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História Pois é, A Vida Me Odeia - Title: Bode expiatório


Escrita por: carvyssi

Notas do Autor


Eu odeio o tempo. Como que ele passa tão rápido meo, to ficando pistola
Slc mano, eu nem tinha notado que havia se passado uns dois meses do capitulo 7 para o 8. Eu só percebi ontem, juro de dedos mindinhos. Por essa razão, estou me desculpando agora com vocês asdbnsjk

Sério, vcs devem me odiar por ser tão desnaturada, mas eu entender

A propósito, sejam bem vindo novos leitores :D
200 favoritos cara, e que eu achei que não ia chegar nem a 100
Obg, de coração <3

Capitulo anterior de Pois é, A Vida Me Odeia: Changkyun e Kihyun marcaram de se encontrar para discutir o trabalho que os dois iriam fazer juntos após umas discussões bobas pelo celular, e Chang descobriu que Kihyun não é tão ruim assim. Ao menos não fora da escola. No dia seguinte, Changkyun elimina de vez todas as cópias do vídeo, e Kihyun, como compensação, decide levá-lo a ala beta, onde lá ele conhece novas pessoas, e tem o desprazer de falar com outras de novo. Gun tem novas desconfianças, mas com sorte, Chang consegue resolvê-las. No final, ele é convidado para o seu primeiro rolê com os populares.
Bom, mais ou menos.

Tudo bem
Sem mais enrolações
Boa leitura~

Capítulo 9 - Title: Bode expiatório


Fanfic / Fanfiction Pois é, A Vida Me Odeia - Title: Bode expiatório

13.08.16 sábado 01:40am

Title:

Caos, desordem, destruição.

Humor: 

Destruição, desordem, caos.

      Azar:

Verbo

                1.

Transitivo direto

Dar azo ou oportunidade a; causar, motivar.

"O mau tempo azou o acidente"

                2.

Pronominal

Vir a propósito; tornar-se apropriado.

"Azou-se o ensejo que ele tanto esperava"

 

      Relação comigo:

 

                3.

Interesse direto

Amor não mútuo; ficar no pé de Lim Changkyun.

"O azar tem um sentimento de amor e ódio por Lim Changkyun, ódio este por não ser correspondido".

                4.

Sadismo.

Satisfação; deleite.

"Ter prazer em ver Lim Changkyun tomar no seu orifício anal".

Leia as definições 3 e 4, elas estão certas.

Após esta descrição nada peculiar, finalizo aqui minhas conclusões sobre a conspiração do universo contra mim.

Nestes últimos dias, não houve muitas coisas escritas aqui além de ameaças de morte contra você-sabe-quem (não, não é o Voldemort). Kihyun encheu meu saco de reclamações e intimidações durante toda a semana. É, já me acostumei com ele dizendo que vai me trucidar por qualquer coisa que, segundo ele, não faço certo.

E para vocês entenderem o que aconteceu, teremos que voltar à manhã de sexta-feira quando Kihyun faltou me esmurrar a cara me imprensando contra a parede por eu ter perco o pendrive com o nosso slide.

 

12:49pm

— É sério, quando você achar o pendrive, eu vou enfiar ele no teu reto! — Ele urra, me arrastando pelo corredor, como sempre faz quando está enfurecido comigo.

Kihyun já ameaçou enfiar tantas coisas no meu canal anal. Todas que você possa imaginar. Ainda bem que ele é daqueles cara que fala, fala, mas não faz nada. As pessoas já devem ter se acostumado com o jeito agressivo que ele me trata; elas não esbanjam mais caras surpresas e questionativas sobre estarmos brigando de uma forma hostil de novo. E eu bem que preferia isso. 

Aparentemente as meninas do primeiro e segundo grau estão achando que temos alguma relação afetivamente amorosa e sempre saem dando murmurinhos e gritinhos quando nos veem juntos. Inclusive, arrancamos uns histéricos quando Kihyun me pôs contra a parede.

Doidas.

Não tenho ideia de onde elas tiram essas coisas fantasiosas. Pelo menos não sofro por questões, hm, bem, homossexuais. Gun, Jun e Han vem andando me interrogando sobre meus gostos, até me perguntaram se tenho preferência por garotos. Jun mencionou o tal de Kim Agatodemon que me mandou umas cantadas nos comentários do post sobre meu cabelo e zoou dizendo que eu tinha dado trela pra ele.  E eu nem sei se a pessoa era homem mesmo. Eles perguntaram brincando, mesmo assim, não confirmei nenhuma das perguntas, mas também não as neguei. Não é como se eu me importasse se eu admitisse que sou gay pra eles. Se bem que eu desconfio que o Han e o Jun tenham algo, acredito que essas brincadeiras que um faz com outro seja mais que encenação...

Bom, acho que eles já sabem que eu prefiro bingulinhos ao invés de bingulinhas de qualquer forma.

Mas por hora, não vou revelar nada abertamente. Não quero dar mais motivos para as malucas ficarem mais insanas sobre eu e Kihyun estarmos tendo algo além de colegas de classe. Eu e ele juntos está no top 3 da minha lista de coisas impossíveis. A primeira é eu conseguir ativar o modo sayajin, e a segunda eu encontrar o Lee Minho e perguntar porque ele é tão bonito.

Sabe, mesmo com todas essas coisas rolando, Hyunwoo não parece estar incomodado como eu com isso.

Eu acho.

— Eu que tinha que ter feito o slide. Certeza que eu não perderia. Eu tenho responsabilidade, diferente de você, seu inútil. — tá, nesse ponto Kihyun tem razão. Ele tem mais responsabilidade que eu, mas não precisa me xingar desse jeito.

— Olha, eu já disse que eu tinha colocado ele na minha bolsa!

— Inútil! — as teclas do teclado do notebook dele estão gritando socorro, posso ouvir. — Eu odeio fazer as coisas de última hora. Aish, eu não mereço isso. Não mereço passar esse estresse por causa de você Changkyun.

— Se você me deixar te ajud-

— Cala a boca!

 

3:32pm

Não tivemos a melhor nota da sala, mas pelo menos ganhamos uma pontuação boa. Kihyun recebeu elogios da professora e isso garantiu que ele não enforcasse meu pescoço na saída.

No intervalo da tarde, um garoto de outra sala veio pessoalmente na minha devolver meu pendrive. Disse que havia achado no chão próximo ao sala dos professores. Só aí lembrei que tinha posto o pendrive no bolso da minha camisa. O local é consideravelmente pequeno e ele deve ter caído quando eu me inclinei para alguém ou por outro motivo desconhecido. Concluí que nem a minha própria memória coopera com o dono dela. Kihyun não enfiou o pendrive no meu reto, contudo listou sinônimos intermináveis para a palavra lerdo. Palavras essas que eu nem sequer sabia que existia. Eu só fiquei meio aborrecido porque o meu slide estava lindo, divino, muito melhor do que o Kihyun fez as pressas. Eu tinha que estragar as coisas né.

— Vamos ganhar, tá ouvindo? Não vou deixar que você nos impeça. — Kihyun diz, bem determinado. Não sei se pra ganhar aquela gincana sem sentido no parque amanhã, ou se pra me dar umas bifas no meio da cara.

— Você está falando como se eu fosse de algum time oponente.

— Antes fosse. — reviro os olhos pra ele. Minha fama de azarado se espalhou e infelizmente uma nova surgiu: ela contamina quem estiver comigo.

Bufei pra ele. Um ato implícito onde diz que não tenho como rebater porque é verdade, mesmo assim não vou admitir, sou orgulhoso.

Kihyun está sentado ao meu lado desde terça-feira. Jooheon foi retirado de minha presença pela professora de geografia, que subiu para quarta posição na lista de gente que odeio, sendo substituído por Onyon. Um menino estudioso que Kihyun pediu umas respostas dos questionários que estávamos fazendo juntos.

Ah é, falando no Diabo, ele juntou a cadeira dele na minha pra gente responder o questionário de história nesse mesmo dia. Disse que eu sou bom na matéria, o que é real, então eu o ajudaria a terminar mais cedo. Não perguntou se eu aceitaria, colou a mesa dele logo na minha. Isso me lembra de pôr mais um item: eu odeio quando Kihyun decide as coisas sem o consentimento do outro. Sinceramente, pra mim aquilo foi pretexto pra ficar enchendo mais meu saco. Daí ficamos assim desde então porque no dia seguinte foi estabelecido um negocio nomeado mapeamento, e Kihyun pela deprimência das desgraças das deprimências, permaneceu do meu lado e vai continuar nele até o final do ano. Eu estava decidido a desistir da minha vida, até a frase do Gun vir na minha cabeça: “mantenha os amigos perto, e os inimigos mais perto ainda”. Se ele quer juntar a cadeira dele na minha todo dia pra respondermos as atividades de classe juntos, ótimo, não vou reclamar. Tenha uma aproximação com seu inimigo, mesmo que ele seja Yoo Kihyun, um cara insuportável e prepotente.

Amaldiçoado seja o ser humano que inventou mapeamentos de escola. Queria ter o poder de rogar uma maldição numa hora dessas.

Por falar em Gunhee, ele parou de me cobrar as mídias, e começou a cobrar os podres. O único segredo que eu consegui “arrancar” de Kihyun até agora é que ele tem um cachorro chamado poggy. Isso nem é um podre.  E a não ser que Gun entre escondido na casa de Kihyun e roube o cachorro dele, isso não vai servir de nada.

 

4:10pm

Não sabia o quão lindo Jooheon ficava quando explicava alguma coisa.

— Giriboy com certeza vai nos sabotar. — eu queria ter a coragem de tirar uma foto de Jooheon mordendo o lábio inferior todo concentrado agora.

— Mas vocês não são amigos? — Kihyun perguntou. Estamos reunidos nós três, discutindo estratégias pra ganhar dos outros times. Quer dizer, eles estão. 

Eu não estou com capacidade para sugerir algo inteligente. Jooheon está me impedindo. A propósito, eu e ele estamos conversando decentemente agora. Temos algumas coisas em comum, inclusive o gosto para animes. Ele venera o Luffy de One Piece, assim como eu. Sei que vamos levar pau nessa gincana, mas tenho que agradecer a Hyuna por ter pensado nela.

Vale ressalvar que Minhyuk caiu no grupo do Gun. Ele nem disfarça a raiva de não estar no nosso. Seria má de minha parte se eu lançasse um sorriso desdenhoso pra ele só de sacanagem?

— Não existe camaradagem quando somos rivais Kihyun. Ele vai ver, aquele Cho... — Giriboy está no mesmo time que o Cho, junto do Eddie, J e Hyunwoo.  E parece que Jooheon não curte o camisa oito do time de futebol também.

Estou dizendo, ele é meu par perfeito.

Olha, eu não sei se Minhyuk e ele são... Bom, um casal. Nada foi comprovado, por isso eu posso ter esperanças. Afinal, ela é a última que morre não é? Tudo bem, pode ficar tranquilo, eu sou realista. As chances dele se interessar por mim são menos que... 0?

Enfim. Cho e Jooheon meio que discutiram no meu último post. Só pra voltar ao assunto. (E sustentar o argumento de que eles se odeiam).

Sim, Jooheon comentou no meu blog. Assim como a Hyuna, Eddie e Cho. E isso não passou despercebido nas bocas do Jun e Han. Ainda bem que os dois não se importam em ser populares. Han ás vezes fica lamentando por aí, só que todo mundo sabe que é drama. Afinal, na metade do tempo ele fala mal dos populares, e na outra metade também. Ele gosta do seu status, não é uma pessoa  ambiciosa. Eu o invejo.

Voltando para o Jooheon, eu quase morri quando vi a foto dele no perfil no comentário, devo confessar. Até achei que era uma conta fake, mas depois de constatar que era ele, eu quase morri de novo. Fiquei nervoso o bastante para responder errado. Não tinha a opção de editar e eu não poderia apagar porque ele já tinha visto. Eu fiquei meia hora debaixo das cobertas me fazendo à mesma pergunta: por que eu tenho que ser tão panaca?

— Eeeeeei.

— Au, ow, isso dói! — Kihyun estava puxando minha orelha. — O que foi?! — Por que ele sempre tem que chamar a minha atenção me causando dor?

— Você está aqui?

— Como assim?!

— Faz cinco minutos que eu estou te chamando seu tucano inútil. — revirei os olhos. Ele rosnou pra mim, que nem um cachorro. Só que daqueles pequeninhos e fofinhos tipo um... Um poodle toy. — Olha, presta atenção, se você fizer a gente perder considere-se um cara morto.

— Tá, entendi. — murmurei, descansando meu queixo na palma da mão. Estou cansado disso. Eu já sei que sou azarado caralho.

Do canto do olho, pude observar Jooheon roendo a unha do polegar. Certamente pensando nas estratégias. Ele está levando a sério essa coisa toda da gincana. Tenho que me esforçar. Por ele.

Nós vamos ganhar essa joça.

     

6:00pm

Sábado.

É aqui que a merda começa.

— Eu disse que não precisava pagar meu ingresso Wonho, eu ia pedir aos meus pais.

— Foi mal. Mas foi sua culpa.

— Minha culpa?!

— Se você me dissesse antes eu não iria comprar.

Sabe aqueles face memes onde a pessoa está com uma cara de: “ham?”, pareço um agora.

— Quem te elegeu como a pessoa que tem pagar as coisas pra mim?

— Eu me elegi.

Fala sério.

— Hoseok-ah! — É Jooheon. Ele está acenando pra gente da entrada do parque. Hyungwon e Kihyun estão ao lado dele.

Ele está tão fofo de bermuda. Wonho e Hyungwon também estão, mas só ele me importa. As pernas dele são grossinhas...

Eu não sou o único que fica olhando as pernas dele beleza?  

— Hyuna e os outros já estão lá dentro, vamos logo, eu não quero ser o último a chegar. — Kihyun disse, de braços cruzados.

Sutil.

Hyuna explicou as regras quando todos chegaram. Foi decretado (eu gosto dessa palavra), que seria resignado um acompanhante para cada grupo no intuito de comprovar se os desafios iriam ser realmente feitos. Hyuna ficou com a gente. Cada grupo recebeu um papel com trinta desafios retirados daquele livro lá que a Hyuna roubou, digo, encontrou. Havia quadradinhos no lado de cada um onde a gente tinha que preencher quando cumprirmos eles. A regra era clara e já foi dita no dia em que foi tudo combinado: quem cumpri-los primeiro, ganhará três ingressos de cada grupo. O que perder, pagará quatro prendas, a escolha dos outros quatro times.

Eddie, Cho e J parecem bem confiantes. J e Cho nem se fala, já estão desfilando por aí chamando os outros de perdedores. Kihyun e Jooheon estão debochando deles.

— O Cho é muito idiota.

Tenho que concordar com o Wonho. Quando estudávamos juntos ele era bem filho da puta, parece que ele ficou mais.

— Certo crianças —, Ás vezes a Hyuna fala como uma mãe. É uma das poucas meninas populares que eu gosto. — Já estão todos juntos? Folhas nas mãos? — Todo mundo assente depois de se certificarem, ela sorri e vem para o nosso lado. — Muito bem. Em suas marcas... Valendo! E que a sorte esteja sempre a seu favor!

Sério Hyuna?

Foi aí que todo mundo começou a correr feito doido. Eu ia também só que fui empurrado pela manada resultando na minha primeira queda da noite. Só deu tempo de perceber Kihyun me levantando e me dando uns petelecos na testa.

— Jooheon qual é o primeiro, rápido! — perguntou ele quando nós cinco ficamos em um perímetro seguro.

— Beijar um poste.

— Nê?! — Hyungwon arregalou os olhos.

— Bora, não tem tempo pra isso. — corremos para o primeiro poste que vimos. — Hyuna, todo mundo tem que beijar?

— Hmhum, sem exceções Kihyun. — pelo sorriso sádico, ela está adorando isso.

Ok, retiro o que disse dela lá em cima.

Jooheon foi o primeiro. Ele só deu um selinho. Hyuna fez ele repetir depois de lembrá-lo que na folha constava “beijo”, não selinho.

— Yah, você não disse nada sobre câmeras! — Jooheon está morrendo de vergonha. Hyuna tirou umas fotos dele beijando o poste. Tem umas pessoas perto de nós rindo.

— Isso é um meio de comprovação. Como vou saber se os acompanhantes não serão subornados hein? A fotografia é o melhor meio.

— Isso é avacalhação!

— Tá, tá. Agora sou eu. — Kihyun foi o segundo.

Wonho foi o terceiro, eu fui o quarto, e Hyungwon, com muito sacrifício foi o quinto. Jooheon e Kihyun reclamaram por ele estar fazendo cena logo no primeiro desafio. Claro que Wonho foi lá defendê-lo.

— Ela é sempre assim? — pergunto em um cochicho no ouvido de Kihyun. Hyuna está rindo de um jeito bem cruel enquanto olha as fotos do nosso vortex de vergonha alheia. Com certeza essas fotos vão estar no facebook.

— Não. Ela é pior.

— Achei um! — Hyungwon gritou, apontando para um homem fantasiado de Tube, uns dos personagens do kakaotalk.

Teríamos que abraçá-lo e ficar pulando ao redor dele. Todos nós. Ao mesmo tempo. No fim, o pobre Tube estava acocado no chão pronunciado palavras feias que não se deve ser pronunciadas.

Não o culpo por isso.

Quando chegamos ao décimo quinto desafio, após muito sangue, suor, lágrimas e os meus dois joelhos ralados, Hyuna bipou o celular de todo mundo o explicando, já que esse desafio em questão só tinha um ponto de interrogação e mais nada. Acontece que a porcaria do décimo quinto consistia em levar o “bode expiatório” de qualquer grupo adversário até a um local específico, que foi determinado ser a fila do brinquedo samba. Só nisso meu cu trancou com uma dor causticante que não consegue ser descrita.

Pois é, chegamos ao ponto em que você ri da minha cara.

Ou sente pena.

A expressão “bode expiatório” condiz em ser sacrifício de alguma tradição, ou simplesmente ser usado para uma finalidade. E o contexto dele nesse desafio não foi muito diferente. O bode expiatório seria a última pessoa do seu grupo a cumprir o desafio anterior. Que foi quem? Isso mesmo, eu. Óbvio que foi eu. Que outra razão eu teria para vida se não servi-la com situações embaraçosas para fazê-la gargalhar com as palhaçadas que eu passo? Consequentemente meu time também foi o último, por causa do Hyungwon-senhor-estou-com-vergonha. Ele atrasou a gente, e mesmo que eu tenha ficado feliz por não estar sendo o motivo de nossa possível derrota, eu não quero perder. Essa gente é maluca e eu nem vou imaginar os micos que eles vão mandar a gente pagar.

— Tá ali um! — alguém grita de algum lugar.

De repente umas sete pessoas correm pra cima de mim com sangue nos olhos. Sinto minhas pernas tremerem com a morte iminente. É quando Wonho agarra meu braço e me puxa para um lugar aleatório. Kihyun está com ele.

Já que eu era o bode expiatório do meu grupo, a única coisa que me restava era se esconder e torcer para que não fosse pego.

— A fila do samba fica do outro lado do parque! A gente vai pegar o Giriboy, ele é o bode do grupo do Eddie! — Jooheon avisa antes de se afastar de nós com Hyungwon.

Wonho concorda gritando de volta, e aí, nós três corremos, sem rumo nenhum. Só corremos.

Sinto minha blusa quase sendo rasgada. Uma garota de cabelos pretos me agarra e me distancia deles. Na selvajaria mesmo, como se eu não fosse nada. Avisto Kihyun ordenando para ela ir embora se não ia esfregar a cara dela no asfalto. Outras três pessoas de outro grupo apontam pra mim e vem na minha direção e do da garota que me raptou. Os três me agarram e eu não consigo acompanhar mais nada.

Eu estava esperando eles porem um saco preto na minha cabeça e me jogar no porta-malas de um carro.

Em um minuto os meus sequestradores somem das minhas vistas, fico livre por um segundo, dá tempo só de inspirar uma duas vezes até eu começar a ser arrastado por outra menina. Vejo que ela tem cabelos vermelhos. Uma olhada mais extensa e percebo que é a Merida que me barrou no clube do Jornal. Eu não lembro dela estar no dia em que a Hyuna chamou todo mundo... Enfim, isso é o de menos. Posiciono-me para pôr meu pé na frente do dela torcendo para que ela derrape no chão, de preferência de cara nele, quando alguém nos empurra. Caio de bunda na areia.

J estende a mão, me erguendo. Ele manda a Merida sumir daqui, ela mostra a língua pra ele e foge. Estou pronto pra agradecê-lo por me salvar quando ele berra para os outros quatro do grupo dele que me achou. Vejo Cho e Giriboy comemorando e se achando á cinco metros de nós. E mais uma vez, sou puxado.

Que nem um boneco.

Que nem um bode. 

Eu deveria fazer alguma coisa, tipo, tentar fugir, mas fico sem reação. Tudo está acontecendo tão rápido. Onde estou? Pra onde estão me levando? Será que ainda to na terra?

— Larga ele J. — eu conheço essa voz. Paramos. Kihyun entra na nossa frente peitando o J que é duas vezes mais alto que ele.

— Não.

— To te avisando, é melhor largar logo. — ele pega a minha mão. J pega a outra. Eles estão me esticando para lados opostos.

Vejo a hora eles arrancarem meus braços.

Namoral, nunca fiquei tão desesperado por ser “disputado”. Hyuna é uma doida varrida. Aquele livro de desafios deve ter sido escrito por um cara maluco da cabeça que matava animais e bebia o sangue deles. Qual a lógica de fazer pessoas serem caçadas pelos os outros? 

Eu não sou presa de ninguém.

— Sai da frente Kihyun. — J revira os olhos.

Kihyun dá um meio sorriso mínimo. Entendo ali naquele gesto que ele tramou alguma coisa. Não dá três segundos e confirmo que estava certo.

Wonho e Jooheon pegam J por trás, Hyungwon prende os punhos, o imobilizando.

— Vai logo! Os outros tão chegando! — Jooheon adverte.

E lá estamos, eu e Kihyun correndo de mãos dadas esbarrando nas pessoas como se fossemos fugitivos da guerra.

— Pra onde a gente vai? — pergunto, sôfrego. Eu corri pra caramba. Eles podem ser alimentados com redbull ou quem sabe cafeína pra ter tanta energia assim, só que eu sou apenas um menino sedentário que não faz esporte nenhum e só fica sentado o dia todo jogando, assistindo séries e animes.

Era isso que eu deveria estar fazendo, pondo minhas séries e animes em dia.

— Ali! — disse Kihyun, apontando para o labirinto do terror. — Vamos entrar pela saída e ficar lá por enquanto. Quando eu receber uma mensagem que a área tá limpa a gente sai correndo para o samba, entendeu?

— Tá. — aproveito que estamos parados e tento normalizar a minha respiração. Ainda bem que ele comprou uma água, acho que não iria sobreviver.

Cessamos na saída do labirinto nos escondendo, esperando a oportunidade dos organizadores não nos virem. Após asseguramos isso, entramos de fininho lá dentro. Tudo estava escuro então não dava pra ver nada. Havia muitos gritos e uns gemidos agonizantes. Eu não sabia distinguir se eram reais ou não e eu já estava ficando com medo disso. Um passo em falso e aparece um palhaço enorme do teto em frente a nós dois. Era um boneco, mas nós dois gritamos que nem umas crianças aterrorizadas prestes a morrer.

Meu peito está subindo e descendo em uma velocidade que eu não sabia que podia atingir. E aí ouço a respiração de Kihyun contra meu braço. Olho para o lado e ele está abraçado com ele, escondendo o rosto.

Ele deve ter medo de palhaço.

Isso é um podre né?

— Kihyun? — sacudo o braço.

Ele se solta na mesma hora.

— S-silêncio, seu imbecil. Alguém vai ouvir a gente.

— Que história é essa? Você gritou mais que eu!

Ouvimos passos e vozes da saída. Olhamos para trás e cinco sombras aparecem. Se não fosse pela pequena luz vermelha coberta de sangue falso que não para de piscar lá em cima não veríamos a quantidade.

— Ué, mas as pessoas não entram pela entrada? Por que tem gente vindo da saída? — não faz sentido.

— Eu vi entrar uma rodada de pessoas antes da gente vir pela saída, eu acho que elas ainda estão no segundo nível desse lugar. Então...

— Não é possível. — alguém nos descobriu? Não podemos ter nenhum minuto de sossego merda. Dou dois passos vacilantes, isso encadeia em uma bruxa horrenda aparecendo do nosso lado. Com risada macabra e tudo.

Essas drogas são ativadas pelo piso?

Grito muito alto, não deu pra evitar.

— Silêncio seu demente, eu não disse pra você ficar quieto. — Kihyun me repreende com um soco fraco no meu braço. Como se ele também não tivesse gritado.

— Tem alguém ali! — vejo uma das sombras apontando pra cá, e aí começam a correr na nossa direção.

Estou apreensivo de verdade. Acho que nunca percorreu tanta adrenalina no meu sangue como hoje.

— É o grupo do Eddie, essa voz é dele.  — filhos da puta, ele estavam nos perseguindo? — Vem, vamos nos esconder em uma das salas.

O labirinto do terror é uma trilha enorme de quarenta metros mais ou menos. Dentro dela há bonecos e pessoas com o único e maldito objetivo de nos assustar. Também tem pequenas salinhas temáticas que ninguém sabe o que eles põem lá dentro pois todo ano eles mudam as “atrações”. Estamos à procura de uma delas quando uma multidão aparece na nossa frente se debatendo uns nos outros e berrando histericamente. Tentamos correr na direção oposta, entretanto, recordamos que há gente do grupo inimigo se aproximando também. Sem saber o que fazer, a gente apenas corre pra multidão.

— Te peguei. — sou tirado de Kihyun antes de nos misturarmos as pessoas. — Galera eu achei e-

Piso no pé dele, seja lá quem for. Se tiver sido o Cho ou J posso morrer feliz.

Eu não vou ficar sendo levado pra lá e pra cá. Eu sou humano, Homo sapiens, não algo inanimado. O pisão deu certo, ele me soltou. Adentro ao meio do amontoado de gente e começo a chamar por Kihyun. Continuo procurando na escuridão sem poder enxergar nada. Chamo mais vezes; não ouço respostas.

As risadas desses guri estão me desconcentrando, eu não consigo ouvir nada de proveitoso.

— Bosta. — malditas sejam as famílias que levam os filhos pra um lugar desses.

Sinto minhas costas sendo empurradas de um jeito rude e rápido. Viro para empurrar quem quer que seja, aí me deparo com Kihyun. Aquele cabelo rosa é inconfundível. Não sei por que, mas eu to sorrindo muito por ele ter me encontrado.

Rapaz, estou me sentindo como se estivesse mesmo em uns jogos vorazes.

É Hyuna, eu entendi a referência.

— Kihyun. — pronunciar o nome dele me dá uma sensação de alívio. — Eles quase me pegaram.

— Tudo bem, estamos seguros agora. Olha, aqui tem uma sala. Vamos ficar por aqui po-

Kihyun se interrompe quando abri a porta. Tropeçamos em uns fios, caindo no chão. Eu bati a cabeça no piso, foi de leve, mesmo assim doeu um pouco. Só deu tempo pra sentir uma pressão pesada sobre o meu corpo poucos segundos depois.

Ele tinha caído por cima de mim.

— K-Kihy-

— Shii. — ele põe o indicador na minha boca. — Eles vão ouvir a gente.

Eu devia morder o dedo dele.

Tento levantar, ele me para.

— O qu-

— Não se mexe!

— Mas você está em cima-

— Qual a parte de calar a boca e ficar quieto você não entendeu?

Reviro os olhos. De tudo, faço o que ele diz.

Estamos em uma sala iluminada apenas pela luz do retroprojetor reproduzindo um vídeo. Nele está passando umas coisas sem sentindo e desconexas, acompanhada de uma música assustadora no fundo.

Esperamos as pessoas se afastarem e o local ficar consideravelmente silencioso. Outrora, isso é o de menos pra mim nesse momento. A verdade é que estou suando porque eu só me dei conta da posição perigosa em que nos encontramos agora. Kihyun está deitado, em cima de mim. Consegue digerir isso? Pois eu descobri que não. 

Ele está apoiado sobre seus antebraços. As duas pernas prendem a minha direita — ignoro o pensamento de que se eu á levantar um pouquinho, vou acabar tocando uma parte estratégica dele, aquela mesmo, que fica no meio das pernas — com seu rosto a centímetros do meu mirando os olhos na porta atrás de nós, alerta. Posso sentir o seu coração desritmado contra o meu, que está do mesmo jeito.

Por que vida? Por que fazes isso comigo? Qualquer dia você vai levar um sacode, pode ser da morte, do destino, do tempo, do amor, qualquer dia vida. Você vai ver.

— Acho que eles já foram. — sussurra ele, ainda atento na porta. A respiração rápida diminuindo. O hálito tem cheiro de bala de morango, como o de costume. Eu nunca disse aqui porque é irrelevante, mas eu gosto do aroma. — A gente pode...

Ele para de falar quando vira a cabeça pra mim e me olha. Algo parece atingir ele. Seus olhos pesam na minha boca. Meus olhos pesam na boca dele. Ele suspira, mordendo o canto direito do lábio como se estivesse decidindo algo. Sinto meu estômago revirar. Meu coração bate a mil, não, a dois mil. Engulo em seco. Quero falar alguma coisa, só que não sai som das cordas vocais. Meus membros parecem que pararam de corresponder aos comandos do meu cérebro.

Kihyun está se aproximando mais de mim ou eu estou alucinando?

Os centímetros estão diminuindo, eles estão diminuindo! Fico paralisado. O nariz dele encosta no meu. É frio... Estamos perto, muito perto. Espaço apenas para um fio de ar perambular. Ele desvia e afunda lentamente a cabeça no meu ombro. Sinto ele fungar no meu pescoço. Meus pelos se arrepiam.

Devo estar com uma cara de otário agora.

— Como consegue cheirar tão bem depois de correr tanto...

Eu tinha colocado 100kg de perfume para essa ocasião — eu sabia que se não me perfumasse com um quantidade exorbitante e não usasse os devidos produtos higiênicos, eu faria meu grupo perder só por eles não suportarem a minha catinga. Isso não é importante não é?

Apenas sei que naquela hora eu não fui capaz de pensar em uma resposta coerente.

Kihyun volta a me encarar, assim como eu já estava o encarando. E não é uma encarada de nojo que você dá quando vê seu amigo brincando com o catarro. É um olhar do tipo: você está em cima de mim, eu estou embaixo de você, nossos corpos estão praticamente colados, num quarto escuro, com mais ninguém, entendeu a gravidade da coisa?

Meus lábios são feitos de alvo novamente. Meus olhos se fecham. Sim, eles se fecham, sem a minha permissão. É como se eles houvessem aceitado de bom grado o que está por vir. Até meus olhos me traem!

Ouço ele rir. Minhas bochechas queimam.

Acho que vou desmaiar.

A pergunta é: vou desmaiar por que não vou suportar a informação do que ele irá fazer a seguir, ou por que estou tão envergonhado com isso que não consigo conter minhas emoções?

Do nada a porta se abre, Hyunwoo e os outros quatro surgem atrás dele. Vislumbro R.I.P Lim Changkyun em uma lápide em cima de todo mundo.

— H-Hyunwoo. — Kihyun vai primeiro, saindo de cima de mim em um pulo que eu julguei não ser possível, e caminha em frente a ele.

— Hmm. Se pegando com o tucano não é? — J solta e tanto eu como Kihyun ficamos vermelhos.

— Vai tomar no cu J... — Kihyun vai até o Hyunwoo, pronto para se explicar. Eu não tenho nada a ver com isso, então só fico na minha esperando um barraco.

— Peguem ele. — ordena Eddie, infelizmente. Hyunwoo passa por Kihyun desprezando completamente o garoto.

J gargalha soltando umas piadinhas enquanto pega meus braços.

Sou separado de Kihyun de novo. Tento me soltar, todavia é muito difícil lutar contra quatro pessoas e duas delas sendo atletas. Olho para Kihyun pedindo ajuda. Mesmo no escuro posso enxergar que ele está visivelmente com raiva. Os punhos dele estão fechados. Ele não está com cara de que vai me ajudar. Será que Hyunwoo disse alguma coisa pra ele que eu não ouvi? Será que eles vão brigar? O nosso presidente não está com uma expressão feliz no rosto. Ele está afetado. Por causa do J. Como eu havia imaginado, diplomacia. Os dois se odeiam.

Dia ruim pra Kihyun.

Ainda bem que eu não sou ele.

E essa é a ultima imagem que vejo quando o grupo do Eddie consegue vencer o décimo quinto desafio e me largar na fila do brinquedo. Eu me rendi mesmo, eu sei que deveria lutar pra escapar, só que eu tava cansado. Ainda bem que não fomos obrigados a ir naquele inferno de samba. Ele iria fraturar os meus ossos restantes.

Após os outros do meu grupo me encontrarem, Kihyun ficou neutro durante todos os outros desafios. Notei que ele também não os exercia com vontade. Baseado em minhas observações sobre as feições dos seres humanos, ele está de mau humor.  E eu, por algum motivo, estou me sentindo um pouquito culpado. O que é sem nexo e eu nem vou tentar me explicar. Eu próprio não me entendo.

No final, perdemos. Depois de completarmos os desafios mais espalhafatosos do planeta. Desde a subir em cima da mesa da cantina e declarar seu amor a um cachorro-quente, até ir nos organizadores de algum brinquedo roubar um beijo na bochecha deles e sair correndo. Pois é, por incrível que pareça, eu consegui cumprir todos. Estava sendo engraçado vê Kihyun, Jooheon, Wonho e Hyungwon passando vergonha também. Eu acho que nunca ri tanto. Acho que isso meio que me encorajou. É uma pena termos sido o grupo perdedor. E eu bem que já tinha uma certa veracidade sobre isso, mas os demais ficaram chocados. Gastaram meia hora debatendo sobre o que deviam ter feito em cada desafio para ganharmos, inclusive Kihyun que pareceu ter recuperado a habilidade de reclamar. Eu não participei da discussão, era desnecessário discutir uma coisa que já tinha acontecido. Se pelo menos o grupo do Eddie não tivesse ganhado, eu poderia me conformar, mas os infelizes acabaram tudo em primeiro. Jooheon quase agrediu o Cho que ficou zoando com a cara dele. Não vou mentir, estava torcendo pra isso, só que o Minhyuk apareceu para impedi-lo.

Estraga prazeres.

Ficou decidido que nós cinco iríamos pagar as prendas de todo mundo segunda-feira na escola. Reclamamos, claro que reclamamos. Passar vergonha na frente de desconhecidos é uma coisa, passar na frente do pessoal da escola onde a gente vai estudar com eles até o fim da nossa adolescência é outra. Não adiantou de nada, e ficou colocado isso. Hyuna é uma influenciadora do mal. Ele é o diabo fêmea. Se é que existe.

Segunda-feira será o dia em que eu vou enterrar de vez a minha vida social e a reputação que eu nem construí direito.

Adeus amigos.                    

Adeus visibilidade.

Adeus fãs que eu nunca tive.

No entanto, apesar disso, das situações em que aquela folha me obrigou a me meter, a minhas pernas doendo de tanto correr, dos organizadores dos brinquedos nos chamarem de drogados, da diversão — não vou negar que me diverti — nada martelava mais a minha cabeça que essa minha dúvida agora: o que tinha rolado naquela sala com Kihyun?

 

1:58am

Viu o porquê do Caos, desordem, destruição? Yoo Kihyun. É sempre ele.

O mestre em me provocar.

O mestre em me fazer querer cometer crimes.

O mestre em me fazer explorar minhas artes de destruição contra as coisas do meu quarto.

O mestre em me fazer arquitetar planos mirabolantes de assassinatos contra ele que nunca serão executados porque eu sou um cidadão do bem.

O mestre em me deixar... Confuso. Muito confuso...

Estamos falando de vários níveis de confusidade aqui. Um mais confuso que o outro.

Não tem graça, to sabendo.

Desgraçado...

Vou usar seis notas daqui apenas para xingamentos. Cinco mil palavras para cada.

Eu to cagando pro Kihyun, to 100% nem aí pra ele, sério, o problema é que eu não posso controlar meus pensamentos e mandar para-los de pensar nisso. É sempre assim quando eu tenho algum momento íntimo com alguém. O problema é que esse ano eu estou tendo mais do que gostaria.

Pra falar a verdade, nem sei por que estou fazendo tanto alarde. Ta pior que o dia em que o Wonho me beijou. E Kihyun nem chegou a isso.

Mais uma noite perdida.

Aish...

Por que não foi o Jooheon que me levou naquele labirinto?


Notas Finais


To bem cansada
Eu só queria uma lasanha
E um ano de férias
No mínimo

Blog (novo post) = https://justaloser0.blogspot.com.br/2017/07/o-dia-em-que-me-perdi-nao-enovidade.html
Trailer = https://www.youtube.com/watch?v=vZGg-fakrBo

Falem o que estão achando, é muito importante saber a opinião de vcs.

Pois bem, vejo vcs no próximo cap!
Bye o/


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