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História Poker - Divertimento


Escrita por: Laraa777

Notas do Autor


Annyeong!! ^-^
Volteii~ ksks
Boa leitura :3

Capítulo 17 - Divertimento


Fanfic / Fanfiction Poker - Divertimento

 

Taehyung estava começando a estranhar o silêncio que perpetuava entre os dois. Claro que havia outras coisas a serem questionados por ele, como para onde Jungkook estava o levando, ou por que continuavam o caminho de mãos dadas, se nem ao menos tinham intimidade o suficiente para isso — ou será que tinham?

 Momentos depois, desistiu de encontrar tais respostas em seus pensamentos. Estava prestes a perguntar ao Jeon sobre o local para o qual estavam indo, quando o mais novo parou em frente a porta de entrada de um restaurante. 

— Chegamos. 

Taehyung ergueu o olhar até conseguir ter uma vista completa da fachada do lugar. Bonito, refinado e, certamente, luxuoso.

O que diabos eles estavam fazendo ali? 

— Você está brincando, certo? — Questionou Taehyung, e sua voz soou mais desesperada que o desejado.

— E por que eu estaria? 

Taehyung sentiu-se desconcertado. Não era de seu cotidiano frequentar locais do alto escalão como aquele.

Todavia, teve seus pensamentos irrompidos pela mão de Jungkook — que ainda entrelaçava-se à sua — o puxando para dentro do estabelecimento, junto da voz de timbre contente o incentivando a segui-lo. 

— Vem, Tae. 

Definitivamente, o julgamento feito pelo Kim quanto a aparência interna do restaurante estava certo. Lustres brilhantes pendiam do teto e quadros em tons pastéis adornavam as paredes de cores claras. Estava encantado e, ao mesmo tempo, espantado.

Não fazia ideia de como se portar ou agir diante das pessoas que ocupavam as outras mesas em torno deles. Pegara-se pensando em como até mesmo o ar presente naquele tipo de ambiente parecia ser diferenciado do que pairava pelas ruas da cidade.

Assim que se sentaram em uma mesa vaga, Taehyung, logo de início, percebeu os inúmeros talheres de prata com formatos variados. Sua sensação de peixe fora d’água evoluiu para a de peixe em uma frigideira. 

Suspirou. Só então notara que Jungkook possuía um pequeno sorriso nos lábios, como se estivesse achando graça de sua faceta desesperada — ou, de acordo com sua imaginação fértil, como se estivesse tentando esconder o fato de ter armado tudo aquilo por saber que ele se sentiria desconfortável.

Então era isso? Jungkook queria lhe deixar desconcertado? Desestabilizado? Pois, se esse era o objetivo, estava obtendo êxito.

— Jungkook — chamou, enquanto sentia o desejo de se levantar e correr para longe dali crescer a cada segundo.

— Sim? 

Momentaneamente, o mais velho perdeu a fala e as palavras travaram em sua garganta.

E se o mais novo quisesse apenas lhe fazer uma surpresa agradável e era ele quem estava estragando? O que iria dizer? "Me desculpe, mas sou pobre e você está fazendo-me passar vergonha neste lugar"? E se Jungkook não soubesse que ele não pertencia àquela classe?

Bem, agora que havia chamado a atenção do garoto e conseguido que as orbes escuras se focassem em si, teria de dizer algo.

— Eu... agradeço por isso. Mas, sinceramente, não faço ideia de como usar metade desses talheres — falou rapidamente e abaixou o olhar, não querendo ver a possível expressão de desapontamento que imaginava adornar o rosto pálido. 

Surpreendeu-se porém, com a resposta que obteve:

— E você acha que eu sei?

Taehyung voltou a fitá-lo, estático. 

— O quê?

O moreno riu. Estava claramente achando graça daquilo. 

— Se importa com a opinião de alguma dessas pessoas? — Questionou Jungkook, fazendo com que Taehyung olhasse em volta. 

O Kim avistou diversos homens de terno, acompanhados de companheiros de trabalho ou de mulheres em vestidos elegantes e rendados. Não que ele tivesse algum preconceito quanto àquelas pessoas, apenas não gostava da forma naturalmente desnaturada que riam ou o modo com que lhe olhavam, exibindo faces recobertas por grossas camadas de maquiagem e olhares que exalavam uma superioridade não-existente.

Após terminar sua breve observação dos que lhes rodeavam, respondeu a pergunta de Jungkook com um menear de cabeça negativo.

Definitivamente não se importava com o que aqueles — intitulados por ele grosseiramente de riquinhos — iriam pensar de si.

— Ótimo, porque eu também não. E sinto pena de quem quer que seja o responsável por lavar toda essa louça. Imagine ter que lavar todos estes garfos! Eu teria vontade de espetar alguém — Taehyung riu. 

E, pela primeira vez naquela noite, manteve um sorriso no rosto por um longo período de tempo.

Jungkook não estava fazendo aquilo para lhe impressionar, nem para que se sentisse constrangido. Estava tentando o divertir e, a julgar pelo rosto risonho de Taehyung, estava funcionando. 

O mais velho resolveu entrar na brincadeira.

— Qual a necessidade de empilhar dois pratos sendo que só vamos comer em um deles? — Brincou Taehyung.

— Vai ver ocorreu mesmo que sempre acontece comigo quando vou no aniversário de alguma criança e, quando tento pegar um daqueles pratinhos de plástico, acabo pegando dois porque não consigo descolá-los. 

Ambos começaram a rir. Os outros casais presentes no recinto olharam para eles de forma reprovadora.

Do ponto de vista alheio, aqueles dois garotos não estavam sentados de forma perfeitamente ereta e imóvel, nem mesmo cobriam a boca com a mão direita enquanto riam.

Não tinham classe alguma para estarem naquele ambiente sofisticado.

Não pareciam bonecos, apenas pessoas.

— Por quanto tempo é possível equilibrar um poodle na cabeça? — Perguntou Jungkook, fazendo com que Taehyung franzisse o cenho, intrigado. 

— Por que quer saber isso?  

— Porque aquela mulher parece ter um. 

Apontou de relance para uma das mesas e ambos começaram a gargalhar em tons audíveis.

Um homem de meia-idade com uma expressão séria apresentou-se como sendo um dos garçons e perguntou-lhes o que iriam pedir. Após lerem de forma rápida o cardápio, pediram o que lhes parecia ser a opção mais simples e que mais se assemelhava à comida de verdade naquele lugar: duas porções de japchae — prato típico da culinária coreana e, por obra do destino, prato predileto de Taehyung — e um vidro de champanhe com baixo teor alcóolico. 

Por mais firmes que estivessem quanto à promessa de serem apenas amigos, ambos tinham noção de que, se bebessem demais, os riscos de passarem dos limites dobrariam. 

Após a chegada dos pratos pedidos e do término da refeição, e antes que o silêncio tomasse conta dos dois, Jungkook se pronunciou. 

— Como está sua mãe? 

— O médico me disse que ela voltará amanhã de manhã para casa.

— Você não parece muito feliz — comentou, sem querer aparentar estar sendo invasivo.

— Não é como se eu fosse soltar fogos de artifício — disse e deixou escapar um suspiro baixo. — Temos uma relação um pouco difícil e, às vezes, me pergunto se realmente cuido dela do jeito certo. Se eu estivesse cumprindo com todas as responsabilidades que assumi ao me comprometer a cuidar dela, ela não teria ido parar no hospital.

Jungkook percebeu o quanto Taehyung ainda culpava-se por aquilo. Ele de fato queria poder ajudar, mas mal sabia como realizar tal proeza.

Teve então uma ideia — a única em que conseguiu pensar. E, mesmo sem saber se era realmente um bom plano falar o que estava prestes a dizer, ignorou suas inseguranças e prosseguiu.

— Ao menos você tem mãe. 

 

 


Notas Finais


Obrigada por ler! *-*
Que as teorias comecem u.u kskdkdk
E EU SEI, EU SEI, CORTEI O CAPÍTULO DE NOVO, MAAAAAAS eu já tenho o próximo digitado, só não postei tudo de uma vez pra não deixar o capítulo muito grande ksks daqui há 3 dias eu volto ^-^
Jungkook com pratinhos de aniversário é como eu na vida :') ksksksksks


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