiração é entrecortada tentando levar o máximo de ar aos pulmões. - Acho que estamos indo rápido demais...

- Dane-se! - Tentou novamente tocar seus lábios e lhe calar com um beijo.

- Hey! - Segurou em seus ombros evitando a aproximação. - Não precisa ser assim, sei que está fazendo isso apenas por que te aconteceu algo… E eu quero que fique comigo pelo mesmo motivo que eu, por que estou interessado em você e quando eu disse que "estou interessado" não me refiro a sexo, eu realmente estou gostando de você. - Sua mão acariciou as bochechas do rapaz com delicadeza. - Não sei o que te aconteceu, mas eu posso cuidar de você se quiser. Tá, pode parecer loucura, idiotice e tudo mais, mas, eu senti algo diferente ao te ver a primeira vez e todas as outras vezes só me confirmou que um sentimento estava crescendo.

"O que raios eu estava pensando? Na verdade o que ele vai pensar de mim agora?" 

Kyung o encarou por alguns instantes tentando organizar os pensamentos, Suho esperava que ele dissesse algo, pois os breves segundos mais pareciam uma eternidade. Não consiguindo controlar as lágrimas que iam se acumulando em seus olhos ali mesmo, entre seus braços do garoto que já estava pronto para lhe receber, deixou elas se derramarem.

_____

O interfone tocava alucinadamente fazendo a cabeça do que estava enrolado da cabeça aos pés quase estourar de tanta dor. Só conseguia pensar que algum filho da mãe havia colocado a merda do dedo sobre o aparelho e parecia que não iria tirar de lá até a porta ser aberta.

"Que vá para inferno"

E, de repente, o barulho silenciou deixando apenas a paz reinar no quarto.

____

Do outro lado da porta esperava ansioso e com um sorriso nos lábios um garoto vestido em seu terno sem gravata usual de trabalho, aliás havia acabado de tirar alguns minutos de folga para ir até ali. Estava preocupado, já que desde a noite passada não conseguia conversar com o rapaz o qual veio pessoalmente procurar.

O trinco a sua frente girou, a pequena fresta que abria a sua frente fez seu coração acelerar, mais logo toda a alegria desapareceu ao ver o homem semi-nu que entrou em seu campo de visão. Lembrava vagamente da tê-lo visto no clube.

Em sua mente a única explicação sensata para aquilo existia no BaekHyun, desejou fortemente que aquele cara estivesse lá por ele.

- KyungSoo está? - Pigarriou antes de começar a falar.

- Você seria? - Arqueou a sobrancelha encostando o lado do corpo ao portal.

- Não se faça de desentendido, nos vimos no clube outro dia… - Tentou manter a paciência cerrando os dentes, queria responder da forma mais educada possível mas não estava conseguindo, as palavras saíram de uma forma grosseira.

- Iesus, claro! In alguma coisa, certo?

- Kim JongIn.

- Isso mesmo. - Suho tinha adotado um tom divertido e sacartisco para lhe responder.

Kyung havia estranhado o silêncio e havia saído da cama para ver se aquela barulheira tinha sido causada pelo carteiro. Sua intenção era verificar a caixa postal que ficava no saguão do prédio, mas todo seu corpo paralisou ao chegar a sala e presenciar os dois homens conversando. Primeiro, nem sequer lembrava que Suho estava ali. Segundo a lembrança que ele e JongIn estavam meio que fazendo as "pazes" veio com tudo a sua mente e ver os dois ali na sua frente só o fez pensar que aquilo não acabaria nada bem.

Respirou fundo e tomou coragem para interromper a conversa dos dois.

- JongIn…

- KyungSoo… - O garoto girou a sacola de papel que estava em mãos, seu tom carregava uma mensagem de subliminar que dizia "O que está acontecendo."

- Kyung querido… - Suho virou-se e passou a mão pela cintura do garoto que agora estava ao seu lado.

Kai arqueou a sobrancelha e imediatamente os separou.

- O que diabos está acontecendo aqui?

- Eu que pergunto! Quem você pensa que é babaca? - Suho o empurrou.

- Quem…? Oras, eu vou te mostrar quem em eu sou…

JongIn jogou a sacola sobre o estofado e caminhou pisando duro na direção do garoto que o esperava já ensaiando mentalmente todos os golpes que sabia.

- PAREM AGORA! - Berrou antes que eles realmente brigassem.

JongIn o obedeceu, umedeceu os lábios com a língua enquanto passava as mãos sobre o cabelo.

- Acho bom você ir embora… Agora! - Olhou o rapaz dos pés a cabeça.

- Até onde eu saiba a casa pertence a Do KyungSoo e não a você, Kai…

O rapaz pensou ter ouvido errado, até onde sabia só o havia conhecido há poucos dias e não lembrava de momento nenhum ter lhe dito o seu apelido.

- Do que…

- Por favor, vá... Depois… - Kyung êxitava procurando as palavras, não queria magoa-lo, mas, era JongIn que estava ali em sua frente.

- Mas…

- Não ouviu? Prefere que eu mesmo te jogue para fora?

- JongIn… - Kyung lhe tocou o braço. - Não precisa disto, uh?

____

- Me desculpa. - Do Consiguiu por fim colocar alguma frase para fora.

Por longos minutos Kyung ficou apenas observando JongIn rodar de um lado para o outro pela sala, sua expressão era amedrontadora, então ele resolveu esperar o moreno se acalmar, mas parecia que aquilo não aconteceria nem tão cedo.

- Desculpe pelo quê exatamente? - Parou com as mãos postas na cintura. - Por antes? Por agora? Por estar saindo com ele?

- Não é o que você...

- Não é o que estou pensando? - O interrompeu, seu tom continuava furioso. - É isso que ia dizer? Vai me dizer que não transaram?

- Amor…

- NÃO ME CHAMA DE AMOR, PORRA! - Chutou o pequeno abajur que estava sobre mesa de canto.

Kyung se assustou com a reação do garoto, queria explicar-lhe, pedir desculpa. Mas, para sua infelicidade, JongIn e ele não tinham mais nada e portanto não lhe devia nenhuma explicação e lembrar que ele ia ser pai trouxe todo o sentimento de tristeza, que Suho havia ajudado a esconder, a tona.

- Sabe… Não te de-devo explicações. - Se pôs de pé. - Você vai casar, JongIn.

- Mesmo? - Sorriu sarcástico andando na direção do menor. - Advinha quem me empurrou para o altar?

- Não ponha a culpa em mim.

- Mas a culpa é sua, meu que-ri-do!

- Espero que seja bem feliz no seu casamento.

- Mesmo? - Sussurrou.

Seus corpos estavam a praticamente colados, Kai guiava seus lábios aos do garoto e já roçava os seus nos dele. Kyung instaneamente fechou os olhos sentindo o hálito quente do garoto.

O maior sorriu de canto e se afastou.

- Sim, eu serei bem feliz no meu casamento e espero te ter por perto para presenciar cada minuto de felicidade e espero também que sofra bastante com isso.

- EU…TE…ODEIO!

- E eu não me importo!

- Vai embora daqui agora.

- Nem precisa se dar ao prazer de repitir, eu não quero olhar pra sua cara por mais nenhum segundo. - Caminhou sem pressa até a porta da casa. - Ah! Aquilo é sua comida, se alimente bem, não quero que morra antes do dia do meu casamento, nem nos próximos quarenta ou cinquenta anos, espero te convidar para as minhas bodas de ouro. Então, te quero bem vivo.

Abriu a porta e após sair a fechou porta com força fazendo-o o barulho ecoar dentro do espaço, deixando Kyung no apartamente vazio e frio, assim como estava seu coração.


Notas Finais


Hello~
desculpa, mas esse capítulo teve que ter choro e drama. Aposto que a maioria já deve estar cansada de tanto ver esse povo chorando, mas eu realmente não resisto a fazer isso haha.


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