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História Poker - Incômodo


Escrita por: Laraa777

Notas do Autor


Annyeong!! *-*
Vou responder os comentários do capítulo anterior amanhã porque hoje consegui um tempinho à mais e quero aproveitar para atualizar minhas outras fics que andam um pouco atrasadas ;-; mas fiquei realmente feliz com os comentários, obrigada por todos!! :3
Tenho algo nas notas finais que talvez interesse à vocês e.e ksksks
Boa leitura! ^-^

Capítulo 31 - Incômodo


Fanfic / Fanfiction Poker - Incômodo

 

— Vamos? — Perguntou Jungkook, terminando de afivelar o cinto de sua calça.

No outro cômodo, Taehyung encarava o espelho pelo que acreditava ser a enésima vez, deslizando a ponta dos dedos por sobre a franja perfeitamente penteada. Nem um fio castanho sequer parecia se atrever a sair do lugar. 

O Jeon caminhou pela casa à procura do mais velho, já que não havia obtido resposta. Conhecia Taehyung o bastante para deduzir que, na mais provável das hipóteses, estava divagando em algum canto.

Sorriu desacreditado ao encontrá-lo em frente ao espelho do banheiro, arrumando o cabelo e buscando por qualquer defeito microscópico que pudesse haver na maquiagem básica e discreta em seu rosto. 

— Tae — segurou a cintura do Kim por trás, apoiando o queixo sobre o ombro dele. — Você está lindo — comentou, deixando um selar demorado no pescoço de tez acobreada. O perfume de Taehyung obtivera com êxito o foco de sua atenção. — Todos vão adorar te conhecer, não se preocupe tanto.

O mais velho inspirou o ar profundamente, fechando os olhos. Como Jungkook podia lhe pedir para ficar calmo visto a situação em que estava?

 Jungkook havia o convidado para ir consigo à uma festa da empresa onde trabalha. Não era preciso mais do que isso para explicar todo o nervosismo de Taehyung. Sem contar que ele iria conhecer todos os companheiros de trabalho e amigos do Jeon.

É, não havia calmante no mundo que tirasse aquele frio da boca de seu estômago. 

— Temos que ir agora ou vamos nos atrasar. Está pronto? — Questionou Jungkook, irrompendo o abraço. 

— Espera, ainda precis... — disse e encarou o espelho pela milésima vez. Mas, antes que pudesse terminar a frase, Jungkook o puxou rindo.

— Seu rosto está lindo e seu corpo fica muito atraente com esse terno, então chega de se olhar no espelho procurando defeitos que não existem. Nós precisamos ir. 

Taehyung sorriu discreto desistindo de retrucar. Acompanhou o mais novo até a garagem do prédio. 

Não demorou muito para que estivessem próximos do carro de Jungkook.

Todavia, ao se dar conta de que estavam realmente indo, o coração de Taehyung palpitou e ele sentiu as mãos suando por conta do nervosismo. Sabia que era ridículo ter tal comportamento para alguém que já se oferecera sem vergonha alguma em um jogo, mas, tudo parecia tão diferente do que estava habituado.

Não seriam pessoas sem caráter algum ou um bando de idiotas sedentos pelo seu corpo que iria encontrar.

Conheceria o círculo de amizades do rapaz com o qual tinha uma relação estável; céus, como sua vida havia virado de cabeça para baixo tão rápido?

Adentraram o veículo e puseram o cinto de segurança, arrumando-o de modo a não amarrotar a camisa social integrada ao terno. Antes de dar a partida, o Jeon segurou a mão de Taehyung, surpreendendo-o.

— Vai dar tudo certo, ok? — Proferiu Jungkook calmo, deixando uma leve carícia com o polegar na palma da mão de outrem.

Taehyung sorriu e se inclinou, roubando um selar do mais novo.

Jungkook retribuiu o sorriso ao se afastarem. Empertigou-se e levou ambas as mãos ao volante, focando-se no cenário à frente. 

O carro deixou o estacionamento e seguiu estrada à fora. Taehyung distraiu-se olhando pelo vidro frontal do carro; ocupava o banco do carona, ao lado de Jungkook.

Logo estavam sobre o asfalto de uma estrada movimentada. Estava escuro devido ao horário, mas as centenas de carros enfileirados com faróis acesos corrompiam o breu e tornavam o trajeto claro como o dia. 

As luzes dos postes também contribuíam, iluminando seus rostos e desenhando nestes uma faixa de luz amarelada sempre que passavam perto de um.

Podia ser um desejo infantil mas, Taehyung adorava sair à noite. Todas aquelas luzes cintilantes em contraste com o céu noturno deixavam-no com as íris dos olhos brilhando como as de uma criança; era encantador.

Notou que o asfalto liso e contínuo refletia  toda aquela luminosidade, chegando a brilhar como se estivesse molhado. Lembrou-se de que havia chovido à tarde, talvez fosse por isso.

Voltou seu olhar para o lado, onde encontrava-se o Jeon.

O moreno estava bonito; melhor, estava indiscutivelmente lindo. As madeixas escuras haviam sido recobertas com uma fina camada de gel e penteadas para lados distintos, deixando-o com uma franja repartida ao meio e levemente sobressaltada. Isso sem contar o terno que envolvia o corpo de musculatura bem definida do garoto; calça social e gravata escuras, a parte de cima do terno era tingida em um tom de vinho, e camisa social branca, com o primeiro botão desabotoado.

Mordeu o lábio involuntariamente tentando conter um sorriso luxurioso. Quando voltassem da tal festa, iria se encarregar de remover cada peça daquele maldito terno que deixava o outro ainda mais sexy que o normal.

Expôs um de seus peculiares sorrisos de formato retangular, deixando os dentes enfileirados e os olhos curvados em uma meia-lua contente.

Sentia-se um cara sortudo por ter Jungkook ao seu lado. Era grato a tudo que ele já havia feito por si — e tudo que continuava fazendo em sua vida.

Seus pensamentos foram afastados como fumaça ao vento ao ver o semblante de Jungkook se tornar sério; preocupado. 

Olhou para frente e, em uma fração de segundo, tudo pareceu congelar em um freme de imagem quando avistou um caminhão derrapando na pista. 

O veículo longo à frente dos dois parecia ter perdido o controle. E, após tanto resvalar sobre a estrada, parou enviesado, cobrindo as pistas da direita e da esquerda. 

Jungkook fora rápido em jogar o carro para o lado, ocupando a pista menos movimentada. Se permanecessem naquela onde estavam, outro carro poderia os prensar contra o caminhão e o estrago seria pior não só para os carros.

Taehyung encolheu-se no banco, fechando os olhos com força. O carro cantou pneu e a borracha desenhou no asfalto duas linhas cinza distintas.

E então tudo se tornou embaralhado demais para Taehyung entender. O som estilhaçado de vidro acompanhou o impacto doloroso que sentiu do cinto de segurança contra seu peito. 

Seus olhos se mantinham fechados e sua cabeça latejava pela forma grotesca com que o veículo fora parado.

O som de buzinas tornou-se distante e ele enfim criou coragem para abrir os olhos. Sua visão do interior do carro era fosca, duplicada.

Estava desorientado e com uma dor intensa no peito. Ainda podia sentir o puxão brusco do cinto em suas costelas. Desprendeu-se do cinto tentando amenizar a sensação ruim.

Piscou inúmeras vezes, recobrando a consciência que lhe fora arrancada com a batida de carro.

Seu pensamento gritou que precisava se recompor e buscar ajuda para si e para Jungkook. 

... Jungkook!

Olhou para o lado de imediato. Um grito esganiçado arranhou suas cordas vocais quando viu que o rapaz ainda estava desacordado.

Havia um ferimento na testa do Jeon, o qual deduziu que fora obtido enquanto este tentava guiar o carro. Provavelmente havia batido a cabeça no volante.

— Jun...kook... — Tossiu. Sua voz estava falhada e fraca. Pigarreou, soluçando por conta do choro que estava preso em sua garganta. — Gukkie, acorda — ordenou, apertando o braço do moreno.

Nada.

— Jungkook! — Enfim pôde gritar, mas não obteve resposta alguma. — Jungkook! Acorda, vai, reage! Jungk... — sua voz tornou a falhar e seu peito apertou-se. 

Começou a respirar ruidosamente; sua garganta parecia trancada e o ar recusava-se a chegar à seus pulmões. Não sabia se era por culpa do desespero que estava sentindo, ou pelo esforço excessivo que fazia para gritar.

— Jungkook!! — Berrou, engasgando-se com a própria saliva.

O gosto em sua boca era ferroso e Taehyung estava começando a se perguntar se o líquido resumia-se à apenas saliva ou se estava pior do que pensara; se estava cuspindo sangue. 

— TaeTae... 

Ouviu a voz do moreno. Olhou de imediato para ele.

— Jungkook...

— Tae, acorda — o garoto disse com os olhos semicerrados e o mais velho confundiu-se. — Taehyung... Tae... 

O Kim viu tudo à sua volta tornar-se embaçado e sentiu-se mergulhando em um breu. De repente, os braços do moreno abraçavam seu corpo. Agitou-se, perdido no ambiente.

— Shh... Tá tudo bem, foi só um sonho. Calma, Tae. Olha pra mim — as mãos de pele morna do mais novo seguraram seu rosto o mantendo voltado para si. — Fica calmo — deixou inúmeros selares breves pela face ainda amedrontada do mais velho. 

Taehyung fitou atento o contorno do rosto de Jungkook. Era só o que podia ver, já que o ambiente em que estavam era escuro. Prendeu os braços em torno da cintura sem muitas curvas de Jungkook e o puxou para um abraço. 

Jungkook acolheu o mais velho em seus braços e afagou as madeixas castanhas bagunçadas. Pela maneira com que Taehyung debatera-se na cama minutos antes, não era para menos. O mais novo apertou o corpo de Taehyung contra o seu ao sentir o quanto o coração dele estava disparado e a respiração, acelerada. Preocupou-se.

Taehyung olhou por cima do ombro de outrem. Viu a cortina que cobria a janela do quarto e a pequena cômoda ao lado da cama onde estavam. Suspirou em alívio. Seu cérebro enfim entendeu que estava no quarto do mais novo.

Afrouxou o aperto exercido por seus braços em volta do corpo alheio e desfez-se do abraço. 

— Está melhor? — Perguntou Jungkook, deslizando a mão pelo antebraço do mais velho suavemente, deixando um carinho ali.

Taehyung assentiu, apoiando a testa no ombro de Jungkook. 

— Pesadelo? — Prosseguiu com o interrogatório particular, obtendo um murmúrio afirmativo como resposta. 

Taehyung lembrou-se das cenas criadas por seu subconsciente. Arrepiou-se. Queria esquecer tudo aquilo o mais rápido possível. 

— Você me deixou preocupado — comentou Jungkook, com um sorriso aliviado. — Acordei quando você começou a resmungar e a se remexer. Não te acordei porque achei que estava tendo um sonho comum mas, de repente, você começou a me chamar, pensei até que estivesse acordado — Taehyung sorriu sem jeito. — Quando começou a gritar e eu vi que você estava chorando me desesperei um pouco — ambos sorriram. Taehyung estava se acalmando aos poucos. — Então você continuou me chamando e passou a se debater. Confesso que mereci a braçada na cara que você me deu, deveria ter te acordado antes — Taehyung riu sentindo as maçãs de seu rosto esquentarem. Havia pagado um mico e tanto. — Não que eu não tenha tentado, te chamei por uns dois minutos e nada, cheguei a pensar em ir buscar um copo d'água e jogar em você para ver se funcionava — replicou risonho. Taehyung riu baixinho. 

— Desculpe ter incomodado — disse, mas logo foi impedido de prosseguir com a frase por um par de lábios cheinhos contra os seus. 

— Não foi sua culpa. E, para falar a verdade, relembrar isso é até engraçado — admitiu, fazendo com que ambos sorrissem. 

Um silêncio confortável se instaurou entre os dois. Taehyung levou uma das mãos até a nuca do Jeon, acariciando os fios curtos com cuidado pouco antes de puxar o garoto para um beijo superficial. 

Sentia-se um tanto desconfortável em realizar um beijo mais intenso sendo que não havia escovado os dentes ainda.

Os garotos trocaram selares longos, outrora curtos, além de carícias intercaladas pelo corpo de ambos. Ainda estavam sem as roupas mas não tinham receio de se aproximarem — não depois de tudo que já havia sido feito entre as paredes daquele mesmo quarto.

 


Notas Finais


Obrigada por ler!!
Sim, o capítulo era para trollar vocês mesmo ksksksks (desculpa ;-;)
E, confesso que andei meio sem inspiração pra escrever Poker, então como pedido de desculpas pelo atraso escrevi algo que eu estava inspirava para escrever, e virou um pwp kookV :3 taí o link:
https://spiritfanfics.com/historia/my-private-policeman-7868246
(Jungkook de policial bem dominante e Taehyung usando calcinha de renda e.e adoro ksksks)


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