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História Pokemon: On Batle - Rocket parte 1


Escrita por: Anttonny

Notas do Autor


Capitulo saiu bem rápido. Isso é meio que um "defeito" que possuo, quando tenho um capitulo pronto não consigo esperar para posta-lo. Mas na realidade isso não é um defeito para vocês, leitores.

Capítulo 8 - Rocket parte 1


Dean sentiu a dor de cabeça antes mesmo de abrir os olhos. Parecia que seu cérebro estava entrando em colapso. Sentia um latejar no crânio e uma forte ardência no nariz. Sentia seu corpo ser arrastado pelo chão, se movia como se fosse feito de papel molhado.

Abriu os olhos e assim que viu Vitor o arrastando não pensou duas vezes; Chutou o rosto do garoto e se desvencilhou de sua pegada. Rolou no chão e se levantou, se posicionado em posição de combate; Com as mãos na frente do rosto como um boxeador.

—O que, diabos, você está fazendo?!—Esbravejou.— Por que está me atacando assim?

O garoto o olhou meio atordoado.

—Eu não ataquei você... Foi você quem me chutou.

—Não banque o palhaço.— Dean instintivamente levou a mão á cintura, procurando o cabo de sua espada, ficando surpreso ao perceber que não está com ela.— O que fez com a minha Katana? E a Saur?

—Vai ser um pouco difícil de explicar se você não se acalmar...

—Desembucha.— Dean estava bem valente para alguém que está desarmado e com uma terrível dor de cabeça.

Vitor respira bem fundo antes de continuar.

—Saur foi capturado por criminosos.

—O QUE?!— Dean puxou o garoto pelo colarinho da camisa e o segurou com força ao ouvir aquelas palavras. Sentiu uma raiva crescente ao pensar que seu Pokémon estaria em perigo.— Acho melhor você explicar isso direitinho.

—A equipe Rocket é um grupo de bandidos que se especializa em roubar e capturar pokémons. São um dos maiores inimigos da liga conhecida como aliança do destino, a liga que organiza esses ginásios.

—E ele estão com o Saur?!— Dean perguntou, incrédulo.

—Sim, e também com o Gary. Acredite, eu sei o que está sentindo mas precisa se acalmar.

—Me acalmar?— Pergunta mantendo a pegada sobre o garoto ainda mais firme. Os rostos dos dois estavam a apenas dois centímetros de distancia.— Como posso me acalmar assim? Como posso saber se não é você quem está orquestrando isso? Me responda.

—Dean, você poderia confiar em mim pelo menos uma vez na vida?— Perguntou Vitor mas não havia raiva em sua voz. Ele parecia tranquilo.— Eu lhe ajudei com seu treinamento não foi? Dessa vez vamos ter que trabalhar juntos para encontrar Saur e Gary e para sairmos daqui.   

Dean o soltou mas não pareceu estar mais confortável.

—Como? Como vamos resgata-los?

—Primeiramente, se acalme. Jogaram uma espécie de gás no quarto em que estávamos. Você apagou mas consegui tirar você de lá. Estamos em um dos corredores da torre. Aqui não é seguro. Temos que chegar á cantina; Eu estava indo pra lá quando você acordou e... me atacou.

—Primeiro me diga como salvar o Saur, daí eu vou com você. 

—Dean, você é esperto mas tem que se acalmar. Fica impulsivo quando está com raiva e isso o faz ignorar coisas obvias; Como por exemplo, o fato de que não vai conseguir salvar ninguém se também for capturado.

Suspirou derrotado. Finalmente se dando conta de que o rapaz á sua frente estava certo.

—Tudo bem. Onde fica á cantina?

—É logo em frente. Vamos lá.

Correram juntos pelo corredor céptico e estreito. Dean percebeu que era apertado o bastante para que apenas uma pessoa passasse de cada vez, impedindo que andassem lado á lado. Provavelmente a torre foi construída assim para diminuir o ritmo de possíveis invasores. Malditos arquitetos inteligentes, pensou Dean, porém também sabia que aquilo lhe ajudaria muito.

Vitor abriu uma porta que estava do seu lado esquerdo. Dean o seguiu logo atrás. Entraram rapidamente na cozinha.

—Vou procurar armas. Você vai atrás dos suprimentos.— Declarou Dean.— Não sabemos por quanto tempo estaremos seguros e nem se tem câmeras por aqui. Temos pouco tempo. 

Vitor sorriu para o moreno.

—Viu? Eu disse que você é esperto. Só tem que se manter calmo. Era exatamente isso que eu planejei em vir aqui.

Correu para o balcão que o cozinheiro usa para preparar os lanches que são vendidos para a plateia nas lutas da arena. Começou a vasculhar as gavetas. Achou várias facas e pegou todas elas, arrumou uma peixeira; Um facão gigante e afiado, não tão bom quanto sua Katana mas teria que servir.

—Peguei a comida.— Declarou Vitor.— Também tinha um Kit emergencial.— O garoto retirou várias roupas de dentro de uma mochila.— Vista isso.— Disse jogando umas mudas para Dean.

O garoto pegou os trajes, contudo se sentiu desconfortável em trocar de roupa na frente de Vitor; Mesmo em um momento como aquele ele não podia esquecer do fato do garoto sentir-se atraído por si. O outro apesar disso não tinha esse problema; Se despiu e estava pronto para vestir seus novos trajes quando percebeu que Dean estava estagnado no mesmo lugar.

—Dean, é melhor você se vestir logo, não podemos ficar parados aqui por muito tempo e seu pijama não é o melhor para se estar usando numa luta corpo a corpo.

Dean concordou e desviou o olhar. Sentiu as bochechas corarem ao ver o corpo definido do garoto louro. Ele estava apenas de cueca e seu corpo estava exposto; Seu abdômen, seus braços musculosos... Balançou a cabeça, tenteando ignorar tudo aquilo.  

As roupas caíram bem no corpo de ambos; Casacos negros de um pano quentinho, luvas de lã negras, uma calça de malha. E para completar botas de couro escuro, os canos iam até a metade da canela. Dean também colocou um gorro azul de tricô sobre os cabelos.— Na opinião de Vitor aquele gorro deixou o menino ainda mais bonito. A cor combina com seu tom de pele alvo e deixa seus olhos verdes ainda mais aparentes.

—Vamos lá.— Dean disse correndo para a saída principal da cozinha; Duas portas duplas de vaivém. Ele empunha a peixeira com a mesma confiança em que levava sua Katana na bainha. Vitor estava tão fascinado por aquela cena que quase não percebeu o erro terrível que seria cometido. Correu e segurou o braço do outro, o impedindo de continuar.

—Não faça isso.— Alertou.— Não podemos saber o que tem atrás dessas portas. Seguir por elas seria loucura.

—O louco aqui é você.— Dean respondeu, emburrado. Puxou seu braço de volta.— Não ia seguir diretamente por ali. Ia ouvir, usar minha audição. Se tem guardas ali seria bom ouvir se estão discutindo algo importante. Se o desing dessa torre for igual ao que fica o seu ginásio ali fica a área recreativa né? É perfeito para reuniões.

Vitor sorriu ao ouvir aquelas palavras. Notou que esta realmente certo; Dean é inteligente mas acaba se deixando levar pela raiva e isso o atrapalha de pensar claramente. Deu um aceno com a cabeça, lhe dando permissão para continuar com o plano.

Posicionou as orelhas contra a porta. Tentou escutar o mais longe possível. Fechou os olhos e se concentrou na audição. Ouviu o ar ser cortado, com uma espécie de bater de asas. Nada além.

—Tem algo ali, parecem pássaros.— Disse Dean.— Nada além. Tipo, nada em todo o andar, só uma espécie de pássaros.

—Não são pássaros comuns.— Vitor suspirou.— São pidgeys. Pokémons usados pelos Rocket  para espionagem. São como câmeras vivas e perseguidoras. Usam a conexão para ver as imagens fornecidas pelos olhos dessas criaturas. Também tem sentidos muito afiados, provavelmente ouviram alguma coisa e vieram averiguar.

—O que faremos então?— Dean perguntou, cochichando.

—Não temos escolha agora. Não podemos arriscar, eles podem ter nos ouvido. Podem ter centenas de guardas vindo em nossa direção agora. Precisamos dar o fora daqui e a melhor forma é pela saída mais rápida, no caso, aqui.

As portas foram abertas e realmente, ali haviam muitos pidgey. Dean pulou e usando a peixeira matou um deles. Outros olharam diretamente para ele, avançou e os fatiou. Alguns tentaram fugir mas foram atingidos em pleno voo por bolas de fogo.— Dean olhou para trás, para Vitor e viu que das suas mãos saiam uma fumaça branca que subiu até o teto.

—Eu ainda posso usar a conexão com o Gary.— Explicou.— Não consigo ouvir sua voz mas ainda consigo usar seus poderes, o que significa que ainda está vivo. Não sei sobre o Saur, mas você vai ter tempo para tentar a conexão mais tarde. Agora, temos que dar o fora daqui.

—Não podemos correr o dia todo por aí.— Observou Dean.— Precisamos achar um lugar pra ficar e depois... sei lá, planejar uma forma de achar Saur e Gary e dar o fora daqui.

Os dois seguiram juntos pelo andar até chegarem as escadarias. Empurram a porta de metal e subiram os degraus com a maior velocidade que possuíam . Passaram dois andares e então chegaram a uma sala escura, uma espécie de galpão. O local têm todo o tipo de tralha; Papeis, canos de PVC, vassoura e tabuas. O que mais chamou a atenção de Dean foi um viveiro gigante, uma gaiola quadrada gradeada do tamanho de seu dorso, lá dentro havia pelo menos sete pidgeys.

—Esses são treinados pela aliança do destino. São usados como mensageiros. Igual aos pombos correio, só que eles tem uma pequena vantagem: São muito mais rápidos e acham o local indicado muito mais facilmente.— Explica Vitor.

—Pra quem você vai enviar mensagem?

—Para a sede da liga. Vou pedir ajuda.

Dean se lembra de algo; Poderia enviar uma mensagem para a policia de sua cidade? A policial Jane lhe dera um código de perigo para usar em mensagens escritas. Será que receberia recursos e reforços caso conseguisse enviar um comunicado? De qualquer jeito valia a pena tentar.

—Vitor,—chamou—é possível enviar esses bichos para um endereço determinado? Tipo dar coordenadas?

—Eles foram treinados para mandar mensagens apenas para ginásios da aliança do destino mas teoricamente é possível enviar para monumentos das cidades onde ficam esses ginásios. Pra quem você enviaria um recado?

Suspirou. Sabendo que não seria fácil convencer o menino.

—Tenho um contato na policia. Talvez se ela receber...

—Policia?! Você quer enviar uma mensagem pra policia? Nós seremos presos caso descubram o que fazemos. Nós usamos pokémons para lutar. Você matou um homem em um campeonato. Cara, você não pode enviar...

—Você pode por  favor confiar em mim? Disse que eu sou esperto, né? Então... eu não vou deixar que nos prendam. Confia em mim.

Vitor suspirou.

—Dean...

—É, sério. Por favor, confie em mim. Você disse que ama não é? Então, por favor, me deixe fazer isso.

Suspirou novamente e percebeu que já estava derrotado. Mesmo todos os seus instintos e sua cabeça dizendo: Não. Ele simplesmente sorriu e assentiu. Recebeu um obrigado pela parte de Dean.

—Tem uma condição.— Declarou. O outro olhou para ele, dava pra ver hesitação em seu rosto.—Você sempre me agride e bate, gostaria de que mudasse isso... Não vou pedir nada extraordinário, só quero um abraço. Só isso, tá legal? Um abraço.

Os ombros de Dean relaxaram. Ele suspirou em derrota e disse apenas um “tudo bem”. Pegou um papel jogado em dos cantos do quarto e com uma caneta anotou alguma coisa rapidamente. O dobrou até ficar bem pequeno e olhou para Vitor em expectativa.

Despois do recado ter disso escrito Vitor foi até o viveiro e pegou dois pidgeys, um em cada mão. Os colocou no chão e colocou os papeis enrolados nas pequenas mochilas que os pássaros levavam nas costas.

—Cede da Aliança do Destino.— Disse soltando um deles pela janela. Ele alcançou voo. Olhou meio relutante para Dean antes de soltar o segundo mas fez mesmo assim.— Delegacia da cidade de Pallet.

—Obrigado.— Agradeceu Dean se aproximando e abraçando Vitor. O menino dos olhos verdes podia ter esse tom emburrado mas conseguia ser fofo quando deixava de ser ríspido e se permitia demonstrar, o mínimo, de seus sentimentos. Vitor retribuiu o abraço na mesma hora; Tentou manter a sensação do toque salvo na memoria pelo maior tempo possível. Se afastaram segundos depois.

—Espero não ser morto.— Brincou Vitor.

—Eu também.

Vitor levou á mão há um de seus bolsos e pegou uma pokebola. A abriu e de lá saiu um Zubat, um Pokémon sem olhos com a aparência de um morcego.

—Zubats usam a ecolocalização, é parecido com o que os morcegos fazem para se locomoverem no escuro. Emitem ondas sonoras, que são imperceptíveis para as  nossas audições, para podem enxergar pelo modo como os ecos chegam aos seus ouvidos.— Explicou Vitor.— Este é o Batman. O Uso como alarme; Se ele sentir algo seremos avisados. Poderemos descansar um pouco agora.

Dean assentiu. Sentou-se em um canto e fechou o s olhos. No inicio parecia que estava dormindo mas depois abriu os olhos.

—Não consigo realizar a conexão com Saur.— A emoção e sua voz era perceptível.— Talvez porque... porque ele esteja morto...?

—Você é novo nisso. Ele só deve estar distante demais para utilizar a técnica. Minha conexão com o Geowlithe também está mais fraca.

—Você não pode ter certeza. Ele pode...pode...— Sua voz falhou no meio da frase.

Vitor foi até lá e se sentou ao lado do rapaz.

—Vai ficar tudo bem.— Prometeu.— Resolveremos isso, ok? Eu não vou permitir que nada de ruim aconteça.— Parece ter surtido efeito pois Dean ficou menos agitado, não totalmente calmo mas menos nervoso.— Agora por que não tenta dormir?— Recebeu um aceno de cabeça como resposta. Ele se aproximou e se aconchegou em Vitor; Colocou o rosto em seu peito e abraçou sua cintura. O louro se assustou com aquela demonstração de carinho espontânea no garoto, sempre tão frio e apático. Levou suas mãos até ele e lhe retirou o gorro da cabeça começou a lhe fazer cafunés e carinhos, mesmo depois do menino ter adormecido. Até que por fim, dormiu ao seu lado, ignorando todas as suas preocupações por um tempo.     


Notas Finais


Algumas coisas que quero comentar aqui:
1) Pidgeys servindo como câmeras vivas. Achei uma utilidade pra esses pokémon :v Pra mim pareceu ser interessante arrumar uma função para eles.
2) A Equipe Rocket vai ser algo mais sombrio, mais overpower. Não vão ser bobinhos como no anime mas também tem um objetivo bem definido (veremos isso mais á frente)
3) Dean e Vitor estão começando a se dar bem, acho que essa experiencia de trabalhar juntos vai dar á eles uma ótima oportunidade para se aproximarem. Veremos onde isso vai dar.
4)Um Zubat chamado Batman. Não sei se sou criativo ou idiota demais :v

P.S.: Que coisa mais fofa esse ultimo paragrafo :3 (Auto-orgulho por tê-lo escrito. Deu um trabalhão utilizar todos aqueles travessões,virgulas e pontos. :v)


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