História Poison ( GOT7 ) - 32

Sira

Já abro meus olhos me mexendo na cadeira. Estava agitada ao lembrar antes mesmo de respirar, de que tinha tiras do lado de fora casa. Mecho minha mãos e percebo que estou em uma poltrona confortável.

- Hey, calma. – ouço uma voz falar coreano, e para meu azar não era a do Jb.

- Jackson?! – me assusto e ele faz sinal para eu me acalmar. – O que está fazendo aqui? O que eu estou fazendo aqui?! – me levanto. – Cadê o Jb?! JB! – Jackson se levanta e os outros do avião me olham, e assim reconheço os outros policiais.

- Calma, você está louca?!

- Não me chame de louca. – rosno e Jackson arregala os olhos. Respiro fundo e me recordo de que o Jackson conhecia outro lado meu.– Ok, desculpa. Onde está o rapaz que estava comigo no quarto?

- Está aqui. – ele diz e ficamos um de frente para o outro, ainda que assim sentados. – Desmaiado.

- O que fizeram com ele?

- Estou tentando explicar. Sei que deve ser difícil para você, mas estamos cuidando de tudo, estamos te levanto para seus pais. – fico perplexa. Agora seria a hora que eu deveria ficar feliz, certo?

Abraço o Jackson, fingindo me sentir bem ou seja lá o que mais uma filha fica ao reecontrar os pais após ser sequestrada. Mal sonhava ele ou alguém, que eu queria estar por ai fugindo com o sequestrador…

- Eu preciso esclarecer as coisas. – me largo do abraço. – Mas antes, como me acharam?

- Antes do Ross mandar o vídeo, ele já havia feito uma ligação, e então a encontramos. – ele diz e eu me sinto nervosa ao lembrar do dinheiro que roubamos do Ross. PORRA!

- Ah, que bom. – finjo alívio. – Mas… Foi um pesadelo.

- Sim. – Jackson fala.

- O que vão fazer?

- Sabe como é a rotina. – ele dá de ombros. – Mas assim que você estiver melhor, preciso que nos conte tudo.

- Ta. Quem mais está no avião?

- Paola e um tal de Kumpi… Um magrelo de cabelo cinza.

- Bambam. – falo. – Eles são vítimas. – falo fazendo a minha cara de aflita. – Mas, eu irei provar isso quando contar a história. E porque o Jb está desacordado?

- Porque ele era criminoso na Espanha, os polícias de lá quiseram assim.

- Ok. – digo e me ajeito na cadeira.

Fitava a poltrona da frente e pensava em como iria agir daqui para frente. Preciso que Paola e Bambam saibam da mentira que temos que contar, e especialmente tentar acalmar o Jb quando ele acordar.

- Eu posso ver eles? – pergunto e olho para o Jackson. – Eu estou aflita, sei que sou  normalmente mais calma e sensata, mas eles passaram dias fugindo do Ross junto comigo.

- Eu vou com você. – ele diz e se levantando.

- Me… - iria pedir a arma dele e pedir para ir sozinha, mas pensando bem, isso seria muito suspeito! Tenho que voltar a pensar e repensar antes de falar… Droga de vida voltando. – Sim. – falo e ele me leva até outra parte do jato.

A porta se abre e eu vejo Paola deitada com um pescoço enfaixado, enquanto Bambam estava ao lado dela dormindo. Ou fingindo dormir… Sorrio disfarçadamente por saber de sua mentira.

- Oi. – falo com a Paola e ela sorri. – Bom te ver viva. Está doendo muito?

- Bastante, mas só em viajar nesse jatinho particular eu já me sinto melhor. Para onde estamos indo? – ela pergunta e eu olho para o Jackson, que esta duvidoso ao olhá-la.

- Coréia do Sul. – respondo.

- O quê? – Paola franze o cenho. – Ta… Me explica, cadê o Jb? Ele já sabe disso?

- Desacordado. – falo. Queria tanto que o Jackson saísse. – Eu sei que não sou muito disso, mas posso te abraçar? Foi horrível pensar que poderia te perder aquela noite.— Paola faz uma cara de confusa e chega a ser cômico, mas concorda e eu a abraço cuidadosamente. – Legítima defesa. Família. Todos suspeitos. – sussurro e me afasto.

- Vamos? – Jackson fala e eu concordo e dou um aceno para a Paola.

(…)

Eu estava em um carro junto do Jackson. Conversei com ele sobre o que tinha acontecido esses dias, e fingi estar super relaxada ao encontrar meus pais, Jackson também não era burro suficiente para pensar que eu choraria ou coisa assim, mas mesmo assim eu me sentia travada e estranha com todos que não fossem Jb e seu grupo…

Um dos empregados abrem a porta do carro e eu vejo a enorme mansão Shin. Eu não estava preparada para isso… Só queria que o Jb acordasse, ele acha que eu sou forte mas eu estava louca por não saber o que vai acontecer com ele!

- Me larga! – ouço sua voz e viro meu rosto e avisto ele. Abro minha boca e sinto vontade de correr até aquele maldito traficante, mas sei que não podia. – Porra! – ele se mechia e Jackson corre até ele e parece falar algo que o deixa mais quieto. Ele vira o rosto e me encara.

Espero que você consiga ler meu olhar agora, Jaebum...

Jb

Acordo dentro de um carro, algemado e depois aparece esse coreano metido a certinho querendo foder com a minha vida?! Como assim ele mostrou a arma para mim?! Se meu braço não estivesse machucado, eu pegaria essa porra e acertaria seus miolos!!!

Viro de lado e vejo a Sira, que me olha fixamente e de alguma forma sei que ela está estranha. Droga… Ela verá seus pais. Sinto que depois de ver como eles são de tão perto, vou acabar odiando-os ainda mais.

Andamos e entramos na mansão Shin, me fazendo lembrar de quando eu apenas observava essa casa de longe há cerca de uns meses atrás.

Depois de caminhar um pouco, chegamos a uma sala. Sira entra na frente, e me sinto enojado ao ver a cara de seus pais ao lado do loiro que eu sabia que era o Youngjae.

- Filha! – a mãe dela a abraça e ela corresponde, era um abraço estranho. Tão falso…

Elas se separam, e o pai apenas sorri e acena um “olá” para a filha, que o cumprimenta como se fizessem apenas horas que não se viam.

E nesses momentos eu pensava em minha minneizinha, e na saudade que sinto dela. Tina...

- Que bom que está bem. – seu pai Jihoon fala.

- O que houve com seu cabelo? – a mãe fala já analisando a filha da cabeça aos pés.

- Para mim, está linda. – o policial loiro fala e eu fecho meu punho.

- Sei que… Vocês devem estar preocupados, mas Paola, Bambam e o Jb são fugitivos comigo. Peço que os soltem. – Sira fala.

- Eles ainda assim são crimimonos na Espanha. – diz o policial que antes tinha me mostrado a arma.

Eles se entre olham e depois todos olham para os pais da Sira, que parecem calmos ao me olhar.

- Esse é o Jb? – Jihoon fala e eu nem se quer pisco os olhos. Queria o enforcar agora.

- Sim. – alguém confirma.

- Ok. Podem soltá-los, parece que sofreram quase tanto quanto minha filha. – ele diz e então as algemas são tiradas de mim. – Mostrem o quarto para eles. – O Shin diz aos empregados enquanto aquela mulher me olhava da cabeça aos pés como se recordasse de mim.

Minha atenção é tirado dos Shin, quando vejo o Youngjae abraçar a Sira. Eu deveria esconder a minha raiva?!

- Vão agir assim? – sorrio sínico. – Como se nada tivesse acontecido? Qual é… Foi um sequestro! Cadê todo o drama?! – todos me olham e eu via Sira me fuzilar.

- Você deveria estar preso. – Youngjae fala quase tão calmo e sem feição como quase todos os outros ali. – Nos deixe a sós, pelo menos.

- Por favor. – Sira fala e eu sinto nojo dela, ódio e tudo que sentia antes de encontrá-la naquela cela!

Saio pela porta e sigo a porcaria do empregado. Deveria pensar, ser racional e tudo. MAS VER A SIRA AGIR COMO ELES ME DEIXA LOUCO E ME FAZ DUVIDAR DE TUDO!!!

Desde acordei foi nela que em preocupei, e depois com todos que estavam aqui e os que estavam longe de mim. Mas eu agradeço pela Tina não esta aqui, eles não podem saber da existência dela.

Mas eu precisava do Jinyoung…

Olho aquelas paredes cheio de quadros, seus longos corredores imensos e a decoração que provavelmente valia mais do que todos as casas que já tive. Estou hospedado na porcaria casa dos Shin…

I’m not ready for this