Oh Morte, vívida Morte!
Por que sois é assim?
A tão temida morte
A paz e a guerra
O medo e a calma
O fim e o começo
Aclamada por uns
E temida por outros
Oh Morte, mórbida Morte!
Se não fosses tão bela
Estarias cometendo um pecado contra o mundo
Sua beleza está em sua simplicidade
No sacrifício por quem amamos
Por um impulso suicida de entrar numa guerra
Na luta contra alguma doenças
Ou por simplesmente não aguentar mais ficar nesse mundo
Tem o tanto de beleza quanto o de tristeza
És o mais belo paradoxo
Não importa se
Temida ou aclamada
Procurada ou evitada
Oh Morte, vividamente mórbida Morte!
A verdade é que não adianta de ti fugir
Para que jogar um jogo
O qual já sabes que irá perder?
Muitos antecipam seu encontro
Outros tentam ao máximo evitá-lo
Inútilmente
Eu?
Só a admiro
Oh Morte, bela Morte!
Porque sois tão bela
Como um fim de espetáculo
O fechar das cortinas
Os aplausos
As vaias
E o silêncio...
Oh Morte, amiga Morte!
A verdade é que todos vivemos uma peça
A qual você é o diretor
E o papel principal é nosso
Melhores atores não há
Nós sentimos
Sorrimos
Choramos
Perdemos
Ganhamos
Vivemos
E morremos...
E é nessa parte que você rouba a cena
Oh Morte, esplendorosa Morte!
O desfecho já esperado
Mas nunca monótomo
Triste ou feliz
Mas sempre termina em lágrimas
Oh Morte, melancólica Morte!
Serias tu a escritora de nossas vidas?
Afinal já sabes nosso fim
Porém nada posso eu afirmar
Apenas que você é o ponto final de cada texto
Mas na realidade
Oh Morte, minha poetisa amiga Morte
É que nem todo texto
Acaba no ponto final
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