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História Pokémon Adventures: Rumo a Liga Pokémon de Kanto! - O mal nas sombras


Escrita por: Valerei

Notas do Autor


~ LEIAM, IMPORTANTE ~
Olá pessoal, tudo bom? Voltei com tudo, e tenho algumas notas importantes que devem ser explicadas antes que vocês leiam o capitulo:
- No capitulo 38, eu disse que uma estação de trem está em construção e ela ligará Celadon a Goldenrod (Johto), mas acontece que a cidade onde a estação fica nos jogos é SAFFRON, ou seja, eu confundi Celadon com Saffron, e agora na fanfic a estação é em Celadon mesmo, desculpem.
- Ao longo do tempo, vim falando sobre o tal "Arco do Passado" que eu queria fazer, como uma prequel dessa fanfic, mas ao elaborar isso, eu percebi que haveriam spoliers nesse arco (como quem é o pai da Blue), então decidi postar esse arco ao final da fanfic. Só fiquei em duvida se deveriam postar juntamente com essa fanfic, ou em uma história a parte, o que acham? Sei que só irei decidir isso ao fim dessa primeira temporada, mas quero a opinião de vocês desde já.
- No final deste capitulo, pela primeira vez na fanfic, eu me utilizo da narração em terceira pessoa e eu quero que vocês me digam o que acharam. Acham que cabe isso na fanfic? Gostaram? Querem mais narrações assim?

Pois bem, eu gostei muito do capitulo (principalmente do titulo da capa e do final do cap), a partir deste, as coisas vão ficar bem sérias. Enfim, boa leitura e espero que gostem.

Capítulo 40 - O mal nas sombras


Fanfic / Fanfiction Pokémon Adventures: Rumo a Liga Pokémon de Kanto! - O mal nas sombras

< Por Blue >

O bolo de chocolate branco com amêndoas estava maravilhoso. A festa ainda continuava, mas depois do parabéns, grande parte dos convidados fora embora. A banda tocava uma música de valsa, e alguns casais se formavam no gramado e rodavam elegantemente enquanto tinham seus corpos juntos, entre eles estavam Red e Yellow, e os pais de Cris.

Eu estava sentada na mesa de madeira que ficava na varando, observando atentamente o ambiente. Green estava sentado diante de mim, cruzava os braços e olhava os casais a dançar com um pouco de tédio. Um bocejo acabou escapando da minha boca, já era tarde e o sono já tomava conta de mim. Cristofer e Ingro estavam a um canto, conversando bem próximos, até Cris ser chamado pelos seus pais e Ingro vir se juntar a Green e eu.

— Você e o Cristofer já se conheciam antes? – perguntou Green com um tom monótono, enquanto o catador de insetos se sentava conosco.

— Não, por quê? – devolveu a pergunta, um tanto tenso.

— É que vocês parecem que... sei lá... ficaram tão amigos em tão pouco tempo  – respondeu, lançando um olhar desconfiado para o catador de insetos.

— Ah... – Ingro foi de tenso para desesperado, e parecia estar escolhendo as palavras com cuidado antes de responder. – Nós só nos demos bem, foi isso.

— Hum – Green voltou a observar os casais com um ar de tédio e nós três ficamos em silêncio.

Eu sempre gostei muito de dançar, confesso, e parecia a situação perfeita para isso: a roupa; a festa; a música, mas eu não tinha a sorte da Yellow de ter alguém disposto a me acompanhar. Fora muito engraçado e fofo quando ela mesma convidara Red para dançar com ela e ele ficou super desconcertado, mas aceitou o convite. Talvez eu devesse tentar convidar algum dos meninos para dançar também? Embora eu soubesse que eu era tímida de mais para fazer isso descontraidamente como Yellow fez, valia a pena tentar.

— Uhum – tossi limpando a garganta, e ambos olharam para mim o que fez meu rosto corar. – Um de vocês... não gostaria de... dançar comigo? Sabe, já que não estamos fazendo nada.

Green deu uma risada debochada, e respondeu:

— Nem vem Torrence, sabe que eu não danço. E vou subir para dormir daqui a pouco, isso aqui está muito chato – eu não fiquei decepcionada com a resposta dele, quer dizer, não era como se eu realmente estivesse contando com o fato de que ele fosse aceitar meu convite. Sabia que Green não gosta “dessas coisas”.

Antes que Ingro pudesse me responder, senti uma presença se debruçando sobre o encosto da cadeira atrás de mim.

— Hey, eu danço com você se quiser – respondeu Cristofer animado. – Não podemos deixar a essência da festa morrer, né?

Senti meu rosto ficar completamente vermelho, eu realmente não estava contando que Cris fosse aceitar, tanto que eu não teria coragem de fazer o convite para alguém como ele nem em um milhão de anos.

— Hãm... – me virei na cadeira, um tanto desconcertada, para poder olhar pra ele. – Não precisa sério, foi só algo bobo que veio na minha cabeça e... – ele me cortou.

— Ah, que isso! A única pessoa que dança comigo nessas festas é minha mãe, seria legal variar um pouco. Eu estou com vontade de dançar e você também, por que não unir o útil ao agradável? – antes que eu pudesse responder, ele já havia me pegado pela mão e estava me puxando para o gramado.

Engoli em seco, quando Cristofer colocou suas mãos delicadamente na minha cintura, eu, sem ter muita escolha, pousei minhas mãos em seus ombros. Começamos a nos balançar devagar, sem dizer nada. Podia sentir o olhar curioso de Red e Yellow sobre nós, seus pais nos olhavam naturalmente, pareciam animados ao ver o filho dançar em sua própria festa, mas não uma animação fora no normal.

Meu estomago se agitava toda vez que eu parava para olhar pra ele, Cristofer realmente era um rapaz muito bonito e, apesar de eu estar tremendamente sem jeito por estar dançando com ele, eu estava feliz.

— Parece que alguém está extremamente arrependido de não ter aceitado seu convite antes – falou Cristofer com um sorriso divertido no rosto. Eu olhei pra ele sem entender, até ele gesticular para onde eu estava sentada antes. Pude ver Ingro olhando para nós com um olhar indecifrável, já Green havia trocado sua cara de tédio por uma que esbanjava raiva e desconforto, quando nossos olhares se encontraram ele fingiu estar olhando para o outro lado. – Sabe, acho que ele é muito afim de você.

Soltei uma risada descrente.

— Não acho que Green faz o tipo de pessoa que é “afim” de outras – não consegui afastar o tom triste da minha fala.

— Ah, pois eu acho que ele gosta muito de você e que está com muito ciúme de você estar dançando comigo – voltou a dar um sorriso divertido, olhando rapidamente para o Green e depois pra mim. – Mas claro que ele não vai admitir isso, nem em um milhão de anos, pois é muito orgulhoso.

E isso era verdade, Green realmente era orgulhoso, mas eu duvidava que ele pudesse sentir algo por mim, então só dei de ombros. Eu gostava do Green, mas o jeito dele às vezes me irritava e, por vezes, me magoava, então decidi não depositar muita expectativa nele, ou que ele pudesse mudar.

— Você é uma garota muito bonita, ele seria louco se não gostasse de você – meu rosto voltou a ficar quente e fiquei totalmente desconcertada com o comentário. – Mas não interprete isso como se eu estivesse dando em cima de você – corrigiu ele. – Digamos que... você não faz o meu tipo.

Aquilo me atingiu um pouco, mas esbocei um sorriso e me perguntei que tipo de garota o atraia. Nós apenas continuamos a dançar em silêncio por mais alguns minutos, até eu olhar novamente em direção a Green e perceber que ele não estava mais lá, só restava Ingro sentado a mesa, nos olhando com curiosidade.

< Por Red >

Foi muito curioso quando eu vi Cristofer e Blue dançando juntos, mas eu não me demorei muito nisso, pois só tinha olhos para a garota a minha frente.

Yellow e eu dançávamos abraçados, ela repousava sua cabeça no meu peito e eu encostava meu queixo na cabeça dela. Conversávamos sobre diversas coisas, enquanto dançávamos. Estávamos conversando agora sobre nossas famílias, havia contato pra ela sobre a profissão da minha mãe, que é uma psicóloga clinica que atende em Viridian e estava falando pra ela sobre a profissão do meu pai.

— Ele é arquiteto e já participou de projetos importantes. Sabe a estação de trem que estão construindo aqui em Celadon? – ela assentiu. – Ele ajudou a projeta-la. Atualmente ele está trabalhando em uma planta de um hotel que será construído em Vermilion, já que por causa do porto e das viagens para a Ilha Cinnabar e as Ilhas Laranja, existe muita demanda de turistas.

— Isso é incrível, Red – sorriu ela.

Continuamos a conversar sobre outros assuntos, e acabou que nem vimos o tempo passar. Quando me dei conta, Cristofer e Blue não dançavam mais juntos e sim estavam sentados a mesa de madeira conversando com Ingro. Green parecia que já havia se retirado da festa. Uns minutos depois Blue se despediu dos dois e entrou na cozinha, provavelmente indo para o quarto dormir. Quando Yellow começou a bocejar, sugeri que já era nossa hora também, então ela passou seu braço em volta do meu e começamos a rumar para a varanda.

— Hey, caras – falei ao me aproximar de Cris e Ingro, que estavam, até então, conversando animados. – Nós já vamos dormir.

— Nós também já vamos – disse Cris, enquanto se levantava. – Meus pais vão ficar até o ultimo convidado ir embora – explicou, enquanto encarava uma rodinha com os últimos quatro convidados.

Então nós quatro adentramos a cozinha e fomos até a sala, subindo uma das escadas circulares que davam para o andar dos quartos. Yellow e eu nos despedimos de Cris e Ingro na porta do quarto deles, com um boa noite, caminhamos até nossos quartos, que ficavam um de frente para o outro e paramos a porta do quarto que ela dividia com Blue.

Peguei levemente em sua mão e ela esboçou um sorriso.

— Hoje foi muito legal – disse ela.

— Eu também gostei bastante – respondi.

Ela me encarou com aquele belos olhos dourados, e eu, instintivamente, me inclinei em sua direção juntando nosso lábios em um beijo. Uma de minhas mãos pousou na cintura dela, enquanto a mão livre dela foi parar atrás da minha cabeça. Nossas línguas se encostaram por um breve momento, diferente do nosso primeiro beijo, esse fora mais profundo e intenso. Quando nos soltamos, eu sentia meu rosto quente de vergonha e ela esboçava um belo sorriso.

— Red – falou ela, ficado um pouco séria – Eu posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— Promete que vai ser sincero? – apenas assenti levemente com a cabeça. Continuávamos de mãos dadas e bem próximos um do outro. – Você ainda gosta da Blue?

< Por Green >

Estava sentado em uma cadeira de balanço na varanda do quarto que eu dividia com Red. Minha Eevee me viu subindo as escadas e acabou me seguindo, ela repousava agora no meu colo, enquanto eu me balançava na cadeira e acariciava sua cabeça.

Eu estava pensativo, olhando para a noite estrelada e para outra mansão no quintal ao lado, para qual a vista da varanda dava. Era possível ouvir a música que ainda vinha da festa. Eu me retirei do local repentinamente, simplesmente porque eu não conseguia ficar mais ali, estava chato e tudo só piorou quando Cristofer puxou a Blue para dançar.

Repetir aquela cena na minha cabeça me tirava do sério, por isso achei que seria melhor vir para o quarto e tentar dormir, mas o problema é que eu não consegui fazer nada que não fosse me revirar na cama. Então, decidi me sentar na varanda para respirar um pouco e aliviar as ideias.

Alguns bons minutos se passaram até eu ouvir alguém abrir a porta do quarto e fecha-la com força.

— Green? – chamou a voz de Red atrás de mim.

— Hum? – virei um pouco minha cabeça para trás e encarei sua silhueta no quarto escuro através da porta dobradiça de madeira que ligava o cômodo à varanda.

— Nada – respondeu indiferente – Só queria saber se era você mesmo.

Ele me encarou por mais um tempo, e depois entrou no banheiro pisando forte e bateu a porta com força. Não parecia estar de bom humor. Esperei até ouvir ele se deitar para poder voltar para o quarto, pois queria evitar possíveis conversas.

A raposinha desceu do meu colo quando me levantei, adentrei o quarto escuro, fechando a porta da varando. Eevee foi correndo até a porta que dava para o corredor e começou a arranhar a madeira, abri a porta e ela saiu correndo, provavelmente indo encontrar seus irmãos. Peguei roupas limpas e minha escova de dente na mochila, adentrei o banheiro e acendi a luz, encarando meu reflexo no espelho. Era possível ouvir Red respirando profundamente por baixo das cobertas. Suspirei, enquanto despia o meu terno e o trocava pela minha roupa de dormir, que consistia numa calça de moletom branca e uma camiseta preta e lisa. Abri o armário com o espelho, em busca da pasta de dente, mas ela havia acabado.

Resmunguei enquanto fechava o armário com força e me retirava do quarto. A casa estava escura, a não ser pela luz que vinha das frestas da porta do quarto de Cristofer. Xinguei-me mentalmente por estar indo até lá pedir uma pasta de dente emprestada, sendo que ele era a última pessoa que eu queria ver no momento. Atravessei o corredor e quando cheguei ao quarto, pude ouvir uma música de rock que era abafada pela porta. Bati na madeira uma, duas, três vezes... mas por causa do som ninguém ouviu. Suspirei, abrindo a porta de uma só vez e entrando no quarto.

— Desculpa incomodar – falei a contra gosto e um pouco alto por conta do som ligado. – Mas a pasta de dente acabou e eu queria saber se... – me calei na hora em que vi a cena a minha frente.

Cristofer e Ingro estavam sentados na beirada da cama, ambos voltados um para o outro e bem juntos, trajando roupas de dormir. O garoto ruivo tinha uma de suas mãos pousada na perna do catador de insetos, e a outra agarrava firme seus cabelos. Ingro tinha a sua mão livre (aquela que não estava atada por uma tipoia, por conta do braço quebrado) pousada timidamente na perna de Cristofer, mas o que me chamou mesmo a atenção era que os lábios de ambos estavam juntos em um beijo agitado.

Ingro parecia extremamente envergonhado de estar fazendo aquilo, já Cris estava muito relaxado por sinal e parecia ditar o ritmo da coisa. Fiquei estático olhando eles se beijarem. O som da música não permitiu que eles ouvissem minha chegada, e francamente, estavam tão distraídos que não me notariam mesmo se eu entrasse tocando a buzina de um caminhão.

Eu só queria sair antes que eles me notassem, pois acho que seria extremamente constrangedor, tanto pra mim, quanto pra eles. Naquele momento eu já não me importava mais de dormir sem escovar os dentes. Mas, antes que eu pudesse fazer menção de me mexer, Ingro interrompeu o beijo, para respirar eu acho... e foi ai que ele me notou parado ao pé da porta. O catador de insetos arregalou seus olhos para mim, numa expressão de choque total e ficou completamente vermelho. Já Cris, bufou, enquanto cerrava seus olhos na minha direção. O único som que quebrava o silêncio era o da música.

— Eu... só vim pedir a pasta de dente emprestadas, mas... não queria atrapalhar. Deixa pra lá. Boa noite – e sai sem dizer mais nada, deixando a porta aberta.

< Por Ingro >

Eu estava em pânico. Green havia nos visto e eu não sabia como lidar com isso. Eu e Cris havíamos decidido apenas em ficarmos como estávamos, ou seja, como amigos. Mas nós conversamos praticamente a noite toda, e começamos a ficar muito próximos, quando voltamos ao quarto, ele disse que queria me mostrar uma música e ligou o som. Ficamos sentados na cama um de frente para o outro curtindo o ritmo, e quando me dei conta, ele já estava perto o suficiente de mim e se inclinava na minha direção, acabei cedendo e bom... Green nos pegou no flagra.

Eu encarava Cristofer desesperado, e ele me olhava emburrado e de braços cruzados. Acho que não gostou de ser interrompido.

— O amigo é seu – falou como se lesse meu desespero. – Seria bom você ir atrás dele e explicar...

Reuni toda a coragem que ainda tinha em mim e me levantei, passando no banheiro rapidamente antes de sair para o corredor. Quando olhei ao redor, pude ver a silhueta de Green, ele estava encostado à porta de seu quarto. A única luz que iluminava o corredor era a que vinha do quarto de Cris. Aproximei-me dele a passos largos, ele parecia estar processando o que tinha acabado de testemunhar, quando cheguei perto o suficiente ele voltou seu olhar para mim, que tinha um ar de confusão e surpresa. Tentei forçar um sorriso e respirei fundo, pensando em qual seria a melhor forma de fazer isso.

— Olha... sobre o que você viu lá no quarto... eu posso explicar – comecei.

— Não precisa explicar – respondeu normalmente. – Eu já entendi, eu acho.

— Então, tá tudo bem? – perguntei apreensivo.

— Claro que está! – exclamou. – Por que não estaria? – Green suspirou novamente e se desencostou da porta, para me olhar melhor. – Não saber disso antes não fazia diferença pra mim e saber agora, também não faz. Nossa amizade continua a mesma – deu um meio sorriso.

— Obrigado, Green – retribui o sorriso dele.

— Os pais dele sabem que ele... – começou a dizer.

— Sabem – respondi, antes que ele pudesse concluir a pergunta.

— E os seus?

— Bom... não... mas na verdade, eu mesmo só vim ter certeza depois de conhecer o Cristofer. Ainda está tudo um pouco confuso, mas... eu sei que gosto dele – sorri fraco.

— Entendo – ficamos em silêncio por um tempo. – Não se preocupe, eu não vou falar para os outros. Acho que você pode contar se quiser e quando achar que deve.

— Tudo bem – depois disso ele deu um longo bocejo.

— Acho que já vou dormir – falou, abrindo a porta atrás de si e fazendo menção de entrar no quarto.

— Toma Green – lhe estendi um tubo de pasta de dente que havia pegado no banheiro.

— Ah, valeu. Boa noite – falou, enquanto fechava a porta.

— Boa noite – então a porta foi fechada, e eu fiquei sozinho no corredor escuro. Green realmente era um cara de poucas palavras, mas era legal. Respirei fundo, bem mais aliviado, dei meia volta e comecei a rumar em direção da luz que vinha do quarto do garoto que eu gostava.

< Por Narrador >

Naquele mesmo momento, em um lugar muito distante dali...

— Em todos esses anos nós nunca tivemos tantas baixas de uma vez na equipe! Nunca perdemos tantos membros, nem mesmo para a policia! Agora, vocês querem me dizer que a causa de tudo isso são meros adolescentes?! – exclamava um homem irritado. Ele estava sentado em uma cadeira de couro confortável, atrás de uma mesa ampla e elegante, seu rosto e corpo escondidos pelas sombras do lugar mal iluminado. Sua silhueta mostrava que tinha ombros largos e vestia um sobretudo preto, juntamente com um chapéu da mesma cor. Falava com um homem e uma mulher, ambos em pé diante dele, trajando uniformes negros com imensos R vermelhos estampados na camiseta. Os três se encontravam em uma sala ampla e escura, onde as paredes e o chão eram feitas de ferro puro.

— O que aconteceu no cassino foi um fato infeliz. Nós não estávamos lá para impedir, estávamos ocupados aqui, com o projeto clonagem – explicou o homem com a voz gélida e cabelos escuros.

— Nós perdemos uma de nossas bases, equipamentos e todos os Pokémons que estavam ali! São milhares de reais em perdas! – esbravejava ele. Estava irritado, mas não ao ponto de estar furioso.

— Sentimos muito, chefe – exclamou a mulher ruiva. – Houve uma falha na segurança, e os adolescentes invadiram o cassino com ajuda da líder de ginásio Erika, os membros tentaram impedir, mas foi em vão. A missão de encontrar o Pokémon Origem para colher DNA e completar a clonagem não foi bem sucedida, mas daremos um jeito de resolver as coisas – explicou, fazendo o homem suspirar pesadamente de desgosto. – Precisamos nos focar agora em contratar mais membros, para tapar os buracos que aqueles que morreram deixaram na equipe e matar esses adolescentes que tem entrado, insistentemente, no meio do nosso caminho – ela dera um passo a frente e deixou sobre a mesa de madeira alguns arquivos, ao qual o homem sentado olhou com desdém. – A polícia de Celadon está agitada e desconfiada, não podemos agir por lá. Os raios mentais enviados para a cidade não estão sendo suficientes para controla-los e acalma-los.

— Alex, contate os membros na base de Saffron e peça para concentrarem o envio dos raios mentais para a delegacia da cidade de Celadon, fale que podem deixar as outras delegacias de lado por um tempo, até as coisas voltarem ao normal em Celadon – ordenou o homem sentado as sombras.

— Entendido – Alex puxou um aparelho eletrônico do bolso da calça e parecia estar digitando uma mensagem.

— Quanto a sua ideia de contratar novos membros, Amy, muito bem observado. Mas não estamos com tempo para procurar novas pessoas, a não ser que você já tenha algumas em mente – falou friamente, olhando para a mulher.

— Existe uma gangue de motociclistas, que circulam entre Celadon e Fuchsia. Eles praticam alguns assaltos bem sucedidos, nada de mais é claro. Eles têm mostrado interesse em entrar para a equipe, mas precisamos fazer o teste de aprovação antes de contrata-los, não?

— É claro – o homem uniu as mãos abaixo do queixo e deu um sorriso maléfico, como se tivesse acabado de ter uma ideia. – Esses adolescentes que destruíram o Cassino, onde estão agora?

—  Membros da equipe disfarçados de civis na cidade de Celadon informaram que eles ainda permanecem na cidade e não devem demorar em partir na sua jornada – Amy dera uma risada debochada ao pronunciar a última palavra.

— E quando partirem terão que atravessar a ciclovia que liga Celadon a Fuchsia. Contatem essa gangue de motociclistas, descrevam esses adolescentes para eles e peçam para ficarem atentos, logo eles darão as caras pela ciclovia. Tudo que os motociclistas devem fazer para entrar para equipe é trazer esses adolescentes até nós, vivos – deu ênfase na última palavra ao observar o sorriso perverso que se formava no rosto dos seus agentes. – Depois do que houve com o cassino, precisamos ficar nas sombras por um tempo, vamos deixar eles fazerem o trabalho por nós.

— Pode deixar – ambos disseram. – Se nos der licença, senhor – deram meia volta e se retiraram da sala, por uma porta de metal dupla, que deslizou abrindo passagem para eles saírem.

O homem sentado na cadeira observou os cinco arquivos diante de si, se focando na foto e no nome daquelas pessoas.

— Red, Blue, Green, Yellow e Ingro... – falou friamente. – Vocês vão se arrepender amargamente de terem entrado no meu caminho, no caminho da maior organização criminosa da história. A Equipe Rocket não vai deixar barato, e eu, como líder, não vou descansar até ver vocês a sete palmos do solo – dera um sorriso cruel ao terminar sua fala.


Notas Finais


E então pessoal, o que acharam? Por favor, se estão lendo isso não esqueçam de deixar um comentário com o feedback de vocês, o número de comentários da fanfic tem caído, então não deixem de me apoiar, por favor, isso faz toda a diferença.
Não se esqueçam de deixar a opinião sobre o arco do passado: ele dever ser postado ao final da fanfic, como um arco dela mesmo, ou em uma nova história separada, quando eu terminar de postar a fic?
Bom, espero que tenham gostado da leitura. Muito obrigada por lerem até aqui e até o próximo capitulo.


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