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História Pleasure Pact - Capítulo 6


Escrita por: fucksnsd e instavel

Notas do Autor


Hey!

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Pleasure Pact - Capítulo 6


— Reclinada numa espreguiçadeira na sacada de Jessica Jung, Tiffany tentou parecer despreocupada com a notícia que a deixara meio zonza.


— Sinto muito, querida. De verdade. — Frustrada, Jessica recostou na cadeira e passou os dedos na massa de cabelos ruivos. — Eu queria que essa perna infeliz sarasse logo, mas o médico disse que ela não parece nada bem.

Desviando o olhar da vista panorâmica da cidade, Tiffany assimilou a informação. Ela torceu feito louca para Jessica estar bem para ir ao lançamento — assim o seu estômago poderia parar de revirar feito uma betoneira sempre que pensava na noite de amanhã. Tiffany sentiu um toque no ombro. O olhar deixou o crepúsculo para se deparar com o semblante solidário de Jessica.

— Se fosse possível, sabe que eu iria. Se essa perna não fosse tão danada de teimosa, e o remédio não derrubasse um elefante.

Tiffany se rendeu a um sorriso. Jessica sempre a fazia sorrir, o que era uma grande razão pela qual trabalhavam tão bem juntas. Apesar dos serões, da agenda apertada, das unhas roídas e dos telefonemas histéricos, as últimas semanas foram divertidas. Jessica se tornara mais que uma amiga.
Incapaz de se sentir confortável, Jessica se remexeu na cadeira.

— Eu sei que você será maravilhosa amanhã à noite. Assim como foi até agora. Você fez um trabalho fantástico. A Taeyeon concorda. Ela acha que você é especial.

Com um aperto no peito, Tiffany evitou os olhos dela. É claro que não lhe contara nada sobre o incidente no estúdio. E ela seria sequer capaz de descrever como aquela experiência a afetara? Depois de decidir realizar aquela fantasia, o seu rumo foi definido. Fazer amor com a chefe em um genuíno armário, em um endereço badalado, fora uma das coisas mais impulsivas que já fizera. E não se arrependia um minuto sequer. Até que elas se vestiram e chegou a hora de partir. Então, os monstros da dúvida vieram assombrá-la para valer.

Ela resolveu se ater ao plano: uma vez só, esquecer Taeyeon e as frustrações sexuais, depois se concentrar no trabalho para seguir o próprio destino. Mas se arrepiou toda ao pensar que Taeyeon diria que não haveria uma segunda vez antes dela. Então, ela virou a mesa e sugeriu mais sexo clandestino. Mencionara colchas e, daí em diante, ela não sabia mais se queria esquecer ou implorar que Taeyeon a possuísse outra vez. E continuava sem saber.

Tiffany suspirou.

O que Taeyeon estaria fazendo agora? A cadeira de Jessica arranhou os azulejos e Tiffany se virou depressa. De muletas, Jessica mancou até a sala principal do apartamento.

— Entre. — ela convidou. — Tem algo que ainda precisamos resolver para amanhã. Tiffany entrou em ação. Achava que checara tudo. Embora jamais admitisse, passara a semana inteira tão ocupada que os seus níveis de energia estavam no zero. Mas essa era de longe a incumbência mais importante que recebera. Se o lançamento promocional do programa Kim Ad. fosse um sucesso, ela provaria o seu valor não só para Taeyeon, mas também para si mesma. Seria um complemento excelente no currículo quando rumasse para o exterior.

O estômago embrulhou.

Apertou o coração de ouro e entrou no apartamento. Ansiedade. Às vezes ainda acontecia quando pensava em ir embora. Mas ela realizaria aquele sonho. Ou se sentiria fracassada, como fracassara tantas vezes na escola e aos olhos do pai. Ele sempre a criticava.

— Querida? — Jessica a aguardava no fundo da sala. — Pode vir até aqui? É uma tortura acomodar o meu traseiro nesse sofá. — Depois de se acomodar, Jessica deu uma palmadinha na almofada a seu lado. — E isso que sempre vejo você usar no pescoço?

— Foi um presente da minha mãe. — Sempre que falava nela, Tiffany sentia um aperto no coração. — Ela morreu há poucos anos. Dizia que era para me lembrar que eu poderia alcançar as estrelas se tentasse. Jessica desviou a atenção do coração para os olhos de Tiffany.

— É a coisa mais linda que já ouvi. Sempre que eu contava a minha mãe que queria cantar em Vegas, ela afagava a minha cabeça e me mandava dar milho para as galinhas.

Tiffany deu uma risada.

— Mas você cantou em Vegas. — Os olhos de Jessica reluziram.

— E arrasei, também. Como você vai arrasar amanhã. Portanto, você precisa de uma roupa deslumbrante à mão. Conte-me. — Tiffany paralisou. Por que não pensara em um vestido até agora? Mentalmente, ela vasculhou o armário. Casual elegante, profissional, grunge, praia. O coração começou a retumbar.

— Devo ter alguma coisa. — Jessica refletiu um instante, depois apanhou o telefone na mesinha.

— Não tema. A sua fada madrinha está aqui.
— Fada madrinha. O título caía como uma luva, num estilo muito contemporâneo.

— Para quem você está ligando?

— Para a boutique AH That.

— Aquela loja exclusiva no saguão? Não posso pagar nada dali.

Jessica simplesmente... Sorriu.

— Alô. Jessica Jung do quarto 281. Preciso de algo no tamanho. — lançou um olhar atento para o corpo de Tiffany — 38 para um evento a rigor amanhã à noite. O que você tem que deixaria trezentas pessoas embasbacadas?

Histérica, Tiffany balançou a cabeça. Uma bolsa da Ali That estouraria o seu orçamento, quem dirá um vestido.

— Sem limite de preço. — Jessica retrucou ao telefone.

— A única exigência é ser poderoso. — Piscou para Tiffany. — Você vai subir em 15 minutos com uma seleção?

— Espiou o relógio. — Combinado. Importa-se de fazer outro favor? Marque um horário no esteticista ao lado para as 14h30 amanhã. Shampoo, escova, manicure, pedicure. Serviço o completo!

— Desmarque tudo. — suplicou Tiffany quando Jessica desligou. — Daqui a pouco você vai chamar uma limusine. Não posso pagar nada disso.

— Você representará a Kim Advertising e a sua aparência refletirá a agência. Não se preocupe com a conta. Acertarei tudo com a Taeyeon. Ela ficará encantada.

Tiffany lembrou como Taeyeon gostava de ser informada sobre as despesas. Apesar de ter dormido com ela, negócios são negócios.

— Não tenho tanta certeza.

— Bem, eu sim.

— Por que diz isso?

— Porque ela está interessada, e não apenas no seu talento publicitário.

— Você sabe disso?

— Também sei que existe uma atração entre vocês duas.

Tiffany se aproximou mais.

— Como?

Será que aquilo andava estampado na sua testa? O quanto Jessica sabia? Que, após uma noite ardente, Taeyeon concordara em jamais voltar a tocar no assunto? A atitude profissional em relação a ela fez com que a respeitasse. O desinteresse pessoal também a deixara com vontade de chorar ou estapeá-la.

— Eu sei porque ela estufa o peito sempre que um de nós menciona o seu nome. E quando peço que fale qualquer coisa com ela, as suas bochechas ficam da cor de framboesas.

Agora Tiffany sentiu as tais framboesas.

— Não significa que aconteceu nada. — Jessica não engoliu.

— Eu me enganei? — Tiffany vacilou. — Não. — E hoje, após quatro semanas de batente, Taeyeon começou a implicar com ela de novo, jogos de palavras, olhares expressivos que deflagravam chamas em suas veias. Ambas concordaram em nunca tocar no assunto, mas foi melhor assim? Ela não tinha a menor noção do que dizer. Porém, cada vez mais precisava dizer algo. Algo presunçoso, doloroso ou talvez desesperado. E era isso que ela temia mais que tudo. Acaso mencionasse aquela noite furtiva, começaria a gaguejar ou faria papel de boba. Ou o agarraria e faria papel de boba. Nenhuma opção era boa.

— Meu melhor conselho para a festa de amanhã é: simplesmente se divirta.

Desde que a "diversão"não me meta em confusão e eu perca o emprego, desejou Tiffany.

No dia seguinte, na mansão de Taeyeon, Tiffany seguiu Gilbert, o mordomo, até uma alameda orlada de pinheiros verdejantes.
Naquela tarde, ela se certificara de que tudo estava em ordem para o lançamento promocional da campanha do Kim Ad. Durante as últimas semanas, sempre que Taeyeon estava no escritório, ela fora até lá várias vezes para os preparativos. Precisava garantir que o elenco estelar de convidados ficaria impressionado. E que os patrocinadores todo-poderosos ficassem mais deslumbrados ainda. O grisalho Gilbert, de calça caqui e camisa estampada, falou com ela por cima do ombro.

— A Srta. Kim insistiu para que eu a levasse até ela antes de você ir embora. Talvez pudéssemos providenciar um traje de banho, se desejar unir-se a ela num mergulho.

Mais abaixo da encosta, Taeyeon lançou o corpo magro mas definido na água azul cristalina de uma piscina de 50 metros. Deu a volta na borda, depois subiu à tona para nadar de volta, tranquilamente.

Água. Taeyeon. Trajes sumários.

— Não dessa vez, Gilbert. — A idéia era tentadora demais.

Um bando de periquitos-rei australianos sobrevoou as cabeças de ambos para pousar num bosque de grevíleas, além de um espetacular relógio de flores. Lá embaixo do penhasco, o porto exibia uma frota de barcos à vela. Os enormes portões de casas imponentes em estilo mediterrâneo, quadras de tênis, gramados impecáveis. Quando avistou o lugar pela primeira vez, Tiffany quase caiu para trás. Taeyeom não era apenas rica, era multimilionária. De onde vinha todo aquele dinheiro? Será que a empresa lhe rendera tamanha fortuna?
Mansões como essas só existiam no cinema. O seu apartamento de dois quartos em Manly era um cubículo comparado a isso. Se ela não mencionasse a palavra que começa com "s", nem começasse a fantasiar, conseguiria continuar vestida e tudo acabaria bem.

Quando chegaram na área da piscina, Gilbert se curvou e Taeyeon saiu da água. Os cabelos negros respingavam e uma usina de músculos definidos luzia sob o sol tórrido. Taeyeon apanhou uma toalha branca no encosto de uma espreguiçadeira e enxugou os cabelos. As lembranças da cabine a assaltaram, mas Tiffany se obrigou a desviar os olhos daqueles ombros e encará-lo antes de falar.

— Eu vim dar uma última conferida para hoje à noite. O Gilbert me disse que você queria me ver.

Taeyeon parecia tão diferente nesse ambiente. Ainda mais segura, mais charmosa. E claro, não foi nenhum sacrifício vê-la seminua.

Ela jogou o cabelo para trás.

— Tudo bem?

Tiffany respirou fundo, mas manteve a expressão indiferente.

— Parece que sim. Todas as peças para o leilão foram providenciadas, o que foi a principal razão da minha visita.

— Perguntei se estava tudo bem com você. — Taeyeon avançou. Tiffany recuou. Ela sustentou o olhar, mas sem sorrir. — Você parecia muito nervosa ontem. Ou chateada. — Tamanha proximidade de toda aquela sexualidade a preocupava, mas por enquanto ela não conseguiria escapar.

Taeyeon lhe ofereceu uma cadeira.

— Admito que estou um pouquinho nervosa por causa da festa desta noite. — retrucou.

— Eu vou pedir o almoço ao Gilbert. Você já comeu? — Sentada à sua frente, Taeyeon apanhou o telefone na mesa. Apertou um botão e colocou o fone no ouvido. — Pedi uma salada Caesar. Ou você prefere algo mais substancial? Eu costumo tomar um café da manhã reforçado. — Ela estava mais interessada no que ela queria dizer ou em culinária?

Tiffany gesticulou para que ela baixasse o fone.

— Realmente não estou com fome. Você sempre manda o Gilbert se arrastar ladeira abaixo com a sua comida?

— Quase sempre como no escritório, ou nos jantares de negócios. Gilbert adora me mimar quando estou em casa. Mas quando ele é o único de serviço, normalmente eu corro até lá e ele me encontra na porta. — Um mordomo, todo o luxo do mundo, uma mansão que valia uma fortuna.

— Onde você conseguiu todo esse dinheiro? — Tiffany mordeu o lábio. Mas se fora direta demais, dane-se. Quem não sente curiosidade sobre as pessoas que moram em grandes mansões e dirigem carros caríssimos?

— Os meus pais eram bem de vida.

— Bem de vida ou milionários?

— Milionários meio que resume tudo. O meu pai era o maior e mais duro advogado na época dele. Recebia quantias ultrajantes pela hora. Aplicou tudo em propriedades, mercado de ações ou ouro, dependendo da temporada. Quando morreu, estava lado a lado com os homens mais ricos do país.

— O que torna você uma das mais ricas agora. — "Isso e que é ser enxerida", sua mente não parava.

Taeyeon reclinou com as mãos atrás da cabeça. Tiffany gemeu baixinho. Braços definidos um torso esculpido à perfeição.

— Meu irmão e eu ficamos bem financeiramente depois que a nossa mãe faleceu. Mas grande parte foi doada para ajudar parentes na Inglaterra. Um pouco mais foi deixado para fundações de caridade.

— Quanta generosidade. — Droga, Taeyeon baixou os braços.

— Papai era um sujeito durão, mas também racional. E justo. No fundo, o coração dele era mais mole do que o da mamãe. Ela ensinava bale aos mais carentes. Nunca conheci ninguém mais disciplinado. — Taeyeon espantou um mosquito. — Está com sede? — Apanhou o telefone de novo. — Água, ou talvez um vinho com refrigerante?

Ela estava se esforçando mesmo. Para seduzí-la? E ela queria ser seduzida? Não! Já tomara uma decisão. Nada de insinuações, sexo ou situações constrangedoras como se esgueirar para fora do estúdio sem calcinha, arriscando o respeito de Taeyeon por ela e o próprio cargo. E ela precisava de respeito — do cargo — para chegar onde queria. Contudo, quem não gostaria de se enroscar com uma mulher daquelas?

Enquanto Taeyeon falava com Gilbert, Tiffany deu uma espiada no corpo dela, ainda úmido. Poderosa, rica e uma amante magistral. O coração disparou ao imaginar o repertório de Taeyeon aplicado a um lugar mais espaçoso.

Ela desligou o telefone.

— Vou dar uma corridinha até lá em cima e buscar as bebidas.

Tiffany respirou fundo e se obrigou a levantar.

— Eu realmente preciso ir. — Ela quase se lamentou, mas se conteve. Não queria que Taeyeon soubesse o quanto lamentava. — Tenho um compromisso às 14h30.

Taeyeon não retrucou, apenas continuou a fitá-la, mas Tiffany conseguiu interpretar os seus olhos. Eles diziam que Taeyeon desejava que ela esquecesse o compromisso. Ela queria que ela ficasse. Mas se ficasse, não poderia confiar em si mesma. Depois de ontem, sabia que não poderia confiar nela. Será que Taeyeon conseguia adivinhar o que ela estava pensando? Que adoraria passar as mãos naqueles braços, cobrir a sua pele alva de beijos? Mas Tiffany não sabia se uma segunda vez não se transformaria em três vezes, ou quatro. Não queria ter um caso com Taeyeon. Não queria ansiar pelo próximo encontro. Não queria se apegar.

Taeyeon a olhou de cima a baixo, piscou e lhe deu as costas.

— Vou apanhar um robe e acompanhá-la até a porta.

Tiffany quase tornou a sentar. O semblante de Taeyeon pareceu implacável, mas ela notou o seu desapontamento. Por que precisava ser tão complicado?

Logo que Taeyeon desapareceu na casinha branca da piscina, Tiffany perambulou pela área. Conferindo a hora, se dirigiu à porta. Realmente devia se apressar se pretendia. Taeyeon estava parada em um canto, de costas para ela. E acabara de despir a parte de baixo do biquíni juntamente com a parte de cima. Ao contemplar aquelas costas definidas, assim como as coxas e o bumbum durinho Tiffany sentiu o coração explodir. Isso era a perfeição.

Quando Taeyeon jogou as peças no piso molhado, perto do chuveiro, ela deve tê-la avistado com o canto do olho. Uma emoção maravilhosa e aterrorizante a dominou. Lentamente, Taeyeon a encarou, depois avançou na sua direção.

Segura, determinada. Como um predadora. E ela era a presa. Tiffany não sabia se devia correr para se salvar, se fingir de morta ou se comprazer em ser devorada. Quando ela parou, Tiffany se sentiu sob a sombra de uma montanha. Aqueles braços a agarraram e qualquer fiapo de moral esvaneceu. Taeyeon segurou um punhado de cabelos e puxou. Tiffany sentiu o pescoço arquear para trás com toda a força daquele gesto — do magnetismo e da vontade dela.

Taeyeon abaixou o zíper do jeans de Tiffany, depois a apertou com a outra mão até os seios encontrarem o seu peito nu. A boca buscou a concha da sua orelha. Tiffany estremeceu quando ela sussurrou:

— Dessa vez, eu não vou pedir.


Notas Finais


Olá! Espero ver o comentário de vocês aí, hein? Fui uma boa garota e atualizei a fic mais rápido do que eu esperava u.u


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