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História Pokémon Story: A vida de Marc. - Trabalho em - quase - equipe.


Escrita por: T_Shaman

Notas do Autor


Olá galerinha :3
Essa semana me atrasei ligeiramente, muito por causa da minha preguiça, mas um pouco por que estou tentando avidamente reunir conteudo suficiente para começar a escrever o meu primeiro romance (com previsão de lançamento para o começo do ano que vem).

Então me desculpem pelos atrasos, mas as vezes é inevitável mesmo. Anyway, não pretendo deixar de lançar um capitulo por semana, mesmo com a volta da faculdade e com os outros projetos.

Falando em outros projetos, se você não leu ainda meus contos originais, talvez esteja na hora de ler! É só procurar "os mitos do shaiman" no google. Vocês não vão ser arrepender :)

Anyway, ai está o cap (que eu seique não foi um dos melhores), espero que gostem. Semana que vem tento não atrasar. flw!

Capítulo 26 - Trabalho em - quase - equipe.


Fanfic / Fanfiction Pokémon Story: A vida de Marc. - Trabalho em - quase - equipe.

“Cuidado com a garra no meu pescoço!” Sussurrei pela décima vez para Aria, com o pouco ar que restava em meus pulmões enquanto continuava a me arrastando na terra batida.

A situação era a seguinte: eu me arrastando atrás de alguns arbustos, com a bunda de Ryan a palmos da minha cara; Oliver e Matt do outro lado da grande clareira, igualmente agachados; Um cheiro forte de sangue no ar; o cheiro de chuva se elevando e a temperatura baixando; Uma monstruosidade de uns dois metros de altura bufando e socando uma carcaça bem no meio do lugar.

É amigos, nem tudo são flores quando se trabalha num centro de pesquisas biológicas.

Uma vez decido nossa participação na oferta de emprego de Bill e o plano mirabolante de Oliver para o torneio, restava discutir os métodos de treino e os objetivos nesse pouco espaço de tempo entre agora e o fatídico dia. Todos concordaram prontamente em treinar juntos toda manha, com um pouco de relutância, mas reconhecendo que era essencial se quiséssemos ter alguma chance de ganhar. Decidimos também que deveríamos treinar algum trabalho em equipe, rastreamento, comunicação e outras habilidades necessárias em situações parecidas com o ataque da arbok ou outras eventualidades. Não sabíamos muito bem como, mas o universo se encarregou disso.

Três míseros dias depois de aceitar o emprego e um problema desse tamanho já cai em nossas mãos. Pra piorar, o alerta soou na pokenav no meio da sessão de treinos matutina, o que nos fez ter que se agitar para resolver enquanto ainda estávamos exaustos dos exercícios. Decidimos fazer uma varredura na possível área de perigo, divididos em dois grupos, necessariamente com as duplas trocadas – claro que eu malandramente escolhi Ryan logo – e usando os pokemons mais fortes. A situação era perigosa demais para arriscar os inexperientes.

Aria estava no meu pescoço, mas não pretendia usar ela em batalha por um bom tempo. Só carregava-a assim por que ainda não tinha registrado em nenhuma pokebola, além de que cuidar de um pokemon recém-nascido tinha implicações que eu desconhecia. Já que Aria não tinha mãe, eu tinha que mantê-la aquecida por boa parte da sua primeira semana de nascimento enquanto seu corpo não se acostumava a fazer isso sozinho. Não era tão difícil, por que Bill e Matt sabiam bastante sobre os cuidados necessários com bebês. Claro que eu não perguntava a Matt, mas ele insistia em dizer sem ser convidado. Comecei a chamá-lo de professor nesse meio tempo por causa dessa mania irritante de querer ensinar.

Apesar da minha implicância com ele, o trabalho tinha sido extremamente agradável e proveitoso nesses poucos dias desde que aceitamos: treinar todo dia num espaço reservado e bem melhor do que os lugares que fomos até agora; aprender mais sobre meus dons sombrios; ver espécies raras; aprender sobre hábitos e informações valiosíssimas sobre os diferentes tipos de pokemons e etc. O emprego no rancho era uma cachoeira de vantagens enormes se comparadas às poucas desvantagens. Inclusive, não precisamos mais pagar a estalagem, já que Bill nos deixou dormir no mesmo galpão de funcionários que Ryan e Matt ocupavam.

Minha mente parou de divagar quando vi Ryan fazendo um dos sinais combinados e parando atrás de um arbusto. Eu ainda não tinha entendido direito todos os sinais, então não soube muito bem o que ele quis dizer, mas fiquei o mais quieto possível até alcança-lo.

“O que foi? Não saquei o sinal.” Sussurrei.

Ryan me olhou meio impaciente. “O sinal significava: ‘posição favorável’. Oliver e Matt já se posicionaram também.” E apontou para onde a outra dupla estava. Matt atrás de um pedregulho com a cabeça para fora e Oliver em cima de um galho de uma das arvores.

Por algum motivo, Ryan era muito bom com língua de sinais, então teve a brilhante ideia de nos ensinar vários códigos com as mãos para que pudéssemos nos comunicar sem fazer barulho no meio de uma emergência. Oliver pegou rápido, mas eu tive alguma dificuldade.

“Aria, se agarra direito.” Ordenei para minha sneasel, sabendo que em breve entraríamos em ação. Aria me apertou um pouco mais forte e colocou os dois pés dentro do carregador especial que eu tinha feito para ela. Puxei as cordas para que ela não pudesse sair de lá e apertei a alça no peito e na cintura para que não caísse. Eu parecia uma daquelas mulheres de roça com os panos de carregar bebês amarrados no corpo, só que mais moderno. Soltei Fúria. “E aí, quem vai começar?”

“Hmmm... Não tenho certeza.” Respondeu pensativo. “O nidoking certamente está quebrando partes da carcaça para levar ao ninho. Esse comportamento maluco só pode ser por que filhotes novos nasceram sem a gente saber. Se demorarmos demais ele vai começar a se mover e pode matar outro pokemon.”

“Então temos que prende-lo nas esferas de contenção logo.” Falei mais pra mim mesmo do que para Ryan.

Olhei para o centro da clareira novamente tentando pensar, o que não era tão fácil observando a cena dantesca de um monstro roxo quebrando as costelas de outro pokemon igualmente grande. Apesar de um espécime velho, o nidoking ainda conservava muito de sua força brutal, errar aqui significaria acabar igual à carcaça de kangaskhan aberta que serviria de alimento a prole.

Tentei me lembrar das dicas de Bill. ‘Siga o seu instinto e não lute contra o isolamento. ’

E foi exatamente o que fiz. Respirei fundo várias vezes e deixei meu instinto tomar conta. Senti a calma familiar se apossar de mim e comecei a pensar racionalmente nas várias possibilidades de nocautear o inimigo à frente. “Perna direita manca; catarata nos olhos; cansaço e fome.” Sussurrei em rápida sucessão para Ryan.

“O que?”

“Olha como ele joga o peso pro lado esquerdo do corpo.” Falei simplesmente. Estava ficando cada vez melhor em perceber os pontos fracos de um inimigo.

Meu companheiro observou o monstro para verificar o que eu tinha dito, confirmou com um aceno de cabeça e pôs a mão no queixo pensativo. “Podemos então tentar desequilibrá-lo e depois usar o pó de sono do bulbasauro de Matt.” Sugeriu.

“Não é uma ideia tão ruim, o problema é que a chuva está começando a ficar mais forte.” Concordei, mas salientando a falha no plano ao sentir os pingos tímidos de chuva pipocando na minha nuca. “Além de que eu não sei bem como um tipo venenoso vai reagir a química do pó. Eles não são mais resistentes a isso?”

“É... Eu não tenho certeza também. Que merd$.” Ryan praguejou. “Podemos atacar todos de uma vez e tentar derruba-lo antes que possa contra atacar.”

Avaliei o monstro mais uma vez. “Ta maluco? Olha aquele giratina ali! Repara a quantidade de cicatriz que ele tem no corpo. Esse bicho aguenta muita porrada!” Falei em tom de brincadeira, mas começando a ficar preocupado. “O Matt não pensou em nada? Ele não é o bom dos planos?” E adicionei em tom irônico.

Ryan se debruçou um pouco sobre o arbusto para enxergar melhor, fez uns sinais que não entendi tão bem e voltou. “Não, eles ainda estão discutindo também.”

Nessa hora o nidoking bufou mais forte e arrancou um bom naco de carne perto da caixa torácica do pokemon morto. Logo depois ele colou mais dois socos colossais na carcaça, provavelmente para amaciar mais a carne. Era assustador ver aquilo tão de perto. Senti mais alguns pingos de chuva no rosto.

 

“Acho que nossa melhor chance é atacar os olhos e... Ei, tu ta me ouvindo viad4?!” Cortei meu raciocínio no meio por que reparei que meu companheiro não estava olhando para mim. Em vez disso, ele mirava com olhos cerrados alguma coisa no meio da clareira. Resolvi seguir seu olhar e vi um objeto de um roxo mais claro se movendo e saindo da carcaça do kangaskhan. “Ahhhh car3lho, o filhote ainda ta lá!” Protestei, mas sem elevar muito a voz.

“Temos que salvá-lo!” Ryan declarou com um senso de urgência na voz muuuuuuito preocupante.

“Como assim? Nos temos que decidir o plano e comunicar a eles!” Respondi apontando pra outra dupla do outro lado da clareira. Olhei rapidamente, Oliver não parecia ter visto o filhote, mas Matt sim.

“Não podemos deixar ele matar o filhote, não da pra deixar outro pokemon morrer por descuido.” Ryan reclamou, mas falando muito mais para si mesmo do que para mim.

“Car%lho! E você pretende morrer tentando salvar ele?” Protestei, elevando a voz a níveis perigosos.

Mas os grunhidos do nidoking ao sentir o cheiro de outra presa foram mais fortes do que minhas objeções. A criatura furiosa afastou o rosto da carcaça, colocou as patas dianteiras no chão e começou a fuçar o bebe que tentava se afastar rastejando.

“Dewott!” Ryan chamou.

“Ah não...”

Foi tudo que consegui dizer antes de Ryan pular do arbusto com seu pokemon bípede correndo atrás dele. Tive que pensar rápido enquanto via nossa operação indo por água abaixo e minha dupla correndo para a morte. O nidoking ouviu o barulho e balançou as orelhas atento, levantou da carcaça com sangue no rosto e esqueceu por um segundo do bebe.

“Razor shell!” O grito foi o que fez o alvo finalmente perceber que estava sendo atacado. Oliver pulou de seu galho de arvore, Matt saiu catando cavaco de trás da sua pedra e eu continuei com meu plano de emergência atrás do arbusto.

O dewott gingou rápido enquanto sacava suas duas conchas características, pulava por cima de uma das pedras e investia contra o rosto do nidoking. O corte acertou em cheio, revelando um filete de sangue e um grito gutural de protesto.

“Water gun!”

“Vine whip!”

As ordens de Matt e Oliver acompanharam o final do urro da criatura, e o ataque de seus pokemons vieram logo depois. Vários tiros de água em rápida sucessão nas costas e dois chicotes de cipós açoitando-o nos mesmos lugares. Finalmente ele se ergueu nas duas patas. Senti que vinha coisa ruim por ai, então apressei meu plano de emergência.

“Fúria, quando eu der o sinal, você usa o ‘mata’ naquela perna ali, entendeu?” Expliquei desesperado e o mais rápido possível para o meu ratata enquanto me preparava para correr. Terminei minha arrumação e disparei por volta da clareira para chegar onde Matt e Oliver estavam antes. Fúria se preparou usando um focus energy sem que eu mandasse. Isso que é rato esperto.

No meio do caminho, porém, o que eu temia aconteceu. No meio da chuva de ataques contínuos dos pokemons de meus amigos, o nidoking soltou vapor das narinas de pura raiva, levantou uma das pernas, gritou e acertou o chão com toda a força. Todos sentiram o chão tremer violentamente e nos desequilibramos. Não consegui ver direito como eles estavam por que cai para frente, ralando o joelho e evitando a queda completa por que usei o gesso de escudo. Uma das arvores perto de mim começou a fazer um barulho sinistro de madeira rachando, o que me fez engolir a dor do joelho ralado e me projetar para frente, continuando minha corrida.

Deu tempo de ver o nidoking saltando para frente e disparando um soco colossal onde o dewott estava caído um segundo antes. Felizmente os reflexos do pokemon de água eram superiores, e ele conseguiu sair antes de virar patê.

“Atraiam ele mais para cá!” Gritei o mais alto possível enquanto completava a volta. Matt me olhou rápido, vi um olhar de entendimento cruzar o rosto dele enquanto eu chegava à posição que queria.

Outro vine whip, dessa vez direto no pescoço da criatura. “Puxe!” Matt insistiu, tentando fazer com que o nidoking fosse mais para perto do meu lado da clareira.  Claro que o pequeno bulbasauro não tinha nem de perto força para fazer algo do tipo, mas foi mais do que o suficiente para que o oponente ficasse com raiva e se virasse para matar o novo incomodo.

Cheguei atrás da pedra que Matt tinha se escondido bem a tempo de ver o nidoking chegando perto de onde tinha planejado. Me afastei contando os passos e calculando mentalmente quanta força teria que colocar no salto e aonde o alvo estaria. Me agachei para pegar impulso. Por um segundo meu estomago gelou e eu senti medo. Olhei para meu braço quebrado e pensei que não queria algo do tipo de novo. Foi só por um segundo, logo depois um grito de dor do bulbasauro me fez sair do estado de hesitação.

Ouvi Bill na minha cabeça uma ultima vez. ‘Não hesite, siga seus instintos.’

Disparei com toda força das minhas pernas. “Fúria, mata!” Gritei a ordem enquanto acelerava em direção a pedra.

Vou ter que falar pra vocês que esse é um daqueles momentos em que minha genialidade se mostra útil. Veja bem, aonde mais vocês vão acompanhar a vida de um moleque que atacou uma arbok assassina com as próprias mãos e pulou loucasso em direção a um nidoking furioso num espaço tão pequeno de tempo? Em lugar nenhum, exatamente.

Escalei a pedra com passadas rápidas usando-a de rampa e saltei vários metros no ar. Tive pouco tempo para registrar a cena e para rezar que tudo estivesse na posição que imaginei. Por sorte, – ou pelo pensamento rápido do Matt, mas isso a gente ignora - o nidoking estava bem próximo, tentando atacar o bulbasauro quando meu ratata atingiu-o na perna no momento perfeito. A criatura urrou de dor e caiu sobre o joelho direito, expondo o rosto para cima no exato momento em que eu estava voando depois do meu pulo.

Ainda no ar, soltei a frase de efeito que o lado filho da put$ do meu cérebro não parava de pensar desde que eu tinha imaginado o plano. “Marc, sand attack!” E com isso joguei o amontoado de torrões de areia que eu estava segurando com a mão boa desde o começo do conflito.

Acertei bem na cara do nidoking, enchendo seus olhos, suas narinas e sua boca de terra batida e pedrinhas. Ele já não enxergava muito, então com as outras vias obstruídas, ficou desesperado e confuso. Passei por cima dele com meu pulo e aterrissei um pouco atrás, rolando por cima do meu gesso para não me machucar. Claro que me machuquei. Cai bem perto da carcaça podre do kangaskhan. Eca.

Oliver estava rindo com muito gosto. Ryan estava meio atordoado, mas saiu correndo e pegou no colo o bebe de kangaskhan que milagrosamente não tinha sido atingido por nenhum dos ataques. Matt veio correndo em nossa direção para não ficar isolado. O monstro não estava derrotado ainda, mas agora tropeçava de um lado para o outro cego e sem meios de se guiar. Bateu com o tronco em uma das arvores, socou outra e deu uma investida furiosa na pedra. Caiu no chão depois de bater com a cabeça.

“Sorte que eu tinha esse plano maravilhoso na manga, não é mesmo?” E levantei os dois polegares na direção do Ryan.

“Teria sido melhor se você tivesse nos contado.” Matt retorquiu. “Sorte que eu pensei rápido e entendi sua maluquice.”

Mas que filho da put4... “Ei, reclama com teu amigo ai que saiu correndo igual maluco por causa do bebê de kangaskhan.” Reclamei apontando para Ryan.

“Já deu de viad3gem hein.” Oliver veio nos interromper. “Temos que entregar o nidoking para inspeção só pra ter certeza de que ele não está drogado. Como vamos fazer?”

E todos finalmente pararam para respirar e pensar no que faríamos em seguida. Cada um cuidando de seus próprios pokemons e verificando se estavam machucados.

“Não da pra usar o pó sonífero do meu bulbasauro, o nidoking tem resistência.” Matt disse ainda agachado.

“Eu também tinha pensado nisso.” Concordei com relutância. “Também não da para usar a Olly por que nem todo mundo está com protetores de ouvido.”

“Vocês tão malucos? o nidoking só tem resistência a pó venenoso, o de sono funciona normal.” Oliver reclamou, mas sinceramente ninguém deu tanta atenção para ele.

A chuva apertou um pouco mais. Senti um arrepio de frio passar por meu corpo.

. Olhei para o nidoking caído e depois para a carcaça no meio da clareira. As costelas estavam abertas, um buraco bem grande no peito com sangue congelado provavelmente tinha sido a causa da morte. Se ele conseguia nessa idade matar um kangaskhan adulto com um ice punch só, imagine o quão forte deve ter sido em seu auge...

“Talvez nós devêssemos continuar atacando até que desmaie de vez.” Ryan sugeriu.

“Caralh4 caras, o pó sonífero vai funcionar!” Oliver protestou, mas todos estavam concentrados demais e não deram muita atenção de novo.

Deixei de lado o problema do nidoking e refleti que Ryan era de fato um cara misterioso. Já o vi tomar decisões violentas e torturar um cultista sem pena, entretanto, hoje ele se arriscou sem pensar duas vezes para salvar um pokemon que nem era dele. Que tipo de maluquice passa em sua cabeça para funcionar nesses dois extremos?

“Não vai funcionar cara, já disse.” Matt negou mais uma vez a insistência de Oliver.

“Car4lho! Então vamos atacar ele logo, daqui a pouco a chuva vai fazer ele acordar e a gente vai se fu...” Mas antes de Oliver terminar a frase, um grunhido chamou a atenção de todos. A chuva tinha de fato acordado o monstro novamente. “Put3 que pariu...” Oliver lamentou batendo com a mão na testa, com a expressão mais ‘eu falei’ que eu já tinha visto na vida.

“Relaxa cara... ele ainda está com a terra na cara, não vai fazer mal a ninguém.” E bufei de escárnio.

Só que é claro que eu tenho que me fud3r, por que afinal eu não brincava de apostar com o universo há muito tempo, e o universo cobra se você esquece de lidar com ele. A maldita chuva lavou a terra na cara do nidoking assim que eu terminei de falar a frase desgraçada. Todos olharam e expressaram a mesma reação no rosto: Fud3u.

O grito de morte nos fez sair do torpor bem a tempo daquela besta investir com toda a força em nossa direção. Cada um pulou para um lado acompanhado por nossos pokemons desesperados. Por sorte ou azar, – não decidi ainda – o nidoking estava louco de raiva e passou reto quebrando várias arvores e arbustos no caminho, quase como um rebanho de taurus vindo direto do inferno. Respiramos aliviados, até lembrar que ele estava indo certeiro na direção de outro habitat.

“Mas que merd#!” Foi o que saiu da minha boca enquanto eu recolhia o Fúria para a pokebola e começava a correr atrás do monstro.

Nos encontramos numa perseguição desenfreada atrás da destruição impressionante que aquela criatura enraivecida deixava por seu caminho. Eu na frente, Ryan atrás, Matt depois e Oliver por ultimo. Cada um saltando e desviando dos troncos, pedras, buracos de terra e todos os outros destroços que a investida do nidoking causava.
 

 


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Duas horas depois, após nocautear o nidoking com muito esforço, nós quatro estávamos recolhendo destroços deixados pela nossa ação irresponsável. Discutindo, é claro, por que cada um acabava se sentindo pessoalmente atacado pelas acusações do outro e pelos erros que cometeram. Oliver principalmente censurava-nos por não ter acreditado que o nidoking teria dormido com o pó do bulbasauro, fato que confirmamos depois que tudo se acalmou.

No final das contas, apesar de todos serem muito autocríticos e exigentes, nós até que fizemos algo bem foda juntos. Derrubar um nidoking ancião atrás de comida para a ninhada não é algo que treinadores novatos com pokemons não evoluídos costumam fazer. Então apesar de estar meio bolado com minhas falhas no plano, eu conseguia ainda ficar ligeiramente orgulhoso pelo feito. Dava pra ver que os outros pensavam assim também.

Eu até teria mostrado pra vocês a segunda parte da perseguição ao nidoking, mas sinceramente eu estava muito preocupado em conseguir parar ele e agora estou muito cansado para contar o que aconteceu. Em resumo, Matt fez um plano muito bom para usarmos o tamanho do bicho contra ele. Não, nem pensem em vir me encher o saco por que estou elogiando algo que Matt fez. Vão chupar um limão.

No final das contas, eu sorri sozinho enquanto carregava a pesada tora de madeira que o nidoking tinha arrebentado. Escolher esse trabalho sem duvidas tinha sido uma ótima pedida.

“Fala chefe.” Ryan deixou o tronco dele no chão e atendeu a pokenav, fazendo um sinal com a mão para que todos parássemos.

Ele passou alguns minutos ouvindo Bill falando, concordando poucas vezes e fazendo uma expressão séria. Provavelmente isso significava alguma missão inusitada ou algum problema vindo por ai. Se as coisas continuarem nesse ritmo – e vão continuar – eu acho que não vamos sobreviver se não aprendermos a trabalhar melhor em equipe e conhecermos bem uns aos outros. E isso vale também pra aquele doente que desprezo.

Enquanto eu pensava nisso, Ryan desligou a pokenav e nos chamou para perto com a mesma cara de bunda que ele fazia quando estava ansioso. “Missão.” Foi tudo que ele disse.

Bem. Volto a falar com vocês depois que ele explicar qual é o problema e de limparmos toda essa sujeira.

 


Notas Finais


COmo sempre comentem e mostrem aos amiguinhos. TMJ! :#


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