História Pokemon: Flame Spirit - Primeiros passos! Meus novos amigos!

Depois de sair de casa, segui em direção à cidade de Jubilife. Já havia ido para lá em uma excursão, mas dessa vez, eu decidi ir por uma trilha para ver se encontrava algum Pokemon (fui burro, eu sei). Infelizmente, estava sem sorte. Tudo que eu encontrei foi um bando de Starly's, mas estavam voando muito alto.

Depois de andar por um tempo, achei o mar. Conclui que provavelmente estava a oeste de Jubilife, mas eu não sabia para onde era o leste (sim, dava para ver pelo sol, mas eu era muito burro). Então, vi um Floatzel andando na costa, observando o oceano. Como, não tinha Pokebolas, e como meu Pokemon tinha desvantagem, resolvi me aproximar. Quando estava mais perto, foi para o mar e pulou. "Que ótimo! Ele fugiu...", pensei, mas então vi um barco se aproximando, com uma vela branca triangular e uma lanterna azul pindurada na proa. O Floatzel estava indo para lá. Depois de um tempo, o barco abaixou a vela, e quando vi melhor percebi que o Pokemon puxava a embarcação por uma espécie de rédea. Segui o barco pela areia, até que avistei um píer e uma casa, um sobrado de dois andares pintado de vermelho. Esperei no píer e, quando o barco atracou, um homem apareceu e me perguntou:

-Quer ir para qual?

-Quê?

-Das ilhas... Para qual você quer ir? 

-Eu só vim pedir informação!

-Ata, então espere eu ancorar.

Após atracar, o homem desceu e me cumprimentou.

-Sou Al.

Al tinha barba e cabelos grisalhos. Não era muito alto, uns 5 centímetros maior que eu. Ele estava apagando a lanterna quando perguntou:

-Bem, você disse que queria informação, certo? Então diga.

-Eu estava querendo ir para Jubilife, mas não sei para onde ir.

-Isso eu te digo, mas não é melhor ir só amanhã?

Olhei para o céu e me deparei com o sol se pondo. Ele tinha razão. 

-Passe a noite comigo. Tem comida suficiente.

-Muito o-obrigado, senhor.

-Ok, leve isso aqui!- ele disse jogando um saco enorme pra mim.

Na casa de Al, sua mulher, Nora, me recebeu contente. Aparentemente, eles não recebiam muitas visitas.

-Quantos anos você tem, Kai?-Nora me perguntou.

-Dez.

-Apenas dois anos mais velho que a  Aby.

-Quem?

-Nossa filha-respondeu Al-Você a conhecerá logo, para o bem dela- acrescentou baixinho.

Pouco tempo depois uma garota mais nova que eu, com cabelo preto e olhos azuis, entra com pressa dizendo:

-Não me atrasei!

-Eu sei filha-disse a mãe.

-Quam é esse?- Perguntou a garota.

-Aby, esse é Kai, ele vai passar a noite aqui.

-Ata.

-Oi.

Olhando para trás eu imagino a cena mais ridícula de todas: duas crianças, totalmente envergonhadas, como se fosse um casal adolescente. 

Dentro da cas, Floatzel e um Dewott faziam companhia para nós. Perguntei se eu podia dormir fora, pois tinha me acostumado com o céu, e eles concordaram.

-Eu também quero!-gritou Aby.

Al ia dizer uma coisa, possivelmente um "não", mas antes que ele pudesse falar qualquer palavra, Nora o cortou:

-É claro! Eu vou pegar um saco de dormir para você.

Nisso eu já tinha saído e soltado chimchar. Estendi um colchão para mim e me deparei com Aby se aproximando, com um pijama azul com estampa de Wingull.

-Esse é o seu Pokemon?- ela olhava para Chimchar maravilhada. Pensei em responder "Não, eu achei ele no mar agorinha.", mas antes de eu ponderar se respondia aquilo ou não ela falou:

-Quando eu tiver idade suficiente, vou sair numa jornada também!

Não respondi nada, apenas deitei. Depois de finalmente conseguir silêncio, olhei para o lado e não a encontrei, mas vi pegadas na areia. Ao seguir as pegadas, cheguei a um ponto da praia e vi a menina. Ela olhava para a água. Segui o olhar dela e vi um Shinx em cima de uma tábua gritando e soltando faíscas.

-Temos que ajudá-lo!- ela disse.

-Mas como?

Ela pensou um pouco, então disse.

-O meu pai tem Pokemon aquáticos, vamos pedir ajuda.

E assim fizemos. Floatzel conseguiu resgatar o Shinx, que agora estava na areia. Aby se aproximou e abraçou o pequeno Pokemon elétrico, o qual ficou feliz com o carinho que estava recebendo.

-Papai, posso ficar com ele?

Ela olhou apreensiva para o pai, que olhava a situação ponderando se era ou não uma boa idéia. Por fim respondeu:

-Não.

-Mas...

-Não.

Aby olhava a mãe buscando apoio, mas ela concordava com o marido.

-Eu fico com ele-respondi- Daí ele não fica abandonado.

- M-mas... eu queria ter um Pokemon- a garota disse baixinho, claramente triste com a situação.

Era uma situação desconfortante. Chimchar e Shinx corriam em volta de nós.

-Se você tiver uma Pokebola, pode ficar com ele-disse Al à filha.

-Já sei! Vamos até Jubilife, eles devem ter Pokebolas lá.-disse eu.

-Duas crianças... Não.

-Amor-Nora agora nos defendia- o caminho é fácil. Eles podem ir pelarota 218, é seguro.

-Tá, mas não demorem.

No dia seguinte, partimos em direção a Jubilife com Shinx atrás da gente. A minha jornada estava sendo melhor do que eu pensava.

...