A cada passo que dava, a borda da túnica e capa negras arrastavam no chão. Mas elas não eram as únicas a se arrastarem naquela noite fria de 31 de outubro de 1981. Aos seus pés um pokemon também se arrastava, um Arbok de nome Nagini.
Finalmente lá estava. A casa da maior ameaça à Voldemort, uma criança que nem sabia falar, filho de magníficos treinadores. Segundo a profecia, esta criança seria a causa de sua queda.
— Não podemos deixar que isso aconteça Nagini. Vamos atravessar essa porta e matá-los a qualquer custo. Poupe apenas a mulher. USE A CABEÇADA E DERRUBE ESSA PORTA.
Arbok avançou em direção a porta, desferindo - lhe um golpe de cabeça que a arrancou das dobradiças e deixou-a no chão.
* * *
Momentos antes, no segundo andar da casa que seria atacada, Lilian e Tiago colocavam Harry Potter no berço para ele dormir. Quando o baque da porta no chão os deixaram em alerta.
— THI! O que foi isso? Vá ver e cuidado, por favor. – Lilian aguardava o pior.
— Deixa comigo, se for ele não o deixarei avançar, cuide do Harry. – Tiago correu pelo corredor e enquanto descia a escada seu corpo foi se alterando, tomando a forma de um Pokémon. Um Stantler de um tamanho maior que o comum, um monstruoso Stantler que marcava o piso da escada, tão fortes eram as passadas de seus cascos.
Voldemort acabava de atravessar a porta.
— Impressionante, então esse é o famoso treinador capaz de virar um Pokémon? Vamos ver do que é capaz. NAGINI, ENVOLVER – e a cobra dessa vez se enrolou em torno do corpo do seu oponente, mas Tiago usou seus longos chifres para acertar a face da Arbok que afrouxou seu aperto por um segundo suficiente para que, mesmo com a cobra enrolada em torno de seu corpo de alce, pudesse cravar as pontas de seus chifres na barriga de seu verdadeiro inimigo, Voldemort. Antes de atingi-lo porém, Arbok se recuperou e Voldemort percebeu.
— Nagini. MORDIDA! – Ele gritou, esboçando um sorriso no rosto pálido. A cobra então mordeu o pescoço do quadrúpede que avançava em direção ao homem de preto parado em frente a porta. Tiago foi perdendo a força, até que caiu aos pés de Voldemort. Somente quando o corpo imóvel do Stantler, se tornou humano de novo, que Arbok tirou as presas do pescoço da vítima.
— Menos um. – Foi o que lorde das trevas sussurrou antes de seguir subindo a escada enquanto ria.
* * *
Lilian tinha lágrima nos olhos, apesar de não ter visto o ocorrido sabia o resultado. O silêncio e o riso que subia através da escada só significavam uma coisa.
A mulher ruiva virou para o filho de olhos verdes e lhe deu um beijo na testa.
— A mamãe te ama, Harry.
Logo sua mão saia de dentro do bolso da calça, nela, duas pokébolas, que foram abertas revelando dois pokémons. Butterfree e Raichu se colocaram um de cada lado de Lilian, que aguardava a porta do quarto ser aberta a qualquer momento.
A porta se abriu e fechou de novo, mas ninguém entrou, o coração de Lilian batia mais forte.
Mais alguns segundos se passaram e a porta abriu de novo, dessa vez uma Arbok com olhar maligno deslizou para dentro do quarto. Atrás dela o Lorde das Trevas. Imponente.
— Renda-se mulher, e me passe a criança. Você não tem a menor chance.
— É o que veremos! Raichu, Ataque Rápido! – O enorme roedor alaranjado avançou correndo em direção a Arbok.
— Nagini, Tiro de Lama. – a cobra disparou uma rajada de lama de sua boca, deixando liso o chão onde Raichu corria, o roedor perdeu o controle e esbarrou com tudo na parede, recebendo muito dano. Lilian não perdeu tempo.
— Butterfree, PÓ PARALIZANTE. – um pó amarelo alaranjado saiu das asas da bela borboleta indo em direção a Nagini que ficou incapaz de se mover. – É agora pessoal, preparem - se para um ataque duplo, vamos acabar com essa cobra asquerosa e em seguida com esse maldito! – Lilian exclamou com o corpo tremendo de medo e ansiedade, enquanto Voldemort ficava de olhos fechados, demonstrando uma calma absoluta.
— Você não precisa disso mulher. Eu quero apenas seu filho.
— Você nunca o terá, canalha. RAICHU, TROVÃO! BUTTERFREE, CONFUSÃO.
Só que exatamente nesse momento, antes de Arbok ser atingida algo aconteceu. Um Gengar de uma cor escura, um Gengar negro e olhos verdes aterrorizantes, se materializou do nada.
— Eu avisei, Gengar, faça com que todos durmam com HIPNOSE. – Butterfree caiu no chão antes de usar seu ataque, adormecida. Raichu dormiu onde estava.
— Agora sem piedade use COMER SONHOS nos pokémons. – O pouco de energia vital que restavam nos pokémons de Lilian esgotou. Lilian e Harry dormiam como se nada tivesse acontecido, ela no chão, ele no berço.
— Hahaha. Agora meu serviço ficou bem mais fácil. Nagini, saia logo desse transe e prepare o Ácido. Gengar, prepare o Bola das Sombras. Temos uma pequena vida para tirar. MIREM NO BERÇO. E ATAQUEM AGORA!
Gengar criou uma bola de energia escura no ar ao mesmo tempo que a cobra disparava seu ácido em direção ao berço. Porém, mesmo no estado de hipnose, a mãe tem o instinto de proteger o filho. Lilian estava de pé como uma sonâmbula, os braços erguidos protegendo o filho. O ataque que ela recebeu foi tão poderoso quanto o amor que ela sentia por Harry, isso fez com que o ataque fosse refletido para o Lorde das Trevas.
— Nãaaaaaao! – Ele gritou em agonia enquanto desaparecia.
Lilian estava morta no chão, e no berço, Harry Potter havia acordado com uma cicatriz em sua testa.
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