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História Poker - Um Oponente Arriscado


Escrita por: Laraa777

Notas do Autor


Annyeong!! *-*
Boa leitura :3

Capítulo 25 - Um Oponente Arriscado


Fanfic / Fanfiction Poker - Um Oponente Arriscado

 

Taehyung inalou o ar profundamente, fitando a fachada do estabelecimento à sua frente. 

Estava parado há cerca  de — de acordo com o horário marcado na tela inicial de seu celular — dez minutos na calçada diante do cassino, perguntando-se o porquê de não entrar de uma vez e acabar logo com isso, assim, poderia retornar mais cedo para casa.

Mas a verdade era que Taehyung queria distância do cassino, ao mesmo tempo em que repugnava a hipótese de ter de voltar para casa. Queria vagar por aí, distrair a mente, esfriar a cabeça.

Após lembrar-se do motivo pelo qual estava ali, Taehyung andou a passos apressados para dentro do lugar. Pensar demais iria prejudicar sua mãe e a si mesmo mais tarde. 

Mas, ao contrário dos outros dias em que frequentara o local, ele não distribuiu sorrisos, olhares e muito menos provocações. Não conseguia dar-se ao trabalho de encarar todos aqueles que sorriam por seu retorno ao mesmo tempo em que o comiam com os olhos, jogando consigo como se fosse um mero prêmio a ser ganho.

Claro, se preciso, ainda era um expert na arte de sorrisos falsos. Mas só utilizaria o talento — ou será um fardo? — caso entrasse em uma situação realmente necessária. Ter de sorrir para encontrar um competidor com o qual jogar era uma.

Taehyung nunca se sentiu tão mal ao receber atenção de outros. E ele tinha total certeza de que aquilo era culpa de um único alguém com quem tivera uma conversa mais cedo. 

O único par de olhos que ele queria que lhe olhasse, era o mesmo que havia derramado lágrimas por sua causa. 

Um bolo se formava em sua garganta sempre que se lembrava dos olhos marejados do Jeon. Àquela altura, Taehyung não se sentia triste, mas passava longe de estar feliz.

Estava apenas cansado. 

Cansado de tudo e de todos, buscando uma rota de fuga em cada canto que ia.

Antes, a escolha que fizera parecia a mais certa — e de fato ainda era. No entanto, agora, tudo que Taehyung queria era voltar a entregar-se nos braços do garoto de madeixas escuras.

Esquivou-se de seus próprios pensamentos ao se dar conta de que estava, pela enésima vez, divagando.

Encarregou-se de seguir até sua mesa. Em meio ao trajeto, uma mão segurou seu braço.

Mesmo que o contato não fosse doloroso pois a força usada era pouca, Taehyung sentiu um arrepio gélido percorrer sua espinha, arrepiando-o como se o medo percorresse seu corpo em uma fração de segundo.

— Tae, o que você está fazendo aqui?

Tranquilizou-se de imediato ao ouvir a voz de Namjoon.

Ficara com medo de que fosse o Jeon. Não saberia como reagir se esse fosse o caso.

— Estou jogando — replicou junto de uma risada fraca, fazendo-a soar em tom casual.

— E por que diabos você está fazendo isso?

Namjoon parecia estar inconformado.

— Você sabe por quê. Preciso do dinheiro — replicou ríspido.

Não que quisesse ser mal educado com Namjoon, mas o amigo sabia o quanto ele detestava tocar naquele assunto.

— Não estou falando disso e você sabe — disse Namjoon, e arqueou uma das sobrancelhas.

Revirou os olhos ao ver que Taehyung realmente não estava lhe entendendo.

"Então é verdade que o amor deixa as pessoas burras" — pensou, ao ver o olhar desentendido de Taehyung.

— Tae, Jungkook é filhinho de papai, ele tem dinheiro para sustentar mais seis de você, e nós dois sabemos disso.

Taehyung emitiu um longo suspiro.

— Não fale assim dele, ele tem mais problemas do que aparenta... Espera, como sabe o nome dele? A propósito, nunca falei sobre ele à você — Namjoon fingiu ouvir alguém lhe chamar, e, estava prestes a sair dali quando Taehyung segurou-o pela manga do uniforme. — O que você falou para ele? 

— Juro que apenas a verdade — disse com um sorriso amigável, na esperança de que aquilo bastasse como resposta para Taehyung.

— Namjoonie, sério, o que foi que você disse a ele? E quando isso aconteceu?

— Na semana em que você começou a ir embora mais cedo para evitá-lo. Ele veio aqui quase todos os dias na primeira semana, sabia? — Por pouco, e quero dizer realmente muito pouco, Taehyung não deixou que um sorriso bobo domasse seus lábios. — Falei que você gosta dele, estou errado?

O Kim arregalou os olhos, deixando que seu queixo pendesse para baixo, assim como o que ocorrera com sua privacidade ao cair nas mãos do amigo.

Taehyung não tinha ideia de como reagir. Estava pensando seriamente em se deveria abraçar Namjoon ou acertar-lhe um soco no queixo. 

Ao final, acabou apenas por suspirar. 

— Tae, não estou dizendo para você viver às custas dele. Você pode arranjar um emprego e ir pagando aos poucos o que ele te emprestar, o que acha? 

— E minha mãe, Joonie?

Namjoon conteve a vontade insana que sentiu de revirar os olhos. 

— Sabe o que eu acho dela. Ela não merece todo esse seu esforço. 

— Ela ainda é minha mãe. 

O garçom repuxou os lábios, deixando que toda sua chateação viesse à tona. 

— Você pensou naquilo que eu te falei?

— Em mandá-la para uma clínica? – Taehyung riu sem ânimo. — E com que dinheiro vou mantê-la lá? Acha mesmo que iriam pagar os remédios dela? Eu teria que pagar a medicação e a clínica. Teria o dobro de despesas. 

Namjoon afagou brevemente os cabelos de Taehyung. Desejava poder ajudá-lo, mas seu salário do mês não chegava nem perto do que Taehyung ganhava em duas semanas. 

— Sabe o que aconteceu com as minhas cartas depois que saí? Tenho um jogo para hoje.

— Precisa mesmo ser hoje?

Namjoon havia percebido a mudança brusca de assunto de Taehyung, mas optou por ignorar.

Era costumeiro de Namjoon estar à par da vida alheia, expondo sua opinião própria. Mas ele também possuía noção de respeito, mesmo que de vez em quando não a usasse muito. Todavia, Taehyung era seu amigo e ele o respeitava por saber que, além de ser o certo, era a melhor opção, já que insistir no assunto da mãe do Kim não era uma alternativa muito frutífera.

— Sim, por quê? Algum problema? 

— Apenas seu rival de hoje. Por acaso já viu quem está à sua espera na mesa?

Taehyung percorreu os olhos por entre uma pequena aglomeração, até conseguir que sua mesa estivesse dentro de seu campo de visão.

E, assim como anteriormente quando Namjoon segurara seu braço, sentiu seus músculos tencionarem-se em resposta ao medo que sentiu.

Seu adversário da noite seria o mesmo de algumas noites atrás. O homem alto e de cabelos ruivos que por pouco não vencera. E também, o mesmo que naquele exato momento, lhe encarava como se o desafiasse a ir até ali.

 Taehyung sentia o olhar daquele homem queimando cada pedaço de sua pele. Engoliu em seco, mantendo os olhos ainda vidrados na figura.

— Boa sorte – desejou Namjoon, ao ver no rosto de Taehyung que ele estava mesmo determinado a jogar.

Taehyung acenou como agradecimento e andou até a mesa. Já havia vencido muitas outras vezes e aquela não seria diferente. Lembrava-se das jogadas mais usadas pelo outro, isso já lhe dava certa vantagem. Agora, restava-lhe que confiasse na sorte, e precisaria torcer para que esta não o deixasse na mão. 

 

 


Notas Finais


Obrigada por ler! *-*
E gente, calma, não vou dar spoiler mas agora é a hora em que eu paro de enrolar u.u estou com medo de deixar a fic enjoativa, então calma que já já terá interação do OTP :3
(***notas finais editadas***)


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