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História Poisonous Love (Scorbus) - Acabados


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


Antes de tudo, me desculpem.


E UM FELIZ ANO NOVO!

Capítulo 18 - Acabados


Albus já estava sentado na cama e com as lágrimas secas quando Scorpius entrou no quarto, carregando os mini-pufes que bufavam zangados por serem tirados de Rick. O primeiro pensamento que ocorreu a Albus foi pergunta-lo diretamente, mas claro, ele não saberia responder e tiraria como má fé sobre oque eles tinham. Decidiu agir normalmente e comparar o velho ao novo, saber por si só se estava sendo enganado ou não. 

Scorpius deixou os bichinhos no chão e foi em direção a Albus, que não negou quando este se inclinou e o beijou, foi difícil não fazer doer, pois as palavras de Rose, mesmo que perdidas no chão de pedra que fora onde a carta se despedaçou, continuavam frescas na sua mente. Albus segurou as vestes dele e o puxou para cima de si, Scorpius olhou para a porta só para conferir e voltou a beija-lo. Albus não acreditava que aquilo fosse falso, não, não era um beijo forçado, mas se lembrava da história de como Voldemort foi concebido, haviam livros e livros sobre sua vida desde que o pai de Albus o derrotara naquele mesmo colégio, sabia como a mãe dele enganou o pai com poção do amor e assim tiveram até um filho, oque é isso comparado a análise de um simples beijo? O segurando pela cintura, e afastando-o um pouco, Albus olhou dentro dos olhos de Scorpius, suspirou e perguntou:

-Já pensou em um dia acordar e ver que tudo foi um sonho? -disse baixo e com a voz pensativa, era um dos pensamentos mais profundos da sua mente, e era como se sentia no momento. Continuava deitado com Scorpius sobre si, mas não ousava o olhar nos olhos, estava com medo de desabar. -E se nada fosse como pensamos? 

-Por que está me perguntando isso? -Scorpius se sentou sobre as pernas de Albus, forçando-o a fazer o mesmo para poder o ver. -Está tudo bem? 

-Está, é que... eu estava pensando demais. Só isso. -Albus forçou um sorriso para ele e respirou fundo olhando a mochila ao lado da cama. -Estou sem a mínima vontade de ir a aula hoje. 

-Mas nós vamos. -com um pulo, Malfoy se levantou e alcançou a sua mochila debaixo da cama, que estava pesada de tantos livros. -Não vai me deixar sozinho de novo não é? 

-Não, eu vou, só porque me pediu. -ele se espreguiçou e jogou a mochila sobre um ombro, acompanhando Scorpius para a porta, com o coração dizendo para que ficasse no quarto, que não o seguisse, que não se machucasse. 

-X-

História da Magia seria uma matéria fantástica se o professor não estivesse morto a séculos e se não falasse tudo tão melancolicamente que os alunos quase caíam da cadeira de sono. Assim como todos, Clary encontrava-se quase em seu oitavo sono quando o sinal a acordou e ela se levantou as pressas derrubando o livro e o caderno, tinha que correr para a aula do pai como todos os outros, descer todas aquelas escadas e chegar a tempo na estufa era um trabalho difícil. Depois que juntou todas as suas coisas, ela correu pelo corredor tentando acompanhar a turma, mas alguém a segurou antes que ela desastrosamente caísse rolando pela escada, com o coração batendo rápido e a tontura a atingindo pelo medo, ela abraçou quem quer que houvesse a salvado da queda iminente. Com o coração mais aliviado, ela respirou fundo e se afastou, encontrando olhos verdes conhecidos, mas não eram os mesmos que ela costumava ver, se afastando envergonhada por lembrar do que Albus a dissera uma vez no campo de quadribol, ela viu James sorrir. Abaixando o rosto para tentar esconder o vermelho que lhe tingia as bochechas, Clary murmurou:

-Desculpe, eu não devia está abraçando qualquer um no corredor. - ela já não ouvia mais os passos dos outros alunos indo para a aula, e concluiu que estavam sozinhos oque a deixou mais enrubescida ainda.

-'Qualquer um'? Magoou. -ele disse em tom de brincadeira e riu quando ela tentou se explicar abrindo e fechando a boca várias vezes. -Relaxa, estou brincando. 

-Eu... vou indo. -apontando para a escada, ela começou a descer os degraus e quando chegou no ultimo voltou-se para o topo da escada onde James continuava, olhando o piso de mármore e parecendo indeciso. -James. -ela chamou e ele a olhou com um sorriso, como ela nunca percebia, mas sempre acontecia. -Posso te encontrar na biblioteca essa noite? 

O sorriso dele se alargou mais ainda, como se estivessem lhe oferecendo uma vaga como capitão do Chudley Cannons, então Clary soube que oque Albus havia dito era verdade e ela que fora cega todos aqueles anos. 

-Claro, depois do treino eu te encontro lá. 

Ela assentiu e voltou a descer as escadas, mordendo os lábios para não sorrir como uma idiota. 

 

-X-

Albus estava na sua última aula do dia, sentado numa mesa e esperando que todos parassem para o professor finalmente se pronunciar sobre a próxima aula. Depois de dez minutos de barulho de vidro quebrado, caldeirões de ferro batendo contra as mesas e livros pesados sendo postos sobre elas, o professor pode continuar. Albus tentava se manter concentrado, sem pensamentos ruins sobre poções, mas com Scorpius do seu lado não era lá a coisa mais fácil do mundo. Após conferir o número da página que o professor Martin havia escrito no quadro, ele abriu o livro e sentiu o coração pesado, um frasco contendo líquido rosa dentro era indicado por uma seta preta com o nome "Poção do Amor", várias pessoas na classe se animaram com a idéia, mas Albus a odiou tanto que cogitou em atirar o livro no professor. 

O sinal finalmente tocou, mas Potter decidiu esperar para falar com o professor, disse a Scorpius para ir na frente e depois se dirigiu a escrivaninha onde o homem organizava alguns papéis. O professor Martin era sorridente e animado, uma descrição totalmente diferente do professor que o seu pai descreveu uma vez e que era a quem seu nome também homenageava, Severus. Este professor tinha cabelos loiros, olhos castanhos e devia está na casa dos trinta, assim com o professor Neville. Notando a presença de Albus na sala, ele se virou para ele e sorriu:

-Posso ajuda-lo, Potter?  -perguntou enquanto fechava cuidadosamente sua maleta cheia de frascos. - Algo que não entendeu?

-Não, é só uma curiosidade mesmo. -olhando para as mãos, Potter tentava formular a pergunta certa, não devia ser algo que se perguntasse todos os dias. -Professor, se alguém, digamos, alguém que seja muito amigo seu tomasse poção do amor, é possível alguém mesmo que sendo só seu amigo, desenvolva uma paixão por você temporariamente? -ele continuou em silêncio, ouvindo a respiração pensativa do outro, ainda brincando com seus dedos.

-A próxima aula é sobre essa poção, Albus. Não prefere que eu o responda lá? 

O desespero brilhou nos olhos de Albus quando olhou para o professor, a respiração acelerou e ele negou com a cabeça rápido. Martin o olhou desconfiado, passou as mãos nos cabelos e retirou a varinha das vestes,  bateu sobre os papéis e esses voaram para sua bolsa, o professor lhe indicou uma cadeira e sentou-se na mesa. 

-Está acontecendo alguma coisa, Albus? -ele perguntou, Albus sempre o achou confiável, mas abrir seu coração para o professor talvez significasse que mais tarde Minerva saberia e se isso piorasse a situação que já estavam. -Não tenha medo de falar. 

-Não sei se devo falar. -disse sinceramente, apoiando os cotovelos sobre a mesa de madeira polida. -Vai contar a diretora tudo que eu disser, não vai? 

-É grave assim? -perguntou preocupado, voltou a riscar o vento com a varinha conjurando copos e uma jarra de água do nada. Ele serviu Albus enquanto esse pensava. -Certo, só contarei se for extremamente necessário.

-Ok. -disse suspirando e desistindo de não contar. -O que eu lhe perguntei está acontecendo comigo, mas no caso, eu que tenho um amigo. 

O professor arregalou os olhos e respirou fundo, vendo que talvez a conversa fosse um pouco mais complicada, bebeu sua água e deixou o copo ao seu lado. 

-Então quer saber isso porque acha que seu amigo vem agindo diferente? 

-Não, é que... nós já temos alguma coisa, mas me disseram que ele vem sido "drogado" com poção do amor e que talvez ele não sita nada de verdade. -o peso continuava no seu peito, mas dize-lo aliviava bastante. -Daí que vem minha pergunta. 

-Quem lhe disse isso? -Martin perguntou olhando o garoto cabisbaixo à sua frente. 

-Rose Weasley, foi por causa dele que ela tentou me atacar no jogo. -admitiu, levantando o rosto para o professor, mesmo que esse visse seus olhos cheios de lágrimas. -Me deixou uma carta dizendo isso e... eu não sei oque fazer. -ele esfregou os olhos e voltou a olhar o chão. 

-Albus, amizade e paixão são coisas bem diferentes. A poção do amor é só algo que atiça mais algo que a pessoa já sente. Seu amigo é o Scorpius? -perguntou com cuidado, mas Albus sabia que ele já anotava cada palavra em sua mente para contar a diretora. 

-É, ele mesmo. -Albus suspirou um pouco aliviado com a declaração sobre a poção. -Mas essa poção pode criar uma ilusão? Tipo, ele só achar que me ama? 

-Bem, infelizmente vou ter que lhe dizer que sim, mas nenhum aluno do quarto ano conseguiria fazer isso, nem os mais inteligentes. -assegurou o professor, Albus não pôs muita fé nisso, mas ao ver os olhos do professor se arregalarem para a porta, ele se virou rapidamente e viu Scorpius passar correndo de volta para o corredor. 

Albus se levantou e correu o mais rápido que suas pernas permitiam, esquecendo-se até o material na sala, Scorpius não seguiu para a sala comunal, devia está cheia naquela hora. Albus o seguiu até o segundo andar, onde conseguiu para-lo perto do banheiro masculino. Ele o segurou pelo braço, mas Malfoy se afastou bruscamente dele, o deixando ver seu rosto já molhado de lágrimas, sabia que cedo ou tarde isso aconteceria, só não esperava tão cedo. 

-Scorp... -tentou se aproximar, mas o outro se afastou mais e entrou no banheiro. Novamente Albus o seguiu, o banheiro estava vazio, todas as portas dos boxes abertas e as pias pouco a frente deixavam um espaço enorme no meio. Scorpius estava apoiado em uma das pias, de costas para Albus e claramente inquieto. -Não sei oque ouviu, mas... 

-Infelizmente eu ouvi. -disse com a voz trêmula do choro, partindo em mil pedaços o coração de Potter. -E novamente você confia mais nos outros do quem em mim. -ele riu amargurado, passando as mãos no rosto, sem conseguir se controlar e sem aguentar chorar mais, Scorpius esmurrou o espelho, fazendo que uma chuva de pedacinhos brilhantes voassem por ele, lhe cortando os dedos e o deixando com mais raiva. -Como pode acreditar em Rose e não em mim? -perguntou se virando, a revolta eletrizando seus olhos para Albus, que não conseguia deixar de encarar os cortes nos dedos do mais novo.

-Está sangrando. -Potter se surpreendeu por sua voz ter saído inteira, pois segurava o choro na garganta. Scorpius olhou os cortes e os ignorou. 

-Não fuja do assunto. -Scorpius disse passando por cima dos pedaços de espelho e ficando a três metros de Albus. -O que o faz acreditar que eu não te amo? -a voz já voltava a ficar embargada. -Eu pareço enfeitiçado para você? Pareço Albus?! -gritou. 

-Como eu posso saber? -respondeu na mesma altura, deixando descarregar oque estava no peito. -Ela me mandou aquela maldita carta, dizendo que lhe drogou com isso por muito tempo, Scorpius como eu posso saber se você é você?! -as lágrimas já lhe saltavam dos olhos, era uma cena horrível, Scorpius deixava pingos de sangue no chão e os dois estavam completamente abalados.

-Pensei que soubesse que oque eu sinto é de verdade quando disse que me amava também, ou ela lhe convenceu que isso é coisa da sua cabeça? -sua voz tremeu em várias partes, estava com raiva de Rose e de Albus. -Eu posso até ter perdoado sobre oque aconteceu com Clary, porque era verdade, mas isso... você acreditar que estou fingindo...

-Eu nunca disse isso. -Potter reclamou limpando as lágrimas. -Nunca disse que estava fingindo. 

-Então oque disse? 

-Que estava sendo manipulado. -aquilo não foi melhor, Scorpius voltou a chorar e quando tentou enxugar as lágrimas manchou o rosto de sangue. 

-Bem melhor, não? Ótimo jeito de pôr um ponto final na gente, Albus. - passando direto por ele, Scorpius não o dirigiu uma palavra a mais e nem foi impedido de sair dali, eles estavam acabados e completamente machucados para fazer ou falar mais alguma coisa. 

 


Notas Finais


EU SEI QUE EU SOU TUDO DO QUE ESTÃO ME XINGANDO MENTALMENTE, MAS CALMINHA! SEM PANICO!
Só aguardem os próximos capítulos, dessa novela.


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