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História Poisonous Love (Scorbus) - Explosivin


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


Espero que gostem muito mesmo
MAIOR CAPITULO ATÉ AGORA!
Percebi que tem uma gentinha aí que não tá favoritando... que isso gente?
BORA ESPALHAR POR AI!
Adoro como vocês estão reagindo a fic 😍😍

Capítulo 6 - Explosivin


  Naquela manhã às nove horas, a primeira aula era de Trato de Criaturas Mágicas. Scorpius preferia não ficar com cheiro de hipogrifo tão cedo. Hagrid continuava como professor, ele era gentil com todos os alunos apesar de que no primeiro dia de aula de Scorpius com ele, Hagrid o olhou como se fosse um fantasma, devia o achar parecido com o pai, mas depois percebeu que isso era só fisicamente, Scorpius nunca atiçaria um hipogrifo de propósito como seu pai fez. 

  Se mantendo o mais longe possível do Salgueiro Lutador que quase não sobrevivera a guerra, Scorpius caminhava para a aula, como desde o terceiro ano ele e Albus podiam escolher suas aulas, essa era uma das poucas que não tinha com o amigo. 

  Apesar do dia calmo e bonito que fazia, Malfoy não conseguia ficar feliz, a lembrança de Albus abraçando Clary e daquela manhã dele o pedindo desculpas, perturbavam sua mente num nível dele quase ter caído de uma das escadas. 

  -Eu não devia tê-lo deixado entrar. -sussurrava para si mesmo em relação a cabine do trem, enquanto se aproximava da cabana do professor. -Não, ele devia ter sido meu inimigo. 

  Se juntando a turma, ele viu um grupo de alunos da grifinoria e infelizmente, Clary Longbottom estava entre eles. Ele tentou fingir que não existia e foi para o mais longe possível no meio da turma.

  Limpando a garganta, Hagrid subiu num palanque de madeira e abriu um sorriso amigável para os alunos. Estava usando luvas de couro, e uma camiseta vermelha, que bem poderia ter sido feita com a toalha da mesa dos professores de tão grande que era.

  -Bom dia, eh... para hoje teremos Doxys. Tive um pouco de dificuldade de os tirar do porão, mas depois de algumas horas e algumas negociações eu os trouxe para fora. -Hagrid sorriu. -Já devem ter ouvido falar de diabretes da Cornualha, esses são parecidos, mas um pouco maiores. Os trouxe para o ar livre já que preferem lugares fechados, vão ficar tontos e vocês poderão ver e os prender. -ele se virou e sumiu dentro da cabana, logo voltando com duas gaiolas cobertas. Hagrid as colocou de frente aos alunos que instintivamente deram um passo para trás. -Não tenham medo deles, quero duplas, cada dupla tem que capturar um. 

  -Quantos tem aí? -perguntou Polly Chapman, uma garota de cabelos pretos encaracolados e nariz empinado.

  -Uns... não sei, não contei. Mas o resto acha o caminho para casa se forem muitos. São carinhas preguiçosos no final do dia. -ele riu e tirou as cobertas mostrando milhares de pequenos seres semelhantes aos diabretes, azuis, porém com quatro olhos. 

  Scorpius prestava muita atenção e se assustou quando alguém agarrou seu braço. Olhou de lado e viu Clary.

  -Vou com você. -ela sorriu. -Temos que conversar. 

-Temos? -ele perguntou um pouco confuso.

-Muito. 

-Sobre? 

-Albus. 

  Instintivamente ele quis se afastar, quis dizer que ia com qualquer outra pessoa, mas não ela. Scorpius não queria que Albus fosse um assunto deles, em nenhum sentido.

  Porem, tinham que conversar sobre ele, Scorpius lembrava da cena deles dois abraçados no pátio, respirou fundo e fingiu não se importar. 

Hagrid contou até três e soltou os Doxys. Pareciam uma mistura de fada de desenho trouxa com trolls azuis e gordinhos, ele voaram e assim que se deram conta que estavam num espaço muito aberto começaram a ficar mais lentos. 

  Clary o puxou pelo braço para uma parte que não desse para ouvir oque conversavam. Scorpius segurava os olhos para que não revirassem, mas a acompanhou até onde um Doxy estava quase dormindo em pleno voo na tentativa de ir para a floresta. Clary esticou os braços e o pegou, apesar de serem traiçoeiros como os primos, esse quase pareceu um bebê grande e azul nos braços dela.  

-Como eu disse, temos que conversar sobre Albus. 

-Se quer saber a cor favorita dele, eu não faço a mínima ideia. -disse em tom de ironia. Um barulho veio de dentro da floresta e eles se afastaram mais. 

-Não, não é besteira. -ela riu acariciando inconscientemente o Doxy. -Eu e ele conversamos ontem e... -alguma coisa estava andando ali, bufando e se escondendo nas sombras da floresta, eles se afastaram mais para perto do grupo, quase sem tirar os olhos das árvores. Até que um animal grande e cinzento apareceu do meio das árvores, derrubando algumas e deixando outras queimadas. Scorpius gelou, só ouvia os gritos dos outros alunos e a voz do professor mandando todos saírem dali. Ele conhecia aquele bicho, era um Explosivin, não era adulto ainda, mas sabia que podia causar estrago igualmente. O animal abriu a boca e um jorro de fogo voou em direção à Clary que também estava paralisada a poucos passos dele. Scorpius ficou parado, acompanhando o fogo com os olhos, viu quando Clary pulou para o lado, mas o fogo a atingiu em alguma parte, ela gritou e caiu no chão. 

O tempo parecia passar devagar, mas Scorpius se assustou consigo mesmo ao ver que sorria. Alguém o agarrou pelo ombro e o puxou para longe ali, ao correr ele viu Hagrid deitado no chão tentando atingir o animal por baixo, finalmente depois de alguns anos ele conseguira recuperar seu direito a ter uma varinha. 

Scorpius viu que quem o puxou até perto do Salgueiro Lutador fora a Professora Mcgonagall. Ela o olhava espantada, Scorpius se perguntava se ela havia visto o sorriso. Neville Longbottom passou correndo com Clary nos braços, então ele pode ver    que o explosivin queimou a perna e parte do braço dela, agora se sentia mal, aquele sorriso havia vindo inconscientemente e ele não estava nem um pouco feliz com aquilo. 

A professora os conduziu quase correndo para a escola, enquanto os professores tentavam derrubar o explosivin, assim que Scorpius passou pelos portões se sentindo extremamente culpado, Madame Pomfrey o puxou pelo braço direto para a enfermaria. 

 

-X-

  Albus estava na aula de Astronomia quando ouviu gritos pela janela, o professor foi ver oque era, arregalou os olhos e saiu correndo da sala na hora. Todos os alunos correram para  a varanda da torre, Albus viu árvores em chamas e de repente um jato saindo de um animal grande e feio, perto dele estava alguém, com uma cabeleira loira que ele reconheceria em qualquer lugar. Assim como o professor, saiu correndo da torre de Astronomia, desceu que nem sentiu as escadas, sua mente estava em alerta: "Scorpius, Scorpius, Scorpius".

Quando chegou na escada para o térreo viu Madame Pomfrey puxando Malfoy escada a cima, ele respirou fundo vendo que ele estava bem. Mas havia acontecido alguma coisa, ele sabia. Os acompanhou até a enfermaria, Scorpius não falou nada, só fungou algumas vezes, oque o deixava mais preocupado ainda. Ao chegar lá, Neville estava na porta, com o rosto vermelho e estressado como nunca vira o professor:

  -Papoula... Clary. -disse se tremendo, aparentemente ninguém havia a avisado sobre nada ainda, ela largou o braço de Scorpius e entrou na enfermaria. Albus a seguiu até a porta curioso, mas não entrou mais que isso, numa das camas estava Clary, desmaiada e queimada na perna direita até o joelho e na mão direita até o pulso. Ele ficou paralisado ao ver aquela cena, seus olhos encheram de lágrimas e o coração bateu mais depressa. Quando se voltou para trás, Scorpius já tinha sumido. 

 

-X-

Tentando descobrir oque havia acontecido, Albus perguntava a quem quer que estivesse naquela aula enquanto procurava por Scorpius e apesar de algumas versões parecerem bizarras demais, todas concordavam com algumas coisas. Clary era a dupla de Scorpius, eles se afastaram do grupo, então o bicho saiu da floresta, as maneiras como disseram tê-la atacado que eram diferentes, mas o resto batia, diziam que Scorpius atiçou o animal para ela, disseram que ele assistiu calma e friamente enquanto o explosivin queimava Clary, mas uma coisa a mais que todas concordavam e que ele não queria acreditar era que Scorpius durante tudo isso estava sorrindo, como se gostasse do que estava assistindo. 

Após ouvir tantas coisas e sempre ouvir o mesmo final, Albus começara a acreditar que era verdade sobre Scorpius ter sorrido, e com isso veio a raiva. 

O encontrou depois de uma hora, ele estava no Corujal, apoiado no parapeito. Certo que Clary praticamente havia jogado na sua cara que oque ele sentia por Scorpius era mais que amizade e ele começava a concordar, mas a partir do ponto que esse seu amigo estivesse sendo como as pessoas esperavam que um filho de comensal da morte fosse, era demais para Albus. 

  -Fazer isso não é coisa sua. -disse sabendo que o outro tinha noção de sua presença. Scorpius continuou de costas. 

  -O que já ouviu até agora? -perguntou baixo, a voz sendo um pouco abafada pelo vento. -Que eu a joguei no fogo? 

  -Quase. Muitas versões. -ele controlava a raiva que sentia de Malfoy. -Como pode ter sorrido? -disse entre dentes. -Scorpius olhe para mim. 

  -Não preciso, sei exatamente como está me olhando. Só imaginar já me dói, Albus. 

  -Por que estava sorrindo? -perguntou pausadamente. 

  -Eu não sei. -Scorpius parecia calmo demais, ou só estava fingindo, mas isso irritava Albus. -Eu não sei de mais nada. -ele se voltou para ele. -Já bastava que me tratassem como se eu fosse o filho de Voldemort, agora eu fiz isso, e não foi de propósito. -Albus via as lágrimas nos olhos de Scorpius, mas isso não o amolecia. 

  -Também me disseram que você atiçou o bicho. 

  -Eu?! -Scorpius se exaltou, finalmente deixando aquela barreira quebrar. -E você acredita neles por acaso?! Me conhece a quatro anos! Eu não sou cruel assim! 

  -Então me explique a sua parte! -Albus devolveu no mesmo tom. -Porque eu não sei em que acreditar! Vou para um lado e você virou um rinoceronte que cospe fogo, vou para o outro e você estava rindo que nem louco! Me diga oque aconteceu para que eu não fique com raiva de uma vez! 

  -Está com raiva de mim? -perguntou baixo e confuso. 

  -Estou começando, Scorpius. 

  -Ótimo, fique. Sem querer eu sorri quando a sua namoradinha estava sendo queimada, me desculpe Albus, mas eu sinceramente não me importo! -Scorpius se virou de costas de novo, ofegava enquanto segurava a pedra do parapeito com tanta força que as juntas dos dedos estavam brancas. Ainda bem que não havia nenhuma coruja aquela hora ou todas estariam fugindo. 

  -Por que você está assim de repente?! "Namoradinha" Scorpius? Jura? -ele respirou fundo e tentou se acalmar, mas não funcionou. -Eu não te conheço assim, você nunca foi assim, do nada você fica estranho comigo! E acabou de dizer que não se importa em machucar uma pessoa! Sinceramente quando eu contei ao meu pai que você era meu amigo ele riu e me contou como o seu pai era, você é a cópia dele se for assim! 

  -Então porque continua aqui se eu estou sendo tão horrível assim? -Ele voltou a se virar para Albus. 

  -Certo então, eu não vou continuar brigando com você, só porque está sendo ridículo! 

  -E eu não vou continuar numa amizade em que você confia mais nos outros do que em mim! 

Os dois pararam quietos, arfando e com os olhos faiscando. Albus se virou para sair dali e Scorpius se voltou para o parapeito. 

No meio da escada, Albus sentiu um impulso e voltou a subir. Quando chegou lá em cima e abriu a porta com raiva, Scorpius se virou assustado pra ele, enquanto cruzava o Corujal, Albus disse:

  -Eu não terminei. -então segurou a nuca de Scorpius e o puxou pra perto, parando a poucos centímetros, suas respirações tão próximas, os lábios se tocando muito pouco, mas muito mais perto do que costumavam estar. -Eu Ainda estou com raiva. -ele disse antes de quebrar o espaço entre eles e o beijar, como estava querendo fazer a dias.


Notas Finais


Quero muito ver as reações de vocês a esse final! MUAHAHAHA!
Não estavam esperando não é???
Mas calma gente, ele ainda está com raiva 😉


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