-A gente não tem mais notícias dela. - Mariana continuou - Eu ainda não acredito, tipo, a gente era muito amiga, ela diz ainda que é minha amiga, mas eu não acho mais isso...
Um silêncio se espalhou pela sala, ficamos pensativos sobre o assunto (aparentemente), porém, esse silêncio foi cortado quando Lucas veio até a gente correndo, ele segurava um celular no ouvido, dando a entender que ele estava falando com alguém.
-Liguem a televisão, urgente! Em qualquer canal. - Lucas disse.
Fernando ligou a TV e vimos uma cena de uma construção totalmente destruída, alguns destroços iam até a margem de um grade rio (deve ser o Centro de Pesquisa que Mariana falou), porém, uma espécie de torre ou pilar ainda estava de pé, apesar de um pouco destruida, em cima dela podíamos ver uma pessoa.
-Nossas câmeras que estão sobrevoando o local agora, irá mostrar com mais detalhes a destruição. - a repórter disse enquanto a imagem mudava, pude identificar a pessoa sendo a professora Luna. A repórter continuou a narrar - Recebemos informações agora, direto da polícia local: a moça que podemos ver nas imagens era a antiga professora do Laboratório Pokémon do Recife, recém descoberta afirmam que ela seja aliada da Equipe Rocket!
Agora a professora olhava para a câmera sorrindo, ela estava suja, ela sentou e balançou as pernas despreocupada, ela falava no telefone. Lucas saiu e foi para fora da casa, eu fui atrás dele. Antes de abrir a porta pude ouvir ele falar num tom de voz de preocupação, eu comecei a escutar atrás da porta.
-...O que você quer que eu faça agora? - Lucas falou - Você não... Tá... - eu estava distraída demais para perceber que sua voz estava ficando próxima demais, assim, não tive tempo para me afastar da porta antes dele abri-la, eu caí pra trás - O que foi isso? - eu me afastei para não perceber minha presença, sorte a minha de o Ninetales não estar aqui.
Ele já não falava mais no telefone, Lucas percebeu que algo estava errado e veio até minha direção, eu bati com tudo na parede e ele percebeu que era eu.
-Você estava escutando?
-Sim - respondi meia envergonhada.
Ele suspirou e sentou do meu lado.
-O que você escutou?
-Escutei você falando "o que você quer que eu faça agora?"; o que isso quer dizer?
Ele pareceu desconfortável com a minha pergunta e ficou calado. Ouvi Mariana me chamando e eu fui até a sala.
-Lucas, - falei antes de ir - se quiser, pode me contar depois.
Chegando na sala, eu vi todos olhando atentamente a televisão. Luna estava pulando de uma extremidade a outra do pilar, a cada vez que vejo ela, ela parece mais fora de si.
-Eu vou provar que estou certa! - ela gritou. Chegou um momento que algum pokémon do tipo dragão (não reconheci qual era) chegava.
-Neste exato momento a polícia está chegando... - a repórter se referia a pessoa montada do pokémon tipo dragão.
Luna pegou uma pokebola e ainda teve tempo de dizer olhando para a câmera:
-Vejo vocês em Minas Gerais! - ela sorriu, jogou a pokebola e de dentro saiu um dragonite, ela pulou em suas costas e voou nele.
Eu, Rafael e Mariana estávamos sem reação, Lucas chegou com expressão de culpa e saiu falando com alguém novamente no telefone, eu olhei pra ele e por um momento pensei que ele estava estranho demais, comecei a agir sem qualquer senso de racionalidade. Fui até onde ele estava sem fazer barulho.
-Oi. - ele disse - Luna, eu não vou falar, isso já é demais, pare!
Ele desligou e colocou as mãos na cabeça preocupado.
-O que você fez? - Ele não respondeu - Olha, se você não contar, não posso fazer nada, sei que você tem algo a ver com isso. Fale logo!
Lucas parecia muito nervoso. Eu empurrei ele contra a parede.
-Você falou com ela, não foi?! - disse - Por quê? - eu falava séria.
-Desculpa... - eu percebi que ele tremia - Ela disse pra eu não contar pra ninguém se não... Ela disse que sabia onde nossa avó morava e... Ela disse que iria pedir informações pra mim até saber tudo o que queria saber. - Por isso ela sabe pra onde vamos - Desculpa...
-O que ela perguntou?
-Até agora, só pra onde vamos, e foi ela quem pediu para vocês ligarem a TV, mas não entendi o que ela queria com isso, perguntou também sobre o que sabemos do pokémon daquele dia.
-Quando começou isso tudo?
-Hoje de manhã. Ela disse que ia voltar a falar comigo outra hora quando precisasse.
Ainda bem que eu percebi isso logo, assim podemos enganar ela.
-Desculpa.
-Você não teve culpa. - Eu abracei ele. Agora que sabemos disso, podemos pedir para ele dar informações erradas pra ela.
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