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História Poker - Motivos Para Sorrir


Escrita por: Laraa777

Notas do Autor


Annyeong!! *-*
Demorei — me desculpem ;-; — maaas já tenho o próx capítulo digitado e vou postar na data de postagem certa u.u daqui há dois dias já tem capítulo novo a não ser que haja algum imprevisto, mas eu creio que vá dar tudo certo u.u ksksk
Boa leitura ^-^

Capítulo 15 - Motivos Para Sorrir


Fanfic / Fanfiction Poker - Motivos Para Sorrir

 

Após duas semanas, Jungkook concluiu que aquele "talvez" citado anteriormente pelo mais velho, era na verdade um "não" encoberto por uma fina camada de incerteza. 

Isso porque, após duas semanas depois do incidente com a mãe de Taehyung, os dois rapazes não haviam se visto em momento algum.

Jungkook tentou a tática de voltar ao cassino, mas a surpresa se fez presente em si no momento em que, ao perscrutar o lugar, não viu sequer um único sinal do Kim.

E, após se cansar de caçar Taehyung em meio àquelas pessoas que mais se assemelhavam a animais — não que ele fosse um exemplo de pessoa com modos, mas ele definitivamente não era o mais mal-educado dali e estava longe de obter tal título —, sentou-se em uma mesa vaga no canto esquerdo do estabelecimento.

As luzes naquele local eram mais fracas do que as demais, tornando a iluminação debilitada e favorecendo o aparecimento de casais aos 'amassos'. Não que o moreno se importasse em ser o único sozinho a ocupar uma mesa.

No fundo ele ainda sentia arder em seu âmago uma faísca de esperança de encontrar Taehyung em meio à aglomeração de pessoas.

Estava prestes a desistir pela segunda vez consecutiva na noite e ir definitivamente embora, quando um rapaz sentou-se no lado oposto de sua mesa.

Jungkook percebeu que o sujeito lhe encarava — não que fosse algo difícil de se perceber, na verdade era até bem óbvio.

— Taehyung não está aqui. Ele já foi, saiu mais cedo. 

O Jeon arqueou uma das sobrancelhas. Como aquele homem sabia por quem ele estava buscando?

O desconhecido ignorou a expressão desconfiada que adornava o rosto pálido de Jungkook e acrescentou:

— Tem sido assim todos os dias. Ele chega mais cedo, joga, vence e vai embora, rápido como um raio. Pelo que pude deduzir, ele está te evitando e eu creio que sei o porquê. 

— E por que você acha que estou interessado? — Respondeu seco. 

O que aquele estranho tinha a ver com isso? Como se já não bastasse afirmar que Taehyung estava o evitando, ainda precisava citar que sabia o motivo?

Aquilo era um ultraje. E Jungkook recusava-se a admitir que o incômodo que sentira com tais afirmações era ciúme.

O homem apenas sorriu convencido, exibindo pequenas covinhas nas laterais de seu rosto. Se a situação fosse outra, ele as acharia adoráveis, mas, do jeito que as coisas estavam indo,  sequer sabia o que pensar a respeito do sujeito sentado diante de si.

— Você está andando em círculos por mais de meia hora. Ou você se perdeu aqui dentro, o que acho bem difícil já que a porta está logo ali, ou está procurando alguém. E, desde que te vi chegar pela primeira vez, não vi você falar com mais ninguém senão Taehyung. 

O Jeon exalou o ar profundamente, dando-se por vencido. O homem (que reparara ter cerca de sua idade, à julgar pelas feições jovens porém maduras) sorriu sutilmente, como se já soubesse que esta seria sua resposta. Jungkook se questionou se era realmente assim tão previsível.

— Sou Kim Namjoon. Trabalho como garçom, o que significa que ando de cima à baixo por esse lugar. O que também quer dizer que vejo tudo em todos os lugares daqui. Essa foi só uma breve explicação antes que você pense que eu te espiono. 

— Se não se importa, poderia ser mais direto? 

Namjoon apoiou os cotovelos na mesa.

— Acho que você não sabe sobre o passado de Taehyung, sabe? 

— E você, sabe? — rebateu, arqueando uma das sobrancelhas.

Ele definitivamente não assumiria estar com ciúmes. De jeito nenhum. Preferia crer que a tal sensação de incômodo tratava-se apenas de uma pequena alfinetada em seu ego, por pensar que outro homem sabia mais sobre Taehyung do que ele.

— Todos daqui sabem, as histórias correm — replicou Namjoon, indiferente.

— Você quer dizer fofocas, certo?

— Encare como quiser. Agora, me deixe terminar. Bem, vou tentar fazer um breve resumo para ver se você entende algo. A mãe dele era uma jogadora. A única diferença entre eles é que ela frequentava outra casa de jogos, à alguns quilômetros daqui. Ela não apostava a si mesma como Taehyung, mas tinha lá suas noites. Em uma delas, conheceu um homem, o qual jurou que era diferente dos outros com quem dormira. Ela se sentia diferente perto dele; estava apaixonada. Uma noite juntos tornou-se uma semana, um mês, até que eles decidiram se casar. Dizem os boatos que ela já estava grávida quando marcaram a data do casamento, mas ninguém sabe se ele sabia ou não sobre o bebê. O casamento seria algo simples, apenas no cartório, com uma pequena celebração para os parentes e amigos próximos de ambos feita em casa, até porque eles não tinham muito dinheiro para promover uma cerimônia completa. Uma semana antes, ele a largou por uma amante e sumiu. Alguns dizem que foi para Las Vegas encontrar outras jogadoras, outros contam que ele apenas se mudou para não ter que ver mais a noiva. No final, a história termina do mesmo jeito, com a mulher grávida e em busca de um emprego para sustentar o filho que ainda nem havia nascido. Ninguém queria contratar alguém com quem teriam que promover férias pré-natal e ainda ceder alguns meses após o nascimento da criança. Vendo-se sem saída, ela se envolveu com tráfico. Cá entre nós, qualquer um sabe que isso dá dinheiro. Mas ela nunca superou ser abandonada pelo noivo, e quando as coisas ficaram mais difíceis do que ela podia aguentar, acabou virando usuária. 

Jungkook aguardou que Namjoon prosseguisse, mas o rapaz apenas o fitou como se aguardasse por sua reação. Já havia contado o suficiente.

— Foi uma vida difícil para os dois, mas, onde eu entro nisso? Quer dizer, você disse que sabia por que Taehyung anda me evitando...

— Me diga, Jungkook, como Taehyung conheceu você?

 Estranhou a pergunta, já que, aparentemente, Namjoon agia como se soubesse de tudo.

— Em um jogo. 

— Dormiu com ele mais de uma noite, e se pudesse você repetiria, não? 

— Isso não lhe diz respeito — retrucou, corando levemente, mesmo sem ter consciência disso.

— Mas você sabe que, sim, você o faria — repuxou os lábios. Não tinha como dizer não àquilo. — Essa história não lhe parece nem um pouco familiar?

O moreno fitou a mesa por instantes, pensando.

O quebra-cabeças que tentava arduamente montar em seu pensamento finalmente se encaixou. A expressão “a ficha caiu” serviu-lhe como uma luva.

A história de Taehyung consigo assemelhava-se à da mãe.

Taehyung tinha medo de terminar como ela. Atualmente, o Kim sofria com o estado em que a mãe se encontrava, tudo em razão das más escolhas que a progenitora fizera após conhecer o sujeito por quem se apaixonara.

Talvez Taehyung sentisse medo de terminar como ela. Ou, quem sabe, a forma como conhecera Jungkook o lembrasse de seu pai, ao qual ele repudiava por tê-los causado tanto mal. De um jeito ou de outro, Jungkook o entendia. Entendia seu receio em aproximar-se demais.

— Por favor, me diga que é esperto o suficiente para entender, ou vou ter que te explicar isso também? — Disse Namjoon, ao cansar-se de esperar por uma resposta.

Jungkook revirou os olhos em desdém. 

— Sim, entendi. Só não entendo por que você se deu ao trabalho de me contar tudo isso se não estava a fim de gastar seu tempo explicando.

— Taehyung é meu amigo, quis ajudá-lo. 

— E por que isso o ajudaria? 

Namjoon levantou-se, apoiando as mãos na mesa.

— Acho que você é meio lento — Jungkook semicerrou os olhos, irritado. — Se ele está fugindo, quer dizer que pensa que algo pode dar certo entre vocês. Ele gosta de você, e eu não gosto de vê-lo caindo em decadência num lugar como esse. De certa forma, você é o único que pode tirá-lo daqui. Faça sua parte. 

— Isso é o que, propaganda de reciclagem? Faça sua parte e ajude o mundo? — Falou em tom de deboche.

— Não sei como Taehyung foi se interessar por alguém como você, mas isso não é problema meu.

Namjoon deixou a mesa e seguiu em direção ao bar. Jungkook o observou pegar uma das bandejas deixadas sobre o balcão — contendo algumas garrafas de bebida dispostas sobre esta — e abrir caminho por entre a multidão, distribuindo-as de mesa em mesa.

Esperou que o garoto alto e de cabelos platinados sumisse de seu campo de visão para abrir um sorriso amplo.

Sabia ter sido rude com Namjoon, mas, era isso ou sorrir como uma criança. Se não tivesse citado a irônica sátira sobre Namjoon estar fazendo algum tipo de propaganda sobre conscientização ambiental, ele teria se deixado sorrir e talvez até mesmo corar. 

"Ele gosta de você".

Não pensou que ouvir aquilo, mesmo que de um estranho, lhe causaria tanto impacto. Seus lábios teimavam em se curvar e ele os mordia com força tentando impedir.

Queria sorrir.

Gostaria de descobrir por que era tão bom saber daquilo. Talvez ele já soubesse bem o motivo, mas o guardaria para si mesmo. Não iria falar em voz alta a razão nem que estivesse sozinho. 

Tornou a morder o lábio, tentando esconder o sorriso que fazia morada em sua face, e em seguida deixou a mesa.

Iria para casa. Daria um jeito de falar com Taehyung amanhã.

 


Notas Finais


Obrigada por ler! ^-^
E antes que eu me esqueça — de novo ;-; —, MUITO OBRIGADA PELOS MAIS DE 200 FAVORITOS :3 é muito bom ver que a fic acabou atraindo atenção de tanta gente, obrigada pelos favoritos e comentários *-* vocês são demais :3
E agora, vamos ao capítulo kskd eu não sei se gostaram, sei que isso pode ter sido até mesmo repetitivo por vocês já saberem de toda essa historinha do Tae, mas o Kook precisava saber então me vi sem outra saída senão incluir isso... E nosso vkook está começando *-* ksks


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