Olhando os céus penso naquele adeus.
Naquele nunca dito, mas feito.
A noite é que meus fantasmas saiem para me assombrar.
Me fazem chorar, só de pensar que outra vez eles irão voltar.
Mas talvez, talvez não tenha muito mais o que fazer se não viver.
Viver para crer, viver para sofrer.
No escuro do meu quarto penso em resistir, mas as vezes acho que doeria menos desistir.
Desde o inicio encarei a vida com uma corrida. Fiz ela de inimiga, mal sabia o que isso me custaria.
Me custou a alma partida.
Alma cujo dói, grita e chora no silêncio.
O silêncio do meu quarto, que depois de sorrisos fartos e cansados, guardei as lágrimas e desabei nos meus cacos.
Onde deixo meus pedaços para mais uma vez ser só mais um fraco.
Nas muralhas quebradas do meu coração quem me conforta é a solidão, que me diz mais um vez que todo meu esforço e em vão.
Hoje deixo meu adeus, agora dito mas nunca concretizado, apenas cicatrizado.
Pamela R. Trindade
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