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História Poisonous Love (Scorbus) - Um dia


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


Demorei um pouquinho e me desculpem se estiver ruim <#

사랑해요 ❤️❤️

Capítulo 34 - Um dia


  A senhora o dera medo, óbvio que não esperava conhecer a casa de Delphi, nem que as lembranças da própria a levassem lá de repente. Scorpius nao passou tanto tempo com Katherine, depois que descobriu sobre as crianças o clima se tornou mais tenso e ele acreditava que iria ver a qualquer momento uma delas passando por ele. Quando já não suportava não ter nada oque dizer, pediu para ir para casa e ela o levou pelo caminho novamente. 
  Scorpius subiu a escada espiral com medo, passou pelo corredor e viu o quarto dos diários com medo, pois tudo naquela casa lhe era sinônimo de coisas horríveis. Ao voltar para o quarto ele encontrou a lareira novamente, e se sentiu aliviado. 
  -Pegue. -disse Katherine chamando-o a atenção. Scorpius se virou e ela lhe estendia um dos diários. -Foi o  ultimo. 
  Ele o pegou e respirou fundo, talvez descobrisse oque estava acontecendo com aquilo. Scorpius pegou um punhado de pó de Flu que ela o estendeu e entrou na lareira velha e escura de tanta fuligem. Rezando que desse certo ele pensou profundamente na casa dos Potter e atirou o pó. Voltou a ser sugado pela escuridão da viajem, rodopiando cada vez mais, a náusea já o atingia, Scorpius segurou o diário contra o peito e fechou os olhos. A sensação de ser água num ralo era terrível, mas era aliviador quando começava a parar de girar. Ele bateu os pés no chão, mas se segurou para não cair, conseguiu ver o carpete creme dos Potter , e ouviu o rugido do leão dourado, aquela lareira não era suja como a outra, estava no lugar certo. Ele saiu dali com um suspiro de alívio, estava na sala vazia, a cozinha estava silenciosa, então não era ali que estavam. Scorpius subiu correndo as escadas e seguiu o caminho que lembrava ser o do quarto de Albus. Estava tudo muito silencioso, ele estranhou, tentou girar a maçaneta, mas essa estava trancada, porém uma resposta veio lá de dentro. 

  -Mãe? -chamou Lily. -Encontraram ele? 

  Scorpius começava a entender o silencio, estavam o procurando pelo ministério provavelmente. 

  -Se o ele for eu... sim. -disse e o conjunto de sons aliviados o fez rir.

  -Onde você estava? -gritou Albus que aparentemente quase se jogara na porta. -Abra logo isso, Roxane. 

  Albus saiu de lá e o abraçou tão forte que Scorpius teve medo de não respirar de novo, ainda trazia o diário de Delphi sobre o braço e ao se afastar de Albus deixara uma mancha escura de fuligem no sweater  verde. 

  -De novo, onde você estava? -perguntou mais calmo, os outros aos poucos se juntavam ao corredor, sendo por último James. -Você está horrível. 

  -Que carinhoso. -ironizou Victoire. 

  -Eu estava em Rufford. -respondeu Scorpius passando as mãos no rosto e vendo que realmente estava sujo. -O Saoen não saiu pela lareira, ele aparentemente me esperou. Eu fui na casa de Delphi.

  Todos ficaram calados, afinal, não esperavam uma resposta em relação a isso, apenas que ele errara de lareira como qualquer pessoa normal faria. Scorpius se sentia exausto, e responder perguntas naquele momento era mais desgastante ainda. Clary notara isso, e o ajudou dando a ideia de descerem e tentarem avisar aos outros que Scorpius estava bem. Isso deu a Albus e Scorpius um tempo sozinhos, quando os outros desapareceram na curva do corredor, Scorpius foi puxado para o quarto. 

  -Você precisa tomar banho. -disse Albus apontando-o a porta do banheiro. -Eu pego suas roupas. -ele se inclinou e o beijou rápido.

  Scorpius entrou no banheiro e sentiu o cansaço o atingir ao relaxar sobre a água quente do chuveiro, seus músculos relaxaram e o seu coração pesou, oque deveria contar ou não sobre sua experiência na casa de Delphi a Albus estava o atormentando. Tiraria a parte sombria da história onde as crianças morreram, ou Albus ficaria tão preocupado que Scorpius seria preso numa cúpula pelo próprio. Ao sair do banheiro, encontrou a roupa numa cadeira perto a porta e Albus sentado na cama, o diário ainda não havia sido notado, pois Scorpius discretamente o deixara sobre a comoda, como Albus não notava os livros no seu quarto, nunca olharia para aquilo. 

  Antes de ir para o lado de Albus, Scorpius parou na porta do banheiro depois de se vestir e o observou enquanto esse estava absorto em seus pensamentos, com as costas curvadas, brincava com os buraquinhos na colcha de crochê. Era lindo, pensou Scorpius, ele adorava vê-lo sem que ele percebesse, pois para Albus ele teria que proteger Malfoy sempre, procurava manter uma pose mais dura, mas só Scorpius sabia como ele que devia ser protegido. A lembrança dele chorando pensando que havia o perdido inundou a mente de Scorpius, mexendo na camada que estava cobrindo a história das crianças do orfanato, se ele partisse e deixasse Albus ele se quebraria em mil pedaços, e igualmente seria o contrário, precisavam muito um do outro. 

  Ele limpou a garganta e se aproximou, ganhando a atenção de Albus, Malfoy se deitou e foi acompanhado pelo namorado. Estar no quarto certo era finalmente um alívio, com a pessoa certa, mas mesmo assim a preocupação assolava sua mente e corpo. Scorpius suspirou e escondeu o rosto no peito do namorado, sentiu um bolo na garganta e lágrimas já juntavam-se em seus olhos. Albus o abraçou, mesmo sem saber oque fazia o outro chorar, mas o segurou firme pois conhecia-o o suficiente para saber que ele realmente devia estar mal com alguma coisa séria. O choro não durou muito tempo, mas Scorpius continuou se acalmando ali onde saberia que seria sempre o seu lugar. 

  -O que aconteceu? -sussurrou Albus acariciando os cabelos dele. -Ela estava lá? 

  -Não. -negou se afastando um pouco para vê o rosto dele. -Eu... entrei num quarto, e conheci a senhora que cuidou de Delphi quando ela era pequena. -Scorpius respirou fundo tentando evitar  a história do Saoen. -Delphi escrevia diários e dizia que logo se encontraria com o pai. 

  -Seria errado sentir pena? -perguntou Albus. -Não que eu a queira bem, mas... ela foi iludida com a imagem que ajudaria ao pai. 

  -Alguns querem demais, outros de menos. -Scorpius se sentou e passou as mãos no rosto. -Eu ainda não entendo oque de tão importante ele estava fazendo. -irritou-se, a voz ficando levemente alterada. -Se eu tivesse morrido nessa viajem errada...

  -Ei. Pare de falar isso. -Albus reclamou sentando-se também. -Se continuar a dizer besteiras dessas... 
  Ele foi interrompido por Scorpius que o beijou e o empurrou de volta para que se deitasse. 
  -Desculpa. -pediu o dando selinhos. -Já tivemos problemas suficientes por hoje.

-X-

  Hermione caminhava pelo corredor em direção às celas de Askaban, tinha todo direito de ir lá como Ministra, mas preferia ir apenas em caso de extrema necessidade. Aquele lugar era horrível e apesar de muitas pessoas estarem pressas lá, continuava um lugar vazio. Seus passos no corredor ecoavam e estralavam no chão de pedra, o frio a atingia, mas continuava a tentar manter sua pose forte, e não se sentia tão confiante em andar com dois Dementadores a suas costas. Harry e Rony vinham mais atras, mas mesmo assim, o frio na barriga de Hermione era maior do que o relacionado ao local isolado. Após a Guerra o lugar havia sido refeito e muito mais protegido, evitando que feitiços simples deslocassem as pedras que formavam a construção. Hermione havia ajudado a criá-la e a conhecia perfeitamente, sabia que não haviam portas e o único jeito de entrar ali era por meio de uma única lareira ligada ao ministério, e que havia uma cela especial que fora feita abaixo do prédio, cavada na pedra que servia de base ao lugar. Era lá que estava Delphi. 
  Após lances e mais lances de escadas, Hermione, Rony e Harry chegaram ao patamar subterrâneo, era mais escuro que a parte de cima e mais gelado, da escada eles desembocaram em mais um corredor que seguia até uma sala onde uma parede transparente os separava de Delphi. A estrutura poderia parecer frágil, e a parede pareceria de vidro a um trouxa, mas aquilo não era nenhum material, era um feitiço, que uma vez posto ali só poderia ser tirado por quem o criara, ou seja, só Hermione poderia retirar a parede. 
  Delphi estava abaixada num canto da cela, seus cabelos já haviam voltado a cor natural por não poder pintá-lo ou o cortar. Ela vestia calças e uma camisa de tecido pesado por conta do frio, nas mangas haviam manchas ensanguentadas nas vezes que tentara se matar, inutilmente, pois os dementadores sempre a impediam. 
  Hermione se aproximou com cuidado e a observou, ela realmente estava ali, como Scorpius havia a visto ela não sabia. Scorpius estava desaparecido a quase uma hora naquele momento e ela precisava de uma dica de onde ele havia ido. 
  -Delphini. -chamou e a garota levantou o rosto, estava tão magra que as bochechas já não lhe cobriam bem o formato dos ossos. -Para onde levou Scorpius. 
  Delphi sorriu, nunca antes tão parecida com Bellatrix. 
  -Eu? A lugar nenhum. -ela riu e se levantou com dificuldade, claramente tremia. -Eu não. Rargan fez. 
  -Deu um nome ao Saoen? -perguntou Harry. -Eles são são animaizinhos. 
  -Rargan é, sempre me acompanhou. E... me ajudou a tirar obstáculos do caminho. -ela riu e se aproximou da parede, ela tocou o feitiço de proteção e ele a empurrou de volta fazendo-a cambalear. -Pedi que ajudasse Scorpius e acho que ele fez. 
  -Ajudar? -Hermione disse incrédula. 
  -Sim. Ele o fez ver mais, pensar mais, Scorpius agora sabe sobre minha vida de início e tem com quem se preocupar. -ela se sentou no chão e cruzou as pernas. -Estou cansada desse lugar, mas não receber notícias boas assim. 
  -O que fez com Scorpius? 
  -Eu mexi com a cabecinha confusa dele. -ela olhou para Harry e sorriu. -Ele e Albus fazem um belo casal de idiotas. Scorpius sempre tentado fazer o certo e Albus sempre tentando protege-lo, seria bonito e romântico, se não fosse desnecessário. Porque no final todos terminamos loucos, a nossa mente nos engana com a velhice, ou somos induzidos a loucura. Envenenados por amor. Já imaginou? -ela voltou a rir. -Scorpius um dia vai matar Albus, e eu estarei assistindo de camarote.


Notas Finais


Ixi compliquei não foi?


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