1. Spirit Fanfics >
  2. Pokemon Indigo League - Volume I >
  3. Uma decisão a ser tomada!

História Pokemon Indigo League - Volume I - Uma decisão a ser tomada!


Escrita por: HaythamSness

Notas do Autor


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Atualização:
reescrita - 11/05/2017
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Voltei! Este capitulo é um pouco maior que o primeiro e eles terão em média esse tamanho.
Para não ficar confuso eu quero lhes explicar que esse trecho em itálico (a letra caída de lado) é flashback. Então sempre que estiver em itálico é lembrança de alguém.
Era só isso mesmo.
Boa leitura!

Capítulo 2 - Uma decisão a ser tomada!


Ash abriu os olhos se sentindo revigorado. A luz do sol entrava pela janela e inundava seu quarto. Ele sentou e encostou as costas na cabeceira da cama, o movimento assustou Pikachu, que dormia na ponta dela. Ele rolou um pouco para o meio do colchão e voltou a se enrolar e roncar como se nada tivesse acontecido.

Ash olhou ao redor para analisar seu quarto. Ele estava exatamente da mesma maneira que o garoto tinha deixado da última vez que saiu em jornada. Um Pidgey pousou em sua janela e soltou um pio estridente. Uma das orelhas de Pikachu se levantaram na direção do som e ele levantou a cabeça. Pequenas faíscas pulavam de sua bochecha.

- Calma amigão! – Ash riu e tocou a cabeça dele – É só um Pidgey!

Pikachu olhou para o treinador com a cabeça caída de lado para demonstrar que toda sua atenção estava nele. O garoto se espreguiçou e o Pokemon também. O Pidgey saiu voando.

Ash observou as próprias mãos durante alguns segundos e se perdeu na conversa do dia anterior.

Todos os cinco se sentaram à mesa com uma xícara de chá, Meyer e Delia se encaravam de maneira engraçada e um pouco assustadora ao mesmo tempo, como se eles pudessem começar a rir ou então a se estapear. Ash podia ver os olhos dos dois trocarem faíscas e aquilo começava a incomodar ele, Clemont e Bonnie. Ele abriu a boca para falar algo, mas sua mãe fez um movimento com a mão para que ele ficasse quieto.

Délia tomou um longo gole de chá, respirou fundo e abriu a boca para falar. Meyer tentou começar antes dela, mas a mulher repetiu o movimento que fez para Ash e ele se calou na hora.
- Nós nos conhecemos há dezesseis anos, dois anos antes de você nascer. – ela explicou – Quando nós nos conhecemos, Meyer era um aventureiro igual a vocês três. Ele veio da região de Hoenn, junto de seu inicial, um  Blaziken, atrás do professor Carvalho. Ele era quase invencível! Batalhou contra o pai de Brock, o líder do ginásio de Pewter na época e contra a mãe de Misty que cuidava do ginásio de Cerulean e derrotou os dois com muita facilidade, mesmo que seu Pokemon fosse de fogo. Ele demonstrava todo o seu poder para nós aqui de Pallet derrotando qualquer treinador que o desafiasse, mas aí...

- Aí eu conheci o Marlon... – Meyer a interrompeu, sua voz tinha um tom triste – Ele me derrotou muito fácil. Ele fez tudo o que eu fiz, com dez vezes mais de poder... Ele disse que vinha de Kalos, e falou para que eu visitasse a região dele para me tornar mais forte...

- Aí ele me abandonou e foi para lá sem nem pensar duas vezes! – foi a vez de Délia o interromper – Ele simplesmente foi embora e me largou aqui em Pallet! – a voz dela carregava algo que Ash nunca tinha ouvido da mãe, algo parecido com ódio.

- Me desculpa! – Meyer falou com pesar – Eu não sabia que era tão importante para vocês... eu não quis vir porque tive medo de encontrá-los ! Eu tive medo porque não sabia o que falariam de mim e aí você vem com isso...

Délia engoliu algo que os garotos pressuporam ser um palavrão.

Ash, Clemont e Bonnie avaliaram o que ouviram. Ash abriu a boca, mas reconsiderou o que ia falar e a fechou logo em seguida.

- Vamos ver... – Clemont começou. – Você chegou aqui, conheceu ela e o professor Carvalho, treinou muito, derrotou dois líderes de ginásio e desistiu na primeira derrota?

- Não! – o pai exclamou ofendido – Eu continuei tentando, mas ele era muito poderoso...

- Mas e depois? – Bonnie perguntou – Você foi para Kalos e parou de treinar? Desistiu?

- Nunca! – ele disse – Eu relaxei nos treinos, mas não parei em momento nenhum! Se tivesse não teria me tornado o Blaziken Mascarado! – ele falou o nome de sua identidade secreta com muito orgulho.

Delia afogou uma gargalhada.

- Blaziken Mascarado? – ela perguntou quase tendo um surto histérico de risada.

- Ele já me salvou mãe! – Ash o defendeu.

Ela lentamente parou de rir.

- Salvou?

- Sim, é uma história estranha. – ele falou – Logo que eu cheguei em Kalos a Equipe Rocket tentou pegar o Pikachu, quando eles não conseguiram, eles usaram um de seus aparelhos no Garchomp do professor Sycamore. Ele perdeu o controle e voou até o alto da torre Prisma, eu subi para ajudá-lo e consegui fazer ele voltar ao normal. Mas depois que tudo se acalmou um pedaço da torre se quebrou e Pikachu caiu, eu pulei atrás dele e o peguei mas continuamos caindo até que um Blaziken me salvou...

- Meu Blaziken! – Meyer enfatizou.

- Sim! E não foi só naquela vez. Houve várias outras depois também! – o garoto falou.

Delia se recompôs do susto da história e do surto histérico.

- Certo. Então, obrigada por tudo que fez pelo meu filho... – ela falou um pouco sem graça.

- Você vai me perdoar? – ele perguntou.

- Talvez! – ela falou virando o rosto.

E então riu. Ela se levantou da mesa, foi até o homem e o abraçou, fazendo todos da mesa ficarem vermelhos.

- Depois de tudo que fez pelo Ash, você está mais que perdoado! – ela disse com um sorriso amistoso e voltou para sua cadeira.

Depois disso eles se calaram para beber o chá, porém logo Delia percebeu algo e fez a pergunta que Ash mais queria evitar.

- Na ligação vocês eram quatro. Onde está a garota, qual era o nome dela... é... é... Serena! Onde ela está?

Ash mais uma vez se sentiu estranho. Bonnie já tinha percebido aquilo da outra vez que ela falou sobre a amiga e de quando eles passaram pela escada onde Serena tinha feito aquela coisa. A garota abafou um risinho com um grande gole de chá e então ajudou Ash em seu desespero.
- Ela foi para Hoenn! – ela disse – A Serena quer virar uma coordenadora tão boa quanto o Ash é como treinador!

- Que legal! – Delia exclamou – Que nem a May e a Dawn não é filho?

- Sim... – Ash disse sentindo seu ânimo baixar.

- Quem são May e Dawn? – Clemont perguntou para Ash sem fazer som com a boca.

Ash fez um movimento discreto para indicar que depois explicaria. Eles ficaram mais algum tempo ali, bebendo em silêncio até que ele colocou sua xícara vazia na mesa.

- Estou satisfeito e com sono, quem se junta a mim?

Clemont indicou com a cabeça que estava do mesmo jeito e Bonnie perguntou o que ele tinha falado. Era o suficiente.

Eles se levantaram e arrumaram tudo com a ajuda de Mr. Mime. Délia arrumou uma cama improvisada para os Pokemon, que comeram durante toda a conversa, enquanto Ash colocava os três no quarto de hóspedes. Ele desejou boa noite a todos e foi para o próprio quarto seguido por Pikachu.

 

  Ash riu, mesmo que a história dos adultos fosse um pouco trágica. Ele lembrou que enquanto ia para seu quarto, sua mãe perguntou sobre seus outros dois Pokemon. Ele explicou sobre Goodra e Greninja e disse que eles precisaram ficar lá. Só não disse o porquê.

Ele jogou a coberta para o lado e se levantou. Pikachu também desceu da cama e foi na direção da janela para procurar pelo Pidgey. O garoto pegou seu relógio de Poke Ball que havia sido concertado e sorriu enquanto dava corda nele.

- Eu nunca acordo mesmo... – ele o colocou na cabeceira e foi na direção do armário.

Lá havia todas as roupas que ele já usou em jornada, algumas de ficar em casa durante o dia, algumas para dormir e um conjunto novo de roupas, uma calça preta, uma blusa também preta e uma jaqueta de zíper, de manga curta e gola alta vermelha. Ele pôs a roupa e seu par de tênis que usou durante a jornada em Kalos, que ainda estavam em boas condições então podiam ser usados. Ele abriu outra parte de seu armário onde havia quatro bonés pendurados, ele olhou para sua escrivaninha onde estava o quinto. Fechou o armário, esticou o braço para que Pikachu subisse nele e saiu do quarto sem colocar nenhum.

Enquanto andava pelo corredor percebeu que esqueceu de pedir para Meyer e sua mãe mais detalhes sobre Marlon. Se tinha um treinador poderoso daquele jeito ele queria enfrentá-lo.
- Vou fazer isso durante o café. – o garoto disse para seu Pokemon.


  Enquanto descia as escadas ele sentiu um cheiro doce familiar. Ele sabia que conhecia e sabia que adorava, mas não sabia dizer ao certo qual era o doce. Quando terminou de descer as escadas viu Meyer, Clemont e sua mãe sentados na mesa e Bonnie junto dos Pokemon segurando uma cesta cheia de...

- Macarrons! – ele disse baixinho.

A sensação estranha tomou ele de novo.

Os quatro finalmente perceberam ele ali. Bonnie esticou a cesta para ele.


- Serena deixou isso comigo! Eu esqueci de entregar. – a garota deu um sorriso sem graça e Ash pegou um macarron.

- Tudo bem. – ele disse após engolir – Ainda estão deliciosos!

Os dois se sentaram na mesa e os outros puderam comer os doces também.

- Nossa que gostoso esse doce! – Délia exclamou – Algum de vocês tem a receita?

- Não, só a Serena. – Clemont falou.

- Dá próxima vez que estiverem com ela peçam a receita para mim por favor! – a mulher implorou.
- Eu já estava pensando em ir para Hoenn mesmo! – Ash falou por impulso.

- O que? – todos olharam para ele e Clemont engasgou com um pedaço do doce.

- Brincadeira gente! – ele disse percebendo o que tinha dito – “Embora seja uma possibilidade” – ele pensou.

Eles continuaram conversando enquanto terminavam o café. Délia contou que Brock havia conseguido se tornar o Breeder que tanto queria e abandonou a carreira de médico. Por fim Ash pediu licença e se levantou. Os Pokemon ainda estavam comendo, não era a ração que Clemont costumava fazer para eles mas a que a Délia fazia para Pikachu, todos estavam adorando e Pikachu quase tinha um ataque de felicidade por estar comendo aquela comida novamente. Ele fez carinho na cabeça de Noivern, acariciou as asas de Talonflame e fez um “toca aqui” com Hawlucha. Chespin tentou roubar um pouco da vasilha de Hawlucha, mas Luxray o ergueu pela cabeça com sua boca e o colocou de frente para sua vasilha de novo, depois rosnou algo que poderia ser um “Come a sua comida e não enche! ”. Todos riram.

- Vamos pessoal! – ele disse animado – Temos que ir ver o professor Carvalho!

Pikachu subiu em seu ombro, ele abriu a porta e os três Pokemon saíram da casa seguidos pelos de Clemont e também Dedenne, que pulava alegremente. Por instinto Ash olhou para trás e começou a falar.

- Vamos lá Gre... ninja... – seu sorriso desapareceu.

- Droga... – Clemont suspirou.

Bonnie e Meyer fizeram expressões preocupadas.

- Filho? – Délia se levantou e foi até ele – Você está bem?

- Estou mãe, eu só... eu só tenho que me acostumar com a falta dele.

- Você ainda não me explicou o que esse Greninja tem de tão especial para você. Ele era um Pokemon seu, é claro que você vai ficar triste por ter deixado ele ir, mas você nunca ficou desse jeito! – a mãe falou.

- Não é algo fácil de se explicar. – o garoto falou muito desanimado – Um dia eu vou reencontrar ele e eu vou te mostrar ok?

A mãe fez uma careta.

- Está certo! Agora eu acho melhor irem logo para o laboratório. – ela disse.

- Vamos logo Ash! – Bonnie, impaciente, já estava parada na porta.

- Certo, eu estou indo. – ele disse um pouco mais animado com a possibilidade de conseguir um Pokemon para a garota.

“Greninja e Serena... ” – Bonnie pensou – “Coitado... ”

Eles saíram de casa com seus Pokemon correndo ou voando pouco atrás e Clemont ofegando muito atrás.

- Esperem por mim! Por favor, vocês têm que correr até aqui? – o garoto resmungou quando Ash e Bonnie viraram a terceira rua, sumindo do campo de visão dele.

Os dois riram e diminuíram o ritmo da corrida.

- Não é estranho que sua mãe tenha conhecido o nosso pai antes até de nós nascermos? – Clemont perguntou.

- É engraçado... nós vemos com isso que o mundo pode ser muito pequeno! – Ash falou.

Ele foi apontando para os dois, vários lugares que ele conhecia e eram importantes para ele, enquanto seguiam para seu destino.

Por fim, os dois pararam na porta do laboratório e esperaram Clemont chegar.

“Droga esqueci de perguntar sobre aquele cara!” – Ash pensou enquanto o amigo se aproximava – “Depois eu vejo isso.”

 

  Eles entraram na construção e foram surpreendidos por um imenso Charizard, ele fechou o caminho de Ash e o agarrou tirando o garoto do chão em um abraço.

- Ei, calma amigão! Eu estou aqui! Calma! – Ash disse rindo enquanto acariciava a cabeça de seu Pokemon.

- Você... você tem um Charizard! – Clemont gaguejou.

- Sim... foi um dos meus primeiros Pokemon e é o mais leal a mim... – Ash disse – Ele teria uma concorrência muito forte caso Greninja ainda estivesse comigo, mas já que não é o caso...

Bonnie olhava ao redor, ele não era o único lá dentro, haviam vários outros e a maioria era muito fofa aos olhos da garotinha.

- Aí meu Arceus, olha só Dedenne! – ela tirou o Pokemon da bolsa e o aproximou de Bayleef.

Os dois Pokemon se cheiraram e Dedenne deixou pular algumas faíscas de suas bochechas.

- Leef! – a Pokemon sorriu.

- Esta é minha Bayleef! – Ash passou a mão na cabeça dela e ela enrolou suas vinhas em seu braço – Ela é muito carinhosa e protetora! Se tem algum Pokemon aqui que vai se dar bem com você, é ela!

Ash se desvencilhou carinhosamente da Pokemon e foi mexer com outros, enquanto Bonnie e Dedenne brincavam com ela.

- Então vocês chegaram! – o professor Carvalho surgiu de um canto do laboratório.

- Professor! – Ash exclamou – Não tinha visto você aqui!

- Eu moro aqui! Onde mais eu estaria? – ele falou.

- Tem razão! – Ash riu e abraçou o amigo décadas mais velho.

Ash perguntou ao professor, depois de apresentar seus amigos, onde estava Brock, já que o garoto tinha pressuposto que ele estaria lá ajudando nas pesquisas.

- Ele estaria aqui sim, porém ouve um problema em Hoenn, lá em Rustboro e Roxanne pediu a ajuda dele.

- Problema? – Clemont perguntou.

- É, ao que parece um casal de Pokemon está causando problemas em um túnel, impedindo as pessoas de usarem ele para se mover entre as cidades.

- Você tem alguma ideia de quando ele volta? – Ash perguntou.

- Essa semana ainda, por quê?

- Curiosidade! Estou querendo falar com ele... já faz um ano que não nos vemos...

O professor assentiu com a cabeça e encarou os três Pokemon que ele trouxe de Kalos.

– Mas e você Ash? Como se saiu em Kalos?

Ash ficou sério. Ele olhou para Clemont e então disse.

- Bonnie, quer ir ver meus outros Pokemon?

- Siiim! – a garota gritou animada.

- Clemont, você vai junto com ela? – o moreno perguntou.

Clemont entendeu o que iria acontecer ali e então concordou.

- Certo, vamos lá Bonnie! – os dois saíram do laboratório em direção ao campo onde os Pokemon ficavam.

Ash olhou um pouco triste para o professor.

- Foi muito bom em Kalos! Mesmo que eu não tenha ganhado a liga eu sinto que esse dia está cada vez mais perto. Eu tenho novos amigos maravilhosos e novos Pokemon muito poderosos. Alguns deles ficaram lá mas um dia eles vão voltar e eu vou lutar com eles de novo. Mas agora eu não quero falar sobre isso. – Ash disse – Eu quero conversar com você sobre algo um pouco mais importante do que o meu avanço em Kalos.

- Mais importante que seu avanço em Kalos? – ele repetiu em tom de pergunta.

- Sim. É sobre a Bonnie... ela decidiu que quer se tornar uma treinadora mais forte do que eu e mais forte do que seu irmão. Porém o Pokemon que ela tem não vai poder fazer tudo o que ela quer. – ele parou para o homem compreender – Eu quero que você dê um inicial para ela. Por favor professor! – o menino implorou.

- Eu não sei... quantos anos ela tem? – o homem mais velho indagou.

- Ela tem oito, mas vai fazer nove mês que vem. Mesmo que ela não esteja na idade que pode se tornar um treinador ela tem capacidade! Ela cuida do Dedenne e de todos os meus Pokemon e os do irmão dela também. – e então ele baixou o tom da voz e se aproximou do professor sussurrando – Ela já cuidou até de um lendário!

- Um lendário? – o professor exclamou surpreso.

- Sim, se não fosse por ela não teríamos conseguido parar a Equipe Flare.

O professor pensou durante alguns segundos. Seus olhos denunciavam algo parecido com respeito.

- Está certo, eu vou dar a ela um inicial. Mas só depois que ela fizer nove anos!

- Muito obrigado professor! Muito mesmo! – o garoto quase gritou.

 

  Bonnie não conseguia se decidir quem era mais fofo. Eram tantos Pokemon que ela estava ficando tonta de tanto mexer a cabeça para olhá-los.

- Aí meu Arceus! Aí meu Arceus! Eles são tão fofos! – a garota exclamou.

Clemont avaliava Sceptile com entusiasmo.

- A sua cauda é bem grande! Maior que a do Sceptile do Sawyer! Você pode me mostrar um golpe que você sabe?

- Sceptile! – o Pokemon grunhiu e então soltou um DRAGON PULSE para o alto.

- Uau! – Clemont exclamou maravilhado.

- Wow! Amigão, isso é novo! – Ash se aproximou junto do professor. O Pokemon avançou em sua direção e o abraçou.

Clemont olhou ao redor vendo todos os Pokemon do Ash.

- Você tem vários Pokemon que podem Mega Evoluir. – o inventor falou – Por que não tentamos fazer com algum?

- Mega Evoluir? – o professor indagou.

- É algo que alguns Pokemon conseguem fazer se eles tiverem uma pedra especial. – Ash falou – Sceptile pode, Charizard, Garchomp e vários outros.

- Eu vou... eu vou estudar sobre isso! – o professor falou – Agora eu acho melhor apresentar seus novos amigos para os antigos!

- Tem razão! – ele correu para dentro do laboratório e voltou com os três – Noivern, Talonflame, Hawlucha... apresento-lhes... a família!

Os antigos Pokemon fizeram uma roda envolta dos novos para poder conhecê-los e logo, eles já haviam se enturmado.

 

  Delia e Meyer tinham ficado em casa. Ela lavava a louça enquanto ele tentava guardar, mas ele era parado o tempo todo por Mr. Mime que trocava tudo que ele tinha guardado de lugar. Ele então parou e se encostou no armário.

- Olha, eu era jovem e idiota, se fosse hoje eu não faria isso! – ele disse.

- Por que você está falando isso? Eu já te perdoei! – ela respondeu.

- Você falou isso ontem, mas ainda está com raiva de alguma coisa...

- Não é de você que eu estou com raiva... você disse que era jovem e idiota, mas todos nós éramos! Eu não teria feito várias coisas que fiz se fosse hoje em dia... não teria te ajudado...

Ela secava um prato com tanta raiva que quase o quebrou.

- E principalmente! Não teria me casado com o Marlon... – ela parou de repente.

- O que? – Meyer indagou – Você se casou... com o Marlon? Ele... – ele deu um passo para frente e sussurrou – Ele é o pai do Ash?

- Olha aqui Meyer! – Delia se virou para o homem e apontou um dedo para ele – Você fique calado e não fale nada para o Ash está me ouvindo?

Os dois ouviram passos e algumas risadas se aproximando.

- Mãe! Nós voltamos! – Ash falou ao entrar na casa.

Os dois tinham voltado a se comportar normalmente e a mulher abraçou o filho.

- Eu não acredito! – o professor exclamou – Meyer?!

- Professor Carvalho! – os dois se abraçaram e Meyer suspirou aliviado pelo professor não estar bravo com ele – Há quanto tempo velho homem!

- Você mudou! Está maior e mais barbudo!

- E sua barba está toda branca!

Os dois riram.

- É meu amigo. A idade chega para todos nós! – o homem mais velho falou.

Delia pigarreou.

- O jantar está pronto!

 

Eles comiam alegremente enquanto conversavam.

- Nossa tia Delia, a comida está uma delícia mas se tivesse avisado eu tinha ficado para ajudar! – Clemont falou.

- Você cozinha? – ela perguntou surpresa.

- É um cozinheiro de mão cheia! – Ash disse.

- Eu acho até que ele tinha que mudar de profissão. As invenções dele acabam sempre explodindo! – Bonnie disse enchendo a boca.

Uma gota de suor escorreu pela cabeça do loiro. Todos riram, incluindo ele.
- Mas então Ash, – o professor começou – já decidiu o que vai fazer agora?

Ash descansou o garfo e coçou a bochecha.

- Na verdade ainda não! – ele admitiu – Não sei se vou para uma nova região ou se tento de novo uma liga que eu já participei...

- Existe uma região, você já deve ter ouvido falar. – Carvalho disse – Ela se chama Alola. Lá tem uma escola que ensina os treinadores a usarem uma habilidade especial chamada Z-move. Seria útil para você.

- Duvido que ele precise disso, o Ash consegue fazer uma coisa que mais ninguém pode! – Bonnie exclamou.

- Bonnie! O Ash não quer que fale sobre isso! – Clemont gritou com ela.

- Do que ela está falando filho? – a mulher olhou para ele, o garoto fez uma expressão que misturava dor e tristeza – É sobre o Greninja?

- ...

A mulher entendeu o silêncio com um sim, balançou a cabeça e encerrou o assunto.

- Desculpe Ash! – Bonnie disse baixinho.

- Tudo bem, eu sei que não foi por querer.

- Está certo, Z-move não. – o professor Carvalho continuou – Então que tal participar da Liga Indigo de novo? Ela só vai acontecer no próximo dezembro, ainda tem quatorze meses e esses últimos dias de outubro para ela começar.

- Eu acho que é tempo mais que o suficiente para pegar todas as insígnias! – Meyer falou.

- Afinal de contas, Alan pegou elas em apenas alguns dias. – Ash falou ficando animado – Então está certo! Eu vou participar da Liga Indigo de novo e não importa quem me desafie, eu vou vencer!

Todos sorriram.

- Então... Nós podemos viajar de novo com você? – Clemont perguntou, Bonnie ao seu lado com um sorriso que ia de orelha a orelha.

- Claro! – Ash falou sorrindo também – Alias, mãe você pode ligar para a Misty amanhã? Ela vai gostar de ouvir isso!

- Claro. – ela respondeu.

Eles terminaram de comer e se levantaram para arrumar a mesa. Depois que terminaram o professor se despediu e foi embora. Eles começaram a se preparar para dormir.

- Então, quem são May e Dawn? – Clemont perguntou para Ash enquanto os outros estavam ocupados.

- Você lembrou disso? – Ash riu – São amigas minhas. May é de Hoenn e Dawn é de Sinnoh. Elas são coordenadoras famosas.

- Você acha que a Serena pode conhecer alguma delas?

- Tenho certeza! Serena é muito habilidosa, ela e as duas vão acabar disputando o lugar de melhor coordenadora algum dia!

- E quem você espera que vença? – Clemont perguntou.

Aquilo colocou Ash em uma situação complicada. Até aquele momento ele conseguiu falar sobre a amiga de maneira normal, mas aquela pergunta fez a estranha sensação tomar sua cabeça mais uma vez.

- A melhor! – ele falou sorrindo – A melhor...

Todos terminaram de se ajeitar e Ash foi em direção às escadas, mas parou poucos degraus antes de chegar no segundo andar.

- Mãe, posso te pedir mais uma coisa? – ela balançou a cabeça em positivo – Você poderia pegar pra mim o álbum de fotos do acampamento?

- O do professor Carvalho? Aquele que você foi quando tinha oito anos?

- Esse mesmo!

- Tá! Eu vou procurar, só que pode demorar um pouco porque eu não faço ideia de onde ele esteja e deve estar por baixo de muita coisa. – ela falou – Posso saber o que você quer com ele?

- Primeiro eu tenho que saber se está nele! Não se apresse em achá-lo, eu posso esperar. – ele mandou um beijo para a mãe, um boa noite para os amigos e foi para o quarto.

Ele deitou em sua cama onde Pikachu já estava há muito tempo em um sono muito pesado. Ele ergueu suas cinco pokebolas. Agora todas estavam vazias.

- E nossa jornada recomeça amigão... só você e eu mais uma vez! – ele pensou no que falou e riu – Mas não por muito tempo...

 

No primeiro andar da casa Bonnie estava deitada se sentindo mal.

- O que foi Bonnie? – seu irmão perguntou.

- Eu deixei o Ash triste, aliás foi só isso o que eu fiz para ele esses dois dias... – a garota respondeu.

- Eu não acredito que isso seja verdade. – seu pai falou.

- Mas é! – ela olhou para ele – Agora eu falei do Greninja, mas antes eu falei da Serena e até dei doces feitos por ela para ele...

Os dois olharam para ela com cara de interrogação.

- O que tem a Serena? – Meyer perguntou.

- Não pai. A pergunta é: o que o Ash tem com a Serena? – Clemont corrigiu.

- Vocês ainda não perceberam? Vocês dois realmente não perceberam as mudanças de humor dele? – Bonnie perguntou conseguindo rir, ela se virou para o canto e antes de adormecer falou – Vão morrer solteiros desse jeito!

 

 

E a jornada continua...

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo, vou publicar dois por semana, então sábado tem mais um!
Até mais!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...