O orvalho misturava-se com a chuva que escorria pela janela,
A chuva molhava tudo lá fora,
Ao mesmo tempo,
Alagava-me por dentro,
Essas águas molhavam-me com a mesma intensidade que eu era queimada pelo fogo do meu coração,
Meus sentimentos incompreendidos queimavam e molhavam tudo por igual,
Num vai e vem de sensações absurdas,
O fogo que morava em mim apaixonou-se pela água que inundava-me,
E a água achou graça no fogo por mantê-la aquecida,
Encantada recusou-se a apagá-lo,
Permaneciam então envolvidos,
E desafiavam-se além dos limites,
Submersos na magia um do outro faziam borbulhas de amor no meu peito.
E da mistura incessante que queimava e molhava meu interior impiedosamente,
Inquestionavelmente fui surpreendida.
O fogo do meu coração de tão apaixonado ferveu a água da razão, causando em mim um efeito colateral irreversível:
"Entrar em ebulição até evaporar-me"...
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