Como conseguiu ser tão mentiroso? Logo você, que de tua boca escutei sair promessas, desejos e sonhos.
Construímos o mais lindo poema. Cada verso muito bem trabalhado, para que a estrofe ficasse impecável. Não precisávamos de rimas, visto que, minha mão encaixada na sua já era a rima perfeita. E no fim, o poema não chegou a ser terminado.
Quem vê de fora mal imagina o quanto foi fácil juntar toda essa tua lábia e jogá-la em cima de mim, assim, sem vestígios de remorso.
Arrependo-me das batidas aceleradas, dos momentos de nervosismo e das inúmeras vezes em que disse que nunca te largaria. Arrependo-me principalmente de ter compartilhado contigo meus maiores sonhos. Logo contigo.
O amor que depositava em mim parecia ser verdadeiro, tão verdadeiro que chegava a me deixar cego, impedindo-me de ver que teu amor não passava de mais uma bela miragem.
Lembro-me de quando seus longos dedos passavam sobre minha pele, fazendo-me cair ainda mais nesse buraco escuro e sem fim que você era. Hoje eu vejo como fui tolo de me entregar assim, tão facilmente.
Agora, pouco a pouco, com um lápis e uma borracha, vou concertando os erros desse poema que deixaste para trás, deixando-o mais belo. E com uma nova mente, busco terminá-lo com um final feliz. Mesmo a mais triste história de amor tem no fundo uma pitada de felicidade.
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