História Poisonous Love (Scorbus) - Longbottom

Scorpius amanheceu numa felicidade que a tempo, ou talvez nunca, teve. Sua cama ficava próxima a de Albus e o viu deitado ainda, sem deixar de conseguir lembrar de uma rã antes de ser dissecada. Não conseguiu evitar em rir e para o acordar pegou seu travesseiro e o jogou nele. Albus abriu os olhos, bufou e abraçou o travesseiro de Scorpius. Disse com a voz rouca de sono:

-Não adianta, acho que vou faltar hoje. 

-Vai me deixar sozinho em História da Magia? -Scorpius bateu os pés.

-Você está reclamando muito ultimamente. Quer que eu o carregue pela escada também? -Albus se sentou irritado ainda com o  travesseiro de contra o peito.

-Óbvio que não, mas devolva meu travesseiro. 

-Perdeu. -Alvo girou de volta pra cama e fechou os olhos. 

-Ótimo. -Scorpius não deu muita atenção para o amigo e foi procurar sua varinha entre suas coisas. 

-X-

Assim que conseguiu ficar sozinho no quarto, Alvo se permitiu relaxar de verdade. Percebeu depois que abraçava o travesseiro de Scorpius, mas recusou soltá-lo, o cheiro lembrava-o o amigo e Scorpius sempre lhe deu confiança o suficiente para fazer qualquer burrada que fosse. Ele já devia estar em aula, a próxima seria de Poções, essa seria junto com a turma da Grifinoria. Rose, pensou ele e apertou mais o travesseiro se encolhendo ao fazê-lo. Provavelmente Scorpius iria convida-la para o baile naquele dia. Não entendia porque ficava tão incomodado com aquilo. Não devia. 

Mentalmente, fez uma lista de garotas, não importava a casa. E de todas que pensou, ou a maioria não gostava dele, ou provavelmente já haviam sido convidadas. Clarissa Longbottom, filha do professor de Herbologia. Ela nunca teve problema com ele, principalmente porque seus pais eram amigos. Bem, podia tentar. 

Ele se levantou decidido a ir para a próxima aula. 

-X-

Enquanto Scorpius andava para a sala de poções perto da sua sala comunal, viu Alvo correndo até ele quase derrubando os três livros que segurava. Sorria e parecia bem mais desperto. 

-O que o fez levantar da cama, Alvo? Sua paixão por poções ou ter deixado seu amigo solitário? -Scorpius perguntou parando ao lado da porta enquanto alguns alunos terminavam de entrar. 

-Bem te deixar sozinho é bem ruim, mas eu decidi uma coisa hoje e quero saber oque me diz. -Alvo segurou o braço dele e o puxou para dentro da sala, depois indo até dois acentos mais afastados na sala. 

-Fale.

-Clary Longbottom. -disse sem rodeios, encarando o rosto pensativo do amigo. 

-Vai convidar a filha do professor? 

-Ela é minha amiga, oque tem demais? E você quer ir com a minha prima. -disse com ênfase. 

-Não gosto muito da Clary. 

-Não vou casar com ela, só vou convida-la. 

Scorpius mexia nas páginas do livro aberto a sua frente. O olhava como se fosse um livro cheio de lesmas. 

-Bem, sempre questionei seu gosto para mulheres. -disse rindo de repente. -Delfi que o diga.

-Não as compare. -Alvo fingiu um arrepio ao lembrar da *garota que quase estragou seu mundo.*

-Mas no final eu estava certo, não estava? 

-Infelizmente. -o professor Slughorn entrou na sala e todos se aquietaram, mas a mente de Alvo não. 

Nunca tinha percebido que Scorpius nunca o ajudava quando gostava de alguma garota, mas isso devia ser normal, ele também não queria o ajudar com Rose. 

Durante a aula ele fez algumas anotações, passou alguns bilhetinhos para Scorpius discutindo Ainda sobre o Baile. 

Depois de algumas horas, com um caldeirão borbulhando em diversas cores, a aula terminou, a poção de Scorpius tinha dado certo como sempre, atingiu um tom azul turquesa como os outros, a de Alvo estava multicolorida. 

-Reflete seu interior, Potter? -perguntou um aluno da Lufa-lufa sem dar tempo de Alvo ver quem era.

-Não ligue pra isso, vamos. Quero almoçar. -Scorpius se levantou e Alvo o seguiu para a Masmorra da Sonserina. 

Outros alunos já enchiam o lugar e eles não demoraram muito, só puseram suas coisas sobre as camas e correram de volta para o corredor já apinhado de alunos da Sonserina. 

Enquanto iam, tiveram que esperar um grupo de alunos de outras casas que faziam um engarrafamento, porque eles não sabiam. Mas esse acaso fez com que Scorpius e Alvo esbarrassem com Clary. Alvo olhou para o amigo e sorriu, mas ele não retribuiu o sorriso de sorte. 

-Clary! -chamou Alvo, ela estava entre alguns outros alunos. Ela se virou e sorriu, tinha olhos azuis e cabelos castanhos, parecida com Neville até. Ela veio até eles. 

-Oi Alvo, Scorpius. -disse simpaticamente. 

-Oi. -respondeu Malfoy meio emburrado, mas Alvo não notou isso. -Eh... eu vou ali... -e se retirou para o salão comunal novamente. 

-O que está acontecendo? -ele perguntou apontando para a multidão. 

-Provavelmente alguma briga. 

-Ah, bem, não é um clima agradável para eu perguntar isso, mas eu queria saber que gostaria de ir ao baile comigo. - Clary sorriu como se ele estivesse a dando um unicórnio dourado. Ela o abraçou e se afastou quase pulando. 

-Claro que sim. Papai me contou que foi no último Baile de Inverno com a sua mãe, como amigos óbvio. 

Ele riu da felicidade dela e disse:

-Ainda bem que aceitou, não tem melhor pessoa que eu poderia convidar. 

-Bem, acredito que se pudesse você iria com o Scorpius em vez de mim. -ela riu. 

-Talvez, mas ele não faz o meu tipo. -brincou e olhou mais uma vez para a multidão antes de se voltar para ela é apontar para o lado oposto. -Em falar nele, acho melhor ir para o meu quarto. Parece que isso não vai acabar cedo. 

-Tudo bem. Depois conversamos. -ela sorriu e acenou se metendo na multidão novamente. 

Clary era um amor de pessoa, mas assim como sua mãe foi com Neville, ele também só pretendia ir amigavelmente. 

-X- 

Scorpius se sentou na sua cama, tirou a gravata com mais raiva do que pretendia. Não entendia sua raiva, estava tudo bem, não estava? Só sabia que sua vontade de convidar Rose diminuía sem motivo algum, mas sabia que agora tinha que fazer. Alvo já devia ter convidado Clary. Certo que Scorpius não tinha nada contra ela, mas ao mesmo tempo tinha e isso o confundia. Sentado na cama, ele fechou os olhos e respirou fundo. Estava tudo bem.