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História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - 13. BÔNUS: "Sad Memories"


Escrita por: 96l1n3

Notas do Autor


E quando eu acho que estou livre a vida vem e me dá uma rasteira.
Em fim, de já peço desculpas again pela demora...

Capítulo 13 - 13. BÔNUS: "Sad Memories"


Fanfic / Fanfiction Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - 13. BÔNUS: "Sad Memories"

Kyung sentia que aqueles beijos, abraços, carinhos e tudo naquele garoto havia sido feito perfeitamente para si. Até suas mãos se encaixavam de uma forma perfeita. Sem falar em outras partes do corpos que pareciam que tinha sido feitas exatamente sob medida.

A vida estava quase perfeita, claro que as brigas existiam, afinal eles eram como qualquer casal, mas no fim tudo se resolvia e a felicidade voltava a reinar. O maior problema era apenas manter o relacionamento em segredo, mas até que eles estavam conseguindo lidar bem com a situação, afinal já faziam quatro anos.  Quatro lindos anos haviam se passado desde o primeiro beijo e de namoro também, pois não demorou uma semana para começarem a namorar. O fato de JongIn ter uma noiva apenas facilitou tudo, evitando discussões sobre arranjarem namoradas e tudo mais. Por sorte a garota tinha uma irmã e para o bem da relação Kyung a namorou, afinal não era justo apenas JongIn se sacrificar naquele relacionamento. Eles eram os melhores amigos, "o quarteto fantástico" como gostavam de pensar. Faziam tudo juntos, passeios, cinema, viagens, até jantares a luz de velas, porque assim Kyung e JongIn poderiam estar sempre juntinhos, podiam dar sempre uma escapada para uns beijos ou sexo escondido. Toda aquela adrenalina fazia com que o relacionamento fosse cheio de aventuras, surpresas e  não caísse na rotina.

Mas, tudo um dia acaba e eles haviam decidido que botariam um fim naquilo de uma vez por todas, na verdade DO decidiu, faria uma surpresa para o namorado. Apesar de ser tão divertido e insano aquelo tipo de relacionamento era ao mesmo tempo cansativo, sentiam que era horrivel ficar fingido e  mentindo para todos,

Por JongIn isso nunca teria acontecido ele quis assumir desde o primeiro minuto de namoro, mas, nem tudo acontece da forma que queremos. O primeiro passo Kyung já tinha dado, colocou um fim no relacionamento com a Jessica o que não foi nada fácil, diga-se assim de passagem, o próximo seria colocar todas as cartas na mesa para sua mãe e para todos. Após isso JongIn terminaria de uma vez por todas com a Krystal, que não se encontrava na cidade, e aí sim poderiam ser realmente felizes sem máscaras, sem mentiras e sem precisar esconder nada de mais ninguém.

Kyung se sentia leve e feliz, e a felicidade era tão grande que parecia que explodiria a qualquer momento, mas, ao mesmo tempo o medo da reação da mãe parecia ter o mesmo tamanho e intensidade da felicidade.

- Você sabe que eu posso ir com você, não é? - Seu nariz roçou sobre a maçã do rosto do menor enquanto sua voz baixa e rouca adentrava o seu ouvido fazendo os pelos arrepiarem.

- Eu sei, mas, eu tenho que fazer isso sozinho…

- Por quê?

- Eu não sabia que você iria querer se juntar a nós, então reservei apenas dois lugares no restaurante favorito dela.

- Eu pensava que o aniversário dela fosse daqui há dois meses. - Cerrou os olhos desconfiado.

- Este é o aniversario de casamento, querido. - Seus lábios quase não se moviam, JongIn tinha a capacidade de perceber as mentiras de KyungSoo apenas pelo tom de voz.

- Certo, mas vou ficar com saudades… - Falou manhoso.

- Assim que acabarmos eu volto para você… - Levou os lábios até o do outro em um beijo lento e profundo.

Todo seu corpo ansiava pelo dele, queria sentir seus toques, seus lábios sobre a pele e principalmente queria senti-lo dentro de si naquele momento mesmo sem me importar com mais nada. Mas, o jantar com a mãe estava marcado para alguns minutos próximos e não daria tempo de fazer tudo que realmente queria, então, após ter a conversa que precisava com ela poderiam desfrutar um do outro completamente da forma que tanto desejavam em um belo hotel, à luz de velas na companhia de uma belo vinho com a visão do mar presenciando aquele amor. E, só de pensar naquilo a felicidade preenchia todo seu ser.

Se separou dos lábios deles contra vontade e encarou seu rosto, enquanto as mão o acariciava, depois de tudo que o homem que estava a sua frente havia feito feito por ele e pelo relacionamento deles, depois de tanto aceitar sempre as vontades de KyungSoo, mesmo que lhe não agradasse… Após tudo isso, agora seria a vez de DO fazer algo para ele, na verdade para ELES. Pois sabia que assumir para o mundo o relacionamento o faria a pessoa mais feliz do mundo, sabia por que ele já havia dito isso tantas vezes.

- Você me faz tão feliz. - Seus olhos brilhavam enquanto jogava seu corpo se pondo por cima do menor.

- Você também me faz muito feliz. Muito, muito, muito. - Sorri deixando um selar sobre o pescoço de JongIn a cada palavra.

____

- Promete que vai me ligar assim que terminar seu encontro com ela? - Ele encarou pelo vidro da janela do carro a porta da casa de D.O.

- Prometo.

- Apenas um toque e eu vou correndo ao seu encontro.

- Bobo! É apenas um jantar de aniversário.

- Quando se trata da sua mãe nada é confiável…

- Yay! - Tentou fazer cara de bravo. -

Eu te amo! Por você sou capaz de tudo!

Ele confirmou com a cabeça e sua expressão demonstrava que queria acreditar em cada palavra que o homem que estava a sua frente dizia.

Após alguns segundo de silêncio KyungSoo saiu do automóvel. Em passos curtos se encaminhou até a calçada, o vento frio batia contra seu rosto o fazendo querer novamente os braços do namorado para lhe aquecer. Viu seu carro se mover e logo sumiu do seu campo de visão, agora seria apenas ELE e ELA. Suspiro enquanto parava em frente a grande porta de madeira e através das janelas de vidro pôde ter a visão da mulher a espera parada próxima a janela.

O celular vibrou sobre o banco do passageiro fazendo com que JongIn parasse imediatamente achando que já era DO o chamando. Mas para sua surpresa o celular que vibrava era o de KyungSoo que provavelmente esquecera. Então fez a curva no primeiro espaço que viu a frente e voltou para a casa do menor.

____

- Que bom que chegou querido, estava preocupada. - Ouviu a voz assim que adentrou o espaço.

- Desculpe, esta não era minha atenção. - Abriu os braços e foi ao seu encontro a tomando em um abraço.

- Estava com tanta saudades, por mais que nos vejamos todos os dias esses momentos de conversas são tão raros, você anda tão ocupado com coisas da Faculdade ou com seus amigos que às vezes acho que está me esquecendo completamente. - Um bico surgiu na face da mulher que apesar de já ter uma certa idade essa atitude fofa ainda lhe caia bem.

- Não seja tão dramática mãe, estou sempre disponível para você, e você sabe disso. - Tocou-lhe a ponta do nariz e sorriu tentando não transparecer o quanto estava nervoso.

O garoto estacionou o carro e caminhou em direção a casa, seus pés quase não faziam barulho e aquilo não era intencional. Adentrou a sala e os viu conversando, estavam de costas para si, apenas a mulher notou a sua presença, mas fingiu não tê-lo visto.

- Falar nisso, você deveria ter trago sua namorada. A Jessica é tão linda e simpática, você é garoto sortudo. - Fez questão de enfatizar.

JongIn pensou em sair, mais se deteve, gostaria de ouvir a resposta do namorado. Então fingiu caminhar imperceptivelmente até a saída, mas se escondeu atrás de uma coluna ficando invisível aos olhares da mulher e esperava que ela acreditasse que ele havia realmente saído.

- Sim, eu deveria, se eu tivesse uma namorada. - Falou naturalmente sem desviar o olhar da mulher.

O silêncio se instalou no meio deles, o garoto sabia que minha mãe estava se “coçando” para perguntar o motivo de não estarem mais juntos, mas não o fez. Ao ouvir a resposta Kai sorriu bobo em seu lugar, estava feliz com a coragem do menor e já pensava de todas as formas de recompensa-lo quando se encontrassem logo mais aquela noite. Já se preparava para sair definitivamente quando escutou novamente a voz do garoto.

- Mãe?

- Sim querido.

"Tem que ser agora, não tem mais volta ou eu falo de uma vez por todas ou nunca mais." Sentia as mãos tremerem enquanto se sentava no estofada sendo acompanhado pela mulher.

- Está tudo bem? - Levou a mão ao ombro do garoto preocupada.

- Eu preciso te contar algo… - A voz dele saiu tremida enquanto procurava coragem para iniciar um contato visual com ela.

No mesmo momento o coração de Kai foi de 70 a 200 batimentos, não conseguia acreditar que aquilo iria acontecer. Sentiu que o celular ter ficado em seu carro foi um aviso divino para que ele chegasse ali naquele momento e pudesse confortar o namorado quando aquela conversa acabasse.

- Pode falar querido,  está tudo bem?

“Por favor, KyungSoo… Não adie mais isso, faça logo o que tem para fazer.” Suspirava fundo.

- Mãe… Eu s-sou gay.

Novamente silêncio, nem sequer a respiração de nenhum dos três era ouvida. Por um minuto Kyung achou que a mulher pudesse ter infartado e morrido no instante que ouviu suas palavras. Mas, quando encarou seu rosto percebeu que ela estava bem viva.

- Você me ouviu?

- Você não sabe o que está falando. - Levantou-se rapidamente - Você está ficando louco.

- Não mãe,  eu não estou louco. Eu sou gay! - Se pôs na sua frente impedindo com que ela fizesse como sempre fazia, desconversar ou ir embora fugindo do assunto.

A mulher não era nenhuma tola, ela sabia muito bem o que acontecia há algum tempo, só não sabia quando havia começado. Sempre achou que aquilo era uma fase causada pela perda prematura e inesperada do pai, também achava que logo ele perceberia o quão errado aquilo era, despertaria para a vida, amadureceria e voltaria aos trilhos. E só por isso nunca falou nem tentou intervir.

E ao ouvir tais palavras perdeu todo o controle que vinha mantendo em anos e não demorou para o garoto sentir metade do seu rosto arder com o tapa não esperado da mulher.

Ao ouvir o som do tapa ecoando JongIn se moveu para ir ao encontro do menor, mas algo paralisou suas pernas. Ele queria ajudá-lo mas algo dizia para que continuasse ali e não fizesse nada, era medo. Ele não costumava ser medroso, mas, apenas daquela vez resolveu ouvir aquela voz e ficar ali quieto. Se eram sinais obedeceria para ver até onde tudo aquilo ira dar.

- Nunca mais repita isso entendeu? - Seu tom comedido assustou o filho.

- Não é um tapa que vai mudar a minha sexualidade, mãe. Eu estou namorando com o JongIn e você terá que aceitar isso.

- Eu não vou aceitar nada, por que você dará um fim nessa palhaçada!

- Eu já sou maior de idade, você não manda mais nas minhas decisões.

- Então esqueça que é meu filho. - Desviou do garoto.

- Mãe, por favor, eu o amo! E não é isso que importa? Estar ao lado de quem amamos?

- Isso não importa.

- Claro que importa! - Tentou não exagerar no tom de voz.

- Por que não poderia simplesmente casar com a Jessica?

- Porque eu não amo ela, mãe.

- Isso é o de menos filho, você pode aprender com o tempo. Veja, eu não era totalmente apaixonada por seu pai quando casamos e veja como as coisas mudaram, an? - Pegou as mãos do garoto entre as suas em um tom de súplica.

- Eu não posso fazer isso… - Sentiu as lágrimas começando a se alojar em seus olhos.

- Claro que pode!

- Mãe, pare! - Soltou-se do toque da mulher. - Essa é minha vida e eu que decido. E eu decido ficar com o JongIn.

- Se vai ser assim, tudo bem. - Recompôs sua postura ajeitando seu blazer.

Kai mal podia acreditar nas palavras da mulher, aquilo era o mais maravilhoso dos sonhos, teria a bênção da senhora DO. Do seu lugar gostaria de pular e gritar, mas esperou para saber a reação do amado, após ouvi-lo iria até seu encontro.

- Sério? - A animação brilhou em seus olhos.

- Sim. - Seu queixo se ergueu e seu olhar se transformou, desviou do garoto a sua frente dando breves passos. - Mas, se será assim você terá que sair dessa casa imediatamente.

- O quê? - Virou-se na direção da mulher.

- Esquecerá que sou sua mãe, tirarei seu nome do registro familiar… Portanto você não terá direito a nenhum centavo da herança de seu pai e muito menos da minha.

- Você não pode fazer isso! - Murmurou desesperado.

- Não só posso como farei! - Virou para o garoto encarando fundo em seus olhos. - O dinheiro da sua faculdade? Pode esquecer. Daqui você sai, mas apenas com a roupa do corpo, talvez nem com isso.

JongIn não conseguia e nem queria acreditar no que seu ouvido escutava. Aquilo não era uma mãe, era um megera. Como podia fazer tal coisa com um filho por um motivo tão banal? Ser gay não era algo a qual a pessoa deveria sentir vergonha. Afinal ninguém manda no coração. Seu peito doía por ter que ver o amado naquela situação, sujeito a aquilo. Decidiu dar um final aquilo, mas, quando deu seu primeiro passo para sair do escuro a voz da mulher voltou a ecoar.

- Querido eu estou fazendo isso para o seu bem tocou-lhe o rosto.

- Meu bem? Você é uma louca . - E novamente um tapa ecoou pela sala preenchido pelos três seres.

- Felizmente eu vou te dar duas saídas viáveis primeiro, - enumerava nos dedos. - você pode se casar com a Jéssica.

- Nunca!

- Pois bem ou você pode cursar a faculdade no Japão. - Sentou sobre a poltrona cruzando as pernas .

- Eu não posso escolher nenhum em outro… Não posso ficar longe de JongIn, eu o amo.

- Pois então você já sabe, mas antes deixa eu te dizer algo… Agora é tudo lindo vocês estão apaixonados vivendo essa loucura, mas isso não vai durar para sempre talvez dure menos o que você espera. Quero ver se ele vai te sustentar, pagar seus estudos, suas contas, suas roupas e sem contar que os olhos preconceituosos irão matar metade do amor que vocês sentem. Ao contrário o meu amor de mãe que é eterno, nossa situação de vida é estável, então pense bem se vale a pena trocar uma vida, muito boa e diga-se de passagem, por uma loucura sem fundamento.

Kyung permaneceu estático, não acreditava no que estava acontecendo sabia que seria difícil lidar com sua mãe, mas jamais pensou que ela fosse tão radical e principalmente não consegui acreditar como aquilo parecia fazer tanto sentido.

- Você é tão cruel! - Sua voz saiu em um sussuro.

- Não sou cruel meu querido, eu sou realista .

Kai se sentia enjoado tanto com a mulher como consigo mesmo que não conseguia sair do seu lugar defender Kyung. Durante todos os anos que estiveram juntos JongIn se declarou de todas as formas possíveis e sempre que podia demonstrava o seu amor sendo com palavras ou ações e já Kyung sempre foi mais reservado. Então Kai  entendeu que aquele era o momento do menor de provar seu amor, na verdade aquela era a maior prova então simplesmente ele não conseguia sair do seu lugar, o medo havia lhe paralisado por completo. Gostaria de sair do seu lugar e correr ao encontro do menor e abraça-lo, conforta-lo e dizer que ela estava errada, que ele ainda o amaria e cuidaria dele de qualquer forma.

- Sulli e Josephine! - Gritou a mulher e não demorou para que duas outras mulheres vestida em seus trajes impecáveis e bem passados surgissem de algum cômodo da casa.

- Sim, senhora.

- Por favor, prepare as malas do Senhor Kyung e também marquem uma passagem para o Japão no primeiro vôo que encontrar ainda hoje.

- Sim, senhora. -Tão rápido quanto apareceram elas se retiraram.

- Você não pode fazer isso.

- Então deveria marcar a data do seu casamento?

Soo fitava seus pés, suas mãos, tudo no ambiente completamente perdido. Não sabia como viveria sem seu dinheiro mas também não poderia viver sem JongIn.

"Mas e se ela estiver certa? E se ele me deixar? Vale realmente a pena trocar uma vida por algo incerto?" Se martirizava mentalmente e sentia nojo por pensar tal coisa.

- Você precisa decidir agora.

"Não posso, eu não vou, não não meu Deus." Seus pensamentos estavam a maior bagunça.

- Eu vou. -  Seu tom era mais um sussuro, não conseguia acreditar que aquilo havia saido de sua boca. Na verdade o garoto não acreditava que nada naquela noite era real.

O mundo de Kim JongIn desabou, jamais imaginou que seria trocado por dinheiro era capaz de dar a vida por Kyung, mas ele não era capaz nem simplesmente abrir mão de dinheiro. Aquilo havia sido pior do que uma facada ou um tiro, sentia que havia sido jogado na fogueira e então toda a sua carne queimavam. Ele sentia-se totalmente grato pelo medo não tê-lo deixado sair de seu lugar, pois se tivesse jamais saberia da verdadeira face de D.O, defenderia em vão alguém covarde que não merecia.

Deixou o celular no chão e olhou na direção deles que ainda estava de costas para sua direção, apenas a mulher estava de frente para ele. Ela notou sua presença e JongIn jurou ter visto um sorriso no canto de seus lábios, sentiu que ela o chamaria e revelaria que estava ali, mas ela nada fez.

___

E assim foi, sem dizer sequer um adeus ele se foi deixando para trás a pessoa que mais amava. Havia jurado para si mesmo que lutaria pela sua independência e voltaria para os braços do amado, portanto nem sequer se deu o trabalho de avisa-lo, depois lhe daria uma desculpa.


Notas Finais


Eiiki voltei amém!
E até que em fim trouxe a razão da separação do OTP maravilhoso.
E pergunto a você: "Se estivesse no lugar do Kai, você perdoaria o D.O?"
Haha


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