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História Pokemon Indigo League - Volume I - Começa o ato final. A Equipe Rocket se infiltra em Hoenn!


Escrita por: HaythamSness

Notas do Autor


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Atualização:
reescrito -17/07/2017
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Alola pessoal!
Demorei, mas voltei!
Espero que gostem desse capítulo e eu prometo que vou tentar trazer o próximo mais rápido!

Boa leitura!

Capítulo 26 - Começa o ato final. A Equipe Rocket se infiltra em Hoenn!


  A embarcação da Equipe Rocket começou a se aproximar de Hoenn alguns dias depois de sair de Kanto.

  Um homem vestido com um traje vermelho olhou na direção de Lysandre.

- O senhor acha que algo vai acontecer? – ele perguntou um pouco hesitante.

  Lysandre o olhou pelo canto do olho.

- Por que fez essa pergunta? – ele indagou de maneira seca.

  Seu rosto deformado pelo fogo deixava todos os tripulantes tensos.

  O homem engoliu em seco.

- Nós percebemos que o senhor parece estar preocupado... o senhor acha que algo vai acontecer... como da última vez?

  Todos olhavam para o homem com admiração. Ele havia sido o primeiro a reunir coragem para fazer tal pergunta.

  A verdade era que Charles, o Flare que havia feito a pergunta, não se sentia corajoso. A face deformada de seu chefe lhe infligia um medo muito grande, porém sem nexo. Lysandre deu um sorriso de lado, o que fez seu rosto tornar-se ainda mais repulsivo e assustador.

- Charles, não é?

- Sim senhor! – o homem respondeu.

- Você acha que Giovanni se importa com algum de nós?

  Aquilo fez com que todos parassem para pensar.

- Vou lhe ajudar! – Lysandre falou – Ele se importa com nós, tanto quanto se importava com o Draco Squad! E lembre-se, ele os mandou para um lugar, mesmo sabendo que aquele que talvez seja seu maior inimigo estava lá.

- Ele nos mandou para cá porque sabe que algo pode dar errado... – Charles falou baixando os olhos com súbito entendimento.

  Todos levaram as mãos para a boca de maneira infantil, mas aquilo não pôde ser evitado. Eles estavam sendo sacrificados.

- Colress me entregou uma maleta antes de sairmos de Kanto. – Lysandre disse – A maleta que você carrega! – ele apontou para um outro Flare que estava um pouco atrás dele – Sabe o que tem dentro? Algum de vocês sabe?

  Todos balançaram a cabeça em negativo.

- Eu vou dizer. – o homem ruivo falou olhando para o horizonte, na direção da pequena faixa de terra que aos poucos surgia no campo de visão – É uma bomba! Ou quase isso... é uma contra-medida para o caso de nós falharmos.

- O que é, exatamente? – uma Flare perguntou.

- É um cristal... ele armazena poder do Pokemon lendário Darkrai, que nós capturamos em Kalos, mas é só um teste. Isso não é usado desde antes da guerra de Kalos eu acho... – Lysandre balançou a cabeça em negativo – Não... foi usado um pouco depois em um evento que poderia ter sido ainda mais catastrófico que a guerra.

- E como ele funciona? – outro Flare perguntou.

- Isto deve ser cravado em um Pokemon. O receptor irá ter seu poder quase que triplicado e se tornará extremamente leal ao dono do cristal. – Lysandre fez um gesto na direção de Hoenn – Se algo der errado, eu posso cravar isso em Zygarde e mandar que ele destrua Hoenn! Ninguém poderá pará-lo!

- Senhor, sem querer ofendê-lo, – Charles começou – mas isso foi exatamente o que foi dito sobre Zygarde em Kalos e nós acabamos derrotados mesmo assim...

- Não ofendeu... aliás, isso me deu uma excelente ideia! – Lysandre disse, fazendo todos se surpreenderem – Eu vou ir para meu dormitório agora, preciso reformular nossa estratégia!

  Lysandre se retirou, deixando alguns dos melhores Flare parados ali sem saber ao certo o que fazer.

- Hoenn se aproxima cada vez mais rápido... – Charles falou com a voz tremendo um pouco – Eu não sinto a mínima vontade de descobrir o que me aguarda lá...

 

  Algumas horas depois o barco atracou em um pedaço isolado de Hoenn, onde a equipe de reconhecimento tinha garantido que ninguém ia aparecer. Tudo começou a ser desembarcado, mas houve uma complicação com um caminhão e então eles foram obrigados a seguir andando para não perder muito tempo.

- Uma hora isso terá que nos alcançar. – Lysandre se referiu ao transporte.

Depois de tudo, a tarefa de carregar o cristal foi entregue para Charles. O Flare não se sentiu honrado, mas sim assustado. Ele achava que tamanho poder não deveria ser entregue a ele.

- Charles, peço que venha comigo na frente da equipe! – Lysandre falou – Temos que discutir algumas coisas...

  O homem engoliu em seco, concordou com a cabeça e então passou a andar do lado do líder, enquanto todos os outros se mantinham atrás.

- O que o senhor precisa? – ele perguntou.

- De nada. Eu acredito que já tenho tudo o que me é necessário. – o outro respondeu – Mas acontece que aquilo que você disse no barco me ajudou a perceber algo.

  Ele pegou em seu bolso uma pokeball e apertou seu botão para que ela expandisse. Ele a jogou no ar, mas voltou a pega-lá sem que o Pokemon fosse libertado.

- A princípio a função de vocês aqui era para conter a população, mas eu percebi que posso fazer um uso muito mais apropriado de certas unidades, como você por exemplo! – Lysandre encarava o objeto fixamente – O plano original era invadir o prédio da Devon Corporation e usar ele como pilar de sustentação para Zygarde, enquanto vocês garantiam que ninguém se aproximasse, mas com o comentário que você fez sobre a última vez eu percebi que existe um jeito muito mais eficiente de mantermos possíveis heróis afastados de nós. O novo plano é simples, você e mais um destacamento vão posicionar células do Zygarde em pontos específicos na fronteira da cidade e quando ele começar a gerar suas raízes, elas vão separar Rustboro do resto de Hoenn e formar uma enorme cúpula envolta e acima dela.

  Charles parou de andar. A idéia era surreal demais, mesmo saindo da boca daquele homem.

- Chefe... se nós separarmos Rustboro de Hoenn... a cidade vai afundar!

- Só depois que Zygarde terminar seu trabalho. – Lysandre falou finalmente guardando a pokeball no bolso – As raízes se tornarão quase indestrutíveis. Ninguém vai conseguir entrar. A polícia vai cair nos primeiros minutos, a população vai estar em um pânico muito grande para tentar revidar e não tem o Ash e nem o Alan para nos atrapalhar dessa vez.

- Certo. É menos arriscado que o plano original... – Charles considerou todas as chances deles e para sua surpresa, eram altas – O que devo fazer?

- Aquele caminhão que não conseguiu desembarcar está com diversas ferramentas do Xerosic e um tanque com mais de cinquenta células, coletadas em Kalos e tanques portáteis para carregá-las. – Lysandre explicou – Pegue seus parceiros da maior confiança e coloquem-as em pontos específicos que serão marcados em seu GPS. Isso irá fazer com que raízes nasçam naqueles pontos por conta da quantidade de energia dele que está presente ali.

- Entendido! – Charles respondeu motivado – Não irei decepcioná-lo!

  Lysandre o segurou pelo ombro.

- Acredito que não precisa mais carregar a maleta! – o líder tirou o cristal da posse de Charles.

- Certo... mais uma vez, não irei lhe decepcionar! – o Flare falou muito mais calmo.

- Espero que não... – Lysandre murmurou quase inaudível.

  Charles se dirigiu aos seus colegas mais antigos e explicou tudo para eles. Todos aceitaram a missão, mas eles foram obrigados a esperar o caminhão chegar.

 

  Depois de pegar as células, Charles e seu destacamento se dirigiram para o primeiro ponto marcado no GPS dele. Era um armazém subterrâneo da Devon. Ao chegarem lá, deram de cara com vários policiais.

- O que vocês pensam que estão fazendo? – um deles perguntou – Esse é um lugar restrito para funcionários da Devon e da polícia, mais ninguém deveria estar aqui!

  Charles continuou andado como se os oficiais não estivessem ali. Ele avançou até um ponto, embaixo de uma pilastra de sustentação e olhou em seu GPS.

“É aqui! ” – ele comemorou silenciosamente – Engraçado... esse ponto onde eu estou está fora de Rustboro! Ele invade uma grande parte da Rota. Tecnicamente, os criminosos são a Devon.

- Criminosos? – a cara do policial fazia parecer que ele tinha tomado um tapa – Eu nunca disse que vocês eram criminosos...

  Atrás dele, os outros policiais começaram a sacar suas pokeball e assumir uma posição de combate. Os Flare fizeram o mesmo, mas Charles acenou com uma mão para que eles parassem.

- Mas então como nós vamos... – uma Flare tentou perguntar.

- Se preocupe em instalar o tanque com a célula, deixe que eu me viro com eles. – Charles se aproximou do policial e sussurrou em seu ouvido – Presta atenção! Nós estamos aqui por um bem maior que qualquer um nesse armazém e qualquer um nesse mundo. A Terra está suja e estragada e nós planejamos limpá-la e concertá-la! Somos a Equipe Rocket e eu te garanto que nenhum dos seus Pokemon poderá derrotar os meus!

  A expressão do policial era uma mistura de medo e fúria.

- Outras pessoas como você já tentaram atacar Hoenn e eles foram parados! – uma policial um pouco mais atrás dos outros falou – Quem garante que dessa vez será diferente?

- Nós estamos garantindo! – um Flare falou ativando o tanque de contenção, para que ele começasse a liberar energia.

  A policial arregalou os olhos e apontou para o tanque.

- Eu recolhi isso em Kalos! – ela falou – A unidade na qual eu estava recolheu todos esses tanques!

  Charles a olhou com mais atenção.

- Você me levou preso logo após o Incidente! – ele falou com um novo interesse na mulher.

- Tanto faz, nós já terminamos! – um Flare falou e o grupo começou a rumar para a saída.

  Mas Charles continuou parado.

- Lysandre me escolheu para liderar essa missão por conta da minha habilidade para perceber pequenos detalhes, como por exemplo: O que uma agente da Polícia Internacional faz dentro de um armazém em Hoenn?

- Polícia Internacional? – todos presentes falaram ao mesmo tempo.

- Agente Rose Smith! – ela se identificou com um sorriso sarcástico – Sinto em dizer que vocês têm um vazamento enorme dentro do seu QG! Em pouco menos de uma hora a cidade estará sob cerco e vocês não terão saída a não ser se render!

- Em pouco menos de uma hora essa cidade terá afundado e você estará morta! – Charles lançou uma pokeball revelando um Scizor.

  Rose deu vários passos para trás e soltou um Emboar.

- Todos para trás! – ela gritou para os policiais – Emboar use FLAMETHROWER!

  Scizor defendeu o ataque com WITHDRAW e então tentou revidar com ACROBATICS.

- Não deixe que ele te toque, FLAMETHROWER! – Rose gritou e dessa vez o adversário foi atingido – Eu não lembro do seu nome e não acho que isso seja importante, mas você vai ter que voltar para o seu chefe e quando fizer isso, trate de avisá-lo que ele não vai durar muito!

- Por que não faz você mesma? – Charles desafiou – GIGA IMPACT!

  Scizor colidiu contra Emboar com muita força e fez o Pokemon cambalear para trás.

  Todos os policiais e Flare observavam o duelo de maneira apreensiva.

- Eu não vou recuar! – o Flare gritou – Vão indo, eu sigo vocês depois!

- Mas Charles... – um dos integrantes tentou discutir.

- Vão! – ele gritou de novo.

- Que ato nobre para um criminoso! – Rose desdenhou com um sorriso.

- Vamos ver quem vai sorrir no final!

 

  Lysandre andou tranquilamente pelas ruas de Rustboro junto de seu destacamento, enquanto esperava um sinal de sua equipe que estava no subsolo. Aos poucos eles foram se separando para se posicionar nos pontos estratégicos da cidade, até que só sobrou doze capangas junto dele, todos carregavam um tanque de contenção com algumas células e o de mais confiança carregava o próprio Zygarde Core. Ele recebeu um aviso de que o penúltimo tanque estava sendo instalado, então ele, junto dos outros, avançou para entrar no prédio da Devon Corporation. Quando estava do lado de dentro, ele avançou até a recepcionista, em uma mão a maleta com o cristal, na outra, uma pokeball. Ele a depositou em cima do balcão e calmamente anunciou em voz baixa.

- Nós estamos tomando o prédio! Desligue tudo agora ou então seu rosto ficará bem parecido com o meu!

  A recepcionista começou a tremer e lentamente cumpriu todas as ordens.

- Muito bom! – Lysandre tirou outra pokeball de seu cinto e libertou um Malamar.

- Mas eu fiz tudo que você pediu! – a mulher se esforçou para não gritar.

- Mas quem garante que você não vai avisar a ninguém quando nós subirmos? – ele falou – Sinto muito... Malamar use HYPNOSIS!

  A mulher tentou gritar, mas caiu no chão antes que pudesse abrir a boca.

- Alguém aqui viu alguma coisa? – Lysandre perguntou para todas as outras pessoas no saguão de entrada.

  Todos balançaram a cabeça em negativo por medo.

- Que ótimo! – Lysandre estalou os dedos e Malamar usou HYPNOSIS em todos – Vamos subir!

  Agora no saguão de entrada, somente os Flare estavam de pé. Eles subiram as escadas para o segundo andar e Lysandre repetiu o show. Mais uma vez no terceiro, no quarto e em todos os outros até chegar no último, onde ele encontrou o presidente da Devon.

- Senhor Stone, há quanto tempo! – ele disse ao parar na frente do homem.

- Ly... Lysandre? – o velho gaguejou.

  O ruivo deu um de seus sorrisos deformados e colocou a maleta no chão.

- Ouvi dizer que você estava morto... – Joseph falou se levantando de sua cadeira.

- Esse boato correu por muitos lugares, mas eu milagrosamente sobrevivi ao ataque de Zygarde! – ele respondeu – Mas isso não importa agora.

  O velho o encarou confuso e assustado.

- Nós fizemos boas negociações no passado. Por que não fazemos uma agora?

- Eu não quero nada com você Lysandre! Você quase destruiu este mundo, nunca mais farei nenhuma negociação com você!

  Lysandre gargalhou.

- Você não entendeu... – ele balançou a cabeça de um lado para o outro rindo muito e então subitamente parou e assumiu um tom ameaçador – Eu não estou te dando uma opção! Abra passagem para cima ou então eu explodirei esse escritório com você junto!

- É só isso? Você quer que eu te deixe subir para a laje?

  Lysandre riu de novo.

- Não, não é só isso! – ele estalou os dedos e um de seus capangas tirou das costas um tanque portátil contendo cinco células.

  Lysandre o pegou e colocou em cima da mesa do presidente.

- O que você vai fazer com isso?

- Explodir esse escritório e o resto do prédio inteiro eu acho... – Lysandre apertou alguns botões e o tanque se ativou, começando a liberar energia – Abra a porta e suba comigo, quero te mostrar algo!

  O CEO da Devon Corporation apertou um botão escondido em baixo de sua mesa e uma porta escondida atrás de sua cadeira se abriu. Ela levava para a laje do prédio e Lysandre planejava posicionar Zygarde lá. Os dois subiram as escadas, enquanto todos os Flare ficaram em baixo esperando.

  No andar de cima, os dois homens se aproximaram do parapeito do prédio e Lysandre começou um monólogo, falando de tudo que ele e seus novos associados iriam mudar no mundo, ele disse também que eles precisariam de pessoas poderosas e influentes para poderem controlar os sobreviventes.

- Aonde quer chegar falando isso? – o outro perguntou – E o que você está esperando para começar sua destruição em massa?

  O comunicador de Lysandre vibrou.

- Eu pensei que talvez você pudesse se juntar a nós, mas pensando bem, isso não parece uma boa ideia... – ele tirou o comunicador do bolso e cochichou algo inaudível para quem quer que tenha lhe ligado, a outra pessoa deu uma resposta no mesmo volume e então Lysandre guardou o aparelho – Sua segunda pergunta é o que eu estava esperando?

- Sim.

  Lysandre deu de ombros.

- Isso! – ele falou batendo com a mão esquerda no bolso onde estava o aparelho e agarrando a gola do paletó do homem com a direita – Tenha bons sonhos!

  Ele forçou o corpo do outro sobre o parapeito e o jogou, ficando somente com a peça de roupa na mão. A queda levou alguns segundos que foram seguidos de gritos por parte da vítima e um sorriso sádico no rosto do assassino. Quando o corpo do homem acertou o chão com um baque, várias pessoas começaram a gritar em histeria.

- Deixe-me ver... – Lysandre fuçou o paletó do velho durante alguns segundos até encontrar um PokeNáv – Perfeito!

  Ele jogou a roupa para fora do prédio e puxou seu comunicador.

- Podem subir. Tragam o Z-2!

  Os Flare surgiram na porta que conectava a laje com o escritório e um deles posicionou um tanque um pouco maior do que os outros, com uma forma de vida um pouco maior que as outras. Lysandre se aproximou, agachou-se na frente do Pokemon e bateu no vidro com os nós dos dedos.

- Já faz um tempo, não é? – ele novamente sorriu de forma sádica enquanto dava um comando para o tanque se abrir.

  No tanque havia o segundo núcleo do Zygarde original. Z-2, como a Equipe Flare o apelidou. Todo seu corpo estava vermelho, exceto pela barriga, que era azul. O dispositivo de controle era uma versão melhorada da máquina de Xerosic, e quando o lendário entrasse em uma de suas outras formas, onde seu corpo deveria ser verde, ficaria vermelho, assim como na máquina original.

  Z-2 saiu do tanque e pulou até o parapeito, para ficar em um lugar que ele pudesse enxergar a cidade.

- Transforme-se! – Lysandre mandou.

  Z-2 se concentrou e o mundo ao redor dele começou a tremer. Vários pontos de Hoenn começaram a brilhar em verde e então suas células começaram a voar em sua direção, porém antes que elas pudessem tocá-lo para que eles se fundissem, tudo parou. Ninguém conseguia se mexer, nenhuma pessoa e nenhum Pokemon.

  E então do mesmo jeito que aquilo começou, aquilo acabou sem deixar traço de o que poderia ter causado e sem ninguém ter percebido. As células tocaram o Pokemon e ele brilhou e expandiu para que assumisse a forma mais poderosa que ele conseguia sem o auxílio do outro núcleo. Zygarde rugiu, de modo a fazer toda a cidade olhar para o alto do prédio.

  Lysandre ligou o PokeNáv que ele roubou de Joseph Stone e selecionou uma opção que só estava disponível naquele modelo.

“Ligar para Todos”

  Quase cem metros abaixo, centenas de pessoas começaram a puxar seus PokeNáv para ver o que estava acontecendo. Quando Lysandre viu que já tinha a atenção de um número muito grande de pessoas ele começou a falar.

- Meu nome é Lysandre. Durante um bom tempo eu fui visto como um salvador e então subitamente comecei a ser visto como um monstro. Tentaram me matar e quase conseguiram! Sou agora, uma mera sombra do que já fui um dia e quem fez isso comigo, a humanidade em si, saiu impune! – ele fez uma pausa, respirou fundo e então prosseguiu – Hoje eu estou aqui em busca de vingança e eu vou conseguir! Eu vou matar cada um de vocês e vou garantir que vocês não fujam com a ajuda de meu amigo!

  Zygarde começou a tremer e então milhares de raízes surgiram pelas ruas e pelos prédios. Quatro delas, trançadas em uma única, se conectaram as costas dele, saindo de dentro do tanque que estava no escritório e então seguiu para baixo também, para se enterrar e absorver a energia do solo. Uma raiz muito grossa saiu de sua cabeça e subiu um pouco até começar a se abrir em várias outras e ir na direção dos tanques que o grupo de Charles preparou. Eram oito tanques e uma célula em cada. Havia uma raiz em cada um dos pontos cardeais da cidade e mais uma no centro da abertura entre cada um deles, totalizando oito. Depois de prontas, elas começaram e se interligar até formar uma cúpula por cima da cidade. A luz do sol não entrava mais. NADA entrava e NADA saía.

- Sejam bem-vindos ao meu reino! – Lysandre falou e então finalizou a ligação.

 

  Rose ofegava. Todas as lâmpadas explodiram, seus Pokemon se perderam no meio dos escombros e sua perna estava presa embaixo de uma pedra. Ela doía muito e a garota não acreditava que poderia sair dali.

  Durante o confronto dela com Charles, o tanque explodiu e se transformou em uma raiz. A princípio ela só subia, mas agora também descia e parecia já ter chego mais fundo do que qualquer humano. Ela fazia um barulho muito alto e constante, para ajudar ainda mais a policial.

  Charles conseguiu sair debaixo dos escombros que ele estava enfiado e se aproximou de Rose com um sorriso triunfante no rosto.

- Me diga policial... quem riu por último? – ele perguntou sarcástico.

  Antes que Rose pudesse responder algo como “Me mate logo” uma faísca de esperança surgiu logo atrás de seu adversário.

- Growlithe! – ela gritou reconhecendo o Pokemon.

  Ele correu até ela, que o abraçou como se sua vida dependesse daquilo.

- Achei que toda a sua equipe havia se perdido na explosão...

- Quem disse que esse é meu? – mesmo com toda a dor, Rose conseguiu sorrir.

  Uma barra de ferro surgiu acima da cabeça de Charles e então a acertou com força o suficiente para esmagá-la. O homem caiu no chão inconsciente e Looker deu um sorriso reconfortante para sua antiga aprendiz.

- Veja só onde você veio parar! – ele falou usando a barra de alavanca para tirar a pedra de cima da perna de Rose – Está... quebrada...

- Devo dizer que tenho sorte de ela ainda estar presa no meu corpo... – Rose falou com uma careta de dor.

- Vamos te tirar daí! – Looker tentou levantá-la, mas a perna estava presa à uma barra de ferro usada para sustentação do concreto.

  Ela deu um grito e então desmaiou por conta da dor. Looker com muito cuidado soltou a perna e então ergueu a garota com uma mão em seu pescoço e a outra por baixo de seus joelhos.

- Vamos Growlithe! Temos que sair logo daqui!

  O chão começou a rachar e as partes antes e depois da raiz se tornaram duas diferentes. Looker e seu Pokemon se apressaram para conseguir sair do armazém por uma entrada secreta que os levou para fora da cidade e direto para a rota. Ele a colocou no chão com muito cuidado em cima da grama e então olhou para a cidade.

- Meu Arceus...

  Rustboro estava coberta por uma cúpula feita de raízes e aos poucos a terra ia cedendo e a cidade ia se separando de Hoenn. Aquilo parecia muito surreal e ele achou que nunca iria ver algo tão estranho quando um grupo com mais de dez adolescentes, vários Pokemon e inclusive dois lendários surgiu ao lado dele.

  Eles faziam um alvoroço muito grande, ele ouviu vários nomes, como Astrid, Bonnie e Clemont, mas não deu atenção para eles, pois uma voz lhe era familiar.

- Tudo bem com você Serena? – um garoto perguntou.

- Huhum... só um pouco zonza... – a garota respondeu.

- Estão todos bem? – ele perguntou e todos confirmaram.

- Espera... essa voz... Ash? – ele olhou o garoto com atenção – Ash!

- Looker! – o garoto exclamou surpreso quando ouviu seu chamado – O que aconteceu aqui?

  Todos estavam olhando apreensivos para o que deveria ser a cidade.

- O que fizeram com esse lugar? – Gary perguntou em choque.

- É Lysandre! – Looker respondeu.

- Nós já sabemos! – Barry falou.

- Looker! – Leo correu até ele.

- Meu velho amigo, como é bom te ver! – o policial cumprimentou o treinador com um suspiro de alívio.

- O que houve com ela? – Cameron apontou para Rose.

- Huh... Rose... – o homem se aproximou dela e a observou preocupado – Ela tentou enfrentá-los no lugar errado...

- Eu posso ajudar! – Brock falou.

- Ótimo! – Ash falou – O Brock fica aqui, nós vamos entrar!

- Precisamos de um plano! – Latias falou.

- E eu já tenho um! – Leo respondeu – Absol, vamos salvar sua casa!

“Vou lhe dever isso para sempre... ” – o Pokemon falou baixando o rosto.

- Você já me deve muitas coisas, não precisa de mais uma para a lista!

- Ok Leo, o que vai ser? – Paul, Trip e Alan perguntaram ao mesmo tempo.

- Vocês vão entrar com o Absol e o Geleca. Procurem tirar o maior número de pessoas de dentro da cidade e trazê-las para a rota! O Brock pode cuidar dos feridos, mas se alguém ficar para ajudá-lo o processo vai mais rápido.

  Todos concordaram e começaram a se preparar. Looker observou tudo maravilhado.

- Onde está a Polícia Internacional? – Ash perguntou.

- Estão se aproximando! – o homem assegurou.

- Mas e você? – Angie perguntou para Leo.

- Eu e o Ash vamos fazer outra coisa! – ele olhou para o treinador e eles perceberam que estavam pensando a mesma coisa.

- Não temos tempo a perder! – Ash gritou.

  Todos começaram a correr de um lado para o outro, pegando bolsas, pokeball e outras coisas que caíram durante o teleporte. Serena antes de seguir seu grupo, passou os braços por cima do pescoço de Ash e o beijou.

- Se cuida idiota! – ela falou tremendo de medo.

- Não me obrigue a matar ninguém por sua causa Honeyhair! – ele falou tentando aliviar a tenção.

- Sabe... até que não é um apelido tão ruim... – ela o soltou e correu na direção dos outros.

  Latias se transformou em White e pôs uma mão no ombro do garoto.

- Fica tranquilo! – a loira disse – Não é ela que morre!

  Ash agradeceu, mas então arqueou as sobrancelhas.

- Como assim?

- Você vai ter que esperar... – a garota respondeu e se afastou um pouco.

- Looker, você vem? – Leo perguntou.

- Não... vou ficar com a Rose e o seu amigo esperando o batalhão chegar.

- Certo! Tomem cuidado! – ele disse e olhou para Ash – Não se preocupe com o que a White diz, ela é um pouco sem noção!

- Obrigado. – o outro respondeu.

  Ele então se virou e saiu correndo para o sentido oposto ao de seus amigos, junto de Leo, Chesnaught, Greninja, Pikachu e White.

- Vamos começar a cuidar de você... – Brock murmurou analisando a perna da policial.

“Ela é meio sem noção...” – Ash repassou a frase em sua cabeça – “Acho que não é esse o caso...”

 

 

  Continua...

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Se algo ficou confuso, me avisem por favor que eu explico!

Até a próxima!


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