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História Please, don't say you love me - A história se repete. - Capítulo 8 - Me desculpa.


Escrita por: princessbugboo

Notas do Autor


Dica do dia, leiam o capítulo com a song Yiruma - Kiss the Rain
O link para quem quiser ouvir estará nas notas finais.
É isso, boa leita nenês <3

Capítulo 8 - Capítulo 8 - Me desculpa.


Adrien.

 

Quando Adrien saiu do banheiro, Marinette andava em seu quarto de um lado para o outro com o celular em mãos. Ele imaginava que a garota estava tentando falar com seus pais.  

— Então eu posso ficar? — Perguntou. Adrien a observava tentando secar um pouco seus cabelos, esperava ansiosamente que os pais da garota permitisse que ela ficasse ali aquela noite. Pelo menos poderia ter um pouco de paz e sossego. — Obrigada, mãe. Sim, eu sei. Pode deixar. — A menina desligou o telefone e se virou em sua direção, para sua surpresa, Marinette correu em sua direção e pulou em seu colo passando as pernas em volta de seu quadril. Adrien a segurou com firmeza e a menina sorriu.  

— Isso quer dizer que vai ficar? — Perguntou e Marinette assentiu com a cabeça.

— Sim e sim. Bom, meus pais vão aproveitar para saírem hoje então permitiram que eu ficasse aqui. Entretanto, teremos que pular cedo amanhã para passar em casa e pegar minhas coisas antes da aula. — Ela falava tão rápido que Adrien tentou acompanhá-la, a garota soltou uma risadinha e baixou um pouco a cabeça, deixando seus rostos próximos. — Desculpa, amor. — Seu rosto ficou rubro e ele sorriu. 

— Pedindo desculpa? — Ele riu dela. — Você apenas parecia um papagaio falando de tão rápido. — Suas palavras soaram brincalhona, Marinette fez uma careta feia para ele e Adrien quebrou a distância entre eles, selando seus lábios. Apenas não aprofundou o selinho pois alguém havia batido na porta do quarto. Marinette saiu do seu colo e por algum motivo, correu em direção ao banheiro. Ele sorriu de canto. 

— Pode entrar. — Disse e logo Nathalie apareceu no quarto, Adrien pegou o pente e começou a pentear o seu cabelo em frente ao espelho do quarto.

— O jantar está pronto. — Nathalie avisou antes de abrir um largo sorriso assim que Marinette saiu do banheiro, Adrien a olhou por cima do ombro, sua garota estava mais “apresentável.” O pensamento o fez sentir vontade de rir, se ela soubesse o quanto ficava linda até mesmo com os cabelos revirados. — Ah, você está ai, Mari. Fico contente em saber que jantará conosco hoje. — A secretária do seu pai falou de forma gentil. Adrien sabia o quanto Nathalie parecia mais uma mãe para ele, desde a ausência da sua, era ela quem cuidava dele.  

— Obrigada. — Marinette estava envergonhada, ele a conhecia tão bem. Terminou com os cabelos e se aproximou das duas garotas, passando seu braço ao redor dos ombros de Marinette.

— Então vamos descendo? — Nathalie assentiu com a cabeça e foi logo a frente deles. 

— A porta do quarto estava o tempo todo aberto? — Marinette perguntou assim que Nathalie desapareceu do campo de visão deles.

— Sim. — Ela o encarou feio.

— Como assim sim? — Ela o questionou. 

— Ninguém entra no meu quarto sem bater antes, relaxa. E foi você quem passou por último. — Ele abriu um sorriso largo e podia ver através da expressão furiosa de seu rosto o quanto ela sentia vontade de socá-lo.


 

***

 

— Ryan pareceu gostar do seu trabalho, Marinette. — Seu pai soltou na mesa enquanto comiam. Adrien se conteve para não revirar os olhos, Ryan, ele conhecia o rapaz de vista o suficiente para não simpatizar com ele. Ryan trabalhava para o seu pai desde os 15, assim como Marinette, Gabriel havia visto um talento nele. Talvez o talento que Adrien não tinha.

— Ele é um bom profissional. — Marinette respondeu e Adrien enfiou um das mãos por debaixo da mesa, repousando sobre a coxa de sua namorada. Ele não queria ter que ficar ouvindo aquilo, exceto, se viesse de Marinette por livre e espontânea vontade. Não se importava, até gostava de escutá-la falar, mas vindo de seu pai o fazia ficar com certa raiva. 

— Sim. Eu sempre soube que ele tinha um potencial. Só precisava de um empurrão. — Adrien queria que seu pai não continuasse a falar do seu perfeito funcionário. 

— Pai. — Ele exclamou quando apertou de leve a coxa de Marinette, a garota o encarou assim como Gabriel. — Réveillon está chegando, eu e meus amigos queríamos se reunir aqui já que estará viajando. Tudo bem? — Murmurou. Gabriel pareceu confuso com a mudança repentina de assunto.  

— Então fará uma festa. Sabes… — Mas Adrien não deixou terminá-lo. 

— Sei que negaria uma festa. Mas apenas será um encontro entre amigos afim de passar um tempo juntos, não tem nada demais. Será apenas nós. — Respondeu. 

— É verdade, Marinette? — De repente sentiu a sua garota sobressaltar da cadeira, não estava preparada para ser colocada no assunto daquele modo. Primeiro, ela o olhou e então depois encarou Gabriel e abriu um largo sorriso. 

— É sim, se… Gabriel. — Marinette estava corada, ela sempre ficava adorável daquela forma. 

— Tudo bem então. — Foi a vez de Adrien se sentir surpreso. Imaginava que precisava implorar para seu pai aceitar a comemoração da virada de ano com seus amigos, mas parecia que quando Marinette estava presente, tudo ficava mais prático. Ele sentiu seu coração bater forte contra o seu peito quando olhou para a garota. Como ela conseguia ser tão adorável e fazer com que até mesmo alguém como o seu pai mostrasse um pouco de empatia? Outra vez, Gabriel e Marinette havia entrado no mundo deles falando de moda, mas Adrien não se importou enquanto observava cada reação de sua garota. Quando ela terminou de comer, enfiou sua mão por debaixo da mesa e levou até a sua que ainda estava em sua coxa, entrelaçou seus dedos sobre os dele e o olhou rapidamente antes de voltar sua atenção para o Gabriel. Adrien sabia, que aquilo que sentia por ela, era amor. A dor das vagas lembranças de uma vida passada entre eles diminuía cada vez que estavam juntos, mas sua insegurança e o medo de perdê-la sempre ficavam mais forte. Misturando com a mesma sensação que agora têm sobre a sua mãe. Mais alguns minutos e então todos se levantaram, imaginava que seu pai tivesse ido para o escritório enquanto deixava Marinette guiá-los até o quarto. 

— Você toca piano? — De repente ela parou e perguntou. Seus olhos foram de encontro com o piano na sala, fazia tanto tempo que ele não havia mais mexido ali. Sentia como se uma parte de sua mãe continuasse naquele instrumento. Ele engoliu em seco. 

— Sim. — Respondeu e antes que pudesse puxar Marinette, a garota o arrastou até o instrumento. Se posicionou na cadeira e ergueu o rosto, seu olhar estava cheio de expectativa como se implorasse que ele tocasse. Adrien sentiu algo novo dentro dele enquanto encarava aquele sorriso gentil e o jeito angelical que a garota transmitia para ele.

— É injusto. — Ele riu baixo e a menina arregalou os olhos levemente.

— O que? — Ela perguntou, fazendo um pequeno bico em seguida. 

— Você me olhar desse jeito. — Ele sussurrou e a menina corou violentamente quando desviou seu olhar do dele. 

— É só uma música. — A voz saiu baixa, mas ela parecia quase o implorar. 

— Tudo bem. — Ele deu uma volta na cadeira que estava sentada e se colocou ao lado dela. Quando Adrien levantou a proteção do piano, sentiu seu coração bater forte em seu peito a ponto de doer de forma suportável. Era a primeira vez que mexia ali desde que sua mãe sumiu. Encarou os teclados, não sabia exatamente o que iria acontecer, mas podia sentir o olhar de Marinette sobre ele. Se aquilo a fazia feliz, para ele tudo bem. Gostava de arrancar um sorriso dela, então ergueu a mão em direção ao teclado e parou por alguns instante, em seguida, se concentrou e começou a tocar Kiss the Rain, era uma das partituras que Adrien havia aprendido com sua mãe. Os dois tinha uma grande admiração por Yiruma, a melodia era calma, ele sabia que Marinette o encarava com curiosidade, mas também com paixão. Aquele tipo de sentimento que apenas a garota sabia transmitir. Não era tão ruim assim, nada de anormal estava acontecendo, mas seu peito enchia-se de saudades a cada momento que seus dedos afundavam suavemente pelas teclas do piano. Sem que Adrien percebesse, seus olhos começaram a marejar quando as lembranças com sua mãe vieram a tona. Ela o ensinando a tocar a melodia, a cada erro, a risada dos dois ecoando pelo cômodo. Amélia era sempre tão amorosa e gentil, o entendia tão bem. Aquele era sempre o momento dos dois, uma das coisas que eles gostavam de fazer juntos, seria estranho se ele não sentisse tanta coisa se acumulando naquele exato momento. E como se a dor o perfura-se e cutuca-se a ferida que estava tão bem escondida, Adrien parou de tocar e levou ambas mãos até o rosto, como se tentasse combater o choro que estava por vir. Era um choro misturado com tristeza, dor e saudades. Será que ele nunca mais veria sua mãe? Sentiu braços o embalarem, era Marinette, ela era a única que conseguia transmitir segurança e paz nele. Adrien a agarrou, descansando seu rosto em seu peito enquanto as lágrimas insistiam em cair. A garota o abraçou como podia e depositou um beijo calma no topo de sua cabeça.

— Me desculpa. — Sua voz também saiu chorosa. Isso o fez levantar o rosto, Marinette chorava em silêncio pela sua dor. — Eu não sabia o quanto significava para você. — Ela sussurrou. 

— Está tudo bem. — Ele deslizou o polegar pela bochecha da menina, limpando a lágrima que persistia ali.  Ela segurou sua mão e arrastou até seus lábios depositando um beijo na palma de sua mão. 

— Foi negligente da minha parte, Adrien. — Murmurou. Não, ela não havia sido negligente, não era a culpa dela. Marinette não sabia. Levou sua mão até a nuca da garota e trouxe seu rosto para perto. 

— Não. — A olhou. — Você não tinha como saber. — Murmurou e a menina parecia se conformar quando assentiu com a cabeça, Adrien quebrou a distância que havia entre eles e a beijou, com ternura e paixão. 


 


Notas Finais




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