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História Pleasure Pact - Capítulo 10


Escrita por: fucksnsd e instavel

Capítulo 10 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction Pleasure Pact - Capítulo 10

Eu jamais me separarei dela.

Deitada nos lençóis em desalinho, Taeyeon contemplava Tiffany, que sentara diante da janela. Com as persianas abertas, a luz inundava o quarto, fazendo com que ela brilhasse como um anjo vestido com um roupão branco largo demais. A cachorra adormecera ao seu lado, repousando o focinho no colo de Tiffany. Vayne estava roncando.

— Dê um cutucão nela. — Taeyeon saltou de pé. — Depois que ela engrena, abala as estruturas.

— Vayne finalmente decidiu sair do esconderijo e dizer olá. Não farei nada que ameace a nossa amizade. — Adormecida, Vayne roncou e esticou a pata traseira. Taeyeon estendeu os braços para Tiffany.

— Esqueça a cachorra e volte para mim.

— A labuta de uma mulher. — Tiffany afagou a orelha de Vayne e se aproximou, apertando o cinto do robe.

— Não se preocupe com isso. Já tomamos banho, descansamos e armazenamos provisões. Agora é hora do recreio.

Tiffany suspirou. — Quê? De novo?  — Ao sentir que Tiffany derreteu debaixo de si, Taeyeon puxou o cinto do roupão.

— Não é melhor do que fazer carinho na orelha da minha cachorra? — Admirou a boca de Tiffany — entreaberta, convidativa— e abaixou a cabeça. De súbito, ela ofegou. Tirou Taeyeon do caminho e sentou ereta. Sem querer, bateu a testa no queixo dela.

— Oh, Deus, Eu tenho um encontro hoje às 15h com um vereador. Ele queria discutir um show ao ar livre. Que horas são? — Agarrou-lhe o braço. — São 14h30. — Tiffany saltou da cama. — Ainda dá tempo. Imperturbável, Taeyeon desabou na cama.

— Relaxe. Pedi que Yoona cancelasse todos os compromissos na sua agenda. Você viu que eu liguei para ela no caminho.

— Mas não tenho certeza se marquei o nome dele. Ele ligou tarde na sexta-feira. Eu estava com pressa.

— Eu ligo amanhã e explico.

— Que tiramos o dia de folga para amarrotar os lençóis? Nada profissional. — Taeyeon acompanhava com os olhos, enquanto Tiffany recolhia as roupas no chão.

— Essa foi a primeira folga que eu tirei em tantos anos que mal consigo me lembrar. E não é o dia inteiro. Só uma tarde. — O robe voou pelos ares e a calcinha branca se amoldou ao bumbum rebolativo.

— Eu nunca tirei folga.

— Então, já é hora de tirar. — Um sutiã bege cobriu os seios que Taeyeon tanto adorava. 

— Não se vou decepcionar alguém. — Taeyeon levantou e especulou se deveria começar a despi-la de novo.

— Eu sou a dona da agência, Tiffany. Acredite-me, você não vai me decepcionar.— Ela fechou a saia. Emburrada, Taeyeon segurou a mão dela. — Acalme-se. Vamos nos concentrar no que é importante aqui.
— Tiffany lançou-lhe um olhar fulminante.

— Quem me dera. — Geniosa. Ela adorava esse outro lado da personalidade dela.

— Embora eu saiba a sua resposta, talvez você prefira me explicar esse último comentário. — A blusa cobriu a pele alva. Pele macia. Boa de beijar.

— Quando você me promoveu, vencer a premiação com essa campanha significava tudo. Os patrocinadores confirmaram que estavam dispostos a procurar outra agência e que levariam outros consigo. Nós temos que ganhar o ouro. Certo?

— Certo.

— Essa ainda é a minha prioridade, mas será a sua? Porque, ultimamente, você não age como se tivesse muita certeza disso.
— Incrível.

— Essa é mesmo a coisa mais importante para você, não é? — Parte de Taeyeon aplaudiu. Outra lembrou do que partilharam. Não foi sexo — mais do que corpos unidos e cedendo ao instinto. Fizeram isso, também. E foi fantástico. Mas o que hoje significou para Tiffany? Para ela, significou muito. — Desculpe por fazê-la escolher entre eu e o vereador.

— Essa foi a coisa mais infantil que já escutei. — Taeyeon sentou direito. Droga, Tiffany tinha razão. Não era questão de escolher entre duas pessoas.

— Tiffany, ninguém vai despedi-la. Você não precisa escolher entre mim e a sua carreira.

— Por que tenho a sensação de que sou a única pessoa lúcida por aqui?

— É só uma tarde, pelo amor de Deus. Se eu não achasse que poderíamos aproveitar, não estaríamos aqui. Em relação ao trabalho, quem define os planos sou eu. Você só precisa seguir as minhas instruções.

— Correto, você é quem manda. Mas eu ainda estou um pouquinho confusa, portanto, responda essa. Você ganha mais do que o sujeito que inventou a pasta de dente, não é? — Taeyeon trincou o maxilar. Quem queria falar de dinheiro?

— Talvez.

— Se tudo der certo, a campanha, a agência. Você poderia investir em outras empresas. Poderia investir em dez. Assim, realmente. — qual é o problema? As pontas das orelhas de Taeyeon começaram a queimar. Pensara que a conhecia. Parece que não conheciam uma à outra, afinal. — É tão difícil de entender assim? Eu poderia escrever num quadro-negro, se quiser. —
A apreensão lampejou nos olhos dela. Falara demais, passara dos limites, e sabia disso.

— Estou tentando entender, só isso. Hoje cedo você falou que tinha medo do fracasso. Certas pessoas não dão a mínima para isso. Importam-se tão pouco que sequer tentam conquistar nada. Por que algumas pessoas se importam e outras não?
Tiffany ficou cabisbaixa, calada, como se compreendesse.

Taeyeon se inflamou.

— Farei qualquer coisa para manter a agência, não apenas viva, mas bem-sucedida e ativa. Caso contrário, eu perderia algo mais valioso que uma mansão com três banheiras de hidromassagem. Perderia o meu nome, a honra, o orgulho. Uma vez foi suficiente. Nada e nem ninguém me verá tão arrasada de novo. O fogo no seu íntimo se extinguiu. O corpo esfriou.

Isso era amor?

Tiffany se uniu a ela na cama. Sentadas lado a lado, ambas olhando para a janela, sem falar durante um longo tempo.

— Taeyeon, você não precisa dizer, mas..

— Quer o resto da história? Quando fiz papel de idiota? — Por que não? O passado dela não era segredo de estado.

— Eu não chamei você de idiota.

— Não, quem chamou fui eu. Deixe-me fornecer a versão resumida, embora açucarada, e existem algumas semelhanças. Portanto, não se ofenda. — Tiffany se conteve e escutou. Ela exagerou. No trabalho, Taeyeon estava no comando, tal e qual ela dissera. Mas essa discussão deveria ser alguma surpresa? Quando os relacionamentos se complicam, todo o resto se complica também. — Anos atrás, quando montei a minha primeira empresa apaixonei-me por uma mulher que parecia uma boa idéia na época. Ela trabalhava para mim, eu a promovi e, quando mais precisei, ela se mandou da cidade.

Tiffany ficou lívida.

— O que você fez?

— Eu queria jogar a toalha. A minha lista de clientes era pobre demais para me preocupar. Aposto que certas pessoas no mercado balançaram a cabeça e suspiraram pela garota que jogou bola no campo errado. Por um triz não chutei tudo e me alistei.

— Exército? Marinha?

— Aeronáutica. — Os aviões de papel. Lógico. Agora tudo fazia sentido — Eu sempre quis pilotar caças. Mas como o meu pai adoeceu, e a minha mãe não conseguiu segurar a barra, decidi ficar perto de casa. Tenho um irmão caçula. Ele precisava de uma figura familiar durante a adolescência.

Tiffany se aproximou mais. — O que aconteceu? A situação da sua família a deteve de novo?

— Naquela época, os meus pais já haviam morrido e o meu irmão se mudara para Londres.

— Então, por que não voar?

— Teimosia. Orgulho. E, talvez, parte de mim achava que era tarde demais. Que a minha vida tomou outra direção, por bem ou por mal. — Taeyeon abandonou um sonho? Será que ela esperava que ela abandonasse os seus, também?

— Ainda me restava um cliente de porte decente — ela continuou — que acreditou em mim, por alguma estranha razão. Eu não queria decepcioná-lo. Tomei coragem e decidi que a única maneira de fazê-lo era me certificar de que eu seria o melhor. Uma tremenda ferramenta de motivação. Agora eu a incorporei. Não posso fracassar de novo. Não é uma opção.

— Entretanto, olha você agora, matando o trabalho comigo?

— Por onde anda a mulher sensata que certa vez falou que todo mundo precisa tirar folga de vez em quando, para não explodir? Nós duas trabalhamos muito. Merecemos uma recompensa. — Tiffany por pouco não pediu desculpas. Talvez tivesse exagerado quanto ao compromisso. Espiou as horas no relógio dela. Tarde demais para chegar a tempo.

— Se não se importa, ligarei para a Yoona para garantir que ela cancelou com o vereador.

— Deixe que eu faço isso. — Dois minutos depois, tudo confirmado. — Viu? — Taeyeon desligou. — Sem terremotos. Agora, se não se importa, pretendo aproveitar ao máximo essa preciosa tarde de folga. — Puxou a perna dela para cima dos quadris. Tiffany não conteve o riso.

— O que está fazendo com os meus dedos dos pés? — Taeyeon acariciava um por um.

— Ainda não sei direito. Mas tenho um pressentimento de que nós duas vamos adorar.


Notas Finais


capitulo pequeno, porém alguns detalhes da história da Tae tinham que ficar esclarecidas para a Fany e para vocês também.


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