1. Spirit Fanfics >
  2. Poisonous Love (Scorbus) >
  3. Me agradeça depois

História Poisonous Love (Scorbus) - Me agradeça depois


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


AND A HAPPY NEW YEAR!

ATRASADA, MAS ESTOU AQUI!
Gentinha linda do meu coração, desejo a vocês um ano lindo e com crushes correspondidos <#

Capítulo 20 - Me agradeça depois


Naquela manhã de sábado Scorpius não encontrou Albus na cama ao lado e ficou mais aliviado por isso, ficar perto dele era uma tentação e a mágoa, mesmo depois do beijo na noite anterior, continuava se movendo no seu estômago. Se torturava lembrando de como gritou com Albus, de como chorou estupidamente e como o quis de volta tão depressa, não podia ser tão fácil assim. Era como ser traído e fingir que esqueceu no dia seguinte, Scorpius tinha que aguentar mais, talvez até pensar na ideia de desistir de vez daquele romance, como poderia continuar sem confiança? Entre pensamentos torturantes e o desejo de ter Albus o abraçando naquele momento, a porta se abriu e uma coruja lhe atirou um bilhete, logo voltando para fora do dormitório. Scorpius conhecia a coruja, era Kiki, uma das três da diretora. Sentando-se ele esticou os braços até alcançar o papel na ponta da cama, virando-o para si ele entendeu de imediato oque as palavras queriam dizer: "Venha a diretoria." A assinatura na diretora não secara direito, mas era a dela ainda.

Bem, agora tinha algum motivo para levantar da cama. Não pode seguir para o café da manhã, já era tarde demais para fazer a diretora esperar, então saiu correndo pelo corredor escuro do subterrâneo, subiu apressadamente os quatro degraus para o saguão e depois disparou pelas escadas de mármore.

Já estava suado e ofegante quando chegou ao hipogrifo de pedra, disse a senha e ele começou a subir para a sala da diretora, oque o deu tempo de respirar e acalmar o coração antes de ter que falar tudo que ela desejaria sobre o ataque de Rose, era óbvio que seria para isso que fora chamado. Ao parar de frente as portas duplas de entrada, ouviu mais do que a voz da diretora e não poderiam ser os quadros dos diretores, eles nunca falavam tanto. Respirando fundo, ele empurrou-as e deu de cara com os pais e tios de Albus sentados de frente a escrivaninha da diretora, e perto das estantes acarretadas de livros estava o seu pai, os olhos desinteressados e frios de sempre, o cabelo amarrado para trás como seu avô costumava usar, era assustadora sua semelhança com as fotos antigas do avô, temia ficar idêntico a eles, uma pessoa sozinha, fria, reservada demais e sem amor. Em pé ao dos pais estava o próprio Albus, pálido e nervoso, Scorpius sabia quando a sobrancelha esquerda de Potter tremia discretamente, algo que só quem passara muito tempo junto a ele que perceberia.

-Sr. Malfoy, finalmente. -a diretora disse vindo da varanda, Kiki estava pousada no espaldar da cadeira, olhando-o orgulhosamente pelo seu trabalho bem feito. -Viu Hugo quando estava vindo? -ela parou de frente para os quatro adultos sentados a sua frente como se fossem alunos ainda.

-Não, diretora. -Scorpius andou mais para o meio da sala enquanto as portas de fechavam sozinhas atrás de si. -Me desculpe o atraso, são muitas escadas.

 Ela assentiu e as portas voltaram a se abrir, e de lá entraram duas cabeleiras ruivas, uma pertencia a Hugo Weasley, ainda no seu primeiro ano de Hogwarts, ele sempre estava animado por descobrir coisas novas, vivia estudando feitiços novos, porém simples. E agora ele parecia tão abalado que Scorpius não o reconheceu por poucos segundos, Hugo correu e se jogou nos braços da mãe, já soluçando e dizendo coisas aparentemente sem sentido, a única palavra que entendiam era 'Rosie'. A outra pertencia a Lily, que não correu para os pais, mas seguiu para o lado de Albus. Já Scorpius não viu outra opção a não ser se juntar ao pai junto as estantes, não houve nenhuma demonstração de carinho como ele já esperava, isso só aconteceria de novo quando sua vida estivesse em jogo, como quase aconteceu com o vira-tempo. Por alguns segundos ele conseguiu segurar o olhar de Albus quando encontrou-o durante aquele momento quieto demais, e sentiu o pedido silencioso dele para que ele ficasse ao seu lado, mas Scorpius fingiu não perceber.

 -Bem, não quero que lidem com isso como um interrogatório. -disse Mcgonagall agitando a varinha e fazendo um bule servir xícaras de chá para os pais dos alunos. Scorpius sentia as mãos suando, não sabia oque responder se perguntassem se ele sabia o motivo de Rose tê-los atacado, só sabia a verdade e não assumiria aquilo ali. Enfiou-as nos bolsos e tentou parecer calmo demais como o pai estava. -Eu não vejo motivos claros para Rose causar tamanho problema num teste de quadribol, suponho que tenha sido ela, pois está desaparecida desde então.

-Diretora, eu a vi tirando a capa de James. -disse Lily, sua voz não costumava ser tão doce quanto era naquele momento. Scorpius suspeitava que todo irmão mais novo tinha esse talento, as vezes Albus o convencia assim, mesmo quando eram só amigos ele conseguia o derreter mesmo sem querer. -Também achei logo depois jogada perto da Torre da Grifinória.

-Não acredito que Rosie fez isso. -disse Rony, parecia muito abalado, pelo que Albus sempre descrevera para Scorpius, ela era muito mais próxima do pai apesar de ser igual a mãe. A lei dos opostos se atraem e iguais se repelem as vezes combinava com certas situações. -Não faz nenhum sentido. Diretora acredita que podem ter feito com ela como fizeram com Alastor Mood? -a esperança brilhava em seus olhos. -Talvez não tenha sido ela.

 -Não crie expectativas, querido. -disse Hermione, que continuava a abraçar Hugo. -É improvável que algo assim volte a acontecer nessa escola.

 -Só não entendo o porquê de Rose tentar atacar justamente Albus. -Gina se pronunciou, olhando para o filho logo atrás de si. Eles eram parecidos, pensou Scorpius, enquanto observava a família de Albus, ele tinha olhos verdes como os pais, então não podia saber de quem puxara isso, os cabelos escuros eram da parte do pai, mas não podia negar que eram mais claros do que os de James, que era quase uma cópia de Harry Potter. Gina pegou a mão do filho e o perguntou. -Vocês brigaram, alguma coisa assim?

 -Discutimos uma vez num treino de quadribol, mas depois eu pedi desculpa e ela disse que estava bem. -Albus não tirou os olhos da mãe enquanto essa ainda o olhava, mas quando Gina voltou a se virar para a diretora, ele olhou intensamente para Malfoy, que tentou não retribuir o olhar. Kiki piou e se mexeu agitada, logo outra coruja que não era uma das três deixou um pacotinho cair sobre a cabeça de Albus, e então retornou pela varanda. Todos observaram calados, enquanto ele tremulamente pegava o pacote no chão. -Acho que... ela sabe que estão aqui. -ele virou o pacote para a diretora, e lá havia o nome de Rose novamente. O coração de Scorpius apertou, lembrando da carta que ela dera a Albus, se a encontrasse novamente Scorpius jurava que arrancaria no mínimo cinco tufos de cabelo dela.

-Me dê. -disse Harry estendendo a mão para o filho, que lhe deu o pacote que continha alguma coisa dentro, cilíndrico e que quando agitado dedurava que havia liquido ali. -Diretora, acha que é seguro abrir aqui?

-Rose é do quarto ano como nós. -Scorpius se surpreendeu ao falar, nem cogitara falar alguma coisa antes, aquilo apenas saiu. -Não seria capaz de magia negra se está pensando assim, sr. Potter.

-Me deixe abrir logo. -disse Albus voltando a pegar o pacote das mãos do pai e o abrindo, todos prenderam a respiração, ele tirou um frasco quadrado de ferro, na frente como um rótulo havia outro pedaço de ferro com algo escrito, as mãos dele tremiam tanto que Scorpius teve que atravessar a sala e pegar o frasco antes que Albus o derrubasse.

Lia-se na frente; Love elixir. Abaixo havia um desenho como um hieróglifo antigo, Scorpius não podia confiar que seria apenas aquilo, ele abriu a tampa e foi inundado pelo cheiro mais conhecido do mundo para si, suco de morango, sabão e grama nova. Sentiu o rosto esquentar de vergonha e afastou rápido o frasco do rosto.

-Poção do amor. -disse devolvendo rápido a Albus, todos até ali estavam calados, mas pelo menos - a não ser Albus - todos já prestavam atenção aos seus próprios pensamentos. Aquele era o cheiro dele, teve medo que todos sentissem o cheiro que ele sentia, mas sabia que isso era impossível, mas no momento o medo foi maior.

 -Por que Rose mandaria isso? -perguntou Rony com a testa franzida. -E como ela sabe que estamos aqui?

-Rosie gosta do Scorpius. -disse Hugo ainda ao lado da mãe. O olhar que Rony direcionou a Scorpius o fez ficar completamente vermelho.

 -Albus, deixe isso conosco. -A diretora disse apontando para a mesa, logo Albus deixou o frasco lá e voltou para o seu canto. -Acredito que não tenhamos que expor tanto essa história por aí, já procuramos por todas as partes dentro do castelo, amanhã pedirei para Firenze fazer uma busca na floresta, mas creio que ele vá pedir um grupo, não arriscaria os seus.

 -Pedirei a alguns do ministério que nos acompanhem. -disse Hermione, que com o seu cargo suficientemente elevado poderia fazer tudo. -Devia ter nos chamado imediatamente, Minerva.

Um barulho metálico fez Hermione se calar, todos voltaram-se para Albus que via o papel se esfarelar e sumir, ele olhou para Scorpius indicando-o que era tudo verdade sobre a carta de antes ter sumido, ele voltou a se abaixar e pegou uma chave, velha e suja de terra, amarrada a ela num cordão fininho havia uma etiqueta e nela um coração.

 

-X-

 Depois da descoberta da chave, todos os alunos foram dispensados da sala da diretora. Albus e Scorpius pegaram um caminho diferente dos outros dois que subiam para sua sala comunal, já eles desciam. Sem dá uma palavra eles caminharam a uma certa distância, chegando a um corredor no segundo andar, Albus não pode aguentar, pegou o pulso se Scorpius e o puxou para a sala de Feitiços vazia. Enquanto Scorpius lutava para afastar a sua mão, Albus fechou a porta e o soltou, quase deixando-o cair.

 -Está ficando louco? -perguntou com raiva massageando o pulso.

 -Descobriu isso agora, amor? -Albus checou o lado de fora e se voltou para o outro na quase escuridão, por ainda ser manhã, entrava luz pelas janelas de vidro que precisavam ser limpas. -E não diga para eu não chama-lo assim.

 -O que você quer? Conversamos ontem. -Scorpius deu um passo para trás, qualquer coisa ele correria de Albus.

 -Não seja idiota de ficar se afastando de mim. -reclamou Albus pondo as mãos na cintura, Scorpius nunca quis tanto rir dele. -Você não consegue ficar com raiva por muito tempo, eu sei.

 -Não estou longe de você por raiva, estou porque não quero um relacionamento onde você não confia em mim. -Malfoy cruzou os braços e inconscientemente um bico se formou em seus lábios. -Idiota. -murmurou baixinho. Albus deu alguns passos até ele e ficou o observando como uma criança via um filhotinho de coelho, a luz atrás de Scorpius o dava um tipo de auréola e o deixava quase angelical. Seria mal se Albus o visse como seu 'príncipe encantado'? Ele sorriu com o pensamento e se aproximou mais, ficando a menos de um metro do Scorpius emburrado.

-Eu sei que sou idiota, e sei que me ama. -Albus descruzou os braços dele, mas Scorpius continuou com o bico. -Eu sinto falta de ficar na sua cama. -sussurrou arrepiando o outro, sorrindo com o efeito que sua voz causou, ele continuou a tentar seduzir Scorpius. -Vai me dizer que não sente minha falta a noite? -Albus puxou-o pelos braços devagar até que estivessem bem próximos. -Pare com esse bico, -ele se inclinou no ouvido de Scorpius e sussurrou. -Pare, ou eu transo com você nessa sala mesmo.

Scorpius ficou tenso, Albus notou, mas deixou de fazer o bico.

-É, está ficando louco. -disse Malfoy sem se afastar. -Perdeu a noção das coisas.

-Faça-me o favor, só não fizemos de novo porque não tivemos oportunidade. -Albus murmurou vendo Scorbius enrubescer, ele riu e beijou sua bochecha. -Admita amor, seria uma ótima ideia.

 -Não mesmo, acabamos de conversar com os nossos pais e você quer saber de sexo? -Scorpius ia se afastar quando percebeu que Albus já o segurava pela cintura, suas mãos ali eram algo familiar, bom, gentil, excitante.

 -Eles não vão ouvir mesmo, Scorpius. Amor... -disse manhoso, já espalhando beijos do canto da boca de Scorpius para o seu pescoço, onde sabia que era o ponto fraco de Malfoy.  -Vai me ignorar por quanto tempo?

 -Até eu me sentir vingado. -disse já mole com os carinhos de Albus, ele deixou um gemido escapar quando Potter o beijou, com violência e vontade, empurrando-o no quadro negro. -Não vamos fazer isso aqui, podem entrar a qualquer momento. -avisou quando se afastou do beijo.

 -Então vamos para outro canto. -sugeriu Albus o prendendo entre seus braços no quadro. -Sempre estão nos atrapalhando amor, inclusive você nos atrapalha tentando me ignorar.

 -Eu parei de fazer bico, era essa a condição não era? -perguntou Scorpius cerrando os olhos. -Deixe dessa ideia de transar numa sala de aula e vamos sair daqui.

 -... Você quer tanto quanto eu quero. -disse como se o analisasse, olhando bem fundo nos seus olhos. -Te encontro na sua cama hoje a noite. -sorriu malicioso e o beijou, o segurando com força pelos quadris fazendo suas ereções se chocarem, Scorpius gemeu alto e quebrou o beijo. -Ainda acha uma má ideia?

 -Acho. Uma ótima má ideia. -admitiu ofegando. Albus riu e o deu um selinho antes de se afastar e cobrir a frente das suas vestes com a com a capa.

 -Tive uma ideia melhor, reconciliação. -ele riu e piscou pra Scorpius. -Me encontre no banheiro.

Assim ele saiu da sala de aula, viu James vindo da outra ponta do corredor, não poderia entrar na sala de novo, já havia sido avistado. Com o cenho franzido, olhando-o desconfiado, James parou assim que Albus o alcançou ficando bem longe da sala de Feitiços.

-O que estava fazendo na sala de aula? -perguntou James, a malícia já brilhava no fundo dos seus olhos. -Estava sozinho? -claro que ele pensaria daquela forma, qualquer um pensaria, só não chegaria a imaginar ver Scorpius saindo pouco depois, sem nem os olhar, apenas caminhando para o lado oposto do corredor. James ficou pálido, os olhos arregalados para as costas de Scorpius que logo sumiram numa curva para outro corredor. -Estavam sozinhos? -perguntou mais desconfiado ainda. Albus parou olhando o irmão, talvez fosse hora de conta-lo.

 -Estávamos. -Decidiu vendo a expressão chocada de James que deixaria ele perguntar. Não havia ninguém nos corredores, o castelo estava extremamente calmo, talvez porque no sábado eram seus momentos para relaxar e mandar cartas para casa. -Algum problema?

 -O que estavam fazendo lá dentro? -ele apontou para a sala de aula, mas algo em seu rosto dizia a Albus que ele já sabia a resposta. Albus percebeu que não tinha mais como fugir, tinha que abrir o jogo para James e rezar que ele não contasse a ninguém.

 -Estávamos nos beijando. -admitiu ficando nervoso, as mãos começavam a suar e ele teve que discretamente enxuga-las nas vestes. James olhava-o perplexo, a boca aberta para dizer alguma coisa, mas nada saiu por longos segundos.

 -Então Scorpius não estava mentindo pra mim? -perguntou James ainda em um quase choque, mas a cor já lhe voltava para o rosto. -Ele disse antes dos testes que "talvez" vocês não fossem namorados.

 -E não somos. -Albus riu e passou a mão nos cabelos. -Temos alguma coisa, mas não chegamos a namorar.

 -Não está brincando com a minha cara, está Albus? -perguntou de repente sério.

-Quer que eu o chame aqui? Posso beija-lo na sua frente se preferir. -Albus viu o irmão numa briga interna, decidindo se acreditava ou não nele.

 -Desde quando é gay? -perguntou sem mais rodeios, aparentemente o lado que dizia que Albus não mentia ganhara. -Por que não me contou antes?

 -Desde quando somos próximos assim para  eu lhe contar uma coisa dessas? -Albus revirou os olhos e respirou fundo, do nada essa cobrança, quando tudo que James fez na sua vida foi o infernizar. -Sinceramente, no inicio eu me ofendia quando dizia coisas sobre mim e o Scorpius, depois de um tempo eu não liguei mais.

 -É por isso que não vai mais com a Clary? -ele perguntou, uma sobrancelha arqueada e o semblante de quem estava sendo traído, ele achava que era a segunda opção.

 -Não, é porque ela veio reclamar que ninguém gostava dela romanticamente, então eu te entreguei. -Albus sorriu arteiro e olhou para o final do corredor as costas de James, onde Clary aparecia, com a aparência de quem havia corrido muito até ali, conhecia a amiga e ela era sedentária demais para correr por algo que não era importante.. -Me agradeça depois. Acho que vocês vinham aqui com os mesmos objetivos que os meus não é? -ele ruborizou e Albus não segurou uma gargalhada. -Como eu disse, me agradeça depois.

 


Notas Finais


Até o próximo bbs <#


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...