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História Poison Ivy - Cinco


Escrita por: eitashippei

Notas do Autor


OLÁAAAAA,MARAVILHOSAS!!! Im back! amei pra caramba esse cap,não me matem pelo final hehehe


Boa leitura! xx

Capítulo 5 - Cinco


- Ai,meu deus. – Foram as palavras que sibilei ao vê-lo entrar e parar na minha frente.

Ele pareceu não ouvir e chegou até mim,apenas o balcão nos separava e eu sabia que aquela barreira não seria capaz de contê-lo.

- Precisa de ajuda? – Ele sussurrou com aquela voz rouca que fazia minhas pernas vacilarem.

Ah,sim. Eu preciso que você me diga que M*@#!$ eu tinha na cabeça quando tive essa ideia idiota. Será que pode me responder?!

A verdade é que eu não sabia o que pensar. Eu não havia testado a poção da forma correta com ninguém,então não sabia quais eram seus reais efeitos e defeitos,vamos dizer assim.

Eu esperava que ele sei lá,me tratasse bem,e a partir daí,a gente pudesse conversar e quem sabe,ele gostar de mim. Mas,isso....

- Ahn,desculpa,nós não abrimos ainda. – Foi tudo o que consegui dizer sem errar nenhuma palavra.

- Não tem problema,Letícia. O que eu quero está bem na minha frente.

É nessa hora que eu caio dura no chão? Assim,só pra saber mesmo.

Não pude conter o rubor no meu rosto,sentia o sangue colorir minhas bochechas e ele riu suavemente. Tentei esquecer do seu olhar atento sobre mim e voltei minha atenção para os copos de vidro a minha frente.

- E-eu,eu tenho que trabalh... – O barulho da porta da frente se abrindo me impediu de terminar aquela frase.

Acabei me assustando e o resultado foram alguns copos se espatifando em mil pedacinhos no chão.

- Ah,que droga! – Eu reclamei,olhando pra ele antes de me abaixar para pegar os cacos maiores do chão.

Eu tentava calcular quantos anos de azar eu teria a partir daquele momento – que se dane que só vale pra espelho – quando eu o vi levantar a trava do balcão e se aproximar de mim,ficando a minha altura.

- Não precisa fazer isso. – Eu tratei de afastá-lo,mas ele negou com um meneio de cabeça.

- Ei,ei. Me deixa te ajudar. – Ele pegou os cacos de minha mão.

- O que tá acontecendo aqui? – Cadu se pronunciou,talvez alto demais.

Os oitavos mais altos de sua voz me assustaram,e senti o susto cortando minha mão,com um dos cacos que eu passava para Léo.

- Merda! – Eu gritei,sentindo o ardor percorrer pela minha mão e chegar a ponta do meu dedo do pé.

- Mas você é desastrada,hein Letícia? Tô pra ver alguém tão.... - Cadu parou a frase ali. Eu me virei para olhá-lo e deparei com Léo encarando meu amigo seriamente. - E-eu vou pegar um pano pra parar esse machucado,já volto.

- Vem comigo,você precisa de um hospital. – Léo,que já estava de pé,me ajudou a fazer o mesmo.

- Tá doido? Eu tenho que trabalhar agora. – Eu me justifiquei,tentando disfarçar que estava tudo bem. – Isso aqui não é nada demais,acontece sempre.

Ele nada disse,apenas se dirigiu a Cadu,que estava do lado e me entregou um pano para estancar o sangue.

- O seu amigo,Cadu né? – Ele assentiu – O Cadu não vai se importar se cobrir você por algumas horas,pra você fazer um curativo. Certo? – Ele impôs sua voz,transformando aquele pedido numa ordem.

- E-eu acho que não vai ter nenhum problema.

- Ótimo. – Ele finalizou,passando um braço por minha cintura e me levando para a porta da frente.

O sino da loja tocou,avisando que eu havia saído do meu trabalho direto para a maior roubada da minha vida. Ele me guiou até uma Ferrari vermelha,mas quando ele estava prestes a abrir o carro,eu disse:

- Olha,tá tudo bem comigo. Eu não preciso de um hospital! – Eu me desesperei com a possibilidade de tudo que viria a acontecer.

- Ah,claro que não precisa. E esse corte fundo na sua mão,é o quê? – Ele questionou,bem irônico. Abriu a porta do passageiro. – Você vem comigo e pronto,mocinha. Entra.

Sem poder questionar,e ainda meio zonza com a mistura autoritária e carinhosa naquela frase,entrei. Alguns segundos depois,ele entrou no banco do motorista. Colocou seu cinto e me ajudou a colocar o meu,não demorando para dar partida e segui para o hospital mais próximo.

O caminho seguia em silêncio. Apenas eu,minha mente gritando contra mim e as buzinas dos carros,naquela segunda feira típica.

- Que tipo de música você gosta,fora as minhas? – Ele riu com o final da frase,ligando o radio.

E eu nem podia xingar de prepotente,porque era verdade. Droga.

- Ahn,não sei.....

Ele percebeu minha timidez e apontou para o porta luvas.

- Tem vários CDs aí,pode escolher um.

E eu assim fiz e encontrei um porta CDs. Ao olhar as opções uma a uma,encontrei um que me fez gargalhar.

- Fala sério,Demi Lovato? – Ele riu comigo,um pouco desconcertado.

- Em minha defesa,eu digo que deixo esse cd aí pra minha prima mais nova ouvir. – Ele sorriu de lado,voltando a atenção para a estrada.

Acabei escolhendo um cd do David Guetta,bem dançante,mesmo que aquela altura eu não conseguisse mexer nenhum músculo do meu corpo.

Alguns minutos depois,ele estacionou o carro atrás da rua do hospital. Antes que eu pudesse perguntar o porquê,ele sacou o celular do bolso,discando alguns números. Assim que a pessoa do outro lado da linha atendeu,ele apenas disse:

- Chegamos. – E não tardou a desligar. – Meu amigo já está chegando,não se preocupe.

Desceu do carro e me ajudou com o mesmo. Ao fechar a porta do passageiro,eu avistei um homem mais velho e vestido com um jaleco branco,que se aproximou de nós e cumprimentou Léo rapidamente.

Não tardamos a entrar. O hospital parecia quieto e silencioso,mesmo com a presença dele ali.

- Me desculpe por isso. – Ele se referia a forma como havíamos entrado. – Não é nada com você,só não quero chamar a atenção...

- Tá tudo bem. – Eu assenti.

Entramos na sala,que já contava com a presença de uma enfermeira. Me sentei na maca e a profissional começou a limpar a área lesionada,para depois fazer o curativo.

Léo,apoiado na mesa do médico,observava tudo com atenção. Eu tentava desviar de seu olhar,mas ele tornava isso impossível.

- Prontinho,querida. – A enfermeira disse ao ver minha mão enfaixada.

Desci da maca e Léo veio ao meu encontro. Tocou minha mão levemente,como se estivesse preocupado comigo.

- Fique tranquilo,meu rapaz. Sua namorada está bem. – O doutor pronunciou,e senti meu rosto corar.

- Ele n-não é meu nam...

- Obrigado,doutor. Até mais! – Ele me abraçou pela cintura e me guiou até a porta de saída,no final do corredor.

- Por quê fez aquilo? – Eu parei de andar. – Por quê não contou que eu sou só uma fã desastrada que você conheceu por acaso,numa lanchonete?

- Em breve você vai saber. – Ele se limitou a dizer. – Mas agora... – Se aproximou de um canteiro de flores sortidas e tirou uma de seu meio.

Quando dei por mim,eu o vi afastar uma mecha de meu cabelo e colocar a flor atrás de minha orelha.

- Vamos?

- Para aonde você vai me levar? – Eu perguntei,receosa.

- Não confia em mim,linda? – Eu assenti um pouco tímida.- Então,vem comigo?

Eu não conseguia negar nada,com ele ali,me olhando daquele jeito. Segui com ele até o carro,com destino incerto.

- xXx –

O grande relógio de parede marcava dez e meia da manhã,quando Camila se rendeu a bom e velho sofá de um dos camarins vazios.

A morena estava lá desde cedo,auxiliando Marc,um jovem estilista em ascensão – e o único que havia confiado no seu talento para dar estágio para ela -. Entre algumas trocas de lente de câmera e ajuda com os figurinos,reparou quem era a modelo da vez.

Fernanda Régis Mello,irmã mais nova do cantor e paixonite da irmã Letícia.

- Isso Nanda,sorria pra mim! – Disse Alejandro,um dos fotógrafos do estúdio,que captava as poses da garota com os vestidos da grife mineira Maracujá.

A vontade que tinha era de ir até lá,e perguntar se tudo havia ido bem entre a irmã e o tal cantor. Nos últimos dias,a estudante de moda mal havia parado em casa,Marc estava fechando contrato de exclusividade com uma marca renomada e precisava dela,e acabou não tendo tempo de conversar com a irmã.

Resolveu tirar aquela ideia da cabeça e focar no trabalho,se algo tivesse dado errado,ela provavelmente já saberia. Agora estava li,aproveitando os poucos minutos de descanso antes de Nanda voltar da troca de roupa.

E ela voltou,e Camila pode provar quando ela bateu na porta do camarim onde ela estava.

- Posso entrar? – A menina perguntou,sorridente

- Claro,dona Fernanda. Precisa de alguma coisa? – Camila se prontificou a ficar de pé

- Sim. Preciso que me diga o que foi que sua irmã fez com o meu irmão,pra ele ficar tão....

- Ai,meu deus. O que foi que a Letícia fez? – A menina se exaltou com a afirmação,fazendo Nanda rir

- Veja você mesma – Entregou seu celular a Camila,que apertou na história do snapchat do cantor,tendo uma bela surpresa.


Notas Finais


E aí,gostaram do primeiro encontro deles? Onde vcs acham que o Léo vai levar a Leti? Me contem tudoooo! Beijão!!!


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