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História Pois é, A Vida Me Odeia - Title: Duas pessoas, Jooheon e Kihyun.


Escrita por: carvyssi

Notas do Autor


SHAAINE PHOREVER YE YE YE YE YE YE
SHAAINE PHOREVER JUWIL BWA NIGA BICCNAJANHA
SHAAAINE PHOREVER

Opa, ressurgi

Oe oe, here I am!
Tudo bem queridos? Como vão? Sentiram falta de mim? Sei que não
Mesmo assim to aqui com mais um cap que acredite ou não era bem mais "gigante"
Desculpa glr, pra mim cap grande é a partir de 15k

E vamos a fic:

Capitulo anterior de Pois é, A Vida Me Odeia: Changkyun foi buscar explicações com Wonho sobre o beijo. O mesmo explicou, e para Changkyun deu a entender de que ele apenas estava curtindo com sua cara. Saiu no jornal que Changkyun e Wonho estavam na mesma mesa de uma praça de alimentação com os FiveD. Kihyun leva Changkyun até uma sala abandonada de vídeo para tirar satisfações sobre isso e sobre as cópias que Changkyun disse ter. Gun percebe algo de errado sobre a estranha relação entre os dois e confronta Changkyun. Chang acaba inventando que ameaçou Kihyun dizendo que vai contar pra todo mundo que ele é gay, e Gun parece acreditar. Changkyun finalmente conhece a ala beta, e descobre que não é tudo aquilo que pensava, surpreendendo-se ainda mais com Kihyun. No final, Changkyun e Kihyun vão fazer um trabalho em dupla.

Tenham em vista que as coisas aqui não acontecem de imediato, requer um tempo. Estou me referindo sobre sentimentos e isso que você tá pensando mesmo, sexo, lemon, briga de espada
Pelo menos não entre os dois pombinhos principais. Mas é isso aí.

Agora vão lá devorar o capítulo
BOA LEITURA!

Capítulo 8 - Title: Duas pessoas, Jooheon e Kihyun.


Fanfic / Fanfiction Pois é, A Vida Me Odeia - Title: Duas pessoas, Jooheon e Kihyun.

07.08.16 Domingo 02:40pm

Title:

Kihyun quer me deixar louco.

Humor:       

Em processamento pt.2

Uma conclusão bem ruim e pobre: esse, sem dúvidas, foi o começo de semana mais sem noção da minha vida. Não só sem noção como também deprimente e surpreendente, bem surpreendente. Rolou mais ação nessa semana de 3 dias, do que durante toda a minha estadia nessa escola. Estou reclamando? Talvez, porém também aclamando.

Em resumo bem resumido: Wonho ressurgiu da área fantasma totalmente reformulado de boneco Ken, com cabelo loiro e tudo. Tá morando perto da minha casa e estudando na mesma escola que eu. Pra completar disse que só foi naquele acampamento pra me reencontrar na esperança que eu reconhecesse ele. Foi horrivelmente estapeado. Mas não é minha culpa, minha memória é realmente uma merda. Ainda falando no cínico pele cintilante de Edward do Crepúsculo, decidiu desafiar os limites dos próprios limites de chacota com a minha cara e... (é difícil escrever isso ok? Imagine eu sendo dramático) me beijou. Não quero, não vou comentar sobre isso. Foi passado, nunca aconteceu, a última coisa que quero lembrar é dele me beijando. Wonho estava claramente pedindo para ser morto eletrocutado em uma banheira com o secador ligado, mas eu deixei quieto. Ou é o que eu quero que ele pense. O quê? Acha mesmo que eu vou deixar barato? Ele quer descer o nível, eu desço mais ainda. Desço até o inferno, se tem uma coisa que eu não vou deixar é barato. Mas chega de Wonho.

Próximo tópico: respondi o presidente da escola. Por causa disso as pessoas se deram conta que eu existo. Me fodi, me fodi e me fodi de novo. Gun apareceu, Jun apareceu, Han apareceu, Canon Diamond Ixus apareceu, blog apareceu, e aí me fodi de novo como de costume. A vida resolveu reverter minhas tomadas no cu e eu quase filmei Kihyun e Hyunwoo fazendo coisas impróprias na sala de vídeo. E aí, advinha? É isso mesmo, me fodi de novo, e ainda no processo. Apesar disso, as pessoas me notaram em um nível relativamente grande e, fake. Eu sei que todos estão fingindo ser simpáticos comigo tá legal, não precisa ser nenhum mestre da dedução para perceber isso. Todavia não chega a ser tããão ruim assim. Estão falando comigo, estão me elogiando, e, solicitações.

100 solicitações de amizade no facebook. 100. O que isso quer dizer? Exatamente, to me tornando um daqueles famosinhos. Tudo bem, exagerei. Não chega nem perto, nem um pouquinho. Eu só tenho 20 amigos e eu só falava com um sobre overwatch. Eu sei, me deixa.

Acho que já devo ter citado que não tinha rede social, aí descobri que Facebook é uma. Então eu menti sem... querer (?). Faz tanto tempo que eu não entro no meu facebook que tive que baixar um espanador online para retirar as teias de aranha. E sabe, eu queria acreditar que grande parte dessa gente que me mandou solicitação foi por causa do meu blog, mas aí eu estaria mentindo para mim mesmo. Eles querem ser meus amigos porque fui visto no shopping com os FiveD e porque consegui entrar na ala beta.

Aí você se questiona: “ué, esse moleque não tava sem internet? Como é que ele tá mexendo no facebook?” A sua resposta é Kim Haniel. Ele é um hacker bem eficaz, e me explicou direitinho por ligação como hackear esse bloqueio de wifi que meu pai colocou. Prometi comprar uns peppero pra ele. Coitado, eu estava de dedos cruzados. Vai morrer esperando.

Resumo da semana finalizado, eu acho. Se eu lembrar mais alguma coisa abro parênteses e insiro no meio. Vai ficar desorganizado, e eu estou me lixando pra isso. To mais interessado no fato de Kihyun ter pedido meu número e prometido me ligar pra gente falar sobre o trabalho. Assim que a professora saiu, ele se virou pra mim com cara de fruta podre e pediu. Eu gaguejei, gaguejei feito um palerma, mais do que naturalmente já sou. Por quê? Não faço ideia. Acho que foi muito inesperado. Como esperado ele se irritou comigo, as reviradas de olhos azedas e repetiu a pergunta mais rudemente. Muito Kihyun. Eu apenas dei oras, eu ainda estava sob efeito da informação de que eu teria que trabalhar com ele e apresentar um seminário pra próxima sexta, então agi automaticamente. Ele disse que ia me ligar no mesmo dia, e como um panaca mandão e enjoado ameaçou de furar meus olhos caso eu arruinasse o seminário.

Acontece que sexta passou, sábado também, e aqui estamos, no domingo. Um domingo extremamente chato. E eu aqui, no meu quarto, de frente pro notebook, ansioso, alerta caso meus pais entrem, e frustrado. Não porque Kihyun não me ligou, mas porque ele enfatizou tanto o “vou quebrar sua cara se você estragar as coisas”, e olha só, no final quem não tá cooperando é ele. Poderíamos deixar para semana, afinal, ainda teremos cinco dias, porém, todo dia temos que responder questionários enormes entre outras coisas. Se você não finalizar na aula do professor, retiram um ponto seu. Tem algumas almas boas que estimulam determinado tempo para entrega daqueles que não conseguiram concluir. Bom, a questão é, ficamos atolados até o pescoço durante todos os dias da semana. Ainda sim, temos o intervalo. O cagaço é que Kihyun é ocupado pra porra! Confirmei isso na ala beta. Ele trabalha de verdade. Não é um vagabundo, irresponsável e sem escrúpulos como eu achei que era. Bem, pelo menos com seus deveres presidenciais. Me surpreendi? É, admito, levei um murro na cara. Isso tem seus prós — ele realmente é um cara esforçado e cumpre com os seus deveres de líder do conselho — e seus contras – ele é ocupado, é ocupado e ocupado. Como ele vai arranjar um tempo na agenda lotada dele pra gente organizar essa droga nessa semana se ele passa os intervalos na ala beta enfiado lá? Kihyun nem fica na sala direito. Eu que não quero tirar um zero. O pior é que eu nem pedi o número dele.

Meu telefone toca.

Quase tenho um infarto, quase. É um número desconhecido por mim. Será que é o Kihyun? Agora to tendo mal de Parkinson pra atender o telefone.

Põe essa merda na orelha logo Changkyun.

— A-alô? — às vezes quero furar minha língua. Pra quê gaguejar? Por acaso to esperando algum assassino me ligar pra gente fechar um acordo pra soltar refém?

Eu sei, eu sou bem viajado na batatinha. Eu avisei que sou estranho.

— Aí, foi mal não te ligar sexta-feira. — É o Kihyun. Reconheço essa voz fina e esse modo de falar mesmo se ele estivesse usando um disfarce de voz. Cara, eu espero que essas batidas aceleradas do meu coração sejam de pura raiva e descontentamento de estar ouvindo ele. Não pode haver outra razão. — Eu viajei e me esqueci de ti. Sabe como é, acontece.  — Para variar. Por que que eu to surpreso?

Suspirei.

— Tá. — Vou ser grosso com ele, pra ele aprender a cumprir com os prazos.

— Vamos discutir o trabalho.

— Tá.

Juro que estou visualizando Kihyun neste momento olhando o celular com cara de morte pensando mil formas de me assassinar.

Eu queria tá vendo a expressão dele.

— Certo... Como a gente ficou com um assunto fácil que é disco rígido, vamos dividir em dois tópicos. Você vai ficar responsável pela história, quando surgiu o HD e essas coisas, e eu fico com a parte das informações como memória, formas e etc. Tá entendendo tudo? Preciso repetir alguma coisa ou desenhar?

Ele deve achar que eu sou muito burro ou, deve tá curtindo com a minha cara mesmo. E por que paçocas ele tá decidindo tudo aqui?

— Quem disse que você que tem que organizar os assuntos e dizer qual parte que eu vou ficar?

— O que está dizendo? Se você tivesse alguma coisa decidida já tinha dito desde o inicio da ligação, ao invés disso ficou me ouvindo.

Aish, esse cara.

O ruim é que ele tá certo. Eu nem pensei no assunto do trabalho, ao contrário, passei boa parte do tempo tentando descobrir porque ele não tinha me ligado ainda e xingando ele por isso.

Eu sou uma vergonha. Por isso que ninguém quer fazer dupla comigo.

— Tá... Tudo bem, vamos fazer como você diz. Mas não pense que eu concordei porque eu não tinha nada em mente, é porque... Eer, a sua ideia foi melhor. Só isso.

— Sei. — Ele bufou de um jeito bem orgulhoso do outro lado.

Sério, qualquer dia alguém vai dar uma porrada nele, e quando esse dia chegar, eu vou estar lá, rindo da cara dele.

[email protected], anota aí.

— Que é?

— Meu email, manda suas falas e as imagens pra esse endereço que eu vou montar o slide.

Ah não. Eu posso gaguejar lá na frente, posso ficar tremendo, posso até desmaiar, mas meus slides são de longe os mais lindos da minha sala. Os professores sempre elogiam; os de Kihyun não chegam nem perto do meu.

— Eu prefiro fazer o slide.

Ele riu.

— Não mesmo, eu vou fazer o slide.

Hm? Qual o problema dele? Todo mundo sabe que eu sou ótimo em design.

— Meus slides são muito mais bonitos e organizados que o seu.

— Ah é? Quem disse?!

— Os professores?

Ele ficou calado.

— Não interessa, quem vai fazer sou eu!

Que cara teimoso! Aaaar! Se tivermos um slide bem colocado e com informações nos conformes a gente vai ganhar uns pontos pela estética. Ele sabe que eu sou o melhor, por que ele tá agindo assim?

Aaaah... Saquei. Teve um dia que o professor lançou meu slide como modelo e apontou pro Kihyun dizendo tipo: “tá vendo? É esse tipo de slide que eu quero que você faça, com mais informações e imagens.” Kihyun ficou me crucificando com os olhos.

Inveja.

To sorrindo que nem um psicopata. Kihyun com inveja de mim, essa é nova. Mimado.

— Aaaish, isso não vai dar certo. — ele falou. Dá pra notar que ele tá levemente de saco cheio. Posso imaginar ele alisando a testa de olhos fechados e rangendo os dentes. — Vamos se encontrar.

Hein?

— O-o quê?

— Naquele mesmo shopping onde a gente lanchou com os outros, biblioteca Paju Book.

— Como assim? Agora?

— Claro né tucano! Trás o notebook, caderno, você sabe, essas tralhas todas. 3:30, é melhor tu não se atrasar, se não eu vou embora, faço o trabalho só e digo pra Enjun que você se recusou a fazer o seminário comigo.

— O quê?! QUEM VOCÊ ACHA QUE É-

Ele desligou na minha cara.

Eu fico encarando meu celular tentando processar a audácia desse meio metro.

Vou ligar a cobrar pra ele. Quando Kihyun retornar a ligação eu vou gritar na cara dele e mandar ir chupar um espinho.

Ele não atende.

Não vou desistir, vou ligar até atender.

O telefone encontra-se desligado ou fora da área de cobertura. Deixe seu recado após o sinal. — eu aperto o botão de desligar imediatamente.

Ele desligou o celular total. Ele, desligou, o, celular, total. Tudo bem, se controle Changkyun. Paz. Harmonia. Dinheiro. Zen. Cachoeiras. Dinheiro. Sossego. Paz. Dinheiro. Beleza. Comida, dinh-

— AAAAAAAAAAAH! ESSE BOSTA, AAAAAAAAAAAAAAAAH ENCOSTE. COMO EU ODEIO ELE, LARVA DE MOSCA, CABELO DE FERIDA INFLAMADA. — abafo meus gritos no travesseiro.

To socando meu travesseiro.

To jogando meu travesseiro no chão.

To pisando em cima dele.

Se meu travesseiro fosse Kihyun eu tava preso.

Depois de ficar cinco minutos enforcando meu travesseiro, dei um longo suspiro na minha cama.

Eu não deveria ir. Entretanto, há várias chances dele realmente fazer o trabalho todo e ir contar pra Eunjun que eu não fiz nada. Sabe o que eu tinha que ter feito? Lembrado a ele que ainda estou com o vídeo pra ele baixar essa bola. Ou melhor, furar logo ela inteira.

Eu queria que Kihyun sofresse em minhas mãos, melhor dizendo, que ele fizesse tudo que eu mandasse. Mas agora percebo que não consigo ser esse tipo de pessoa com ele e nem com ninguém. Certo, eu adorei o pequeno momento em que Kihyun ficou amedrontado quando eu ameacei contar pra todo mundo do vídeo. Apesar disso, não faz parte da minha personalidade, não consigo estender isso até o fim. Sou um pouco respondão é verdade, mesmo assim continuo uma pessoa muito tímida. Não consigo ser Kihyun, que ao contrário de mim é mandão, respondão, e idiota.

Tenho que pensar em outra coisa para poder extorquir dele...

Legal, até pra chantagear alguém eu não presto.

Vou ter que dizer pro Hoseok que não vai dar pra ele vir hoje. Ele insistiu em vir ontem; eu não deixei. Não era nem pra ele vir pra minha casa depois do que ele fez, só que hoje eu planejei dar o troco. Eu pedi pra ele trazer álbuns de quando a gente era pequeno. Eu ia tirar umas fotos de como ele era antes e colocar em um post no blog. Tem muitos amigos dele que estão acompanhando, então seria uma vergonha. Eu só queria ver a cara quando todo mundo visse que ele era rechonchudo, espinhento e usava óculos.

É, fazer o quê, vamos ter que adiar.

Após mandar mensagem pro Hoseok dizendo que eu to atolado de tarefas ouço as risadas da minha mãe lá debaixo. A risada dela é muito alta e escandalosa, dá pra escutar a quilômetros. Ela deve tá assistindo as novelas. Nina está dormindo na casa de uma amiga desde sexta e o pai foi pescar.

Depois de Hoseok dizer tudo bem e mandar um emoticon triste,  desço as escadas e aviso minha mãe. Estava torcendo que ela não deixasse, aí eu teria uma desculpa pra usar contra Kihyun. No entanto, ela nem fez muito alarde. Ficou até feliz que eu esteja saindo de casa pra sair com alguém. E além de tudo, eu tinha feito todas as tarefas domésticas que ela mandou até agora, isso “facilitou” ainda mais as coisas.

Não contei que vou com Kihyun. Mesmo que ela não tenha o visto, ainda conhece o nome. Mas sabe, conhecendo minha mãe, ela ia deixar da mesma maneira, até incentivaria minha amizade com ele. De família rica, bons contatos, ela não pensaria duas vezes. E caso eu a chamasse de interesseira, ela rebateria que eu não tenho amigos e por isso devo ampliar mais a lista.

Sinceramente, na próxima vez vou dizer que me convidaram pra fumar maconha, quero ver ela reclamar que eu sou sem amigos e que nunca saio de casa.

     

3:10pm

To aqui dentro do ônibus.

O senhor que está sentado ao meu lado tá fedendo a peixe. Ele deve trabalhar nos mercados de Noryangjin. Mas ele tá fedendo muito, Jesus Cristo. Eu vou ficar cheirando também. E eu to usando uma das roupas novas que o Wonho comprou pra mim naquele dia. Blusão preto que vai até o meio das coxas com mangas longas, e uma calça jeans acinzentada com rasgos no joelho. Wonho disse que esse estilo é bem swag e ao mesmo tempo fofo, e fixa bem em mim. To acreditando nele.

Também arrumei meu cabelo de um jeito descente e passei umas maquiagens na cara. Deu pra esconder os cravos.

To bonito. Ou pelo menos acredito estar. Afirmar e achar são coisas distintas. Não... Eu me olhei no espelho. Eu to bonito sim.

Vou sair de perto desse senhor, prefiro ficar em pé a cheirar a peixe.

 

3:15pm

Como o desgraçado do Kihyun não especificou qual das bibliotecas Paju Book é para eu encontrar ele, to tendo que ir em cada uma que existe no shopping, no caso cinco, e procurar por ele.

É uma mais perto que a outra.

Há, sarcasmo.

Por que elas são tudo lá na puta que pariu? Por que eles não estipularam uns 5 metros para cada uma no máximo? Meus pés estão doendo. Esse shopping é grande pra cacete.

 

3:22pm

É sério, eu vou matar o Kihyun!

3:26pm

Já estou dentro da quarta biblioteca. Quase dando meia volta e indo embora, aí avisto o cabelo rosado lá no segundo andar. Ele está sentado sozinho em uma mesinha, com um notebook em sua frente. Tá olhando para os lados como quem não quer nada. Certamente me procurando.

Suspiro de alívio, e de ódio também. O que custava ele mandar uma mensagem do tipo: “ó, eu to na biblioteca aqui, do lado da Daiso”. Eu não ia ficar rondando dentro desse shopping enorme que nem uma barata tonta. Ia poupar tempo.

Subo as escadas e cutuco suas costas. Ele leva um susto.

— Yah! — ele bate no meu braço e depois põe a mão no coração. — Você me assustou!

Reviro os olhos e sento em frente a ele.

— Você devia ter me mandado uma mensagem dizendo que estava nesse. — murmuro retirando minhas coisas da mochila e pondo todas em cima da mesa. — Eu fiquei vagando o shopping todo...

— Foi mal, esqueci de te avisar.

Minhas mãos estão coçando. Caso de possível enforcamento.

Vejo ele retirando um chocolate da mochila e dando uma mordida.

Kihyun está com o cabelo todo bagunçado. Esse estilo de cabelo o faz aparentar ser mais novo. A boca dele tá mais rosada que o de costume. Será que ele passa batom ou alguma coisa assim? Deve ser. Ele está com uma blusa escura de detalhes brancos e ela possui apenas três botões perto do pescoço, que estão todos desabotoados. Passa meio que uma imagem desleixada.

Infelizmente ele está muito lindo.

E eu não acredito que acabei de escrever isso.

— Hm? — carambola, ele notou que eu to olhando ele. Minhas bochechas estarem quentes quer dizer que to ficando corado? — Quer? — ele oferece o chocolate pra mim.

— A-ah, não. Obrigado. — enfio minha cara no meu notebook.

Eu me odeio.

Nunca mais vou ficar analisando Kihyun desse jeito.

 

4:32pm

Kihyun sentou do meu lado quando se irritou por eu ficar virando meu computador toda hora pra ele perguntando se a minha fala estava muito extensa ou não.

No final, ele quem procurou nos sites e coletou as informações para eu formular meu texto e apresentar lá na hora. Eu até que tentava ajudar, mas ele me mandava ficar quieto. Sobre as discussões referentes a quem iria fazer o slide, eu saí ganhando. Ele deve ter desistido de eu ficar insistindo tanto. Mas é melhor assim, a gente vai ganhar uma nota maior. Eu tenho uma base de aparência e organização muito melhor que ele. Sou formado em Slidenotomia.

Depois da gente ter feito tudo, ficamos  lá acessando a internet. Kihyun ficava rindo de um e um minuto. Ele me mostrou alguns vídeos engraçados das redes sociais dele, outros sem graça nenhuma, mesmo assim ele ria de tudo. Maioria das vezes eu ri foi dele. A risada de Kihyun é malditamente contagiante. E ele fica se debatendo, se escondendo atrás de mim, batendo com os punhos fechados no meu braço e se escondendo atrás de mim de novo. Eu hein.

Quando Kihyun gargalha, não sai som, é uma gargalhada silenciosa, só sai sons incompreensíveis ao final dela. Ele mostra totalmente os dentes e as covinhas ficam bem visíveis. Fica parecendo um pimentão também. Acho que essa é a risada “normal” dele. Lá no banheiro quando estávamos sozinhos, ele parecia uma hiena rindo do que eu tinha falado naquele fatídico dia, meio que forçada. Agora ele parece uma criança de cinco anos sem controle, ainda mais com esses cabelos bagunçados e a franja tampando os cílios.

Ele é fofo.

PORRA, NÇAO ACREDXITO QUE ESCREVI ISSO, CADE APDGA LOGO

— Changkyun, vamos lanchar, to cagado de fome.

Nessa mesma hora eu deixo cair meu celular no chão. Ele ri.

— Quê? Que foi? — eu não escutei o que ele falou.

— Comer. Vem. Não aguento mais, minha barriga tá falando comigo. — Kihyun guarda o notebook e todo o resto na bolsa.

Não consigo desenvolver o que ele disse então apenas faço a mesma coisa. Quando me dou conta, ele já tá descendo a escada. Vou atrás.

O que foi que ele falou? Ele disse que está com fome? Ah Changkyun, quando que você vai parar de ser tão avoado porra.

— Eu acho que vou pedir uma pizza com coca-cola. To desejando me esbaldar em uma. — eu vejo ele lamber os lábios. Não sei por que fiquei observando ele fazer isso.

Só agora me cai à ficha que a gente tá indo comer juntos. Engraçado. Fez tanta cerimônia comigo, e agora tá me tratando como se eu fosse da rodinha de amigos dele. Qual é a tua Kihyun? Atuação? Sabe que eu to com o vídeo e que eu posso acabar contigo, por isso tá me tratando “normalmente” não é? Só que, lamentavelmente, ele parece estar agindo de uma forma natural. Nada forçado. Na verdade, a única vez que eu vi ele desse jeito foi no dia em que estávamos com os outros do FiveD e Wonho. Sei lá, menos... Cauteloso. Mais solto e leve.

— Você vai comer o quê? — Kihyun vira a cara pra mim quando pergunta.

— Hm... Sorvete. — Não que eu não esteja com uma puta de uma fome, é que eu não trouxe dinheiro pra comer nada.

— Sorvete? Só isso? Vai te encher?

— Claro. Eu não to com tanta fome. — O ronco da minha barriga me entrega quando finalizo a frase.

Ele ergue uma sobrancelha pra mim.

— Aish, tá bom. Eu não trouxe dinheiro pra comer beleza? Eu não achei que a gente ia ficar muito tempo aqui.

Kihyun ri.

— Eu divido a pizza contigo, não tem problema. — ele começa a andar de novo. — Sei que não iria comer uma pizza inteira mesmo.

— Não precisa. Eu acho melhor ir embo-

— Deixa de ser chato Changkyun. Tu tá cheio de fome aí. — ele revirou os olhos.

— Eu não quero que você pague pra mim.

— Eu não vou pagar pra você. Vou dividir a comida que eu paguei pra mim com você.

— Sim mas-

— Não é a mesma coisa.

— Mas tipo-

— Changkyun, o elevador! — do nada ele agarra minha mão e sai me puxando no meio do shopping. — Não fecha caralho!

A gente chega antes das portas fecharem, até porque Kihyun enfiou a mão lá dentro impedindo e acabou acertando a cara do homem da frente.

Estou tampando a boca pra não gargalhar. O homem fica olhando de soslaio para Kihyun com uma cara torta de vez em quando. Kihyun não parece arrependido, ele tá mesmo nem aí. Isso faz eu ter mais vontade de rir.

Nós dois estamos sentados próximo á Pizza Hut. Kihyun pediu uma pizza metade pepperoni metade bulgogi. Agora ele tá rindo descontroladamente de novo assistindo uns vídeos no notebook dele. De vez em quando ele me mostra. Kihyun ri e se surpreende com coisas bestas. Como eu disse, criança. Ele não fica desse jeito na escola. Na escola ele é um tapado otário com cara de bunda pra todo mundo.

A pizza chega e damos graças a Deus.

Kihyun me chama de viciado mas o cara fica comendo enquanto assiste vídeos.

Prevejo ele cuspindo a pizza na tela do notebook.

 

4:43pm

EU DISSE QUE ELE IA CUSPIR NA TELA DO NOTEBOOK.

— Não tem graça!

Eu to rindo muito porque foi melhor do que eu pensei.

Depois que Kihyun cuspiu ainda ficou se engasgando, eu fui bater nas costas dele, e aí voou um pedaço enorme de pepperoni na tela.

— Cala a boca Changkyun, já disse que não tem graça essa porra!

— Claro que tem, você cagou seu notebook todo.

— Você é um demente! — Kihyun tá nervoso de verdade. O mais engraçado é ele limpando as coisas com uma cara emburrada.

— Você que cospe nas coisa e eu que sou o demente?

— Ar! — Kihyun com raiva e fazendo birra tá se tornando uns de meus conceitos favoritos.

De repente ele sai da mesa depois de guardar as coisas na mochila de novo sem me olhar. Já notei que sair sem esperar os outros faz parte da personalidade dele.

Olha, eu tento, mas não consigo parar de rir da cena do Kihyun explodindo de risada e pedaço de bulgogi voando pra todo lado. Ainda bem que não me atingiu. Minha roupa nova está intacta, assim como eu.

A gente entra no banheiro, Kihyun vai direto pro espelho, depois entra em uma cabine. Vou também. Eu bebi muita coca-cola, a minha, e o resto da dele. Eu avisei que ele não ia aguentar três copos.

Quando saio Kihyun está se olhando no espelho de novo. Checando a aparência? Resolvo fazer o mesmo.

Olha só, que creme mais barato. Meus cravos estão amostra de novo, tá suavizado, mas tá amostra de qualquer jeito. Eu pensei que essas bases duravam vinte quatro horas. Será que eu trouxe ela aqui na minha bolsa pra passar de novo?

— Você tá parecendo uma alma Changkyun.

— Oi, que foi?

— Você. Tá parecendo uma alma com esse rosto branco. Nunca pensou em passar um lip tint?

— Lip tint?

— Vem cá. — ele me puxa pra perto e meu coração em segundos faz uma viagem até o topo da minha boca e depois volta para o lugar.

— O-o que você vai fazer?

— Silêncio, fica quieto.

Kihyun pega um tubinho preto, provavelmente o lip tint que ele tá se referindo, e daí passa nos meus lábios.

— Isso é muito embaraçoso-

— Não fala desgraça, vai borrar. — ele dá um peteleco na minha testa.

Kihyun parece bem concentrado. É estranho ver ele olhando minha boca e passando o polegar nela. Eu to me sentindo... Não sei. Que estranho.

— Pronto. — ele diz, com um sorriso no rosto.

— É, ficou melhor. — Digo observando meu reflexo no espelho. Olho pra ele. Kihyun parece satisfeito. Essa é a primeira vez que eu vejo essa expressão no rosto dele.

Estranho. Isso tudo, essa sensação, esse Kihyun me olhando que nem uma criança depois de ser destaque pela professora como o mais inteligente do jardim.

— Que viadagem. — a gente olha pra trás e o zelador está nos crucificando com o olhar. — Aqui não é lugar de vocês se beijarem, vão pra um lugar privado. Ninguém merece ver um absurdo desses.

— B-beijar? — esse ajusshi tá vendo coisa. — A gente... não. — meneio a cabeça negativamente. — Não é nada disso que o senhor tá pensando-

— Eu só estava passando um batom nele, qual que é o seu problema velho? — Kihyun cruza os braços.

Mano, o cabelo de iogurte de morango tá desafiando o velho?

— Kihyun, se acalma. — sussurro em seu ouvido. Eu não quero tretar em pleno banheiro com o zelador dele.

— Omo omo. — o zelador tá visivelmente indignado, ele levanta o braço em um gesto como que se fosse bater. Kihyun nem se mexe — Aish, esse pirralho! Yah! Escuta criança, eu vou bater em você com esse esfregão se você e seu namorado não saírem daqui!

— Ajusshi — tento de novo. — Não se altere-

— Enfia o esfregão no cu! — eu olho incrédulo pro Kihyun quando ele diz isso. — O esfregão e esse balde velho que nem você!

Kihyun chuta o balde do zelador e a água se espalha toda pelo chão.

— Fodeu. — eu ainda consigo dizer quando Kihyun me arrasta pra fora do banheiro.

Fugimos que nem doidos de lá com o ajusshi proferindo uma cacetada de palavrões e frases do tipo: “essas pessoas devem morrer” “escórias”. Entretanto, nada disso importa porque a gente tá sentado no chão, do lado de uma loja, rindo feito dois mongoloides.

— Você é louco! — eu to rindo muito, tipo, muito mesmo.

— Ah Changkyun. — ele diz recuperando o fôlego. — Acha mesmo que eu vou deixar ele falar desse jeito? Nem que um raio caia na minha cabeça duas vezes. Desejar a nossa morte... — Ele fica um pouco sério. — Isso não é desumano? Desejar a morte de alguém só por ser gay? Eu não sou louco, ele que é. Homofóbico escroto.

Fico mal quando Kihyun diz isso. Eu desejei que ele morresse várias vezes de uns modos que ninguém pode saber se não vou pra cadeia.

A gente ficou uns tempos em silêncio. Aí segundos depois me veio à cena de novo.

— Enfia o esfregão no cu... — eu repeti. A gente se olhou.

Não deu outra, ficamos rindo de novo. Dessa vez de um jeito pior. Aposto a Nina que essas pessoas que estão passando por nós acham que somos fugitivos de uma clínica psiquiátrica. Ou que simplesmente estamos dopados de droga.

 

4:43pm

— Meu ônibus vai vir daqui á... Dez minutos. — suspiro, olhando no mapa.

Eu e Kihyun estamos na parada, em pé, no sol quente, porque os bancos de espera estão cheios de crianças, e tá lotado de gente espremida embaixo do abrigo pra chuva e sol.  

— Qual sua região? — Kihyun pergunta.

— Samcheongdong.

— Aaaaah, por isso você é todo tranquilão.

Samcheongdong é bem pacato. Ele é tradicional, assim como as moradias. A nossa casa tem o telhado parecido com aqueles palácios da China, assim como todas as outras casas vizinhas. As ruas são silenciosas e não costuma ter muita movimentação, a não ser algumas crianças que saem pra brincar. Não tem muitos apartamentos ao redor.

— Pois é. E você?

— Gangnam-gu.

Claro. Onde mais Kihyun moraria se não na área mais rica da cidade.

Eu rolo os olhos pra mim mesmo com essa pergunta.

— Oh — ele aponta. — Meu ônibus!

Quando Kihyun sobe no ônibus eu presumo que ele só vai subir e plau, sem adeus nem nada. Já me costumei com essa sua mania. Só que sou surpreendido quando ele dá tchau pra mim e ainda manda um: “te vejo amanhã.”

Provavelmente de olhos arregalados, eu só faço um gesto com a cabeça e aceno de volta.

É como eu disse, estranho.

Mas é um estranho que é bom de sentir.

 

5:20pm

Possessão. Só pode ser isso.

Cheguei ao veredito que Kihyun é possuído por vários espíritos durante os dias, e hoje um espírito muito legal, adorável, bem humorado e engraçado entrou nele.

Hoje eu vi um Kihyun bem diferente do da escola. Até aí, “tudo bem”, o problema, é que eu gostei. Kihyun com certeza seria meu brotherzão onde a gente faria arruaça e zombaria de tudo. Ele me alegrou muito, elevou meu humor lá no topo. Eu nunca que ia imaginar que Yoo Kihyun, o arrogante da escola, mesquinho, ignorante, ator, filho da puta mascarado, ou seja, o satanás, faria me sentir assim algum dia.

E eu estou como? Com medo. Com medo da minha hipótese sobre possessão estar certa, e com medo... Do que essa minha ansiedade de encontrar ele amanhã ainda vai me causar, porque está difícil. Meu coração tá batendo rápido demais e eu já comi três pacotes de ramyeon, um pedaço gigante de bolo e uma garrafa de suco de maracujá. Assim eu vou ficar só o Wonho na primeira vez que conheci ele.

— Aish. — fico na posição fetal comprimindo minha barriga, na esperança de parar isso.

Não vou conseguir dormir cedo hoje.

 

08.08.16  Segunda-feira  06:50am

Title:

Onde estou?

Humor:       

To muito grogue.

Acordei só o bagaço.

Como eu havia previsto, não consegui dormir direito, então abri meu notebook e fiquei jogando pela madrugada. Eu só fui dormir porque ouvi uns passos do lado de fora, o que resultou em uma quase catástrofe que foi ter evitado derrubar meu note no chão.

Nem sei que horas aconteceu o ocorrido, mas sinto como se não houvesse dormido necas nenhuma.

 

7:42am

Wonho não para de fazer hora comigo pelas fotos que eu postei no blog. Não adianta o quanto eu fale que antigamente ele era pior, ele vai continuar curtindo com a minha cara.

Palhaço.

— Bom dia flor do dia. — Gun diz quando me avista pelo corredor.

— O blogueirinho King, pode entrar Changkyun. — Han diz, e Jun, como sempre grudado a ele ri.

— Bloguerinho King, que história é essa?

— Acontece meu camarada — Gun se esgueira pro meu lado pondo o braço pela minha nuca —, que você causou meio que uma revolução.

Fico piscando os olhos.

— Ainda não to entendendo.

— Seu post do cabelo rendeu altas discussões sobre a imagem superficial e perfeita que os outros passam nas redes sociais. Você, ao contrário desses tipos de pessoas, postou umas fotos horrorosas suas sem se preocupar com criticas e ainda tratou com humor. Estão te elogiando. — ele sorri convencido —, me agradeça depois.

Reviro os olhos.

— Wah. — Wonho exclama, enquanto pega os livros do armário dele. — Isso é realmente uma questão difícil.

— O hyung não gostou porque faz parte dos superficiais né? — Han sempre criando treta.

— O quê? Eu não sou superficial, do quê você tá falando?

— Num é? Fica postando fotos com legenda feliz, ostentando a riqueza, de vida perfeita.

— É porque é verdade, você quer que eu minta para os outros só pra eles se sentirem melhor?

— É claro que sim! Oush, você não faz esforço pro pessoal gostar de ti e ainda é lindo de morrer, tem que ter alguma coisa ruim na sua vida.

Gun e Jun riem. Por um momento vejo Wonho me olhando de relance, depois desvia pro Han.

— Qual seu problema? — Wonho diz, depois ri também.

— O problema é que eu sou feio que dói.

— Você não é feio Han, só é mau arrumado. — Jun diz e Gun concorda.

Os quatro ficam discutindo sobre a beleza do Han; estou prestes a comentar quando congelo no meu canto. Kihyun está vindo com Minhyuk e Jooheon.

Quando ele passa por mim, puxa meu braço pra perto dele.

— Na sala de vídeo abandonada, intervalo do lanche. — ele sussurra na minha orelha se afastando logo depois. Dou uma tremida com a voz.

Jooheon me olha indiferente antes de segui-lo, Minhyuk parece ter perguntado alguma coisa sobre mim, infelizmente não consegui ouvir.

Fico observando Kihyun indo embora, confuso. Ontem ele se comportou como se a gente fosse parça há anos, agora ele vem, sussurra uma frase, e sai como se nunca tivesse dito ela.

Sobre a lista de coisas que odeio sobre Kihyun, mais dois adicionais:

    1. Eu odeio quando ele marca alguma coisa sem sequer esperar a resposta da pessoa.

    2. Ele é bipolar.

— Você disse que Kihyun te pediu desculpas né? — Jun diz chegando ao meu lado. Balanço a cabeça positivamente. — Acho que vão tirar uma nota boa na apresentação. Parece que Kihyun e você estão de bem mesmo, ele tá até falando contigo de boa. Nem devem ter mais problemas um com o outro.

Penso em desmenti-lo dizendo que é apenas por causa do trabalho em dupla, porém, há uma possibilidade deles mencionarem sobre nosso encontro privado no banheiro e de entrarmos juntos atrasados na aula, pois aconteceram antes disso, então decido ficar calado.

— Que inveja. Ser chegado do presidente da escola. Aaaah por que eu sou tão ruim socialmente? — Han bate o pé no chão.

Todo mundo ri dele.

— É porque você é muito chato Han, só por isso. — Gun solta os venenos.

— Yah!

 

9:53am

To aqui em frente à sala abandonada e nada ou sombra de Kihyun. Disse para Gun, Jun e Han que iria falar com ele sobre nosso seminário, e garanti que não iria demorar.

Por que eu vim mesmo? Era para eu estar neste momento me empanturrando do lanche das tia da merenda.

E mais um item para lista:

    • Eu odeio o fato de Kihyun decidir as coisas e ainda ter a pachorra de se atrasar.

— Bu!

— AAAH! — solto quando Kihyun sacode meu ombro por trás me assustando.

O safado cai na gargalhada.

— Você tem um parafuso a menos, sabia? — eu acho que o Kihyun não bate bem da cabeça não.

— Sabia sim.

A gente entra, Kihyun vai acendendo as luzes uma por uma.

Sou sedentário, então vou até as cadeiras plastificadas e escolho uma para sentar.

— Qual é a bola dessa vez? — pergunto quando ele termina de acender todas elas, apesar de já ter um palpite do que vai ser.

— As cópias. Sexta-feira não deu pra você me mostrar, então já sabe.

Imaginei que ele iria dizer isso, meu palpite estava certo.

— É o seguinte, eu apaguei elas. —Kihyun arregala os olhos. — Eu só trouxe a última que está aqui no meu celular, pra comprovar que gravei de fato o vídeo, aí também apago ela na sua frente.

Ele caminha até mim. Tiro meu celular e mostro o vídeo a ele.

— Porra, APAGA ISSO. — ele tenta tirar o celular da minha mão, eu não deixo.

— Calma, eu vou apagar! — eu puxo com força e consigo arrancar da mão dele, o empurro pra longe. — Eu só queria te mostrar que eu gravei mesmo. E você nem assistiu todo.

— Como você pode gravar isso seu imbecil... — Kihyun tá muito corado e desconcertado.

Eu quero rir. Ele fica muito bonitinho desse jeito.

— Apaga isso logo! — lá vem tentar roubar meu celular de novo.

— Se acalma, eu vou apagar. Mas primeiro para de tentar pegar meu celular tá legal?

Ele me lança uma cara feia.

Vou até ele e excluo.

— Pronto, apaguei. Sem cópias.

— O que me garante que essa é a última?

Ele ainda tá duvidando de mim?

— Olha, eu disse que era a última, eu não to mentindo. É a última.

De fato, estou falando a verdade. Apaguei as duas cópias e a restante passei para o meu celular, já que só havia feito três.

Ele cruza os braços e me cerra os olhos.

— Ah, jebal. — to ficando irritado com ele. — Eu disse que é a última cópia, para de me olhar desse jeito!

Ele ri da minha cara.

— Tá. Tá bom, acredito em você. — Kihyun caminha até a porta e abre. — Rala, vou fechar.

Depois que ele tranca, não damos cinco passos e o sino toca.

— Eu nunca vou ter sossego nessa vida. — balanço a cabeça olhando pro teto. Kihyun acha graça do que eu disse. Claro, não é ele que passas essas coisas.

Minha barriga ronca, e então eu me lembro que nem lanchei. Começa bater a depressão com a notícia de que eu perdi o lanche de hoje e o intervalo inteiro também.

— Changkyun, você lanchou? — Kihyun pergunta. Com certeza ouviu o ronco.

— Assim que o sinal tocou eu vim direto pra cá te encontrar, e ainda te esperei, então a resposta é não.

— Você é burro? Por que não foi lanchar primeiro?!

— Rah? Você disse pra eu vim tem encontrar!

Ele revirou os olhos.

— Vem. — Kihyun agarra meu braço e sai me puxando.

— Aonde você vai me levar?

Após não me responder, a gente chega na cantina e Kihyun compra um lanche pra mim. Ele nem perguntou se eu queria alguma coisa, só foi lá, comprou e mandou eu comer. Pensei em discutir, mas achei melhor aceitar, afinal, é comida de graça e comida de graça não se pode recusar. Só não aproveitei mais porque ele ficou me apressando e me xingando de burro.

Eu não sei se devo agradecer, ou manda ele ir se foder.

 

10:49am

Antes de Kihyun e eu entrarmos na sala, ele pediu para que eu passasse lá na ala beta no intervalo do almoço. Disse que iria cumprir a parte dele do acordo. Não tive a oportunidade de perguntar detalhes pois ele foi entrando na frente e indo direto para o professor explicar nosso atraso. Parece que vou ter que pedir que Gun me leve lá mais uma vez.

Me pergunto como Kihyun fará isso...

E mais um item:

    • Eu odeio quando Kihyun faz mistério das coisas.

— Oi. — sinto alguém cutucar meu ombro. Quando olho para trás, é Jooheon. — Changkyun não é? — ele sabe meu nome, devo surtar agora ou esperar um pouquinho? Confirmo com a cabeça. — Tem caneta preta pra me emprestar? Só tenho azul.

Jooheon está sentado atrás de mim. Os professores estão com essa frescura de separar os alunos que conversam demais, como Minhyuk e ele estão sempre grudados, era de esperar que os separassem. Minhyuk tá lá do outro lado. Felizmente hoje quero dar um beijo no professor de matemática por ele ter posto Jooheon nesse lugar.

Não consigo responder nada então só dou a caneta preta que estava usando pra ele.

— Valeu. — Jooheon sorri. Meu estômago entra em erupção. Meu coração enlouquece.

Ele abaixa a cabeça e começa a escrever no caderno. Se eu continuar contemplando o rosto magnífico dele, vou ficar até o final da aula assim.

Eu quero falar alguma coisa, mas tem algo na minha garganta impossibilitando que saia algum som. Acho que é insegurança o nome.

Quando ele levanta a cabeça pra enxergar o slide eu viro imediatamente pra frente. Tenho certeza que to corado. Meu coração tá só o carnaval.

As pessoas realmente se sentem assim quando gostam de alguém? Eu não to achando isso normal. Eu to precisando mesmo é de um calmante.

 

11:50am

Eu e Gun estamos aqui sozinhos urinando nos mictórios do banheiro. Sobre Kihyun, estou imaginando o que ele vai fazer. Será que ele irá criar um monte de rede social que eu nunca ouvi falar na minha vida pra mim?

Isso não é bom, já basta as que eu tenho.

— Eu estava pensando... — Gun disse após fechar o zíper e ir para pia lavar as mãos.

— O quê?

— Não faz sentindo Kihyun começar a te livrar das advertências só por você dizer que sabe que ele é gay. — Ah não, de novo não. — Kihyun é o cara mais popular e influente da escola. Não tem sentido ele se assustar com você. Ninguém vai acreditar se você falar que ele é gay... — ele faz questão de bater o olho em mim nessa hora. — Só se tiver provas, claro. — ele caminha até mim. Acho que vou sair correndo. — Tem mais alguma coisa que você queira me dizer?

Agora eu tomei no cu. Deus, o que eu digo? Ele tá certíssimo. Se eu saísse por aí espalhando que Kihyun é gay ninguém ia acreditar em mim.

Tenho que esquecer minha deficiência mental de lado e pensar em algo rápido.

— Eu disse pra ele que tirei umas fotos dele beijando Hyunwoo. — disse a primeira coisa que veio na minha mente.

Ele arregala os olhos.

— E-E V-VOCÊ TIROU?

— Não. Eu to mentindo pra ele.

Ele entorta a boca e aperta os olhos.

To suando.

— Como você o convenceu?

Eu não posso gaguejar em uma hora dessas. Gunhee é muito inteligente, ele vai desconfiar na hora.

— Não precisei de muito. Só mostrei a Canon que você me deu e ameacei de dar as fotos para o jornal.

— Ele comprou isso?

— É claro que ele não acreditou, mas eu não insisti em provar que era verdade e sai dizendo que amanhã as fotos iriam aparecer por todos os cantos. Ele entrou em pânico e concordou em não me ferrar mais se eu apagasse elas.

Tudo bem, estou mentindo outra vez. Agora só resta Gunhee acreditar nisso também.

— Por que não me disse isso antes?

— Eu fiquei com medo de você me bater.

Ele riu, porém, ficou me fitando por uns segundos.

— Te subestimei. — disse ele, por fim. Eu sorri nervoso. — Não é o que eu quero, entretanto, a gente também pode tirar proveito disso. — Deus, o que ele tá tramando nessa cabecinha? — Torne-se melhor amigo dele. Descubra os podres.

— O quê?!

— Que foi? Você odeia ele não é?

— É, odeio ele, por que eu fingiria ser amigo de uma pessoa que é insuportável?

— Para acabar com ela. — Gun diz com uma voz assustadora. — É aquele ditado Changkyun: “mantenha os amigos perto, e os inimigos mais perto ainda.” — Ele parece um psicopata falando desse jeito... Estou com um leve medo nas calças. — Não preciso perguntar se você topa não é?

 Não posso andar pra trás. Minha prioridade neste momento é desfazer as desconfianças dele sobre mim.

— Não.

— Que bom. Vamos almoçar, depois direto para ala beta.

 

12:18pm

Não pode ser. Esfrego meus olhos para me certificar do que estou vendo.

Wonho está aqui na ala beta, no canto esquerdo da sala, lá no fundão, sentado em cima de uma mesa contando alguma coisa enquanto tem um povo sentado ao redor dele escutando. Hyungwon está na cadeira da mesa dele que fica ao lado, de pernas cruzadas, descansando a bochecha no punho ouvindo. Então quer dizer que Wonho já pode entrar na ala beta quando quiser?

E ele nem me chamou.

Estou pensando seriamente em pegar aquela lixeira ali e arremessar na cara dele.

— Changkyun! — Wonho me avista e acena pra mim todo mongo.

A vontade de mostrar meu dedo do meio é tentadora.

— Por que você tá aqui? — é a primeira pergunta que faço quando ele pede licença para sua plateia e vem até mim.

— Ah, Hyungwon disse que eu posso vir quando quiser. E como não te encontrei de manhã, resolvi não te procurar nesse intervalo. Eu almocei com Hyungwon, Minhyuk e Jooheon na cantina. — ele fala de um modo sorridente e infantil.

Quero cuspir nele.

— E você? Pra onde foi no intervalo da manhã?

— Como assim? — eu olhei para o Gun. — Eu disse pra vocês que ia falar com Kihyun sobre o seminário que estamos fazendo, não avisaram o Wonho?

Gun pôs a mão atrás da cabeça dando um riso falso.

— É que a gente não lanchou no refeitório, fomos para o pátio.

No centro da escola, há um pátio enorme com vários bancos e uns gramados espalhados pelos cantos. Às vezes alguns alunos combinam de fazer suas refeições no gramado, aproveitam e ficam por lá brincando. Outros preferem comer ao ar livre mesmo pois o refeitório é muito abafado por conta da multidão. Fora que em dia muito quente, o sol fica adentrando as janelas.

— Aaah, isso explica porque eu não encontrei vocês. — Wonho diz.

— Você veio. — Kihyun surge do meu lado com uma lata de refrigerante na mão chupando um canudinho.

— Gun! Que bom que está aqui! — Jooheon também surge. Olha pra mim e Wonho, sorri nos cumprimentando, depois volta o olhar pra Gunhee. — Camarada, o Minhyuk tá perguntando se você já fez os relató...

E os dois nos deixam até a mesa de Minhyuk, que ao meu ver, parece estar muito ocupado. Ele nem consegue esconder a cara de cu.

— Vamos. — Kihyun me chama com a cabeça.

— Vamos pra onde?

— Vou te mostrar uns amigos meus. É bom que está com Wonho, ele já conhece a maioria mesmo.

— Bem, é verdade. — Wonho dar um risinho.

Engulo com muita diligência a inveja lá pra baixo.

Wonho nem chegou direito nessa escola e já é popular. Não precisou fazer esforço, participar de uma vingança ou chantagear alguém. Apenas fazer dupla com um dos FiveD.

Eu to começando a odiar ele.

Pau no cu.

— Esse é Eddie e Ahn Suk. — Kihyun me apresentou um cara loiro sem nenhum traço asiático e outro moreno com três brincos em cada orelha quando chegamos no grupinho que Wonho estava minutos atrás. — Eddie é o capitão do time de futebol. É canadense, mas mora aqui desde os 2 anos de idade. Ahn Suk é o camisa 9 do time.

Eddie e Ahn Suk me cumprimentam. Eddie está no terceiro grau, é bastante alto, diria que na altura de Chae Hyungwon, tem um corpo sarado, olhos azuis e uma boca bem tentadora. Eddie também é muito cheiroso e seu hálito tem cheiro de morango. É lindo até demais.

Eu pegaria o Eddie.

Acho que todo mundo pegaria o Eddie.

Ahn Suk foi um dos atletas que zombaram do meu nariz. Ele é imperativo e grita muito. Também é sarado e bonito. Muito bonito.

Pena que é só isso.

Em seguida Kihyun me apresentou um garoto intitulado J. O próprio faz parte do clube de canto de Kihyun, mesmo ambos parecendo amigos, notei certa rivalidade entre os dois. Diplomacia? Suspeito que sim. Acho que saber mais dele será interessante.

Conheci Yejin e Wang. As duas são conhecidas por sempre ganharem o Miss daqui da escola. São magras, loiras, embonecadas, enjoadas e falam de um jeito ácido.

Não curti elas.

Jooheon quis fazer parte das apresentações e me apresentou um tal de Giriboy. Ele faz parte do clube de rap do Jooheon e pelo o que percebi são muito amigos. Tenho que ser amigo de Giriboy.

Há 3 pessoas que Kihyun me apresentou na qual eu já conhecia: E-dawn, Hyuna e Cho.

Você lembra do Cho? Camisa oito do time de futebol. Cagou pra mim quando falei com ele no ônibus escolar tentando puxar conversa no primeiro dia de aula após as férias. Agora ele está sendo caloroso e amigável comigo. Até disse que acompanha meu blog.

Parece que o jogo virou não é Cho?

Esnobei ele só por vingança.

Houve outras pessoas, no entanto, só eles me chamaram atenção. Algumas me chamaram de o Opositor, mas Kihyun disse que esse titulo não existe mais porque a gente tá de boa agora. Pobre garoto, mal sabe ele que na verdade estarei vigiando-o secretamente para descobrir todos os seus podres, muahahaha! Tenho que andar menos com Gun. A maldade dele está me infectando.

Minhyuk se juntou a gente pouco tempo depois. Assim como Lyun que chegou com duas amigas dela. Tentei procurar por Gun, só que ele evaporou.

 — Heey galera, vocês estão sabendo do Crazy Park? — Hyuna perguntou animada, segurando os ombros de E-dawn que está sentado e esbanja uma cara de quem já morreu.

— Não. — todo mundo respondeu.

Eu estou sentado em uma cadeira encostada na parede e Wonho está do meu lado. Ainda to meio envergonhado de estar com essa gente.

— O que tem? — Yejin disse curiosa.

— Eles vão chegar hoje em Seul. Que tal marcarmos de todo mundo ir lá nesse sábado?

— Bora! Demorou! — Ahn Suk gritou do fundo.

— Seria bom fazermos algo diferente. — Sugeriu ela. Os outros perguntaram o quê. Ela sorriu perversamente.

Hyuna sai e trás um livro grosso pondo em cima da mesa que está ao centro.

Todo mundo sai de seus cantos para olhar.

— De..safios Monbyl? — Wang leu o titulo do livro. — Que tipo de livro é esse?

— O livro antigo de desafios que os alunos fizeram. Se duvidar é mais velho que o diretor. — Eddie nos conta. — Como você conseguiu achar isso Hyuna?

— Contatos. — ela respondeu com uma expressão inocentemente cínica. — A questão é, a gente escolhe uma lista de desafios desse livro e formamos grupos. O grupo que cumprir primeiro todos os desafios vence, e os que perderem pagará ingressos do parque para os vencedores para eles levarem quantos acompanhantes quiserem. O grupo que cumprir por último perde, eles não pagaram o ingresso, mas vai ter que pagar uma prenda a escolha de todos os outros grupos.

— Parece ser encrenca. — Eddie comentou.

— Parece ser irado! — Ahn Suk disse, e os outros concordaram com ele. — To dentro!

— Beleza, então quero que coloque seus nomes nessa folha, após vermos quantos irão participar, formamos os grupos.

Que isso? Gincana? Quem vai ao um parque de diversões pra fazer desafios lá? As pessoas não vão para se divertir nos brinquedos? Que raios de ideia é essa?

— Você vai com que roupa Changkyun? — Wonho me pergunta escrevendo o nome dele na folha.

— Oi?

— Tem que ser uma que dá pra sujar, absoluta certeza que vamos rolar no chão. — Hyungwon aparece atrás dele. Ele me encara. — Você vai não é?

— E-eu? Bom...

— É claro que ele vai! — Lyun grita juntando-se a nós. — Avisei ao Gun e ele vai também. Seria legal se nós fossemos um grupo não é? — ela riu pegando a folha e assinando o nome dela e do Gun. — Toma. — ela passa a folha pra mim.

Eu fico olhando hesitantemente.

— E aí, você vai? — Kihyun aparece com Hyunwoo do lado. Ele estava com o mesmo do outro lado escrevendo alguma coisa no notebook. Hyunwoo continua com a cara de bobão.

— Vai ser muito legal. — Jooheon vem junto de Minhyuk. — Quando a gente sai, não tem uma pessoa que diga que não se divertiu. To sendo honesto, você não pode perder.

— E não esqueçam, colocou o nome na folha, não pode mais furar! — Hyuna avisou divertida do outro lado.

Estou me sentindo pressionado. Ainda mais com eles me olhando desse jeito. Não posso furar no primeiro evento com os populares, seria muito mancada. Nem sei se seria chamado em outro. Essa é minha chance. Sem raciocinar direito apenas pego a folha e escrevo o meu nome.

Alguns comemoram. Eu sorrio que nem um paspalho. Não sei se estou fazendo a escolha certa. 99% de que não.

— Muito bem, deu 25 pessoas. 5 grupos de 5. — Lyun diz após contar as pessoas.

— Vai ser eu, Hyunwoo, Hyungwon, Minhyuk e Jooheon. — Kihyun dá um gole em uma garrafa de água e faz uma pose de decidido.

Esses cincos sempre devem ficar juntos nessas coisas.

— Ah não, vocês sempre ficam juntos quando tem coisa desse tipo. — Ahn Suk se queixa. Como eu pensei.

— É verdade. — Hyuna alisa o queixo pensativa. Até ela arregalar os olhos parecendo pensar em algo. — Vamos decidir no Kai, Bai, Bo!

Parece que o passatempo preferido da vida é me pregar peças. Kihyun foi cair comigo de novo. Conquanto, ela não parece me odiar tanto assim. Por quê? Jooheon também caiu comigo. E nosso grupo se constitui em: Jooheon, Kihyun, Hyungwon, Wonho e eu.

Jooheon está no mesmo grupo que eu caralho! E eu nem o que isso quer dizer.

Tenho que pedir dinheiro aos meus pais pra comprar o ingresso.

Só tem três probleminhas:

    1. Eu sou azarado pra porra.

    2. A gente vai perder e minhas probabilidades quanto a isso não são baixas.

    3. Brinquedo Samba.

 


Notas Finais


Sobre o samba, só quem leu os posts do blog do Chang entendeu a referência haha

Fiquem a vontade nos comentários para me xingar por ter demorado, surtar por Changki, Jookyun e outras coisas que vcs também deve ter surtado

Blog (novo post) = https://justaloser0.blogspot.com.br/2017/06/meu-primeiro-amor-entaomeu-primeiro.html
Trailer = https://www.youtube.com/watch?v=vZGg-fakrBo

Vejo vcs no próximo
FLW o/


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