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História Pokemon Indigo League - Volume I - Subindo o Mt. Ember. As batalhas de Leo!


Escrita por: HaythamSness

Notas do Autor


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Atualização:
reescrito -07/07/2017-
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Oi galera! Está um pouco tarde, mas ainda é sábado!
Esse capítulo ficou um pouco grande assim como o anterior, mas ele é mais agitado, tendo várias batalhas.
Espero que gostem.

Boa leitura!

Capítulo 22 - Subindo o Mt. Ember. As batalhas de Leo!


- Empoleon, use HYDRO PUMP! – foi a primeira ordem que Leo deu para seu Pokemon.

  Ele inspirou e disparou o jato d’água contra Moltres, que desviou agilmente e devolveu com um DRILL PECK flamejante.

- Você também? – Leo reclamou – HYDRO PUMP de novo!

  Moltres enrolou as asas em seu corpo e avançou girando enquanto entrava em combustão. Quando seu rosto estava a centímetros de distância do de seu adversário, Empoleon liberou o mesmo jato d’água de antes, só que dessa vez com muito mais potência. A Ave Lendária foi atingida e envolvida pela água. Moltres começou a girar ainda mais rápido para poder se livrar da água, mas Empoleon manteve seu jato até a água começar a evaporar.

- Vamos usar um daqueles golpes combinados que aprendemos com o Ash! – Leo gritou ao perceber a oportunidade – HYPER BEAM!

  A água que Moltres evaporava logo era substituída por mais, porém o fogo dele também não se extinguia, o que tornaria aquilo, uma batalha quase infinita. A boca de Empoleon começou a brilhar e então o raio surgiu. Ele atravessou Moltres e acertou a água fazendo um pequeno tsunami.

- Kyaaah! – Moltres gritou enquanto caía de volta para dentro do mar.

- É a segunda vez que você me salva amigo! – Leo falou tocando o Pokemon – Estou te devendo!

  Empoleon agarrou Leo em um abraço.

- Para! Para! Esta quebrando minha coluna!

 

  O PokeNav de Leo desligou e nada do que o garoto tentou fez ele voltar a ligar.

- Porcaria de Devon... “Pode confiar, é o melhor aparelho de comunicação do mundo! ”... Nunca mais compro nada lá... – Leo resmungou enfiando o aparelho no bolso.

  Ele estava mais uma vez debruçado no guarda-corpo do barco, os outros tripulantes passavam de vez em quando por ele, o cumprimentava e agradeciam. Ele não gostava daquilo.

  Era umas três horas mais tarde. Ele já tinha voltado a sentir a presença de Ash. Seja lá o que tivesse acontecido, já tinha sido resolvido. Agora ele pensava que se ele tivesse pego o outro barco que estava no porto, ele estaria no arquipélago a quatro dias. Mas além disso outra coisa também o incomodava.

- Primeiro Articuno... agora Moltres... alguém não quer que eu fale com Rayquaza...

  O que o incomodava começou quatro dias antes.

 

- Certo Hydreigon, vamos voar! – Leo subiu no Pokemon e alçou voo para sair do Porto de Vermillion.

  Os planos de Leo eram simples. Ele iria voando até as Sevii Islands, subiria o Mt. Ember e falaria com Rayquaza, que teria alguma reposta para pelo menos um dos seus problemas.

  Em teoria era muito simples.

  Na pratica...

- O que? Não estamos à nem três quilômetros de Vermillion! – Leo foi obrigado a colocar seus óculos de piloto, quando subitamente começou uma nevasca – Hydreigon, vamos avançar com calma!

  Eles foram voando devagar tentando não fazer muita agitação, mas isso era muito difícil para um Pokemon de três cabeças. Algo brilhou em meio a nevasca, avançando na direção deles.

- Evasiva! – ele gritou um pouco tarde demais.

  Eles foram atingidos por um ICE BEAM que congelou Hydreigon quase que completamente e começaram a cair muito rápido em direção ao mar.

- Pelo menos uma das cabeça tem que reagir! – Leo gritou mais irritado do que assustado – TRI ATTACK!

  A cabeça direita respondeu o comando, mas seu raio não atingiu nada. Nem mesmo deu uma pista de onde o oponente estava.

- Que maravilha... – sua frase foi interrompida pela água do mar que invadiu sua boca e seu nariz.

  Ele foi afundando agarrado a cabeça do Hydreigon. Ele deixou eu sua visão escurecesse, como se tivesse fechado os olhos e pode ver uma pessoa muito familiar na sua frente.

“Eu não estou desistindo... só reunindo forças...” – ele pegou a quarta pokeball em seu cinto e apertou seu botão, fazendo com que ela expandisse e então abrisse.

  Hydreigon abriu seus seis olhos e começou a bater suas asas para se livrar do gelo e tirar os dois de dentro da água. Quando ele emergiu, antes mesmo de respirar, ele deu o comando.

- GIGA IMPACT! – o grito foi seguido de um acesso de tosse.

  Empoleon saiu da água a uma velocidade muito alta, ficando acima da neve, em uma posição onde poderia facilmente acertar o adversário.

- Feche seus olhos! – Leo ordenou ainda sem enxergar nada – Eu serei eles!

Leo abriu seus olhos deixando a energia azul escapar para todos os lados. Instantaneamente ele pode localizar seu adversário.

“Um Articuno? O que ele está fazendo aqui? ” – ele se perguntou – Empoleon use HYPER BEAM agora!

  Empoleon, usando os olhos de Leo, mirou em Articuno e inspirou fundo para carregar o raio e então o disparou com toda a potência contra seu adversário, jogando-o para dentro da água.

- Volte! – Leo pegou a pokeball de Empoleon de volta – Você foi maravilhoso, agora espere aí! Hydreigon, nos leve de volta para Vermillion... vamos ter que fazer o caminho mais longo, eu duvido que Articuno tenha sido derrotado...

  Como normalmente, ele estava certo!

  O lendário saiu da água furioso e seu bico começou a brilhar.

- É DRILL PECK! – Leo gritou e dessa vez Hydreigon conseguiu desviar.

  Articuno passou direto por eles, mas fez uma manobra, abrindo suas asas, para poder emendar o golpe em um seguinte. Ele se enrolou nelas e começou a girar, seu corpo inteiro congelou e ele acertou Hydreigon com um ICE DRILL PECK!

  Os dois começaram a cair e Leo se agarrou a pokeball de Empoleon. Sua visão ficou negra quando ele afundou na água e a figura familiar apareceu na sua frente mais uma vez. Normalmente ele enxergava as coisas a sua volta mesmo com as pálpebras fechadas, por causa da Aura que transformou seus olhos de forma permanente, mas naquele momento, ele não conseguiu enxergar. Tudo que ele viu foi seu velho amigo repetindo a mesma frase que ele sempre dizia quando eles eram derrotados ou ficavam desolados.

“Não podemos desistir antes de acabar! ”

“Não estou desistindo! ” – ele gritou irritado – “Você tem essa mania chata de achar que eu desisti! Eu não desisti Gray! Ainda não! ”

  Ele apertou novamente o botão da pokeball e Empoleon saiu mais uma vez. O garoto abriu seus olhos e pode ver Articuno dando voltas acima de sua cabeça, sem saber onde está seu alvo.

“Empoleon me escute! ” – o Pokemon o encarou para demonstrar que estava – “Use HYPER BEAM! Acabe com ele agora! ”

  O raio saiu de dentro da água e atingiu o lendário no meio do peito, fazendo ele afundar no mar e não voltar.

 

- O que será que esse pesadelo pode significar? – ele se perguntava.

  Depois que Articuno foi derrotado, Empoleon levou ele pelo mar até Vermillion, para lá ele escolher entre dois barcos, um deles o teria levado a seu destino em apenas algumas horas, o outro demoraria dias. Seus Pokemon não se sentiram à vontade com o primeiro, o que o obrigou a ir no segundo.

  Mais algumas horas se passaram e o sol começou a se pôr.

- Empoleon e Chesnaught, venham aqui! – ele chamou os dois – Sei que gostam mais da minha comida do que da de vocês!

  Leo abriu sua mochila e entregou um sanduíche para cada um e pegou um terceiro para ele.

“Já te falei o quanto eu sou agradecido por você ser meu treinador? ” – Chesnaught brincou enquanto destruía seu lanche.

- Algumas vezes! – Leo riu.

  O bom humor não durou muito. Leo pensava em algo já havia um tempo e pensava constantemente naquilo durante o percurso de barco. Desde antes de ele se encontrar com o Ash na Floresta de Viridian na verdade. Ele havia tido um pesadelo, onde um Pokemon falava para ele parar uma catástrofe que estava se aproximando. O problema é que Leo podia ver três crises se aproximando e não sabia qual se tornaria real ou a qual o Pokemon estava se referindo.

  Ele também sentia dor de cabeça. Como se algo estivesse faltando. Como se houvesse um bloqueio em sua cabeça. E aquilo também preocupava Leo, pois em Sinnoh, Ash havia usado a Aura e algo ou alguém por algum motivo o impediu de usá-la novamente, bloqueando todas as lembranças que ele tinha, a ponto de não saber o que é a Aura e quando o garoto pensava sobre aquilo sua cabeça doía. Esse fato fazia Leo pensar se ele também não tinha um bloqueio em suas memórias que ele não tinha percebido até o momento.

- Talvez se eu o derrotar, Rayquaza me dê mais de uma resposta... – ele pensou enquanto estava deitado tentando dormir.

“Talvez ele tente te matar! ”

- Obrigado Chesnaught, isso me deixou muito motivado...

 

  Dois dias haviam se passado quando o barco finalmente atracou na Ilha Um.

- Mt. Ember, aqui vamos nós... – ele se espreguiçou ao sair do barco.

  Antes de começar a viajem ele passou no PokeCenter para preparar seus Pokemon.

- ...eu estou te falando! Muitas coisas estranhas acontecem na montanha! – um garoto dizia para outro.

- Com licença! – Leo se intrometeu – Que tipo de coisas?

- Parece que tem um Pokemon lendário lá em cima, mas não é o Moltres, é outro ainda mais poderoso! – o garoto falou.

- Tão poderoso que poderia ser Rayquaza?

- Não! – o segundo respondeu – Você pergunta isso por causa daquela história do Dragão Guardião né?

  Leo concordou com a cabeça.

- Bom. Ninguém sabe se é verdade, porque ninguém nunca conseguiu subir desde que aquele Pokemon apareceu. – o primeiro garoto disse – As pessoas começam a ser atacadas pelos Pássaros Lendários quando chegam no pé da montanha.

- Isso não me parou por enquanto! – Leo disse – Toda lenda tem um fundo de verdade, não é?

- Sim. Essa no caso, é sobre um representante dos Pokemon tipo dragão que vai para a montanha a cada uma década e passa lá um ano inteiro, respondendo uma pergunta de qualquer viajante que chegue lá. – o segundo garoto falou.

- E como isso começou?

- Parece que foi depois de um confronto em Unova alguns séculos atrás. Dizem que Zygarde acabou com uma guerra e que em memória aos treinadores mortos ali, ele decidiu fazer isso. Você sabe, para ajudar novos treinadores e talvez até criar novos heróis como os da batalha. E para fazer isso ele colocou Rayquaza como o seu representante.

  Leo sorriu. Ele tinha batalhado naquele confronto. Ele estava nas linhas de frente.

  Se ele ainda tinha alguma dúvida de que Rayquaza estava no alto do Mt. Ember, aquela duvida tinha morrido ali!

- Obrigado! Vocês me ajudaram muito! – Leo acenou com a cabeça e se afastou para pegar suas pokeball – Temos um longo caminho para seguir! – ele sussurrou para seus parceiros após pegar os itens.

 

  A ilha era maior do que as pessoas falavam. De acordo com os comentários, Leo deveria estar na montanha naquele dia, mas ele só foi chegar na fenda entre a ilha e o Mt. Ember no segundo dia, quando há muito tempo já estava escuro.

- Vamos montar nosso próximo acampamento na praia. – ele falou.

“Por que não atravessamos a fenda hoje? ” – Chesnaught perguntou.

- Não tem necessidade e depois que não vamos achar um lugar seguro para dormir na montanha.

“Você que sabe! ”

  Leo tirou a barraca de sua mochila e a abriu. Chesnaught gostava de dormir fora de sua pokeball, então ele iria ficar de guarda para o caso de algum Pokemon selvagem tentar atacá-los. O garoto tirou seu moletom branco e azul e seus óculos de piloto, deitou e tentou dormir, mas sua cabeça estava muito agitada e continuava doendo.

- O que eu estou deixando passar? – ele se perguntou – Eu, Gray, Vanille e Hope... paramos uma ameaça... houve uma morte, mas de quem? Ah sim...

  Ele tentava repassar o que havia acontecido em sua vida passada e tudo parecia se encaixar perfeitamente, mas ainda assim alguma coisa estava faltando. Alguma coisa estava passando despercebida por ele.

  Depois de algum tempo, seu corpo relaxou e ele dormiu. No céu acima, um Pokemon deu um rasante.

“Leo, acorda! Temos problemas! ” – Chesnaught o chacoalhava.

- O que aconteceu? – ele se sentou e coçou a cabeça.

- Kyaaah!

- Isso aconteceu... – ele balançou a cabeça respondendo sua própria pergunta.

  Ele saiu da barraca e olhou para o alto, o sol já tinha nascido e um enorme Pokemon amarelo voava acima deles. Ao contrário dos outros, ele não parecia hostil.

- Zapdos! – Leo reconheceu.

- Kyaaah! – o lendário gritou, deu um rasante por cima deles e foi em direção à montanha.

“Vamos atrás dele? ” – Chesnaught perguntou.

- Não é óbvio? – Leo riu, colocou seu moletom e o óculos de piloto – Vamos, a barraca não vai sair daqui!

  Ele jogou a pokeball de Hydreigon, montou nele e foi atrás de Zapdos.

 

  O Pokemon voava muito rápido e em um certo ponto ele atravessou a parede da montanha.

- Uh-oh! – ele puxou o pescoço do meio de seu Pokemon, fazendo ele parar – Você volta, Chesnaught sai.

  O tipo Dragão voltou para a pokeball e o outro saiu da sua.

“Ele está lá dentro? ” – Chesnaught perguntou incrédulo.

- Sim... vamos entrar!

  O Pokemon abriu um buraco na parede com um poderoso soco e eles entraram. Era um labirinto gigante e não precisou de muito tempo para que eles se perdessem.

- Estou ouvindo estática! – Leo disse – Vamos na direção dela!

  Eles correram por um túnel e foram dar em um caminho sem saída.

- Droga! – ele socou a parede – É por aqui, eu tenho certeza!

“Com licença! ” – Chesnaught passou pelo treinador e quebrou a parede com um soco.

- Já te disse o quanto eu gosto de você? – Leo olhou para o Pokemon.

“Algumas vezes! ” – os dois riram e seguiram o caminho.

  Pouco se passou até eles encontrarem a saída e irem parar em um lugar da montanha onde seu chão era entalhado na forma de escadas.

  Acima do degrau mais alto estava o cume da montanha. Leo subiu o mais rápido que pode e quando o alcançou, se viu de frente para um lendário grande e brilhante.

“Você veio atrás de Rayquaza? ” – Zapdos perguntou.

- Sim... por que mais alguém subiria esta montanha?

“Acredito que você saiba que nós temos ordens de te matar? ” – atrás do Zapdos pousaram Articuno e Moltres e haviam sido eles que disseram a última frase.

  Os três encaravam ele.

- Eu fiquei sabendo, só não entendi por quê...

“Acontece que Rayquaza não gosta das diretrizes de Arceus...” – Articuno falou.

- Diretrizes?

“Rayquaza desobedeceu uma ordem de Arceus e como isto aqui é um memorial a heróis ele não pode fazer com que nunca mais ocorresse este evento... ” – era Moltres.

“Então a decisão que Arceus tomou é que um treinador só poderá falar com Rayquaza após nos derrotar! ” – Zapdos falou – “Achamos que seria interessante você saber. ”

- Então como vai ser? – Leo perguntou vendo que não tinha escolha – Os três juntos? Um de cada vez?

“Um por dia! ” – Articuno falou – “Começando amanhã! No quarto dia, Rayquaza aparecerá, mas você só chegará lá se sobreviver a nós três.

“Isso não vai ser bom... ” – Leo guardou o pensamento para si – Ok! Estarei esperando!

 

  Leo montou seu acampamento dentro da caverna e treinou o dia inteiro, para no dia vinte pela manhã, voltar a subir a montanha para enfrentar o primeiro lendário.

  Articuno já o estava esperando.

“Eu serei seu primeiro desafiante! ” – ele falou.

- Mas eu já te derrotei!

“Não em um duelo oficial! ”

- E por acaso existe duelo oficial contra Pokemon selvagens?                                    

  Os olhos de Articuno brilharam de forma maligna.

“Péssima escolha de palavras garoto! ”

  Uma pokeball tremeu em seu cinto.

- Sei que quer uma revanche, mas não é uma boa ideia! – Leo falou para Hydreigon – Ao invés de você, vai ir Houndoom!

  Ele jogou a pokeball, que abriu ao tocar o chão, fazendo o tipo Fogo surgiu.

- Doom! – ele rugiu.

- Vamos acabar com ele!

“Não pense que será tão fácil quanto da última vez! ” – Articuno alçou voo e então avançou contra o adversário.

- É WING ATTACK! – Leo reconheceu – Evasiva e FIRE BLAST!

  Articuno passou com sua asa à centímetros do rosto de Houndoom, que pulou para o lado e o acertou com a enorme estrela de fogo. O lendário balançou a cabeça um pouco surpreso e debilitado e contra-atacou com um DRILL PECK.

- Segure com um GIGA IMPACT! – Houndoom começou a brilhar e então foi atingido pelo DRILL PECK.

  Ele foi arrastado para trás pelo adversário, mas não sofreu nenhum dano significativo.

- Nós gostamos de chamar essa tática de Muralha! – Leo explicou – Transformamos um ataque que aumenta a resistência corporal do Pokemon em uma defesa e possível contra-ataque para dano físico!

“Impressionante! ” – Articuno balançou a cabeça, agora muito surpreso e debilitado.

- Houndoom, FLAME CHARGE!

  Articuno pegou altitude, mas o adversário pulou para acerta-lo de cima para baixo. Para se defender ele usou HURRICANE, que manteve Houndoom a uma distância segura dele.

  O vento apagava o fogo, mas ele logo era substituído. Nenhum dos dois Pokemon sairia vencedor naquela situação. Parecia a batalha do Empoleon contra o Moltres. O ar começou a cheirar ozônio e Leo se sentiu nauseado.

- Ele vai usar BLIZZARD – ele percebeu quando o bico do adversário começou a brilhar – É nossa chance! INFERNO!

  O gelo e o fogo se tocaram e começaram um duelo. Leo viu algo familiar naquela batalha.

“Reshiram, Zekrom e Kyurem! ” – Leo pensou – “Foi assim que terminou a guerra contra o... ” – seu pensamento foi interrompido pelo grito dos combatentes.

  Os dois Pokemon caíram no chão. A batalha tinha chegado ao fim.

- Houndoom! – Leo gritou.

“Você perdeu em seu primeiro desafio! ” – Articuno o olhou com desaprovação – Agora morrerá aqui, como todos os outros que uma vez falharam em sua batalha! ”

  Ele abriu o bico e lançou BLIZZARD contra Leo.

  O garoto colocou os braços na frente do corpo, preparado para quando o gelo chegasse.

 

  O sol se pôs e a lua nasceu. A lua se pôs e o sol nasceu.

  Aquilo se repetiu mais uma vez. E mais uma.

  Mas o raio nunca o machucou.

 

  Ele ricocheteou em seus braços e atingiu pedras e até Zapdos que estava assistindo a batalha, mas Leo continuou intacto.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE EU SOU? – ele gritou para o lendário.

  Articuno estava paralisado. Zapdos e Moltres literalmente.

“ Passaram-se três dias em apenas alguns segundos... ” – ele disse tremulo – “Quem... não... o que é você? ”

- Eu sou Leonardo Watch! – ele gritou abrindo os olhos. A Aura escapou em uma explosão sônica e o ar estalou por conta do poder – Em outra vida fui chamado por Squal! Em outra vida derrotei aquele que erroneamente se chamava de Draco Master e não precisei de um Pokemon para isso!

  Articuno sentia sua vida sendo drenada.

- Diga a Arceus que vocês falharam em sua missão! Diga a Arceus que ele errou e que da próxima vez que for tentar me impedir é para ele vir em pessoa!   

  Os três lendários desapareceram e seu poder se esgotou.

- Chesnaught... – ele soltou sua pokeball para que o parceiro pudesse aparecer.

“Quantas vezes vamos ter que te avisar para parar de fazer isso? ” – Chesnaught o escorou.

- Eu derrotei Kyurem sozinho... não vou deixar que aquele Articuno metido a rei dos céus me diga quando eu devo morrer...

  Chesnaught riu.

“Você não tem jeito! Ficarei de vigia enquanto estiver desacordado. ”

- Ótimo... – ele apagou e o Pokemon o colocou no chão para que pudesse descansar.

  Leo já tinha esgotado seus poderes daquela forma duas vezes e nas duas ele ficou um dia inteiro apagado. Quando ele acordasse, Rayquaza já o estaria esperando.

 

- Leo! Leo! LEO! Leonardo Watch acorde! – uma garota estava curvada por cima dele e gritava.

  Ele teve que abrir os olhos. A Aura parecia ter parado de funcionar. Na sua frente se encontrava uma garota loira, ela vestia um vestido branco que ia até o pé e seu cabelo era arrumado em dois rabos que iam até sua cintura, um de cada lado da cabeça.

  Ela era bonita demais e Leo percebeu que deveria conhece-la de algum lugar. Ele estava sentado no chão com as costas encostada em uma pedra.

- Finalmente! – ela falou sentando ao lado dele.

  Ela começou a encara-lo como se esperasse que ele falasse alguma coisa.

- Quem é você? – ele perguntou e ela fez uma careta.

- Que droga... – ela revirou os olhos – Meu nome é White. Eu viajei com você durante um bom tempo... até que eu morri.

  Ela falou aquilo como se fosse algo simples e fácil de aceitar. A cabeça de Leo doeu.

- Morreu?

- Que droga, você me bloqueou... – ela puxou o rosto dele para perto do seu – Felizmente existe uma maneira fácil de quebrar isso!

  Ele se assustou com o movimento, mas não resistiu quando ela o beijou. Sua cabeça começou a latejar como se fosse explodir e então parou. Ele a olhou atônito e subitamente lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos.

- Gray, Vanille, Hope e White... – ele falou com a voz embargada – Não éramos quatro.

- Éramos cinco! – ela falou – Um de nossos inimigos, qual deles, nem eu lembro, tentou usar algo para tentar fortalecer um Pokemon, mas não era certo, pois iria mata-lo depois de um tempo.

- Então você se colocou no meio... Sombra Cristalizada... ele cravou o cristal no seu peito... e eu...

- Você ficou do meu lado até o último segundo! – ela falou – E você me vingou! Eu não podia pedir mais nada de você, não tinha o que ser feito!

- Mas por que eu te bloqueei?

- Às vezes os espíritos se encontram entre um conjunto de escolhas complicadas... você sabia que eu não poderia reencarnar, porque minha Aura foi corrompida pela Aura do Darkrai usado para fazer aquele cristal, então decidiu que não queria se lembrar de mim quando reencarnasse, porque seria doloroso!

  Leo não conseguia se lembrar de tudo, mas conforme ela ia falando, as coisas iam voltando e ficando mais claras. Ele percebeu que precisaria de algumas horas de meditação depois daquele dia e que só tinha certeza de duas coisas naquele momento, eles eram namorados e ele tinha falhado em protege-la do mal que constantemente tentava lhes matar.

- Então eu acabei de ser beijado por um fantasma? – ele perguntou tentando manter a calma.

- O que? – ela deu uma gargalhada – Não! Por Arceus, não! Na verdade, é um pouco pior! Tente adivinhar!

  Leo pensou um pouco enquanto olhava pelo terreno da montanha.

- Você está aqui, mas onde está... – ele olhou para a garota e dessa vez ela, além de bela, ela lhe pareceu perigosa.

  White sorriu e Leo quase perdeu o raciocínio. Seu corpo começou a brilhar e ela se transformou em uma Latias.

- ... – Leo não conseguiu falar nada.

  Ela brilhou de novo e voltou a parecer humana, mas não era a mesma. Ainda era bonita, mas não era a mesma

- Além da forma de Latias e a minha forma original, eu posso copiar a forma de outras pessoas para poder me aproximar de alguém.

- Só o fato de você ser uma Latias já não é o suficiente?

- Não para algumas pessoas! – ela olhou para si mesma.

  Era uma garota morena, seu cabelo era curto e ela usava uma saia branca, uma camisa verde e uma boina também branca.

- O nome dessa garota é Bianca! – ela falou – Eu conheci a reencarnação de Gray e precisei dar um jeito de me aproximar dele, para saber como ele estava. Se ele lembrava de algo. Devo dizer que inevitavelmente, me apaixonei por ele...

- As garotas tem essa mania! – Leo falou – Ele e Vanille estão juntos de novo, mas ainda não se lembram de nada. E Ash tem um bloqueio.

- Um bloqueio? – ela arqueou uma sobrancelha – Que tipo de bloqueio?

- Um de combate! É recente, foi feito enquanto ele estava em Sinnoh, mas se não for quebrado logo ele vai ficar mais forte.

- Certo! – White voltou a sua forma original – Vai querer a resposta sobre o bloqueio, o pesadelo ou o Giovanni?

- Giovanni?

- Sim! O plano de dominação mundial dele!

- Ash consegue descobrir isso sozinho... o bloqueio eu consigo arranjar uma maneira de quebrar. O que me trouxe aqui foi o pesadelo, eu já o tive várias vezes e preciso saber se ele está voltando! Ele está?

- Não! – ela respondeu – Ele é um espirito maligno, jamais conseguiria reencarnar!

  Leo suspirou aliviado.

- Perdi mais de uma semana para chegar até aqui... mas valeu a pena! Isso quer dizer que o pesadelo se refere ao Giovanni. – ele se levantou e abraçou White – Obrigado! Eu não sei por que você apareceu aqui ao invés de Rayquaza, mas de qualquer forma isso me ajudou com mais de uma coisa! Eu achava que era sozinho e agora sei que tenho alguém! Eu vou dar um jeito de te transformar em humana! Se você quiser é claro!

- Eu quero! – ela o apertou e começou a chorar – Eu quero muito!

  Os dois sentiram uma pontada no peito e arregalaram os olhos.

- ASH! – eles gritaram juntos.

  Alguma coisa estava acontecendo com o garoto e seus amigos.

  Alguma coisa muito perigosa.

- Eles estão na divisa da cidade de Saffrom! – White falou se transformando em Latias – Vou nos teleportar para lá, prepare-se!

- Espe... – Leo não conseguiu terminar de falar.

  Uma chama roxa começou a rodear o seu corpo e ele se sentiu perdendo a consciência.

 

 

  E a jornada continua...

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Até quarta galera!


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