1. Spirit Fanfics >
  2. Poker >
  3. O Outro Lado da Moeda

História Poker - O Outro Lado da Moeda


Escrita por: Laraa777

Notas do Autor


Annyeong!! ^-^
E já vou responder os comentários do capítulo anterior (que, apenas frisando, eu amei *-*), é só que eu queria postar o capítulo hoje e, se eu os respondesse antes de postar, acabaria ficando muito tarde :/
Boa leitura ^-^

Capítulo 24 - O Outro Lado da Moeda


Fanfic / Fanfiction Poker - O Outro Lado da Moeda

 

Naquela mesma noite, após chegar em casa, Taehyung atirou-se sobre a cama, deixando o corpo despencar sobre o colchão. 

Estava exausto, mas não pela caminhada. Seu emocional encontrava-se esgotado. 

Não soubera como responder à pergunta de Jungkook. Até porque, se o fizesse, as coisas tornariam a desandar entre os dois. Tal motivo o fez virar-se e ir embora, sem palavras, perguntas ou versos. 

Taehyung sentia que cada passo para longe era como andar sobre agulhas, mas ele precisava. 

Jungkook era como um penhasco, mas era em Taehyung que estava o perigo.

Fechou os olhos por breves momentos, cansado de recordar as mesmas lembranças, estas ainda tão recentes.

Mas, após alguns minutos, ele ironicamente pegou no sono. 

Horas mais tarde, ao despertar, agradeceu mentalmente por serem apenas oito horas da noite e ele ainda ter tempo de ir ao cassino. 

Estranhou o silêncio absoluto do ambiente, perguntando-se onde estava sua mãe. Não que ele a tivesse perdoado. Ainda estava inconformado pelo modo como ela havia tratado Jungkook.

No entanto, estava ciente de que, por ter saído logo pela manhã e almoçado na casa do Jeon, ela provavelmente ainda não havia se alimentado. 

Andou pela casa. Por fim, encontrou-a deitada na cama. Suspirou pesadamente. Queira ele ou não, ela ainda era sua mãe e sua responsabilidade. 

Foi até a cozinha e pôs-se a fazer dois sanduíches bem recheados. Não tinha tempo para cozinhar algo; logo teria de sair com destino traçado ao cassino. Poderia fazer um bom almoço amanhã para compensar.

Deixou um dos lanches sobre a mesa para seu consumo próprio e colocou o outro em uma bandeja, junto de um copo d'água e dois comprimidos.

Voltou ao quarto da mãe e sentou-se na beirada da cama observando o corpo em repouso, levemente encolhido pelo frio. As cobertas espessas não eram suficientes para acalentar o frio da noite, mas não havia mais nada a se fazer senão aguardar pelo nascer do sol.

Tocou o ombro desta e a chacoalhou levemente até que a visse abrir os olhos. 

— Precisa comer. E tome os remédios também.

Deixou a bandeja sobre o criado mudo e saiu.

A mulher piscou repetidas vezes até que a visão se ajustasse à claridade do quarto e, assim que seus olhos lhe permitiram ver silhuetas embaçadas, observou o corpo esguio do filho deixar o cômodo.

Apertou o lençol em uma das mãos. Taehyung nunca havia a tratado daquela forma. Ele sempre a esperava tomar os remédios para se assegurar de que ela estava os ingerindo corretamente, ou se estava se alimentando bem. 

Não desta vez.

A lembrança de que ainda não havia sequer almoçado preencheu sua mente ao ver o lanche deixado ao lado da cama.

E, por mais que seu estômago estivesse protestando quanto à sua teimosia, ela nem sequer tocou na comida. 

Enquanto isso, sentado à mesa, Taehyung terminou de comer e em seguida voltou ao quarto de sua mãe para buscar a bandeja que, segundo seu pensamento, estaria vazia. 

Meneou a cabeça em desdém quando viu-a intacta.

— Eu vou sair e não sei por quanto tempo estarei fora, acho bom comer. 

Após se pronunciar, deu as costas ao quarto e saiu novamente. 

A senhora Kim esperou ouvir o estalo da fechadura da porta de entrada para pegar o lanche em mãos. Comeu-o apressadamente e tomou os remédios, empurrando-os garganta à baixo com a ajuda da água.

Sua teimosia não a deixara o fazer enquanto sabia que o filho estava em casa. Seu orgulho era maior que o de muitos por aí. 

E, por mais duro que soasse, ela tinha total consciência de que era uma pessoa amarga. Seu estresse por estar em um estado tão deplorável era dirigido a Taehyung, como um alvo ao qual ela encontrara para aliviar seus problemas.

Só não esperava que um dia o garoto fosse responder às suas provocações de uma forma tão igual; tão fria. 

Não gostava de se aceitar como alguém que jogou a própria vida fora. Era bem mais reconfortante culpar o nascimento de Taehyung por sua ruína.

Afinal, culpar os outros por um erro nosso é sempre mais fácil. 

Se perguntava se era mesmo necessária toda a frieza de Taehyung para consigo, apenas por ela tê-lo pego enlaçado ao corpo de outro por debaixo dos lençóis. 

Claro, havia exagerado quanto às acusações que fizera e na forma de tratamento que usou com ambos os garotos. Mas, quando foi a última vez que alguém a viu ser gentil? 

Permanecia inconformada com tamanha importância que o filho estava dando àquilo. Afinal, o garoto com quem Taehyung dormia quando ela o havia acordado era apenas um caso de uma noite, certo? 

Mas, se fosse mesmo apenas isso, por que o filho haveria de se rebelar? Por que ela presenciaria tanta mágoa e revolta em um único olhar de Taehyung, o qual foi direcionado para si após a ida do sujeito? Por que correr atrás do garoto de madeixas escuras?

A menos, é claro, que não fosse apenas um caso de uma noite. 

Lembrou-se da frase que deixara os lábios do garoto pela manhã, no início de toda a confusão. "Nós a encontramos desmaiada e a levamos para o hospital." 

Riu amargamente, sentindo seu peito arder em uma mescla de raiva e inconformidade. Mas, pela primeira vez em anos, sua raiva não era direcionada a Taehyung, mas a si mesma.

Obviamente, aquele garoto significava bem mais para seu filho do que ela imaginava até segundos atrás. 

Por mais que fosse uma pessoa difícil de conviver, amava o filho, mas fazia isso à sua maneira, mesmo que esta fosse egoísta e irracional.

Ansiava pelo dia em que Taehyung arranjaria alguém com quem pudesse ter uma vida de verdade.

Todavia, verdade seja dita: talvez ela o tratasse mal como uma forma de tentar afastá-lo, para que assim o garoto a deixasse de uma vez e fosse viver uma vida só dele.

 São poucos os que conseguiriam entender o que é ter de conviver com a sensação de ser a causadora de todo o sofrimento da única pessoa que ainda a ama, ao mesmo tempo que Taehyung é a única pessoa que ela ainda tem para amar.

Sua vida era, dizendo de um modo exorbitante, um inferno, e ela sentia estar arrastando o filho consigo.

 

 


Notas Finais


Obrigada por ler! *-*
Achei que iria ficar bom esclarecer o lado da senhora Kim, mesmo que ele não faça muito sentido pela forma que ela o trata. Nem sempre as coisas fazem sentido, e ela não tem uma saúde mental muito boa, vale recordar kkkk
(***notas finais editadas***)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...