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História Pokemon Indigo League - Volume I - Os planos da Equipe Rocket. O pesadelo de Ash!


Escrita por: HaythamSness

Notas do Autor


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Atualização:
reescrito -04/07/2017-
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Alola pessoal! Eu estou de volta!
Bom... esse capitulo ficou muito grande, mesmo depois de ter resumido e tirado vários diálogos.
Eu não sei se vocês gostam de capítulos grandes ou pequenos, então vou tentar manter sempre um meio termo :P
É isso!

Boa leitura!

Capítulo 21 - Os planos da Equipe Rocket. O pesadelo de Ash!


  Lysandre e Colress entraram no escritório de Giovanni e se sentaram nas cadeiras de frente para sua mesa.

- Então meus Tenentes, o que tem a declarar sobre a expedição em Kalos?

- Foi um sucesso! – Lysandre tirou uma ultraball de seu terno e a colocou na mesa entre eles – Porém ele se recusa a nos obedecer...

- Isso não será um problema. – Giovanni falou pegando um tablet de dentro de uma gaveta e o entregando à Colress – Aqui você pode ver informações sobre sua nova expedição.

- Sinnoh? – ele indagou – O que tem de tão interessante lá?

- Está tudo aí, basta ler. – o outro respondeu apontando para o aparelho.

- E o que eu irei fazer? – Lysandre perguntou.

- Você irá para Hoenn, quero que armazene Energia Primal. – Giovanni entregou um outro tablet para ele.

- O que é essa Energia Primal? – Colress perguntou – Eu ouvi o senhor falar sobre isso com o Lysandre várias vezes, mas não sei sobre o que se trata.

- Essa energia é muito parecida com a Mega. – Lysandre explicou – Na verdade ela é mais antiga que a Mega, porque vem de Rayquaza, mas na prática é a mesma coisa.

- Eu ouvi por aí que muitos aqui da base acham que quando eu fui para Hoenn no ano passado era apenas para lutar contra aquele garoto. – Giovanni falou quase que mudando de assunto, apoiando os cotovelos na mesa e então o rosto em seus dedos entrelaçados – Acontece que, assim eu acho, a presença dele lá foi uma mera coincidência que eu tentei aproveitar e acabei falhando. Meu objetivo real, era absorver a quantidade absurda de Energia Primal que o solo de Hoenn armazena, utilizando Zygarde, para poder despertar o real poder dentro dele.

- Você ia tentar Mega Evoluir aquela coisa? – Colress falou se referindo ao lendário – Até onde nós sabemos ele não tem uma Mega Evolução!

- Esta é a grande diferença entre a Mega e a Primal. – o outro falou – Lysandre estudava a Mega Evolução, mas eu acredito que você não conhece todas as suas propriedades. 

  Colress balançou a cabeça em negativo.

- Senhor, se me permite dar uma sugestão, conte para ele a história de origem. Garanto que será... esclarecedora!

- Pois bem... – Giovanni apertou um botão sobre sua mesa duas vezes e uma foto aérea de Hoenn surgiu no telão atrás dele – Quando este mundo estava sendo criado, o Pokemon Alpha, também conhecido como Arceus, designou Groundon para criar a Pangeia e Kyogre para criar a Pantalassa e eles fizeram isso de maneira perfeita de forma que o mundo se manteve daquele jeito durante muito tempo. Porém houve um dia, se é que se chamava assim, que os dois titãs entraram em conflito e geraram uma grande cadeia de catástrofes, entre elas a divisão da Pangeia, o que enfureceu Arceus. Porém ele estava exausto por causa da criação dos lendários e não poderia lutar, então ele uniu seu poder com Mew e criou um Pokemon para fazer isso por ele. Esse Pokemon chegou na terra na forma de um enorme cristal que quando entrou em contato com a atmosfera ele começou a rachar e então seus pedaços caíram na terra se estilhaçando em milhões de pedaços ainda menores. Quando todos os cristais caíram de seu corpo, Rayquaza despertou e com a ajuda de mais dois Pokemon que tinham vindo cristalizados junto dele, sendo esses Latios e Latias, ele pôs Groundon e Kyogre para dormir durante muito tempo.

- Essa é a história da criação que as crianças escutam em escolas. – Colress falou – Mas se bem que eu nunca ouvi falar sobre os cristais!

- É nessa parte eu começa a ficar interessante. – Lysandre disse sem demonstrar verdadeira animação.

- Quanto aos cristais eu não te culpo. Lysandre também demorou um pouco para ligar os pontos. – Giovanni disse – Para resumir, foi a Equipe Rocket que os descobriu durante algumas pesquisas!

- Certo, então esses cristais eram uma espécie de Mega Pedra? – Colress perguntou.

- Não. A função era parecida, porém bem menos útil. Os cristais que caíram de Rayquaza só serviam para ser usados pelo próprio Pokemon, caso fosse necessário uma medida mais drástica. Acontece que o cristal original se despedaçou em grandes pedaços e depois em milhões de cacos e se perderam talvez para sempre, mas outros pedaços fizeram o contrário, eles se cravaram no chão e lá ficaram, intactos até que os dois lendários começassem sua hibernação. Seus corpos foram petrificados e enterrados por Rayquaza onde hoje é a região de Hoenn – Giovanni apontou para o mapa atrás dele as duas localizações exatas dos “sepultamentos” – e durante muito tempo eles ficaram por lá. Porém eles não haviam desistido, eles absorveram a energia desses cristais que não tinham quebrado até que eles se tornassem inúteis, pois seu poder já havia se extinguido. Quando os dois conseguiram energia o suficiente, eles despertaram e assumiram uma forma que hoje é conhecida como Primal, que na verdade deveria ter sido incorporada por Rayquaza. Mais uma vez Groundon e Kyogre batalharam para decidir quem era o mais forte, gerando mais uma enorme cadeia de catástrofes e mais uma vez Rayquaza interferiu. Arceus, vendo que a ameaça era maior enviou Regigigas, um poderoso lendário que se dividiu em três para enfrentar os adversários, enquanto Latios e Latias juntos de Rayquaza usaram a energia de um cristal que eles tinham guardado para si para também atingir a forma Primal. Os três Regis subjugaram Groundon ao mesmo tempo que os gêmeos derrotavam Kyogre para que Rayquaza pudesse petrificá-los e enterrá-los sob o solo de Hoenn mais uma vez.

  Colress e Lysandre ouviram com atenção até àquele ponto – mesmo que Lysandre já soubesse tudo – onde Giovanni parou de falar e os encarou esperando alguma pergunta, mas Lysandre, sem paciência, simplesmente explicou a situação.

- A Energia Primal absorvida pelos dois foi liberada no solo e na água e deixou de ser exclusiva de Rayquaza por causa dos outros dois. – Lysandre falou e Colress acenou com a cabeça, indicando que estava entendendo – Se Zygarde plantar suas raízes em Hoenn e sugar essa energia ele poderá assumir uma forma Primal. – o outro acenou de novo.

- É exatamente isso. – Giovanni confirmou – A energia usada pelos lendários está espalhada por toda Hoenn, por isso o Megalith da Flare tinha tanto poder, ele era um dos cristais que caiu de Rayquaza no início. Se conseguirmos absorver essa energia do solo de Hoenn poderemos tornar o nosso Zygarde um dos lendários mais poderosos da criação!

- E se juntarmos os dois núcleos... – Lysandre começou a falar.

- Nem Arceus poderá nos parar! – Colress terminou – Isso é... perfeito!

- Os Pokemon serão livres dos humanos do jeito que a Equipe Plasma quis e o planeta irá se tornar o paraíso que a Equipe Flare sonhou! – Giovanni falou – Só os mais fortes sobreviverão por conta própria e os outros irão precisar se abrigar conosco, transformando a Equipe Rocket na organização responsável por controlar o mundo! Todas as nossas metas serão atingidas!

- Se Zygarde vai se tornar tão poderoso para que serve este? – Colress apontou para a ultraball na mesa.

- Arceus sozinho não poderá nos parar, mas acredite quando eu digo que ele tem reforços! Porém com este aqui, nenhum será o suficiente! – Giovanni disse.

- Eu não entendo. O que o senhor quer com Arceus? – Colress perguntou confuso.

- Não quero nada, mas nós vamos encontrar resistência por parte dos humanos e dos Pokemon quando tentarmos tomar o mundo. Talvez uma vinda direta do criador. Nós precisaremos ter poder para enfrenta-lo e subjuga-lo!

  O Segundo Tenente pensou durante alguns segundos.

- Devo me preparar para a expedição em Sinnoh? – ele perguntou por fim.

- Não. Não iremos agora, eu acho melhor esperarmos os resultados de Hoenn. Sendo assim é melhor que Lysandre vá se preparar.

- Eu posso levar um destacamento da Equipe Rocket junto? – o Primeiro Tenente perguntou.

- Eu pensei que fosse querer levar os seus homens da Equipe Flare que libertamos da Polícia Internacional...

  Lysandre arregalou os olhos um pouco surpreso.

- Muito obrigado General! – ele agradeceu se levantando da cadeira pronto para sair do escritório.

- Eu tenho alguns testes para fazer com Zygarde antes que Lysandre possa levá-lo para uma missão. – Colress disse também se levantando – Ele está um pouco instável e o projeto da máquina de Xerosic estava incompleto, então pode haver falhas. Se ao menos ele tivesse se juntado a nós...

- Seja rápido com os testes e garanta que nada poderá fazer o Zygarde sair do controle dele! Não precisamos do apoio do Xerosic, ele abandonou nosso ideal e não será poupado quando a hora chegar! – o general falou

- Certo! Tentarei ser o mais rápido possível, mas para garantir total sucesso pode levar até uma semana.

- Apenas faça o mais rápido que você puder. – Giovanni pediu.

  Os dois Tenentes bateram continência e saíram do escritório.

- Vamos deixar o mundo aos nossos pés! – Giovanni falou pegando a ultraball – E você será o principal responsável por limpar este mundo das pessoas que querem me parar! Será um dos principais responsáveis pelo meu triunfo!

 

  Três horas antes da reunião da Equipe Rocket, Ash acordou com o rosto muito suado e a respiração muito ofegante.

- De novo... – ele enterrou a cabeça entre as mãos, já era a segunda noite que ele tinha o mesmo pesadelo – Se o Leo estivesse aqui talvez ele soubesse explicar essa visão... isso não importa agora!

  Ele saiu da cama e foi até a janela. O céu ainda estava escuro, mas logo iria amanhecer e todas as estrelas desapareceriam. Nas outras duas camas do quarto dormiam Clemont e Brock. Ele achou melhor não incomodar eles, então silenciosamente pegou suas roupas e se trocou, para depois descer os vários lances de escada da casa de Misty e então sair.

  Ele se sentou no chão gramado e ficou observando o céu que aos poucos ia clareando.

- O que aquilo quer dizer? – ele se perguntou.

- Falando sozinho? – Misty estava encostada na porta olhando para ele.

- Eu acho... – ele deu de ombros se perguntando quando ela chegou ali.

- Não pode me falar sobre o que está te incomodando?

- É complicado e eu não sei explicar de uma forma fácil. E ainda tem a sua reação...

- Minha?

- É... você pode começar a rir e falar que eu estou ficando neurótico ou então pode sair correndo como se eu fosse um Golem usando SELF-DESTRUCT.

  Misty deu uma risada.

- Um Caterpie é mais perigoso que você! – ela falou sentando ao lado dele – Pode falar, eu não vou sair correndo!

  Ash não queria falar sobre aquilo e estava decidido disso.

- Quando eu entender o que é isso eu te falo. Juro!

  A garota não gostou, mas percebeu que insistir não adiantaria de nada.

- E aliás, eu vou fazer você pagar sobre isso que você falou do Caterpie! – ele falou cutucando ela.

  Ela começou a rir e se debateu para que ele parasse de lhe fazer cócegas.

- Eu estou esperando nosso duelo! – ela deu um soco no braço dele – Não pense que vai ser fácil como o do Brock!

- Você acha que aquilo foi fácil? – ele deu uma risada.

- Você entendeu! – ela deu outro soco no braço dele.

- Ai! Certo, vamos voltar para dentro. Temos que dormir mais um pouco. – ele falou e a garota concordou com a cabeça.

  Eles subiram as escadas e antes de ir para o quarto de hóspedes que ele havia dormido ele passou pelo de Misty onde tinham sido colocadas mais duas camas. Ele colocou a cabeça para dentro e ficou olhando para Serena durante alguns segundos. Na terceira cama quem estava dormindo era Bonnie. Ele estava agarrada com todos os seus Pokemon e como normalmente, estava muito fofa, mas quando Ash olhou para ela, antes de sair do quarto, ele sentiu uma sensação estranha. Ele então olhou para Serena de novo e sentiu isso com mais intensidade, mas quando olhou para Misty ela parou. Ele franziu a testa sem entender o que estava acontecendo.

- Deixe sua namorada dormir em paz! – Misty cochichou empurrando-o para fora e fechando a porta.

  Ele ficou parado ali sem entender nada. Não era uma sensação ruim, mas também não era totalmente boa. Era como se os três compartilhassem uma tragédia em comum. Ele pensou no pesadelo e se ele teria alguma coisa haver com as duas, mas antes que chegasse a qualquer conclusão, suas pálpebras pesaram de sono e ele decidiu voltar para o quarto.

 

    Ele não demorou muito para acordar de novo. Ele se sentou aliviado por não ter tido o pesadelo mais uma vez.

- Você está acabado! – Brock falou olhando para o rosto dele.

- Parece que você não dormiu a noite inteira. – Clemont disse completando o comentário do outro.

  Os dois estavam sentados em suas camas mexendo em suas bolsas.

- Quando você se trocou? – Brock perguntou ao notar a roupa que o garoto vestia.

  Ash olhou no relógio.

- Faz umas quatro horas...

  Eles desceram as escadas e foram em direção à cozinha. A enorme mesa estava vazia exceto por Misty e Serena e as duas conversavam quando Ash chegou.

- Bom dia! – ele disse para as duas.

  Ele beijou a namorada e então puxou uma cadeira para perto dela para se sentar.

- Bom dia! – as duas responderam para Ash e os outros dois que também já estavam sentados.

  Ash encarou Serena, mas a sensação não voltou, ele percebeu que ela estava usando seu moletom roxo de dormir e a saia vermelha que usava quando eles começaram a viajem, além do laço rosa no cabelo.

- Sua roupa... – ele começou a dizer um pouco sonolento.

- O que que tem? Elas não combinam? – ela perguntou preocupada.

- Não! – ele se apressou em dizer – Elas não combinam, eu achei isso engraçado, mas... – ele baixou o tom de voz para um murmúrio – Você está fofa!

- Obrigada! – Serena o beijou.

- Own! – Misty disse olhando os dois – Vocês formam um casal perfeito, mas eu odeio vocês!

  Os cinco riram.

- Tem uma loja de roupa muito boa lá no centro. Se quiser eu te levo lá depois para você comprar algumas novas. Eu percebi que não trouxe muita coisa de Hoenn. – ela falou para Serena.

- Eu acho que não precisa. Estou bem assim! – ela respondeu sorrindo e então se abaixou para pegar algo embaixo da mesa quando viu Gary passar pela porta.

- Honeyhair o que... – ele tentou provocar a garota, mas foi jogado no chão após seu rosto ser atingido por uma frigideira.

- Dá onde isso saiu? – Ash perguntou assustado caindo para trás.

- Ela já estava esperando... – Misty falou engasgando uma risada – Ontem à noite enquanto conversávamos, o Gary veio irritar e a Serena jurou acertar a cara dele como uma frigideira toda vez que ele a chamasse de “Honeyhair”!

- Minha testa! – o garoto se sentou massageando a cabeça.

  Serena deu uma risada psicopata.

- Eu te avisei! – ela falou saindo de sua cadeira para recuperar a frigideira.

- Vou pegar gelo... – Ash disse se levantando também.

  Aos poucos todos chegaram e se sentaram para tomar o café da manhã.

- O que vamos fazer hoje? – Astrid perguntou depois que ela terminou de comer.

- Eu quero passar no PokeCenter para conversar com o professor Sycamore. – Ash falou engolindo seu último Macarron.

- Eu acho que seria bom darmos uma treinada lá na praia. – Sawyer falou e todos concordaram com ele.

- É um lugar bem calmo e quase ninguém vai para lá. – Gary falou segurando um saco de gelo no nariz.

  Misty e Serena se entreolharam. O Salamence do dia anterior tinha ido na direção da praia e as duas sabiam que se Ash fosse para lá ele iria procurá-lo. Elas não sabiam o porquê, mas não achavam que qualquer coisa boa estivesse junto dele.

“Acho que não deve ser nada demais... ” – Misty mexeu a boca sem fazer nenhum som.

  Serena deu de ombros e terminou de comer seu pão.

 

- O que têm acontecido de estranho? – Sycamore refletiu – Bom, tem as cidades de Celadon e Saffrom...

  Enquanto Ash conversava com o professor, os outros esperavam do lado de fora do PokeCenter discutindo as estratégias que eles usavam com seus Pokemon.

- O que aconteceu lá? – o garoto perguntou ansioso.

- Ninguém recebe nada de lá desde que vocês saíram daqui de Pallet. As duas cidades estão incomunicáveis!

  Ash apoiou o queixo na mão.

- Isso não deveria acontecer por tanto tempo... a Equipe Rocket já tentou tomar essas duas cidades antes, mas não deu muito certo...

  O professor Carvalho e Mairim apareceram na tela e apontaram para um aparelho perguntando se estava certo. Sycamore confirmou com a cabeça e eles sumiram.

- O que quer que seja que a Equipe Rocket está tramando eu acho que tem a ver com a Equipe Flare! – ele falou preocupado – Fizemos um pedido para que qualquer um aqui de Pallet que encontrasse alguma coisa referente a ela nos entregasse na hora... já recebemos mais de trinta caixas vindo do mar, contendo entre Mega Pedras, Key Stones e até algumas pokeball com, não sabemos que espécie de Pokemon, dentro ou se quer se está vivo...

- Eu não entendo... o que pode ter acontecido para que tudo isso tenha ido parar aí?

- Eu acho que vamos demorar um pouco para descobrir. Você encontrou Jessie e James durante a viajem?

- Nenhuma vez até agora... – Ash pensou na ausência dos dois – Se eu encontrar eles eu vou fazer eles falarem! Maaas mudando de assunto, o que é isso que vocês estão fazendo?

  Sycamore olhou para trás na direção do aparelho.

- Depois que fizemos a festa para você e a Bonnie, o professor me pediu para ensiná-lo o que eu sei sobre a Mega evolução. Foi por isso que eu fiquei aqui e deixei o laboratório com os meus assistentes. Essa máquina é parecida com aquela que eu usei para identificar a Mega Pedra do Garchomp, mas acabamos fazendo algumas mudanças, por causa dessas maletas, para também poder descobrir se elas são modificadas como a do Alan.

- Por falar no Garchomp, ele está bem? – Ash perguntou se lembrando do Pokemon e dos eventos envolvendo ele.

- Está ótimo! – Sycamore estalou os dedos e o tipo dragão se juntou a ele na pequena tela.

- Gaarchomp! – ele grunhiu feliz em ver o amigo.

- Perfeito! – Ash sorriu – Eu vou indo agora. Eles querem treinar e a Serena está doida para ter um tempo sozinha comigo, coisa que não tivemos desde... eu acho que a última vez eu estava amarrado no Volcânion!

  Sycamore riu.

- Ok, pode ir então! Se descobrirmos mais alguma coisa eu te ligo de novo!

- Obrigado professor!

  Ash encerrou a ligação e saiu da construção.

- Pronto? – Macey perguntou.

- Sim, podemos ir! – ele respondeu e eles começaram a seguir para a praia.

 

  Barry sacou uma pokeball decidido a enfrentar Sawyer. Um pouco afastado, Astrid e Cameron começavam um combate.

- Se você vai de Lucario eu vou de Tyrantrum! – ela jogou a pokeball e o Pokemon surgiu pronto para lutar.

  Alan treinava com Gary e Paul enfrentava Trip.

- Brock, que tal uma batalha? – Misty perguntou.

- Toxicroak está te esperando! – ele falou se animando para o duelo.

  Macey e Casey lutavam entre si, enquanto Clemont ajudava Angie a treinar seu Luxray. Bonnie tentava fazer seus Pokemon usar os golpes que eles sabiam. Bulbassaur, que estava brilhando por causa da habilidade especial dele, obedecia a maioria dos comandos, Dedenne mal os esperava terminar, mas Totodile recusava quase todos.

- Ah! Vamos lá! Por favor! – ela implorou, mas o Pokemon não a obedeceu.

- Dile dile! – ele cruzou os braços e virou o rosto.

  Isso tudo acontecia na parte mais baixa da praia, onde tinha areia e água. Na parte mais alta e afastada, onde tinham algumas árvores e o chão era todo gramado, só tinha duas pessoas e seus Pokemon.

  Ash e Serena estavam sentados de baixo de uma árvore, o garoto contava para ela idiotices que ele já tinha feito e algumas que ele ainda fazia enquanto Serena dava risada, principalmente quando ele contava de suas discussões com a Misty.

- Essa garota é uma figura... – ela falou encostando a cabeça no ombro dele – Vocês são muito amigos né?

- Somos sim... sabe qual foi a vez que eu mais tive raiva dela? – ele perguntou e ela balançou a cabeça em negativo – Foi quando Togepi nasceu. Nós tínhamos competido para saber quem ia ficar com o ovo e eu ganhei, mas quando ele chocou, a primeira pessoa que ele viu foi a Misty e aí ele achou que ela era a mãe dele...

- Você seria um péssimo pai! – ela falou dando uma risada.

- Ei! Eu cuidei bem do Noibat!

- Só depois de ter entrado em desespero! – Serena disse e ele teve que balançar a cabeça concordando, o que fez ela rir de novo – O que você e o professor estavam conversando?

- Nada demais, ele só estava falando dos estudos das Mega Evoluções que ele e o professor Carvalho estão fazendo. Coisas que eu não quero na minha cabeça agora. – ele deu várias beliscadas nela fazendo com que ela começasse a rir e se espernear.

- Para! Faz cócegas! – ela deu um gritinho.

- Vamos treinar um pouco? – ele perguntou.

- Claro! – ela se levantou – Quero outra batalha contra você!

  Ash também se levantou e ia acordar Pikachu quando houve um barulho muito alto parecido com um grito de um Pokemon.

- O que foi isso? – Ash olhou ao redor – Pikachu, posição de ataque!

- Pika! – Pikachu que há alguns segundos estava em um sono profundo junto de Sylveon, Panchan e Eevee se colocou de pé pronto para enfrentar qualquer um que viesse.

- Braixen, acabou o encontro! – Serena gritou para a Pokemon que estava sentada um pouco mais afastada junto de Greninja.

- Xen... – ela resmungou, mas correu até eles.

  Greninja fez o mesmo e todos que estava na praia e na colina ficaram em pé, tensos e olhando para todos os lados.

  O barulho se repetiu.

- Está vindo de trás! – Ash falou e começou a correr com Pikachu e Greninja em seu encalço.

- Serena, esse barulho é de Salamence! – Misty gritou correndo até eles.

- ... – Serena respirou fundo para não soltar a palavra que tinha vindo a sua cabeça e foi atrás de Ash.

  Gary olhou para Alan.

- Qual é o problema com o Salamence?

- Intuição feminina! – Astrid, que estava um pouco afastada, gritou para eles – Às vezes é tudo o que basta para se ter certeza de que alguma coisa está errada!

- Eu não sei vocês, mas eu quero descobrir o que é! – Angie passou correndo por eles com Barry logo atrás.

  Todos do grupo se entreolharam, Alan deu de ombros e eles também começaram a correr.

 

- Ash! – Serena gritou quando voltou a vê-lo.

  Ele estava parado com Greninja e Pikachu de frente para algo que parecia um pequeno abrigo, prontos para a batalha. Na frente dele estavam Jessie, Meowth e um Salamence, que dava gritos assustadores e estridentes. Jessie tentava acalma-lo, mas não tinha sucesso.

- O que vocês estão fazendo aqui? – Ash gritou para ela, Greninja fez surgir duas WATER SHURIKEN em suas mãos.

  Salamence esticou suas asas em sinal de provocação, mas antes que ele ou Greninja fizessem qualquer coisa, Jessie gritou em um tom parecido com desespero.

- Por favor! Ele precisa de ajuda! – ela gritou.

- Ele? – Ash olhou para dentro do abrigo – James? O que aconteceu com ele?

- Ele foi atingido dentro da caverna. Está machucado! Muito! – Não havia dúvida, Jessie estava desesperada – Por favor, nos ajude! Não podemos ir para a cidade e não achamos ninguém por aqui...

- Por que não usa um de seus disfarces? – ele perguntou.

- Porque eu não tenho um! – ela gritou – Por favor, nos ajude!

  Serena e Ash olhavam para eles com muita desconfiança.

- Vocês? – Misty chegou já sacando uma pokeball.

  Todos os outros apareceram logo atrás.

- Ele está machucado? – Brock olhou para James.

  Ash começou a andar na direção deles. Ele passou por Salamence, que rugiu ameaçador.

- Calma! – Jessie segurou o Pokemon – Ele vai ajudar!

  Ele abaixou do lado do homem e o olhou.

- Argh... – ele reclamou quando Ash pôs a mão em seu peito.

- Não sou especialista, mas eu acho que você tem algumas costelas quebradas... – ele olhou para os amigos – Não é armação! Brock você pode ajudá-lo?

- Eu acho... – ele também se aproximou do homem e examinou a situação.

- O que vocês estavam fazendo dentro da caverna? – Ash perguntou.

- O chefe pediu para capturarmos alguns Pokemon para ele. – Meowth falou – Não estávamos fazendo nada ilegal, mas apareceu aquele Rhyperior maldito e quase nos matou.

- Rhyperior? – Ash arregalou os olhos e olhou para Misty e Clemont – Vocês foram atacados por um Rhyperior dentro da Caverna de Cerulean?

- Sim... – Jessie respondeu.

- Leo... – Misty falou balançando a cabeça – Ele os derrotou sem nem saber que vocês existiam!

- Quem é Leo? – Meowth perguntou.

- É um amigo... – Clemont respondeu – Como vocês conseguiram esse Salamence?

- Giovanni me deu... – James falou gemendo de dor.

- Temos que tirá-lo daqui. – Brock falou – Ele está com várias fraturas.

- Vamos levá-lo para minha casa! – Misty falou.

- Espera! – Sawyer falou – Por que nós vamos ajudá-los?

- Porque eles têm respostas que eu preciso! – Ash falou.

- Respostas? – Jessie olhou para ele.

- É nossa condição! – ele disse – Nós te ajudamos se vocês nos derem respostas!

- Qualquer coisa que você quiser! – James falou com dificuldade.

  Ash ouviu um barulho de algo explodindo.

- O que foi isso? – ele perguntou assustado.

- Isso o que? – Barry perguntou.

- Esse barulho. Parecia uma explosão...

- Não teve nenhum barulho! – Casey falou – Você está bem?

  O barulho se repetiu e ao olhar para o alto, Ash viu um feixe de luz indo até as nuvens.

- Ali! – ele apontou, mas todos ergueram os ombros sem entender – É sério?

  Ele olhou para todos indignado e então sacou uma pokeball.

- Charizard, saia! – a criatura apareceu e olhou para ele – Me leve até lá!

  Ele apontou na direção do feixe e subiu no Pokemon.

- Leve-os daqui! Eu encontro vocês depois! – ele gritou alçando voo.

 

  Charizard o levou até a entrada da Caverna de Cerulean. Ash desceu e entrou um pouco tenso.

- Não tem nada aqui... – ele olhou ao redor sem entender – Como assim?

  O barulho se repetiu uma terceira vez e ele caiu no chão assustado com o que acabava de surgir na frente dele.

  Era um Pokemon, ele ainda não sabia ao certo qual, ele estava desforme como em todas as outras vezes, mas a energia que ele emanava era parecida com a dos tipo Dragão. Ele estava dentro de um círculo de fogo e gritava. Havia também pessoas caídas ao redor dele, pessoas que pareciam mortas. Ash engoliu em seco.

- O que é isso? – ele tentou gritar, mas sua voz saiu quase em um sussurro.

  O Pokemon encarou ele. Seus olhos brilhavam em um vermelho maligno e ele abriu a boca.

“É como no pesadelo!” – ele percebeu.

“Você precisa me libertar! ” – a voz dele ecoou como um trovão por toda a caverna.

- Eu não sei quem é você! – Ash respondeu – Como vou fazer isso? Por que eu faria isso?

“Porque se não fizer, todos com quem se importa estarão perdidos! ” – o fogo ao redor dele se tornou mais intenso – “O mundo passará por uma enorme crise! Você precisa descobrir como acabar com ela! ”

- Por que eu?

“Porque você já fez antes! ” – ele deu outro grito de dor e desapareceu junto com o fogo e os corpos.

- O que... foi... isso... – a visão de Ash escureceu e ele caiu de joelhos no chão, muito distante dali ele ouviu um bater de asas.

- Ash! – a voz de Serena pareceu muito distante.

- Sere... – o corpo dele terminou de tombar.

- Ash! – ela gritou de novo, sua voz continuava distante para o garoto, mas ela surgiu na frente da visão turva do garoto – O que houve?

- Precisa... chamar... o... – ele apagou antes de terminar a frase.

- De quem você precisa? – Serena gritou em pânico.

  O Charizard de Alan se aproximou dos dois.

- Vá chamar os outros! – ela falou para o Pokemon.

- Zard! – ele se virou e alçou voo para fora da caverna.

 

- Eu não estou gostando disso... – Leo murmurou debruçado no guarda-corpo do barco enquanto olhava o relógio.

  Ele marcava meio-dia e alguns minutos do dia dezesseis de fevereiro.

“Deve ser a distância! ” – Chesnaught tentou acalma-lo.

- Não faz sentido! – Leo rebateu – Eu sentia ele lá em Sinnoh! Já faz quatro dias que eu simplesmente não o acho! É como se tivessem feito outro bloqueio...

  Leo se encontrava em mar aberto, indo em direção às Sevii Islands. Ele precisava subir o Mt. Pyre, que já não era mais o lar de Moltres.

- Temos que chegar lá logo... o quanto antes encontrarmos Rayquaza, mais cedo nós descobrimos o que o pesadelo quer dizer...

“E o que vamos ter que fazer para impedir isso. ” – Chesnaught completou.

  Um círculo de água um pouco afrente do barco começou a brilhar em laranja e a emanar muita fumaça.

- Hã? – ele olhou para o círculo com interesse – É só o que me falta...

  Uma massa gigante saiu de dentro da água e abriu suas asas ao ficar alguns metros acima do barco.

- Kiaaah! – Moltres gritou.

  As pessoas que estavam abordo começaram a correr e procurar abrigo enquanto gritavam em terror.

- E lá vamos nós... – Leo colocou seus óculos, levou sua mão ao cinto e sacou sua quarta pokeball.

 

 

  E a jornada continua...


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Me desculpem pelos diálogos quase infinitos desse capítulo :P
Até a próxima!


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