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História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - "MEMORIES: At First Sight"


Escrita por: 96l1n3

Notas do Autor


Quando estava olhando os capítulos anteriores percebi que escrevi sobre o primeiro beijo dos nossos meninos, mas, não coloquei o mais importante.
Então pluft, surgiu esse capítulo.
Desculpem o tamanho, me empolguei demais.
Atenção nas notinhas finais e qualquer erro ou equívoco, pleasee, me aviseem.

Capítulo 2 - "MEMORIES: At First Sight"


Fanfic / Fanfiction Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - "MEMORIES: At First Sight"

Toda primeira vez é marcante, independente do quê. Até o primeiro olhar fica registrado e por vezes é impossível de se esquecer.

(Araújo, Wislene de, 2017)

"Tudo na sua vida era tão normal, tudo tão certeiro e rotineiro que as vezes chegava a ser entediante. Sua mãe lhe preparava todos os horários em uma folhinha que que ficava exposta em um mural em seu quarto, mas, depois de um tempo aquilo tornou-se tão desnecessário, já sabia todos os horários decorados, pois raramente eles mudavam.

Aquele dia era feriado de ação de graças, o que significa nada de aulas, trabalho ou qualquer coisa chata e estressante, ainda não sabia ao certo o que faria, mas sabia que iria se divertir bastante, afinal, era isso que BaekHyun havia lhe prometido. E se ele havia dito estava dito, quem era ele para duvidar das palavras do outro?

O almoço foi regado a frango, arroz a grega e macarrão com queijo, muitos sorrisos e motivos de agradecimentos e depois do tradicional almoço em família, que se resumia apenas a ele o pai e a mãe, o garoto sentou no sofá apenas no aguardo da ligação do amigo, vestia roupas confortáveis pois achava que a diversão que BaekHyun lhe prometera se resumiria a jogar futebol e ver algumas meninas correrem ao redor do parquinho, o que não seria nada mal para ele.

A tv noticiava algo, não prestava atenção a grande tela que transmitia o jornal, ouvira minutos atrás seus pais subirem sorrateiramente os degraus em direção ao andar superior, provavelmente eles planejavam se divertir bastante no quarto do casal provavelmente iram demonstrar o quanto são gratos um pelo outro.

O garoto tentou firmar seu olhar na tv e balançou a cabeça rapidamente, não se permitiria pensar naquilo, era nojento demais.

A decoração com cores cruas daquela sala misturadas com os quadros abstratos já estavam o deixando hipnotizado, pegou o aparelho celular e olhou pela milésima vez o horário e não constava nenhuma mensagem do amigo, pela hora que ele havia saído de casa ele já deveria ter chegado.

Decidido ele se levantou, se BaekHyun não chegasse em dez minutos ele iria dormir, pelo menos sonhar seria bastante divertido.

Andou em círculos em volta da mesa de centro enquanto roia a unha, essa era uma mania que ele já tinha colocado na lista para abandonar, mas até então não havia dado certo. Viu os minutos correrem lentamente no relógio da parede e ao constatar que o tempo havia acabado ele se direcionou até a escada, e ao botar o pé no primeiro degrau o campainha soou fazendo com que desse meia volta e voltasse para a porta.

Só podia ser o Byun, ele iria mata-lo por ter demorado tanto. Já ia ensaiando a chave de braço que faria no garoto assim que abrisse a porta.

- Seu Peste! - Seu grito foi sumindo ao ver a silhueta das três pessoas paradas em sua frente.

Um casal se entreolhava sem entender direito o que era tudo aquilo, enquanto o garoto que aparentava ter a mesma idade que Kyung apenas sorria disfarçadamente.

- Me… Desculpem! - Reverênciou sentindo as maçãs do rosto queimarem com a vergonha.

- Tudo bem. - A mulher sorriu em concordância. - Nós somos seus novos vizinhos, acabamos de nos mudar.

- Não somos tão próximos, moramos na outra quadra. - O homem interrompeu e aponto com o indicador na direção da casa. - Mas como o condomínio é novo e há poucos moradores podemos nos considerar vizinhos. - Kyung observou que as covinha nas maçãs do garoto ao lado do homem que falava eram parecidas, conseguiu notar pois até então o garoto ainda se encontrava sorrindo.

- Por favor, entre. - KyungSoo se afastou da porta dando espaço para que entrassem, assim ele chamaria seus pais para cumprimentar o casal.

- Não se incomode, criança. - A mulher dispensou acenando com a mão. - Estamos de passagem, ainda temos que cumprimentar outros vizinhos. Nós moramos na Quadra B, número 14. Pode passar lá depois. Eu sou a Kim Hana, esse é meu marido, Kim Junsu. - Apontou para o homem. - E essa é nossa criança, Kim JongIn.

- Mãe! - Pela primeira vez o menino tentou entrar na conversa. - Pode me chamar apenas de Kai.

- JongIn é muito melhor. - Viu a mãe do garoto rolar os olhos. - Ele irá para a escola particular HwanHee, você conhece?

- Eu estudo lá!

- Ótimo! - A expressão da mulher era totalmente animada. - Se puder cuidar dele… Isso me deixaria tranquila, o começo pode ser muito difícil ainda mais quando não se tem amigos.

- Pode deixar mãe do JongIn, eu cuidarei dele.

- Isso me conforta! Por favor, passe lá em casa depois, irei te preparar algo. - Pronunciou as últimas palavras já se distanciando.

Voltou a se direcionar para a escada, iria avisar seus pais, sua mãe provavelmente iria querer preparar algo para levar aos novos vizinhos quando a campainha voltou a tocar.

"Será que esqueceram de falar algo?" Pensava voltando a porta.

- Pois não? - Seu tom era totalmente amável e cordial.

- Nossa, que menino educado! Merece até ganhar chocolate. - Uma risada alta pôde ser ouvida.

- Seu peste! - Dessa vez ele conseguiu colocar o pescoço do garoto na dobra de seu braço e com a ajuda do outro braço aperta-lo.

- Kyung, querido. Pare já com isso! Não machuque o Byun. - A voz atrás dele soava em tom de reprovação e o barulho dos passos crescentes o alertou que estava vindo em sua direção. O que foi motivo suficiente para que ele soltasse rapidamente o outro garoto.

- Mãe do Kyung! - O menino correu em direção a mulher recebendo um afago nos cabelos.

- Você já se alimentou?

- Sim, não se preocupe.

- Mãe. - Kyung já cansado de ver aquilo chamou a atenção da mãe. - Nós temos novos vizinhos.

- Eram eles que estavam aqui? Ouvi vozes e corri para ver, mas, pelo visto não fui muito rápida. - O bico se formou em seu rosto. - Mas prepararei algo para que você leve a eles, sim?

O rosto da mulher se iluminou e se encaminhou para a cozinha sem nem esperar por uma resposta, tão rápido que os garotos ficaram sem entender.

- Hey?! - Byun se aproximou sussurrando. - Podemos ir para o seu quarto? - Não tirou os olhos da porta da cozinha temendo que a mãe do outro chegasse.

Kyung apenas deu de ombros indicando que ele poderia subir os degraus.

___

- O que você queria contar? - Kyung sentou sobre a cadeira giratória em frente a mesa com o computador e girou para ficar em frente ao garoto.

Byun se certificou que a porta estava bem fechada e depois sentou na cama.

- Antes, preciso que me prometa algo.

- Você está me assustando… Mas, o.k.

- Promete que dependendo do que eu vou falar nada mudará na nossa amizade? - Ele encarou o menor nos olhos e sentiu as mãos tremer um pouco.

- Byun, se você não disser logo eu vou te fazer cuspir as palavras com um tapa.

- Certo. - Suspirou fundo encarando o teto e depois o garoto a sua frente. - Eu sou gay.

- O quê? - O choque foi tão grande que não conseguiu nem sequer gritar.

- Isso mesmo que você ouviu.

- Você só pode estar brincando.

- Não Kyung, eu não estou.

- Você nem sabe o que é ser gay, para de graça.

- Seu idiota, é claro que sei.  E não acaba ai, eu estou namorando....

- Como pode ser gay se você tem namorada? - Interrompeu a fala do outro.

- E quem disse que é uma garota? - Arqueiou uma sobrancelha dando um leve tapa na cabeça de Kyung com a destra.

Não podia acreditar naquilo, era tão errado. Relação entre garotos era uma coisa estranha e ruim, seus pais sempre lhe disseram isso.

- Desde quando?

- O quê?

- Desde quando você virou gay?

- Querido... - Tocou o joelho de Kyung, mas resolveu se afastar assim que percebeu a forma que o outro se mexeu desconfortável. - Eu não "virei" gay, Kyung… Eu sempre fui. Apenas percebi isso agora. Sempre notei que assim como as garotas mexiam comigo os meninos também, se colocasse em uma balança o resultado seria igual. Na verdade arrisco até dizer que o lado dos meninos poderia pesar mais. Eu só tinha medo.

Com a pausa do amigo, Kyung pôde parar e refletir um pouco. A confusão em seus pensamentos era enorme, por vezes Kyung sentiu o corpo esquentar ao observar garotos mas sempre achou que não era nada demais e que acontecia com todos os outros amigos.

"Será que também sou gay?" Sacudiu a cabeça. Era impossível, ele não poderia ser.

- E não sente mais medo? - Foi a única coisa que ousou perguntar.

- Não, encontrei alguém que me fez esquecer todos os meus medos e também eu não poderia continuar me escondendo pelo resto da vida. - Deu de ombros sorrindo de canto.

- Então...

Batidas a porta fizeram com que os dois interrompessem imediatamente conversa. Kyung lembrou que o amigo havia fechado a porta então levantou rapidamente para abri-la.

- Há um cesta em cima do balcão da cozinha, leve para os novos vizinhos antes que esfrie. - A voz da mulher começou a ditar as ordens assim que a porta foi se abrindo.

__

- Nada entre nós vai mudar, não é?

Parou em frente ao menor impedindo que continuasse a caminhada.

- Como assim?

- Tipo, ainda seremos melhores amigos, certo? Tenho medo que se afaste de mim por conta disso.

- Não precisa se preocupar. Embora seja estranho eu não me afastaria de você, como acabou de dizer: somos melhores amigos. Talvez eu demore a me acostumar, mas tudo bem. Sua vida, suas escolhas. - Deu de ombros.

Aquela era vida dele, não poderia dizer nada, a única coisa que restava era aceitar. Jamais contaria para a mãe, embora gostasse muito do BaekHyun com toda a certeza iria proibir de se verem. Com um semblante mais relaxado diante daquelas palavras BaekHyun liberou o caminho.

- Falar nesses novos vizinhos… Você disse que havia um garoto.

- Sim.

- Ele é bonito?

- Não sei se ouvi direito, mas achei que você tivesse falado que tem namorado.

- Ué, só perguntei se era bonito. - Sorriu animado. - Sou comprometido, não cego, meu querido. Ainda posso apreciar as belas coisas.

Kyung rolou os olhos já parando em frente ao seu destino.

- Veja e tire suas próprias conclusões.

Não demorou muito para que a porta fosse aberta e o garoto sorridente brotasse ali na frente dos dois rapazes.

- Garoto do outro quarteirão. - Olhou Kyung dos pés a cabeça e notou que ele não estava sozinho, por alguns segundos o sorriso sumiu do seu rosto. - E amigo dele… Podem entrar.

- Não queremos incomodar, apenas vim deixar uma lembrança de boas vindas por parte da minha família. - Sacudiu a cesta pendurada em sua mão.

- Oh, você veio! - Uma voz sorridente surgiu vindo de dentro da casa. - Entrem.

Byun deu de ombros, se a dona da casa estava mandando, só restava obedecer.

- Meus pais mandaram. - Ele entregou a cesta enquanto se encaminhava para os estofados da sala que a mulher indicava.

- Que gentileza querido, sentem-se estou terminando a massa do bolo. JongIn querido me acompanhe.

- Ele é gay? - Byun perguntou discretamente após constatar que estavam de fato sozinhos.

- Sei lá, por que está perguntando isso?

- Não sei, apenas achei. Sempre achei mentira o que diziam que um gay sempre reconhece o outro. Mas, tenho que dizer que até agora nunca falhei. - Piscou. - E juro que não me importaria se ele fosse, um moreno como esses não se acha fácil assim.

- Não e por que você é gay que todos os garotos também tem que ser. - Revirou os olhos um pouco entediado.

- Nossa! Essa foi pesada, mas não me importo afinal…

- Gostariam de conhecer a casa enquanto minha mãe termina? - A voz de JongIn interrompeu conversa.

- Claro.

Os dois levantaram, o anfitrião ia na frente, o primeiro local para o qual se direcionaram foi a garagem da casa, o carro não estava ali, apenas uma mesa de ping-pong em um canto e três bicicletas em um outro canto, talvez uma para cada membro da família.

- Wow, que bicicleta legal! - BaekHyun falou se aproximando. - É sua?

- A verde. - Apontou com a cabeça para a mesma.

- Caraca, é hobby de família?

- Sim, sempre que podemos saímos para pedalar ou fazer trilha nas montanhas… Minha mãe não gosta muito, mas eu e meu pai adoramos.

- Podíamos ir com você qualquer dia desses. - BaekHyun estava completamente animado ainda observando as bikes.

- Se quiserem…

- Sinto muito, mas não me incluam nisso. - Kyung interrompeu o garoto fazendo com que a atenção se voltasse para ele.

- Foi mal, havia esquecido. - Baek batia evemente na testa enquanto se aproximava dos garotos.

- O que aconteceu? - JongIn olhava de um para o outro tentando entender.

- O Kyung não sabe andar de bicicleta, acredita?

- Sério? - A sobrancelha de JongIn estava arqueada, realmente não conseguia acreditar naquilo.

- Não é inacreditável?

- É sim.

- Que criança nunca…

- Okay, okay… Eu ainda estou aqui, se não perceberam. E sim, eu não sei andar de bicicleta, estava muito ocupado praticando outros esportes para poder aprender a andar de bicicleta. - Rolou os olhos entediado com o assunto.

- Podemos mudar isso agora mesmo, posso te ensinar e assim poderá andar conosco, que tal? - O sorriso do moreno era contagiante, como dizer não?

- Tá, tá.

- Pode pegar para mim, …? - Olhou confuso para o garoto, só então lembrou que não sabia seu nome.

- BaekHyun, Byun BaekHyun. Mas, pode me chamar apenas de Baek se preferir. - O garoto já empurrava o veiculo para ele.

- JongIn, Kim JongIn. Mas, prefiro que me chame apenas de Kai.

- Kai é legal. Chamarei assim.

- Certo. - Virou-se para o menor. - Preparado?

- Não, mas, tudo bem.

Sorrindo os três caminharam para fora da garagem em direção a rua.

Kyung respirava fundo, nunca havia andando naquela coisa, tinha muito medo de cair, quebrar algum osso ou algo do tipo, mas também não queria que ficassem tirando "onda" dele por causa disso.

- Vamos, sente aqui. - O que segurava a bike batia levemente sobre a sela.

O mesmo obedeceu e levou as mãos ao guidão, JongIn segurava para que não caísse, pois seus pés já estavam sobre os pedais. A não de Kai passou o meio de suas costas e por um instante sentiu um calor percorrer seu corpo, podia ouvir a respiração descompassada do outro o que só tornava o momento mais estranho, nem conseguia ouvir direito as ordens que o outro lhe dava.

- Você só precisa mover as pernas em movimentos circulares e segurar firme o guidão, não tem segredo. Vou te soltar… 1,2…3. Vai.

Assim ele obedeceu, estava indo melhor do que imaginava.

JongIn e Baek olhavam satisfeitos para o outro que ia adiante, até que um caminhão surgiu no campo de visão deles. Kyung tentava parar, mas não sabia como fazer isso e a buzina do automóvel que vinha não colaborava em nada para que pensasse. Em um descontrole se jogou para a calçada caindo de costas.

JongIn correu até o menor preocupado, se ajoelhando ao seu lado, havia aprendido em um curso de primeiro socorros que quando uma vítima sofre acidente não deveria mexer nela até a chegada da ambulância.

"Deveria ligar para o hospital e pedir uma?"

- Ei moço do outro quarteirão, acorda! - Aproximou bem o rosto do outro que estava de olhos fechados e pensou se deveria fazer respiração boca-a-boca nele.

Seus lábios já estavam tão próximos, aquele boca já estava o convidando. Quando de repente o outro abre os olhos e encara bem os seus, ficaram assim por uns segundos sem falar nada, não tinha o que ser dito.

JongIn sabia bem o que significava aquele coração acelerado em seu peito. Por outro lado KyungSoo também estava com o seu acelerado e não queria nem sequer cogitar aquel possibilidade, culpava em seus pensamentos o choque da queda, aliás, achava também que era essa a razão de não conseguir levantar, seu corpo estava totalmente paralisado, embora nada estivesse doendo.

Não demorou para que levantassem e desistissem da idéia de andar de bicicleta, mas o clima de desconforto não passou assim tão rápido durando mais tempo do que o desejado."


Notas Finais


Então gente linda do meu cocoro, quero dizer que estou muito feliz por saber que ainda estão acompanhando essa fic, que juro que estou me empenhando para termina-la e não abandonar again.

E minha vontade era de fazer apenas um cap para agradecer e tudo mais, mas a mocinha linda @ThamyD me alertou que não pode, obrigada por avisar sua linda.

E quero agradecer especialmente á uma pessoa linda que fez um trailer maravilindo para PDLM.

Palmas para @Alitzel, esse ser que amodoro.
Aaaah, crédito para a capa que também foi feita por ela ❤

But, também amo todos vocês q.
No próximo capítulo eu deixo o link nas notinhas, porq esse ser dotado de inteligência aqui esqueceu de upar o vídeo hoje ~♡

E se você tiver algo feito para essa fic ou baseado nela pode me mostrar, vou adorar ver qqq/até parece, okay, já parei de sonhaaar.

Então... Era só isso.
Desculpem pela megaa nota
Nos vemos no próximo cap ou pelos comentários.

~Xu da sua MissPotatoHead


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