Nua como a noite
Fria como a mesma
Vermelho escarlate
Corta como uma linha
Sua pele branca como a lua
Vermelho da cor do batom
Que usava
Quando desperdiçava sua vida
Quando a si mesma ela vendia
Não tinha amigos
Nenhum além da solidão
Todos a desprezavam
Eu a compreendia
Em segredo a amava
Mesmo que ela
Não merecesse esse amor
Fria noite era essa
Em contraste com a raiva
Que queimava dentro de mim
Por sua traição
Que já era esperada
Mas mesmo assim dolorida
Fria noite essa
Noite que era amiga
Daqueles que como eu
Que como ela
Nas trevas se escondiam
Ódio tomou-me o coração
E tirei-lhe seu mais precioso bem
A única coisa que lhe restava
A vida que ela desperdiçava
Sangrando no asfalto
Afogando-se em seu vermelho preferido
Tão quieta quanto a noite
Tão fria quanto gelo
Dama da noite,
Por que deixaste a mim tão só?
Mas a culpa por partir fora de teu assassino
Choro amargamente quando lembro
Que ele era eu
Agarro-me a seu corpo de porcelana
Lembro-me das vezes que o desfrutei
Lembro-me de quando seu sangue pulsava
E que seu fogo aquecia nós dois
E por fim lembro-me que
Eu mesmo roubei-lhe seu calor
E tão pálida quanto a lua
(Sua melhor amiga) lhe deixei
Por não suportar dividir
Com tantos seu amor
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