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História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - I Don't Remember


Escrita por: 96l1n3

Notas do Autor


"Minha mãe sempre diz:
- Antes tarde do que nunca."

Capítulo 6 - I Don't Remember


Fanfic / Fanfiction Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - I Don't Remember

A primeira coisa que sentiu ao abrir os olhos foi a cabeça latejar em dor, a segunda foi fortes náuseas que faziam tudo no seu estômago revirar. Se virou para um lado e para o outro, mas sua cabeça parecia pesar uma tonelada parecia prestes a explodir a qualqier momento, e todo o movimento só fazia seu enjoo piorar. Sabia que estava deitado, mas estava tão tonto que sentia que iria cair a qualquer momento.

O calor lhe abraçou, provavelmente já era dia, na verdade já estava ficando sufocado e suado. Sabia que se a janela estivesse aberta os raios logo iriam incomodar, mas não tinha nenhum pingo de coragem de abrir seus olhos, nem sequer para saber onde estava e muito menos como havia chegado até ali, a última coisa da qual conseguia lembrar era que seu tanque estava seco e que havia entrado em um bar, depois disso era apenas uma bagunça de cenas em sua cabeça, mas, nada disso lhe interessava no momento.

O que despertava bastante seu interesse era pensar em um belo copo com água e uma aspirina, aquela mistura até parecia-lhe o mais belo dos sonhos, no momento desejou ter o poder de materializar coisas para poder trazer os dois até onde estava para não precisar fazer nenhum movimento, mas, infelizmente não seria possível então lentamente seus olhos foram se abrindo e a claridade invadindo sua visão, realmente era dia e parecia ser bem tarde. Pelo cerrar dos olhos enxergou a janela aberta com suas persianas cinza balançando com o vento que passa pela mesma. Pouco a pouco conseguia vencer as forças que mantinham seus olhos fechados e pela cor da parede junto com a decoração do ambiente percebeu que estava realmente no seu quarto, sua casa.

"Como raios isso pode ter acontecido?"

Não fazia a mínima idéia de como esse fato havia acontecido, até porque as lembranças da noite passada não lhe vinham à cabeça, só conseguia ver mãos percorrendo todo seu corpo, por breves segundos se perguntou se poderia ter sido violentado. Poderia ter matado alguém nas últimas horas por causa do tal assédio, seu nome poderia estar estampado no jornal como um procurado da CIA, podia também acabar descobrindo que perdeu sua casa em um jogo, as opções eram tantas e nenhuma delas lhe agradavam, apenas um delas, não poderia beber novamente nem tão cedo, talvez nunca.

Levantou seu tronco e pôs seu corpo para fora da cama e foi dando um passo após o outro, lentamente arrastando os pés no chão, assim após alguns minutos consiguiu chegar a cozinha.

O cheiro de panquecas, calda e outras comidas o assustaram, ele estava dormindo então não poderia ter cozinhado.

"Será que sou sonâmbulo agora?"

Pensou e repensou chegando a conclusão que havia entrado na casa errada, apesar de ser extremamente parecida com seu lar. Essa era a explicação mais sensata que se passou por sua cabeça.

- Oh! Você acordou, Belo adormecido?

Avistou a figura masculina saindo do seu banheiro usando, além de um avental, um belo sorriso.

Esfregou forte seus olhos achando que aquilo era apenas ilusão da sua cabeça, mas, o homem continuava ali a sua frente.

- Eu até pensei em te acordar, mas você estava tão bonitinho dormindo! - O convidado se aproximou de Kyung e apertou-lhe as bochechas, mas ao ver que o mesmo não demostrara reação tratou de tirar as mãos. - Desculpe.

Havia tantas perguntas passando por sua cabeça naquela exato momento, mas a única coisa que conseguiu falar foi:

- Que horas..?

- Outch! - Sorriu de canto puxando uma das cadeiras e sentando.

- O que foi? - Lentamente foi se aproximando da mesa.

- Há tantas perguntas que você poderia ter feito nesse exato momento e a primeira coisa que quer saber é sobre as horas? Me sinto até magoado.

- Desculpa?

- Só desculpo se for tomar um banho e voltar para aproveitar tudo isso que te praparei. Okay? - Arqueiou uma das sobrancelhas com um leve sorriso rondando seus lábios.

- Okay! - Deu de ombros tentando procurar por seu sorriso também, talvez aquilo não fosse tão ruim.

- Deixei uma aspirina para você no armário. - A voz o alertou logo que se preparava para sair.

"Pelo visto ele tem o poder de ler mentes."

__

- Certo, isso parece uma delícia. Você é um cozinheiro e tanto. - Foi a primeira coisa que falou após levar um pouco da comida em seu prato a boca.

- Wo, não! Quando disse que preparei eu quis dizer que comprei tudo e montei a mesa. - Sorriu discreto. - Eu sou um péssimo cozinheiro, na verdade sou um especialista na arte de queimar panelas e tudo que estiver próximo a mim em uma cozinha.

- Ah, desculpa. - Seu constragimento percorreu por todo seu corpo.

- Tudo bem, eu que me expressei errado.

- Certo, sobre a noite passada… - Brincou com o garfo próximo a seus lábios. - Você que me trouxe para casa?

- Bem, pelo visto sim. - Abriu os braços demonstrando o óbvio, já que ele estava ali até o momento então só ele poderia ter o levado.

- Quando exatamente você apareceu? - Apontou com o artefato em sua não para o outro.

- Wow! Isso é muita falta de consideração. Não se lembra de seu salvador? Que te resgatou das mãos daquele cara aproveitador.

- Então! Não aconteceu nenhum abuso? - Suspirou soltando o ar que nem lembrava que estava prendendo.

- Bem, se considerar que o que fizemos na sua cama ontem não foi nada forçado. - Se aproximou com um olhar provacante e a voz sussurrada. - Então não, não houve nenhum abuso.

- Nós... Nós dois? - Franziu o cenho.

- Você nem lembra de nadinha? Posso te falar todas as coisas que me contou naquele quarto, mas especificamente sobre aquele colchão para refrescar sua mente.

- Eu fa-lei? - Ruborizou.

Ter ido com alguém para cama não era algo para se envergonhar, o que estava lhe deixando naquele situação era o fato de não lembrar de nada.

- Iesus!' Isso é fantástico. Eu daria tudo para ter uma câmera neste exato momento e poder gravar sua expressão. Impagável! - Não se conteve e levou as mãos até sua barriga. - Nós não fizemos nada além de dormir. - Pronunciou a última frase com dificuldade pois estava sentindo o ar faltar de tanto sorrir.

- Babaca. - Bateu contra a cabeça do outro.

- Outch! - Levou a mão rapidamente ao local e pôde segurar a que atingiu.

- E qual o nome do meu cavaleiro de armadura brilhante? Será que tem um cavalo branco lhe esperando lá fora?

- Se você quiser posso ter até dois. - Aproximou os lábios do menor e roubou-lhe um selar.

- Certo, qual o seu nome, sir? - Sussurrou ainda com os lábios próximos.

- Sabe… - Se endireitou. - Eu achei que isso seria a primeira coisa que iria perguntar assim que abrisse o olhos. Por isso até acordei mais cedo para que não me agredisse quando acordasse.

- Eu não faria isso, e sim eu sei que é estranho, mas eu realmente esqueci de perguntar seu nome. Parece louco, né? Mas juro que não faço isso sempre. Talvez seja aquele remédio que me deu.

- Não é sempre… Então faz isso com frequência, dormir com estranhos?

- Não foi o que eu quis dizer.

- Eu estava brincando. Eu me chamo JunMeyon.

- Prazer, KyungSoo. - Novamente selou os lábios ao dele.

Ao ouvir o nome do menor JunMyeon sorriu levemente.

- O que foi?

- É o engraçado o fato de estarmos namorando antes mesmo de sabermos os nomes um do outro.

- Namorando?

- Pelo menos foi o que eu disse aquele cara, você sabe…

- Mas, era apenas uma mentira…

- Sim, por enquanto. - Sussurrou.

- Por enquanto?

A batida na porta interrompeu a conversa dos dois.

KyungSoo revirou os olhos e protestante foi até a mesma e ao abri-la deu de cara com uma mala, óculos escuros e um rapaz sorridente.

- Olá, querido. - Acenou. - Cheguei e espero que queira companhia, vou passar um tempinho aqui.

__

- Me desculpa baixinho, se eu soubesse que estava em um encontro teria ligado antes, queria fazer uma surpresa, mas acho que estraguei tudo. - Sentou no sofá com um pequeno bico nos lábios.

- Hey! Eu cresci dez centímetros, okay?

- Wow, parabéns! - O aplaudiu em meio a gargalhadas. - Agora você tem sessenta centímetros! Isso é um marco histórico.

- Babaca! - Deu um tapa na cabeça do outro. - E tudo bem, sem problemas. E só para constar, não estava em um encontro.

- E o que era aquele cara lindo que teve que ir embora por minha causa?

- Aquilo? É complicado Baek. Agora vamos falar apenas de você e da sua viagem. Como foi?

- Se assim prefere, tudo bem. Foi maravilhosa, a Califórnia é fantástica. Você tem que ir conhecê-la. - Os olhos de Byun brilhavam ao lembrar das maravilhas do local. - Sem contar nas pessoas.

- Imagino.

- Nossa! Que horror, quanta desanimação. Não era assim que você estava minutos atrás quando aquele rapaz bonito estava aqui.

- O que tem? - Levou um pedaço da panqueca até a boca.

- Você estava bem… Como posso dizer… Soltinho? Alegrinho, sorridente e tudo mais.

- Eu? - Quase se engasgou ao ouvir o outro.

- Sim, você mesmo meu querido. Mas isso não é uma critica. Estou até feliz que tenha superado…

- Do que está falando? - Franziu o cenho.

- Você e o Kai. Você sabe…

- Tenho que falar que a última palavra para definir o meu estado é superação.

- Calma, calma! Esse tipo de conversa precisa de álcool para acompanhar. - Falou já se levantando.

- Acho que isso não seria adequado…

Tentou, mas foi em vão. Baek logo encontrou uma garrafa de vinho na pequena adega particular de Kyung, antes de voltar a companhia do amigo tratou de arranjar duas taças adequadas para a bebida.

- Primeiro, respire. Segundo, beba uma taça toda. - Abria a garrafa e já servia os copos. - Terceiro, respiro novamente e por fim quarto, mais não menos importante, me conte.

Kyung observou por alguns segundos a taça que lhe foi estendida, lembrava muito bem que mais cedo tinha prometido a si mesmo que não beberia mais. Mas, agora com Baek com sua frente pensou "Por que não?". Estava em um ambiente seguro e com alguém que confiava bem ao seu lado, sabia que ele não deixaria que cometesse nenhuma loucura. E para mexer nesse assunto era preciso estar alcoolizado, pois sóbrio seria muito difícil lidar.

Baek o olhou com atenção, queria ajuda-lo. E sempre lhe disseram que para passar por um problema deveria ter uma pessoa confiável para desabafar, alguém que sempre escutaria sem reclamar e principalmente apoiasse qualquer que fosse a decisão. E como "padrinho" do ex-relacionamento ele sentia que devia ser essa pessoa para Kyung, e para Kai também se fosse necessário.

- Okay. - Pegou a taça e lentamente degustou da bebida. E após completar todos os passos dado pelo que estava em sua frente ele voltou ao assunto. - Eu ainda o amo, Baek. Amo tanto que dói. É difícil ver ele e não poder tê-lo. - Suspirou tentando afastar as lágrimas que ameaçavam aparecer. - Eu quero tocá-lo, dizer que fui bastante estúpido por ter deixado ele… Que ele é tudo para mim.

- E por que você não faz isso?

- Baek… Não...

- Você precisa fazer isso. Agora! Aposto que o Kai pensará duas vezes. - Levantou já pegando o seu celular e dando ao menor.

- Baek, sério... Não.

- A.G.O.R.A!

- Certo, certo. - Pegou o aparelho que lhe foi estendido e discou o número que por vezes tentou esquecer.

Bebeu mais duas taças de vinho sem pausa, suas mãos já suavam e tremiam. Apertou em "Chamar".

Um toque.

Dois toques.

Aquilo era um sinal, se JongIn não atendesse nos três primeiros toques era um sinal que ele não queria mais vê-lo.

Três toques.

[- Alô. - A voz do outro lado da linha era rouca.]

Soo afastou lentamente o celular do ouvido e olhou as horas. Já era madrugada, ele sentia que estava realmente louco por fazer isso.

- Eu te amo.

[- Como? Aconteceu algo?]

- Não... Só que…

[- Onde você está?]

- Em casa… Por que? - Sentiu sua voz falhar.

[- Não sai daí, já estou chegando]

"Tu, tu, tu"

O menor encarava o aparelho com a boca entreaberta.

- O que houve? - Byun que até então assistia apreensivo a cena se aproximou, mas não obteve respostas. - Fala logo! Quer que eu desmaie aqui nesta sala de ansiedade?

- Ele está vindo. - Sussurrou.

- Como?

- Ele está vindo para cá.

- Oh céus! Eu preciso sair daqui. Não... Eu vou me trancar no quarto e só saio amanhã. Não se preocupe comigo, tenho biscoitos, água e um fone de ouvidos bem potente. Então, façam o barulho que quiser.

- Nossa, Baek! Você é nojento!

- O que é? Ele não curte?

- Cala essa boca e vai para o quarto.

- Certo. - Beijou rapidamente o rosto do amigo. - Me agradeça por isso amanhã.

E antes que o menor o xingasse ele correu para "seu" quarto, que nada mais era que o quarto de hóspedes, mas, como só ele usava aquele quarto já havia tomado a liberdade de chamá-lo de seu e até trazer artigos seu para decorar e guardar ali.

Batidas foram na porta. Kyung olhava para um lado e outro tentando entender onde havia se metido. Ele mesmo pensará que estava com alguém que confiava e que não deixaria que cometesse nenhuma loucura, e esse próprio alguém havia o metido na maior loucura de sua vida. Mas, não poderi mais voltar atrás.

Andou até a porta e antes de abri-la respirou fundo e contou até três. O que encontrou foi o homem meio descabelado e ofegante lhe encarando com um brilho no olhar.

- Você bebeu? - Tentando controlar a respiração sentiu o cheiro do álcool.

- Um pouco.

- Claro, só assim para você me ligar.

- Isso não é verdade.

- Você provavelmente não lembrará de nada disso amanhã.

- Eu não estou bêbado.

- Então, fale de novo.

- Como?

- Repita o que me disse.

- Eu… Eu te amo Kim Jong…

E antes que podesse terminar a frase o rapaz sem nenhum aviso prévio tomou seu rosto entre as mãos e o beijou, um beijo cheio de desejo e saudade.

'Iesus - Sim, não foi um erro de digitação. Apenas quis usar a forma em Latim mesmo ♡


Notas Finais


Heeey~
Não me matem, pls.
E espero que ainda tenha algum leitor por aqui~ /acena.

Certo, poderia fazer um longo texto aqui explicando o porquê da demora na postagem, mas não farei isso.

PDLM terá 17 belos capítulos e está faltando apenas três para que eu encerre a escrita. Em fim, como estou chegando a reta final da escrita resolvi voltar a postar aos poucos.

No mais, acho que é apenas isso~
Xu no coraçãozinho de vocês.


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