História Poeta Da Vida (P.D.V) - Escolha (crônica)

                    Ele...

           Já tinha feito sua escolha e aceitado as suas consequências, porém lá estava ele as dez da noite  dirigindo-se a casa de sua amada que carinhosamente chamava de Minha Vida, mesmo Sua Vida tendo ó rejeitado ele foi dá seu adeus.

           Ao chegar a porta tirou do bolso do casaco uma carta aonde o conteúdo era seus mais puros sentimentos cheios de ternura, paixão, gentileza e compreensão... Deixou a carta escorrer na fenda da porta e saiu silencioso a mercer da noite.
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                    Ela...

           Com o olhar fixo na lareira crepitante repassava em sua mente todo o ocorrido do dia. Sentia-se alegre ao mesmo tempo que confusa, pois lhe parecia mais um de seus sonhos fantasiados. Por fim surreal.

           O  amor de sua infância hoje dissera que a amava e isso lhe parecia um sonho, então ela sem entender havia saído sem dar-lhe uma resposta, chegando em casa entendeu por fim o ocorrido e depois de refletir teve como Escolha igual, se declarar a quem ama por anos.
               Retornando o olhar ao ambiente, levantou-se do sofá se dirigindo ao corredor da porta tendo como rumo a cozinha , porém parou a notar uma carta cair suave no piso de madeira, a pegou, olhou o remete e sorriu a saber de quem era. Abriu de imediato a carta pondo-se a ler :

               "Escolha

Se olho para ti enquanto choro
é porque não te quero mal;
Não entendes como me  consolas com tua compaixão,   enquanto me corrói o coração;
Sem perceber tenho uma esperança que fantasio no  mais  íntimo do meu ser, pois  a realidade é cruel e a fantasia  posso relutantemente  manipular, 
Pesso que deixes estes olhos  negros de solidão ter uma  fantasiada centelha enquanto  deslumbra teu encanto  arrebatador;  

Sem dúvida desejo cavar meu  túmulo...

Ao mesmo que sim, não desejo ter forças para parar de esculpir minha lápide aos seus pés Minha Vida ;
Se olhas pra mim e vê uma quadro de olhar triste e uma sorriso gentil, é porque te quero ver feliz...

Assim afasto-me de Minha Vida e à deixo trilhar sua vida."

                  Incrédula as lágrimas molham o papel. De súbito ela abre a porta em disparada à rua escura, na calçada seus olhos marejados avistaram uma silueta que deduziu ser Seu Amor e em desespero critou rouca seu nome que ecoou na rua deserta. Assim que seu olhar se encontrou a sua existência ela pronunciou, aliviada e em soluços, seu nome e colocou-se em direção aos braços ternos e gentis de Seu Amor...
           
         

                  the end
  

            Autora: Anônima Eu