História Poisonous Love (Scorbus) - Baile de Inverno

Desde o episódio com o vira-tempo que Scorpius e Albus se sentiam mais próximos, viajar no tempo, mudar tudo e fazer com que o amigo quase não tivesse nascido, fazia Scorpius sempre procurar por Albus, como se tivesse a possibilidade de que ele sumisse novamente. 

  Scorpius esperava que Albus voltasse da caminhada com o pai, sentado à mesa da Sonserina tomando uma grande taça de sorvete de chocolate, quando a diretora Minerva se levantou e todos se calaram. Ela sempre pareceu desconfortável quando estava sendo diretora, Scorpius sabia que antes dela viera um diretor a quem todos que estudaram em sua época de diretoria elogiavam, o mesmo a quem se homenageava no nome do seu melhor amigo. Talvez fosse por isso que ela nunca se sentia bem ali. Envolta em suas vestes vermelho vinho, ela sorriu para os alunos e a voz da diretora atingiu a todos se espalhando pelo salão. Scorpius se perguntava se ela fazia isso com magia ou sua voz era apenas potente o suficiente para aquilo. 

-Como todos sabem, ou a maioria, esse ano teremos o Baile de Inverno. -ela gesticulou com uma mão e, surgidos do nada, um monte de papéis prateados voaram para cada aluno. Tinham o formato de Hogwarts e no meio estava escrito "Baile de Inverno". -Teremos aula de dança para aqueles que não sabem dançar, e para aqueles que sabem... praticar não mata. Tenham uma boa noite, alunos, tivemos um dia muito corrido hoje. -Scorpius sentiu seus olhos direcionados para ele, e realmente até ali não tinha percebido como estava cansado.

•••

  Logo a Masmorra da Sonserina foi se enchendo de alunos, Albus sabia que seu tempo de paz havia acabado. Depois de conversar com o pai, fome era oque menos sentia, ouvi-lo dizer que eram parecidos parecia algo absurdo para ele e lembrar que o pai tinha medo de pombos o fazia querer rir. Então assim que Harry desceu o gramado em direção aos portões da escola, ele foi para a sala comunal, se sentou no tapete à frente da grande lareira e lá ficou até o jantar acabar. Tomou um susto quando de repente Scorpius se jogou ao seu lado e riu quando o viu espantado. 

  -Por Dumbledore! Quer me matar? -perguntou Albus enquanto o outro enxugava o canto dos olhos.

  -Não. Mas sua expressão foi engraçada. 

Albus fez uma careta.

-Por que não foi jantar? - Scorpius o estendeu um papel prata. -A diretora nos entregou isso, Baile de Inverno. Você vai, não é? 

-Claro que vou. -Albus disse franzindo a testa para o papel. -Apesar de não ter ideia de quem convidar. 

-Eu tenho. -Scorpius tirou o convite das mãos dele o fazendo-o olhá-lo curioso. -Ah, não é tão difícil! 

-Rose? Ela já não te rejeitou quando a chamou para sair? -Albus riu.

-Cale a boca, Potter. 

-Sempre parecidos com os pais. -disse uma voz firme perto deles, eles olharam para o lado direito da lareira e lá estava o Barão Sangrento. -Acho que Malfoys estão condenados a dizer essa frase para todas as gerações, ou qualquer coisa irritada que termine com "Potter!". -ele riu e atravessou a parede. 

  -Realmente, acho que ele está certo. -Albus disse. -Você sempre diz isso. 

  -Se digo não percebo, você deve me dá muitos motivos para isso. 

  -Ou você não me deixa falar. -Albus arqueou uma sobrancelha. 

  -Eu deixo sim. 

  -Não deixa. 

  -Faça-me o favor... Albus! -disse evitando o "Potter" que ia vir no automático. Aquilo fez Albus rir até se deitar no tapete. Dali do chão ele conseguia ver o resto na sala e aparentemente todos já haviam subido. Ótimo, ele pensou, achava que se mais alguém tentasse tirar sarro dele aquela hora ele provavelmente teria que ser preso por usar uma das maldições imperdoáveis. -Enfim, você vai ter que me ajudar. 

-Com oque? -ele perguntou franzindo a testa e voltando a olhar o amigo. 

-Rose! Fale bem de mim pra ela, não sei. Talvez porção do amor... mas não, não conseguiria fazer sem chamar atenção. E seria trapaça. 

  -Desculpe, mas não vou ajudá-lo com isso. -Albus disse voltando a se sentar.

-Por que não?! 

-Porque ela é minha prima e ela também não gosta de mim. Então faça isso você mesmo. -talvez esses não fossem todos os motivos. 

Ver Scorpius falando dela como se fosse a menina mais linda do mundo o enjoava, ou algo parecido. Teve um tempo que até evitou ver a prima, ficava com raiva até em pensar nela, mas achou que estava sendo ridículo fazendo aquilo.

-Grande amigo você é. -Scorpius murmurou, não mais do que um sussurro, mas Albus escutou e o olhou incrédulo . Malfoy percebeu e cruzou os braços, abriu a boca e ficou pensando em uma forma de se justificar. -Ah, se fosse uma prima minha eu ajudava, nem que fosse minha irmã. 

  -É algo que você deve fazer sozinho. E não acredito que disse isso. 

-Okay, me desculpe. Você é um bom amigo. 

-Bom? -Albus fingiu que não ouviu se inclinando de lado. 

-Sério? -ele continuou parado. -Você é um ótimo amigo.

-Ótimo? -Irritado, Scorpius o derrubou de costas enquanto o outro ria e o segurava no chão com as duas mãos sobre o peito dele enquanto estava de joelhos. -O que? Eu só não achei suficiente. 

-Quer que eu diga oque? Amigo maravilhoso? Soa estranho. 

-Sim, mas é melhor do que "bom". -Ele deu tapinhas no pulso de Scorpius e ele o soltou se endireitando. -Agora que eu não devia o ajudar mesmo. 

-Não vai fazer de qualquer forma. 

-Não. - Albus sorriu e se levantou estendendo uma mão para o amigo. -Posso lhe ajudar a se levantar. 

-Não preciso de você. -Scorpius diz ignorando a mão do outro e se levantando, voltando a ver a expressão chocada de Albus. 

-Quer deixar de ser meu amigo, Malfoy? -perguntou rindo. 

-Sabe que estou brincando. 

-Claro que sei. Precisa de mim pra contrariar seu pai, para ter  com quem conversar... mil coisas. 

-Para ter alguma ligação com a Rose. 

-É, isso também. -disse perdendo um pouco da animação. -Agora vamos dormir, amanhã eu tenho que observar com quem eu quero ir ao baile.