História .plutão. - .jogo do copo.

Minhyung, um adolescente tentado pela convincente campanha de Halloween a arrastar-se malicioso para as forças malignas da noite dos mortos.

Após uma noite agitada pedindo doces com seus amigos, reuniram-se na casa de Minhyung ainda com as ridículas fantasias monstruosas. E, com o sangue correndo cheio de glicose nas veias e as mentes jovens excitadas pela ideia do sobrenatural, aceitaram, convencidos por Minhyung, jogar o famoso jogo do copo.

 Jaemin teve de ir para casa mais cedo (a senhora Na temia receber a visita de uma idosa revoltada com a casa embrulhada em papel higiênico como no Halloween passado), Renjun e Chenle, temendo os planos estúpidos dos amigos, preferiram recolherem-se nos aposentos de Minhyung para assistir a um filme qualquer.

À luz tênue de uma vela, Minhyung sorria sob sua maquiagem de esqueleto de maneira quase doentia, animado com a ideia do jogo. Jisung tremulava da cabeça aos pés, agarrado à barra da camiseta que fazia parte de sua fantasia de pirata. Donghyuck parecia sufocado na fantasia extremamente quente de Harry Potter, enquanto Jeno tentava se livrar da máscara de Franksteyn que lhe dificultava a respiração.

Com tudo o necessário posto no meio círculo formado pelos jovens, Minhyung recitou o ritual que encontrara na internet dias antes. Quatro dedos tocaram a superfície do copo, dando início ao jogo.

O espírito contatado se recusava a revelar seu nome, mas se identificara como Plutão, e isso era o único que sabiam sobre aquilo que os respondia.

Coordenados por Minhyung, os garotos lhe perguntavam aleatoriedades.

Sobre a existência de Deus e a vida após a morte. Sobre anjos da guarda e orações de proteção.

Minhyung se excitava cada vez mais com o andamento do jogo, e era claro em sua euforia a cada pergunta.

Queria saber mais. Queria tentar os poderes deste estranho ser, certificar-se de sua existência e de sua influência no mundo dos vivos.

E, destemido e inconsequente, Minhyung derrubou o copo.

A vela se apaga, e por curtos segundos só se ouve o grito abafado de Jisung e sua respiração pesada. Donghyuck se agarra a Jeno com toda a sua força, e Minhyung observa tudo ao seu redor com uma animação anormal.

Um chiar constante de interferência corta o silêncio da sala, vem de longe, mas se aproxima.

Um urro de pavor interrompe a interferência. Renjun desce as escadas e tropeça nas pontas de sua fantasia de mago, corre com o olhar repleto de puro desespero.

Chenle marcha ao pé da escada, sua patética fantasia de fada brilha sob o luar que penetra pelo vitral às suas costas.

Plutão brilha em seus olhos em meio a escuridão, e no sorriso de Minhyung, o pânico paralisante reside.