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História Pokemon: On Batle - Destruindo Tempestades


Escrita por: Anttonny

Notas do Autor


Antes de qualquer coisa: Recomendo usarem a música Light 'em Up — Fall Out Boy como trilha sonora de fundo.
Escrevi o capitulo a ouvindo e ela vai fazer uma ótima diferença na leitura. (Link nas notas finais.)

P.S.: Eu adoro receber comentários, quer deixar esse autor feliz? Comente. ^^

Capítulo 7 - Destruindo Tempestades


Enquanto avançava para cima do inimigo Dean se lembrou de todo o treinamento pesado pelo qual passou na ultima semana. Lembrou dos abdominais, das flexões, do levantamento de peso; Além disso teve todo o momento em que passou tentando a conexão com Saur.

Após esses pensamentos algo bem claro surgiu em sua mente; Uma convicção impressionante.

Eu não irei perder.

Fez um arco com a espada. A girou na mão; A lamina parando a milímetros do braço de seu oponente. Pulou no ar e chutou; Seu adversário caiu sentado no chão após ser atingido no peito pelo pé de Dean.

—Júpiter.— Ele grita, clamando pela ajuda de seu Pokémon.  Dean sabe que não vai adiantar. Avança sem medo.

Foi levado por Vitor á um ginásio que fica há três horas de viagem do local onde enfrentou Lobo. Teve que enfrentar burocracias e mais burocracias mas foi prometido uma vitória fácil naquele lugar. O líder usa um Pokémon do tipo elétrico e no nível que Saur está não seria um problema enfrenta-lo. Além disso, gostaria de testar sua nova habilidade.

Pelo canto de olho vê que seu Bulbassauro ainda está lutando muito bem contra o Raichu de seu inimigo. Aproveita que está em vantagem e fecha os olhos; É um dos requisitos para iniciar a conexão. Sente um formigar na região de seu peito, depois essa sensação se espalha por todo o seu corpo. Sente-se cheio de energia e um ímpeto de poder lhe ocorre.

Quando abre seus olhos suas orbes verdes ficam ainda mais intensas. Uma aura da mesma cor lhe envolve como se fosse luz liquida. Seu cabelo dança como se estivesse embaixo d’água. A sua pele morena ganha uma expressão ainda mais sadia. Os pequenos arranhões que recebeu na briga se curam instantaneamente.

Mas a característica que mais chama a atenção na capacidade de conexão com seu Pokémon é a ligação empática. Consegue sentir a confiança dele se unindo à sua.

Avançou. Sua Katana ganha uma textura de escama verde-acinzentada. Sabe que ela ficará ainda mais afiada e mortífera depois desse upgrade.  Fez um corte na coxa de seu inimigo, ele urrou de dor e seu rosto se contorceu por trás da mascara de rato.

Pulou no ar e girou, chutou com a parte interna do pé. Derrubou o oponente. Ficou surpreso em como sua força aumentou.

A plateia grita alucinada. A arena em que está combatendo é exatamente igual a que combateu contra Vitor; Chão branco formado com lajotas brancas resistentes;  Paredes altas que depois são seguidas por um vidro temperado e blindado que seria impossível de ultrapassar. A única diferença: A plateia parecia estar torcendo para o vencedor, que no caso é o Dean.

Hesita um pouco ao ver o seu oponente desacordado. Respira profundamente por detrás da mascara branca que cobre seu rosto. Ao fecha os olhos vê o rosto cansado de sua mãe; O que ela iria pensar se soubesse que seu filho é um assassino? Aquele pensamento o deixa com uma grande onda de remorso. Mas também sabe que precisa fazer aquilo; A plateia já está mais desanimada perante sua vacilação. Não pode voltar atrás agora.

—Desculpe —, diz baixinho, para que apenas o homem caído no chão ouça. E então enfia a lamina de sua espada em seu peito. Sua caixa torácica é atravessada sem o mínimo de esforço. Sangue jorra. Dean sente a textura do coração pelo cabo da espada; Algumas vezes a vibração passada pela espada pode transmitir a sensação da superfície. É mole e macio, constata o garoto. O homem com a mascara de rato resfolega mas nenhum som é proclamado por sua boca.

Já leu sobre como alguns animais continuam vivos por alguns segundos mesmo depois de ter seu coração perfurado, por não querer que aquela pessoa passe por essa experiência usa o poder da conexão de Saur para envenena-lo e eliminar a dor.

Sente náusea ao pensar no sangue que respingou sobre suas roupas. Sua cabeça lateja e seu coração dói ao bater e liberar sangue novo para seu organismo.

Recomponha-se Dean, disse para si mesmo, você não pode fraquejar agora. Não na frente da plateia.

Olhou para a arquibancada. Seus olhos param em alguém especifico; Um garoto louro, de olhos castanhos. Trincou os dentes ao perceber que estava encarando Vitor. Desvia o olhar para Saur, que ainda lutava contra o Raichu. Ia avançar para ajuda-lo quando foi detido.

Outra peculiaridade da técnica conhecida como conexão é que ás vezes Dean conseguia ouvir os pensamentos de Saur, como se ele e o monstrinho conseguissem se comunicar telepaticamente.  

Deixe comigo, ouve Saur pedir em sua mente. Sua voz é rouca e grave, é tranquila e também um tanto carinhosa; Transmite exatamente sua personalidade.

Dean permite que seu Pokémon cumpra com sua vontade. Ele avança para cima do Raichu e desvia dos raios amarelados que são disparados. Usa o chicote de vinha para prender um de seus pés, o lança contra a parede mais próxima. O empurra com a cabeça, em uma investida poderosa.

O grande rato amarelado balança a cabeça, claramente atordoado. É atingido na barriga por uma folha afiada. Recebe uma mordida no ombro e é lançado longe. Saur crava suas garras em sua coxa. Júpiter, como foi batizado pelo homem com a mascara de rato, parece choramingar.

Dean sente-se um pouco mal ao ver seu Pokémon surrando outro de sua própria espécie daquela forma. Depois, percebe que também fez a mesma coisa com aquele homem; O resumiu a apenas um cadáver no chão no qual ninguém se lembrará. Baixa o olhar para não ver Saur retalhar o rival.

O Pokémon deve ter sentido as emoções de seu treinador porque parou o combate e lhe dirigiu um olhar culposo. Fechou os olhos e depois se voltou para o adversário caído em sua frente. Abriu a boca e soprou, uma lufada de gás venenoso saí e colide contra o nariz do Pokémon amarelo. Ele fica desacordado.

Saur se esfrega nas pernas de Dean, provavelmente um pedido de desculpas por ter entristecido o garoto.

A plateia grita alucinada. Aplaudem de pé. Outros permanecem sentados, parecem decepcionados com o rumo em que a luta levou, provavelmente por terem apostado no líder do ginásio.

Dean sente um paradoxo de sentimentos; Sente-se feliz por ter tido sua primeira vitória em uma luta com pokémon. Sente-se culpado por ter matado aquele homem. Sente-se triste por ter se tornado um assassino. Mas apenas ignora tudo isso. Ergue os braços para as aclamações e finge estar tudo bem.

 

 

Estava no seu quarto, na torre em que ficava o ginásio. Usava apenas uma toalha sobre a cintura, seus cabelos estavam molhados, demonstrado que tomou um banho rápido. Não possuía ferimentos, todos foram curados quando inicio a conexão com Saur.

Veste logo uma roupa qualquer e se joga na cama. Suspira pesadamente e anseia por uma boa noite de sono mas sabe que não irá conseguir cumprir sua vontade; A culpa não lhe permitiria.

Se levanta de sobressalto ao ouvir o som de palmas vindo do lado de fora do quarto. A porta é aberta e um garoto entra lá, Vitor.

—Parabéns. Você venceu sua primeira luta.

—Ah, é você.— Dean diz, sua voz cheia de desgosto.  Torna a se deitar na cama.

—Também estou feliz em ver você.

Dean suspira. Conversar com aquela cara se torna cada vez mais difícil para o espadachim. Mas sabe que não pode se livrar dele facilmente então se obriga a lhe dirigir a palavra.

—O que você quer?

—Que tal um beijinho? Ou algo além disso...— Percebe o olhar pervertido do rapaz passando na região de seus ombros, onde a gola larga e folgada de sua camisa deixa parte de seu peito á mostra. Se enche de fúria e repulsa.

—Eu nunca faria nada disso com você.

O garoto ri de forma compulsiva.

—Ah, vamos lá. Brinque um pouco comigo.

—Eu não tô nem um pouco afim, ok? Você devia é dar o fora daqui.

Um suspiro escapa de Lobo. Ele fecha os olhos. Parece considerar dizer ou não alguma frase. Também demonstra estar um pouco abalado pelo que foi dito por Dean há alguns momentos atrás.

—Escuta, Dean...— Seu tom de voz parece se abrandar. É suave, calmo. Parece querer cogitar o moreno a escutar uma história triste que está para compartilhar.— Acho que devia ter te contado isso há muito tempo... poderia me ouvir? Serei rápido.

Dean queria dizer que não mas sua curiosidade falou mais alto. Gostaria de ouvir aquilo, não entende direito o porquê. Estava prestes a dizer “tudo bem” quando algo o interrompe; A porta do quarto é aberta com um chute, um cilindro de metal rolou pelo chão soltando uma fumaça branca. Sente-se tonto só de sentir o cheiro daquela coisa.

Tudo á sua volta fica lento e embaçado, parece estar vendo tudo á distancia. Sente-se como um estranho total em seu próprio corpo. A escuridão começa a tomar conta de sua visão. Até que tudo fica preto e Dean cai no chão desacordado.        


Notas Finais


Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=LkIWmsP3c_s

Vamos fazer um capitulo onde o protagonista tá fodão e sentando a porrada em todo mundo? Claro que vamos!!
Espero que tenham gostado do capitulo.

Adoraria receber seu comentário, se quiser deixe-o aí. Sempre respondo ^^


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