Como explicar o inexplicável?
Não sei, por isso falho miseravelmente
Nunca entendi os sentimentos
Eles são estranhos
Eu sou estranha
Ora estou feliz
Outra já me revolto
Amo
Odeio
Em menos de um segundo
Porém me sinto incapaz de amar
Talvez não tenha achado a pessoa certa
Talvez já tenha me desiludido muitas vezes
Ou talvez o problema sou eu
Vejo o amor como um penhasco
E eu estou em sua beira
Meu coração berra
Pule
Minha mente grita de volta
Não seja tonta
Saia daí
Você vai acabar se machucando no final
E eu?
Eu quero pular!
Eu sinto isso
Mas tenho medo
Afinal é um penhasco
Mas a curiosidade é maior
Então pulo
E é incrível
A brisa batendo em meu rosto
Cabelos aos ventos
A adrenalina
Tudo
Me sinto livre novamente
Quanto maior o penhasco mais tempo essas emoções duram
Porém então chega a queda
Onde o chão se encontra
E eu me arrebento nele
E dói
Como dói
E nesses últimos segundos
Antes de chegar ao encontro do chão
Me arrependo profundamente de ter pulado
E prometo a mim mesma não fazer isso novamente
Então eu colido com o robusto chão
Choro
Grito
Sinto
Dói
Então minha mente me lembra de seu aviso
Deixe de ser tão estúpida
Você já sabia que acabaria assim
Ninguém irá te amar
E eu acredito nela
E choro mais ainda
Fico fria
Me isolo
Sem dor
Sem sentimentos
Só eu e meu coração partido
Meus resquícios de felicidade
Mas então surge outra pessoa
E estou no penhasco de novo
Meu coração diz
Pule
Minha mente
Não faça isso de novo já sabemos como vai acabar
Mas eu sou fraca
Não resisto
Basta um empurrãozinho
E já estou em queda livre
De novo
Com o desejo de ter levado um para-quedas comigo
Então isso é o amor pra mim
Estamos todos na beira de um penhasco
Coração versos mente
Razão versos emoção
E então?
Você vai pular ou dar meia volta?
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