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História Poisonous Love (Scorbus) - Cocô de Coruja


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


DEMOREI MUITO eu sei



Bom Carnaval amores!

Capítulo 30 - Cocô de Coruja


  Os planos de Albus e Scorpius foram água a baixo pouco depois de começar, assim que Scorpius o derrubou na cama, alguém bateu na porta e eles foram forçados a interromper. Scorpius continuou na cama enquanto o namorado se levantava para abrir a porta e então dando de cara com Clary que trazia vestidos nos braços. Ela empurrou a porta com o ombro, ignorando pedir a Albus que a deixasse entrar, correu para a cama e jogou os vestidos sobre ela. 

  -Lily não quer me ajudar a escolher, então vocês vão por obrigação. -disse ela com um sorriso e juntando as mãos, pareceria angelical se Albus não a conhecesse.   

  -Seria obrigação do James. -Scorpius disse com uma careta para o vestido vermelho e brilhante que caíra sobre eles. -Mas como pediu tão gentilmente, não use isso, vai parecer uma árvore de Natal. 

  -Desde quando árvores de Natal são vermelhas? -Albus perguntou fechando a porta e juntando-se a eles na cama. -Onde você vive? 

  -Quis dizer que ela iria ficar muito enfeitada. -queixou-se com um suspiro. -Esse tanto de brilho me deixa tonto. -ele pegou o vestido e jogou em Clary que encarava os vestidos com dúvida e teve um susto ao ser acertada. 

  -Em falar nisso, eu não vim aqui por pura... falta do que fazer, vim para distrair você. -ela disse apontando para Albus com o semblante culpado. -Tia Gina quer falar com Scorpius. Ela está no jardim. 

  Scorpius franziu a testa curioso e foi até a janela, a viu sentada na beira do chafariz congelado, com um cachecol no pescoço e a curta cabeleira ruiva sendo jogado para trás pelo vento frio. Perguntou-se oque ela queria falar, ficou com medo, mas curioso.   

  -Vou lá. -disse se virando para os dois que tinham uma pequena discussão aos sussurros. -Acho que não pode ser nada demais, não é?

  -Vou com você. -Albus disse já se levantando, mas Clary o puxou de volta pelo pulso e negou. 

  -Scorpius. Só ele. Você 'ser' Albus, Albus feio. -ela o deu um tapa na testa e sorriu para Malfoy. -Vai dá tudo certo. 

  Ele assentiu e saiu do quarto, ouvindo só o rumorejo dos dois ainda brigando baixinho. Ao fechar a porta suas mãos começaram a suar, mesmo com o clima frio. Ele respirou fundo várias vezes enquanto fazia o caminho até as escadas que levavam a sala, que estava vazia, apenas com o leão dourado ronronando num sono profundo. Ao encontrar a porta para os jardins, ele tomou coragem e a abriu sem hesitar, apenas saiu e foi em encontro com ela no chafariz, Gina olhava um ponto fixo no chão, mas ao perceber a presença do menino ela o olhou e sorriu, e ele a retribuiu.

  -Soube que Albus falou com Harry. -ela disse batendo no beira do chafariz indicando-o que se sentasse. -Admito que fiquei com medo. 

  Ele assentiu e afastou com as mãos um punhado de neve que estava ali para se sentar ao lado dela. 

  -Também, eu... não tinha a mínima ideia de como vocês reagiriam. -disse colocando as mãos nos bolsos do moletom e vendo sua respiração manchar o ar como fumaça branca. 

  -Scorpius, eu te chamei porque eu quero agradecer. -ela disse com um sorrisinho que o surpreendeu, mas ele continuou a olhar para os canteiros congelados. -Deve saber que Albus sempre foi muito fechado com todos aqui de casa. Eu tinha medo de que ele fosse para a escola e ficasse sozinho, quando ele mandou uma carta dizendo que estava na Sonserina, me preocupei mais ainda, ele não queria ir para lá. -Os olhos de Gina estavam pousados no nada, mas ao mesmo tempo parecia que estava vendo tudo, como se o Albus criança e emburrado estivesse na sua frente. -Se havia algum problema ele nunca me contava, eu sabia por James ou Lily que sabiam sem querer, brigas, essas coisas. Uma vez Lily me escreveu dizendo como estava feliz por Albus ter um amigo. 

  Scorpius riu, era estranho o ver apenas como um amigo, há muito tempo eles não eram apenas amigos. 

  -No início eu também fiquei com medo. -disse encarando seus sapatos. -Meu pai me advertia sobre a escola sempre, eu quase pedi para não ir. -ele riu fraco. -Também tive sorte em conhecer ele. Meu pai sempre disse para que eu fosse amigo de um Weasley, ele dizia que ser inimigo era a pior das ideias. 
  -Seu pai dizia isso? -perguntou Gina surpresa. -Nunca imaginei Malfoy dizendo algo assim. 
  -Infelizmente eu não consegui manter a paz com todos os Weasley. -ele suspirou e a olhou, Gina encarava-o com os mesmos olhos de Albus, aqueles que podiam dizer muito ou pouco demais. -Eu fico preocupado com Albus, Lily, Clary, até com  James. Desculpe dizer isso, mas Rose não está sã. 
  -Eu sei. -Gina pareceu mais séria. -Rose sempre tentou ser superior aos outros, gostava de saber de tudo para não ser contrariada. Creio que ela continua do mesmo jeito. 
  -Continua. 
  -E ela se sentiu contrariada porque de repente você e Albus estavam juntos. 
  -Provavelmente. 
  -Você se preocupada demais com Albus, Scorpius. Devia se preocupar com você. -ela sorriu e se levantou. 
  -E o que eu faria em Hogwarts... Na vida, sem ele?

-X-
  Albus já estava impaciente em esperar o namorado no quarto. Após ele ter saído, o quarto fora invadido por Lily, James e Lorcan, que aparentemente não tinham nada oque fazer. Agora estava jogando no chão com os outros que faziam aviões de papel e decidiam os nomes para escreverem nas asas. Sua curiosidade o fazia olhar para a janela de tempo em tempo, como se fazer isso o fizesse ouvir oque eles diziam. 
  Via como estava ficando dependente de Scorpius, sentia sua falta mesmo que estivesse separados por poucos minutos. Sentia-se um personagem de romance, mas sabia que na verdade não era bem assim, naqueles livros que enxiam suas prateleiras e que ele, a poucos havia lido, o mocinho sempre se apaixonava perdidamente e quando decidia declarar seus sentimentos dizia coisas bonitas e sem sentir nenhuma vergonha, como se abrir o coração fosse a coisa mais fácil do mundo. Só para perceber que gostava de Scorpius, Albus passara quatro anos e mal fez uma declaração, apenas o empurrou numa parede e beijou-o no Corujal sobre um monte de escremento de coruja. Não se via tão romântico, mas queria ter feito algo mais marcante, não que cocô de coruja nos sapatos não fosse.
  Quando a porta finalmente abriu e Scorpius entrou, todos se voltaram para ele, Albus nao era o único curioso. Malfoy os olhou como se perguntasse de onde tanta gente havia saido, apenas passou por eles e se sentou atrás de Albus para o abraçar. 
  -Vai ficar calado mesmo? -perguntou Clary incentivando -o a falar. -É segredo?
  -Não, ela só queria dizer que estava feliz com nós dois. -disse um pouco abafado por estar com o rosto encostado no ombro do namorado. 
  -Me surpreendeu como foram compreensivos. -disse Lily, terminando de rabiscar o nome do seu avião e sorrindo para ele. 
  -A mim também. -falou Albus pegando as mãos de Scorpius que estavam ao redor da sua cintura. -Acha que eles já pensavam isso?
  -Acho que só não tinham certeza. -comentou Clary o jogando o aviãozinho que bateu na cabeça de James. -Desculpa. 
  -Vocês estavam fazendo avião de papel? -Scorpius perguntou rindo. 
  -Estavamos o único que não fez foi a coisa do seu namorado, que preferiu ficar em depressão aí. -Clary atirou novamente o aviãozinho e esse acertou Albus. 
  -Ah, me poupe, você estava tão curiosa quanto eu. 
  -Estava, mas tentei me distrair. 
  -Gente, parem de briga e vamos, está quase na hora do jantar. -disse Lily se levantando e estendendo a mão pra Lorcan, que a aceitou e se levantou. Os dois eram um casal interessante, Albus percebia, ele era mais calado do que ela, e só falava quando lhe dava na telha, já ela falava sempre que podia. -Alias, onde estão os mini-pufes?
  -Na gaiola ainda. -Albus disse olhando a gaiola dourada ao lado da sua cama. -Estão até quietos.
  Os mini-pufes eram animaizinhos inteligentes, foi só Albus terminar de falar que eles gritaram. Todos se levantaram e foram deixando o quarto de Albus, menos o próprio e Scorpius. Finalmente sozinhos, os dois voltaram a se deitar na cama, havia sido um dia pesado para os dois, afinal, conversas e mais conversas sobre relacionamento eram cansativas. 
  -Eu... Estava pensando na gente. -Albus sussurrou enquanto acariciava o rosto do namorado que estava quase dormindo. -Somos complicados. 
  -O que quer dizer? -Scorpius -perguntou abrindo minimamente os olhos. 
  -Que eu te beijei pela primeira vez em cima de cocô de coruja. 
  Scorpius riu e se aproximou mais, encostando a cabeça no peito dele e respirando pesado.
  -Ainda assim, foi ótimo pra mim.
  -Está tentando aliviar a minha mente? Por que agora eu só penso nisso. -Albus o abraçou e riu. -Vamos descer agora?
  -Sinceramente, estou sem a mínima vontade de jantar. -ele  levantou o rosto para o namorado e o beijou rapidamente. -Tudo bem, se eu ficar aqui? 
  -Claro, nós dois vamos ficar. 

  -X-
  Mais tarde quando Albus acordou, viu que já estava de madrugada e a fome começava a lhe assaltar o estômago. Com cuidado ele se afastou de Scorpius que continuava dormindo e saiu do quarto. O corredor estava escuro, então todos já deviam estar dormindo, ele foi para a esquerda do corredor, para onde estava a escada. Já havia feito muitas vezes aquele caminho em várias madrugadas, quando não quisera ir jantar com seus pais. O Leão sobre a lareira que era chamado de Limão, já o conhecia e então não fazia mais alarde como fizera da primeira vez, ele já havia acordado a casa inteira por causa de uma visita a cozinha.
  A poucos passos da cozinha, Albus ouviu alguem andando lá dentro, hesitou antes de abrir, mas ao entrar se encontrou com James, vestido com um pijama vermelho e o rosto todo marcado com as linhas do cobertor. Ele o olhou e acenou com a cabeça voltando para o sanduiche.
  -Você também faltou o jantar? -perguntou Albus indo em direção aos armários onde Lily escondia os pacotes de biscoito. -Ela não vai se importar se um sumir. 
  -Não faltei o jantar, mas pensar me dá fome. -resmungou James sentando-se à pequena mesa que ficava no canto da cozinha. -Vocês não vieram, Clary foi lá em cima e disse que vocês estavam dormindo. Foi verdade ou foi desculpa?
  -Desculpa? -Albus pegou um dos pacotes e se juntou ao irmão na mesa. -Dormimos mesmo, por que? 
  -Você sempre deu desculpas para não jantar com a gente, pensei que fosse mais um caso. -James jogou os ombros e olhou com preguiça para a geladeira. -Ah, como eu queria poder usar magia fora da escola. -bufou, se levantou e foi pegar um copo.
  -Me resolvi com o papai desde a viagem com o vira-tempo. -disse Albus com a testa franzida para o irmão que se servia de suco. -Algum problema? 
  -Por que? -perguntou devolvendo a jarra a geladeira.
  -Disse que ficava com fome quando pensava muito. No que estava pensando? 
  -... -ele voltou a se sentar e hesitou antes de falar. -Eu só não me acostumei ainda com vocês dois, só isso. -disse voltando a comer. 
  Albus ficou surpreso, sabia disso, mas não esperava que ele dissesse mesmo. 
  -Ah, e isso te incomoda assim? 
  -Não que me incomode. -James jogou os ombros e riu. -É só difícil de aceitar completamente. Pensei que pudesse ser fase, mas se ele já veio até passar Natal aqui, quer dizer que vai longe. 
  -Sim, isso vai longe. Você brincou tanto com isso antes. -Albus riu.
  -Por que não me contou?
  -Por que eu devia ter te contado? -perguntou Albus. -Você me infernizou a vida inteira. 
  -Isso é coisa que todo irmão faz. -James bateu as mãos na mesa. -Me surpreende que você tenha contado primeiro aos jogadores do time, do que a mim.
  -Ah, James por favor. -Albus cruzou os braços com raiva. -Você sempre foi o filho certo e eu o errado, imagina oque aconteceria, o filho de Harry Potter, da Sonserina, e gay? Que ótimo currículo. 
  -Acha que eu faria oque? Contaria a todo mundo? -as orelhas de James ficavam vermelhas. 
  -Depois de todos esses anos, acha mesmo que eu esperaria a ação fraterna de você? -Albus se levantou e se apoiou na mesa. -Acha que eu esqueci que tentou acertar um balaço no rosto do Scorpius? -ele bateu as mãos na mesa e o copo de James se despedaçou no chão. 
  -Você fez o que? -perguntou uma voz na porta. Eles se viraram e viram Harry, os óculos tortos e descabelado. -James, um balaço pode matar alguém. 
  -Mas eu entreguei o taco! 
  -Ele ainda não era rebatedor e você o entregou poucos segundos antes. -Albus agora que ficava vermelho de raiva. -Ainda quer que eu  aja seja seu irmãozinho querido?
  -Não pode fazer como se eu fosse um monstro. -James se levantou rápido deixando a cadeira cair para trás. -Não podia ter mais que machucado um pouco. 
  -Ah, claro que não. -bufou Albus. Se encaminhando para a saida. -Licença.


Notas Finais


Ixi!
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