Pobre garoto
Não pobre de riqueza
Não pobre de coitado
Mas pobre de espírito
Pior pobreza que se pode ter
Pobre garoto!
Agora sim é de coitado
Fez tanto mal a si mesmo
Agindo sem cuidado
Desperdiçando sua mocidade
Costumava pensar
Que a palavra diversão
Era sinônimo de bebedeira
De mulheres nuas
E farra a noite inteira
Pobre garoto!
Que visão tola da vida tinha
Vivia o hoje pensando
Que o amanhã não chegaria
Esquecendo-se que o hoje
Já foi amanhã
E que no amanhã
Se tornará ontem
Ele construiu seu império
Como um castelo de cartas
Que dura um momento
E que logo o vento leva
Escreveu seus sonhos na areia
Enquanto que o mar lhe avisava
Que suas ondas
Logo levariam esses escritos
Pobre garoto!
Seu espírito pobre não chegou nem aos 30
Afogou-se em seus prazeres
E sua própria amarga bebida
Acabando por fim com sua vida
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