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História Poker - Mudanças


Escrita por: Laraa777

Notas do Autor


Annyeong!! ^-^
Olha quem apareceu "do nada" *---* ksks
Demorei porque estou revisando a fic. Queria dar uma ajeitada nela antes de postar o próximo capítulo, mas isso acabou me atrasando ;-;
Neste fim de semana vou estar ocupada, então resolvi postar hoje para não adiar mais *-* vou responder os comentários assim que possível ;-; me sinto mal quando demoro muito para respondê-los, mas logo vou tratar de resolver isso :3
Ah, e, antes que eu me esqueça: o nome da mãe do Tae é Kim Taeyeon ^-^ eu meio que tentei inventar um nome parecido com o do Tae, mas quando joguei ele no Google descobri que esse é o nome da líder do Girls Generation, então fica a critério de vocês imaginar a aparência da mãe do Tae como sendo ou não parecida com a verdadeira Taeyeon :3
Boa leitura!! ^-^

Capítulo 41 - Mudanças


Fanfic / Fanfiction Poker - Mudanças

 

Taehyung despertou aos poucos. As pálpebras pesavam sobre seus olhos e ele sentia o corpo parcialmente entorpecido pelo sono. Seus músculos estavam relaxados e ele ainda deleitava-se com a sensação de tranquilidade provinda dos braços fortes de Jungkook — estes que lhe envolviam a cintura carinhosamente, de modo a fazê-lo sentir-se acolhido.

Jungkook o observava em silêncio, com os lábios curvados em um sorriso sonolento. Parte do corpo de Taehyung repousava sobre o seu; ambos gostavam da sensação que aquilo os trazia.

Para Jungkook, o piscar preguiçoso dos olhos de traços asiáticos do Kim era adorável.

O moreno acordara havia alguns minutos, mas perdera a noção do tempo ao olhar para o lado e deparar-se com a face adormecida de Taehyung.

Seu hyung tinha os olhos fechados, a respiração calma e o cabelo bagunçado. A pele lisinha e os cílios — não tão — curtos possibilitavam a Jungkook, compará-lo a um boneco de porcelana.

Será que o mais velho sabia o quanto era bonito? 

Sem sombra de dúvida, Jungkook havia pegado gosto em acordar ao lado do Kim — e vice versa.

O Jeon desferiu um leve selar na testa de Taehyung, sentindo-o agarrar-se mais a seu corpo por debaixo das cobertas.

Taehyung era manhoso — Jungkook constatara. Não que isso o incomodasse, de jeito nenhum. Se pudessem, decerto passariam o dia da forma que estavam; nus, abraçados e trocando carícias por debaixo das cobertas.

— Guk — chamou Taehyung, afrouxando o abraço. — Que horas são?

O moreno esticou o braço até a cômoda ao lado, pegando seu celular.

— São quase uma e meia — replicou, espreguiçando-se.

A ideia de almoçarem ao meio-dia realmente não estava mais em questão. 

— Tenho que ir ver como minha mãe está — disse Taehyung, baixinho, suspirando com pesar.

O mais velho escorregou a palma de uma das mãos pela pele quentinha do peitoral do Jeon. O ambiente permaneceu em silêncio por instantes.

— Certo. Vou terminar o almoço. Acha que vai demorar muito para voltar? — Perguntou Jungkook. Suas mãos percorreram as costas desnudas de Taehyung em um carinho reconfortante.

— Não. Volto logo — respondeu, afundando o rosto na curva do pescoço de outrem.

Seguidamente, desfizeram o abraço, afastando-se. O mais velho repuxou os lábios; era tão bom ficar na companhia do Jeon. Ele realmente não queria precisar ir. Taehyung permaneceu por alguns instantes sentado na beirada da cama, imóvel.

— No que está pensando? — Perguntou Jungkook, sentando-se ao seu lado.

O mais velho riu.

— Que eu vou ter que andar pelado até a cozinha — Jungkook (inevitavelmente) começou a rir. — Não ria! Minhas roupas ficaram lá — replicou, mas não pôde evitar rir junto do outro.

— Quer que eu vá buscar?

 Taehyung negou. 

Jungkook empurrou as cobertas para o lado, pondo-se de pé ao lado da cama. Estendeu a mão para Taehyung, que lhe olhou confuso.

— Vamos tomar um banho.

 

~*~ 

 

Após Jungkook informar que limparia a bagunça que haviam deixado na cozinha, Taehyung despediu-se do moreno.

Saira com a sensação das mãos do Jeon passeando por suas costas, espalhando o sabonete. Sentia como se ainda estivessem ali. Ele estava até meio aéreo, mas de um jeito bom.

Após alguns minutos andando, enfim chegara em casa. Não era muito longe de onde Jungkook morava, o que facilitava as coisas.

Logo ao entrar, parou em meio ao trajeto, na metade do curto corredor que ligava os cômodos da casa. Suas sobrancelhas se arquearam e as íris castanhas faiscaram de curiosidade.

Há quanto tempo não entrava em casa e sentia o cheiro de comida sendo preparada?

Caminhou até a cozinha. Encontrara sua mãe parada em frente ao fogão, mexendo em panelas postas sobre as pequenas chamas azuladas.

Quando foi a última vez que a viu cozinhar?

A mulher, ao virar-se, enfim se deu conta da presença do filho. Taehyung pensou que ela o desdenharia como sempre fazia quando ele chegava em casa após passar a noite fora. Mas, para sua surpresa, o olhar dela tornou a se voltar para as panelas.

Taehyung deu de ombros. Decerto ela estava o ignorando.

— Já almoçou? 

Aquela pergunta realmente não era o que ele esperava ouvir. O Kim mais jovem negou, aproximando-se mais.

Mas o que diabos estava acontecendo ali? — Taehyung repensou tal frase pela enésima vez desde que chegara em casa.

Conteve um suspiro. Deveria estar feliz em ver a mãe de pé, cozinhando e cuidando de si mesma. Mas, ironicamente, não era o que sentia. Culpava-se por isso.

— Você parece bem — comentou Taehyung.

A figura feminina arqueou os ombros, indiferente. Taeyeon aproximou-se do filho.

— Você também — replicou.

O rapaz sorriu de lado; "nunca estive melhor" — pensou.

Ele está te esperando voltar? — Taehyung assentiu. — Você deveria ir.

A indiferença na voz de sua mãe o alfinetou. Ela o repugnava tanto a ponto de melhorar quando se distanciavam? 

O Kim mais jovem comprimiu os lábios, assentindo em resposta à pergunta. Voltou-se para o corredor, alisando a camisa em reflexo do nervosismo.

A linha d'água dos olhos de Taehyung se umedecera, mas ele não iria chorar. Não agora. Não ali.

Ela o odiava; já deveria ter se conformado. 

— Taehyung.

O rapaz virou-se novamente de frente para a mãe, aguardando. Viu-a aproximar-se mais.

Os dedos trêmulos e pálidos dela alisaram sua franja, penteando alguns fios castanhos para o lado. Taehyung estava estático.

— Você está mesmo bem? — A mulher tornou a perguntar.

Ela o analisava — Taehyung constatou. Parecia preocupada.

— Estou — insistiu, afinal era verdade. — Tem tomado os remédios? — Ela confirmou em um aceno. — Se precisar de alguma coisa eu...

— Eu sei — murmurou.

Os dígitos dela passaram para seu pescoço, acompanhados de um olhar duvidoso. Taehyung estranhara de início mas, logo, sentiu as bochechas esquentarem. Na noite passada, Jungkook o havia enchido de chupões.

— Taehyung, com quantos você tem...

— Mãe! — Exaltou-se. Seu rosto assumira uma tonalidade avermelhada em questão de segundos. — Um só — replicou, risonho. 

Sua mãe sorriu para si estreitando os olhos, como se questionasse a veracidade das palavras. Kim Taeyeon era imprevisível. O rapaz sorriu em conjunto.

— Ele é boa gente, devia conhecê-lo — citou Taehyung, descontraído.

A mulher caminhou até o fogão, lembrando-se de que deixara as panelas sobre o fogo aceso.

— Ah, eu já o conheço.

Foram necessários meros segundos até que Taehyung lembrasse do dia em que sua mãe o encontrara na cama com Jungkook. Mordeu o lábio inferior; não gostara do modo como ela havia tratado o Jeon. 

Por outro lado, até aquele dia, ela ainda não havia tomado conhecimento dos sentimentos que Taehyung nutria pelo jovem de cabelos e olhos escuros.

A regra era que Taehyung mantivesse seus casos — e consequentemente os sujeitos com quem se relacionava — longe de casa. Sua mãe não havia de querer ter contato com aquele tipo de gente. Não era como se já houvesse encontrado alguém de valor em lugares como os que o filho costumava frequentar.

Como deve ser, para uma mãe, saber o que o filho era capaz de fazer para os sustentar, visto que ela não estava mais apta para qualquer que fosse o trabalho?

Ao mesmo tempo que seu egoísmo lhe dizia que Taehyung era o motivo de seus problemas, a culpa pesava sobre seus ombros cada vez que o filho não retornava para casa na mesma noite em que saía.

Tinha uma noção do que Taehyung fazia para conseguir a quantia exorbitante necessária para bancar seus remédios. Também sabia que o garoto não precisaria se preocupar em arranjar tanto dinheiro se a deixasse definhar.

Se não fosse por ela, o filho poderia levar uma vida comum, longe de lugares e pessoas como as que estivera envolvido.

Não era fácil.

Para a sorte de ambos — já que o silêncio insistente acabara por criar um clima tenso entre os dois —, o celular de Taehyung tocou.

O rapaz sorriu ao ver o nome do respectivo contato brilhando na tela do aparelho.

— Gukkie? 

— Hyung — Taehyung alegrou-se ao ouvir a voz macia do Jeon do outro lado da linha telefônica. — Você está demorando, está tudo bem? Se quiser posso ir te buscar.

— Acho que me distraí um pouco, mas já vou voltar — replicou Taehyung.

— Tae... — a voz do moreno hesitou por um instante. — Você anda passando bastante tempo aqui, e o que temos acabou ficando bem sério, então eu pensei... — ouviu-o suspirar, nervoso. Seja lá o que causava tamanho nervosismo em Jungkook, estava deixando Taehyung ansioso. — Você podia arrumar suas coisas e vir passar um tempo dividindo o apartamento comigo. Que tal? Bom, se você quiser, claro...

Taehyung sorriu de orelha à orelha. Céus! Jungkook estava lhe propondo que morassem juntos?

— Vou precisar de ajuda para levar minhas coisas — respondeu Taehyung, escorando-se ao batente da divisória entre o corredor e a cozinha.

— Passo aí em dez minutos.

Taehyung sorriu com o tom decidido e ao mesmo tempo animado usado por Jungkook.

Despediram-se breves. Taehyung guardou o celular no bolso, sorridente. Estivera tão entretido com a ligação que mal se dera conta de que sua mãe continuava ali, lhe observando.

— Jungkook me convidou para passar uns dias lá — esclareceu. Sabia que se continuassem da forma que estavam, não seriam apenas alguns dias, mas isso era um detalhe à parte. — Você vai ficar bem?

Ela assentiu. Taehyung a observou desligar as bocas do fogão uma a uma. 

Taeyeon aproximou-se do filho. Enquanto andava, cruzara os braços com um suspiro pesaroso.

— Taehyung, você não está mais indo àquele lugar, está?

O garoto negou repetidas vezes. Largara o cassino após ouvir a solução de Jungkook para o problema com o preço dos remédios.

— Jungkook e eu já resolvemos tudo. A empresa em que ele trabalha tem um programa que vai bancar os remédios, e eu estou esperando o fim de semana acabar para procurar um emprego.

Ela assentiu, concentrada. Ao que parece, gostara do que o filho lhe contara. Na verdade, adorara.

— Tenho que ir arrumar as malas com o que vou levar — disse Taehyung, ao lembrar-se de que tinha cerca de dez minutos até a chegada do Jeon (senão menos, visto que este viria de carro lhe buscar).

O rapaz correu até o quarto, procurando por duas malas antigas que sabia estarem guardadas por lá. Foi só questão de tempo até que as encontrasse amarrotadas no fundo do guarda-roupa.

E, após pegar tudo que considerasse útil a ser levado — como escova e pasta de dentes, diversas peças de roupa e alguns pertences pessoais —, sentou-se na beirada da cama, ansioso.

Pela janela do quarto, observava a movimentação quase escassa na rua. Não demorou para que avistasse um carro estacionar próximo de sua casa. 

Taehyung ergueu-se de imediato. Tentou dizer a si mesmo para se acalmar mas, quando dera por si, já estava parado em frente à porta de entrada.

Jungkook caminhava devagar, trazendo nos lábios um sorrisinho arteiro.

Taehyung, ao se ver próximo do Jeon, levou ambas as mãos por sobre os ombros deste. O mais novo pôs as mãos em volta de sua cintura antes de lhe dar um selinho.

Quanto ao conteúdo das malas, o Kim optara por levar o básico — não era como se tivesse muito o que levar. Ainda assim, eram malas pesadas e um tanto quanto grandes, o que o deixava com certo receio em ter de levá-las a pé.

Logo, os pertences de Taehyung já estavam devidamente guardados no porta-malas e os garotos ocupavam os bancos da frente do carro.

Taehyung sentira-se um tanto aflito quando sua mãe apenas despediu-se de modo usual para logo voltar a ignorá-lo. Não que ele esperasse por mais — ele sequer esperava que ela lhe respondesse.

Mas ela havia falado consigo; havia acariciado sua franja; havia até mesmo sorrido sem ser por escárnio. Talvez aquela mudança ajudasse na relação ácida dos dois — ou talvez Taehyung estivesse sonhando longe demais.

De qualquer forma, ele estava começando algo novo. Uma mudança — não só de sua casa para o apartamento do Jeon.

 Iria arranjar um emprego, voltar a fazer amigos (talvez ele e Namjoon pudessem marcar um dia para visitarem um ao outro), seguir bem longe do cassino que lhe trouxera tantos problemas (porém, não podia negar, sentia-se de certa forma grato ao lugar, pois fora lá que conhecera um certo rapaz de cabelos e olhos escuros que lhe fisgara), e talvez até voltasse a estudar.

Jungkook havia lhe feito voltar a sonhar. E Taehyung realizaria tais sonhos ao lado dele. Porque, após tanto jogar, enfim encontrara o Ás que faltava em seu baralho. Finalmente se sentia completo.

 


Notas Finais


Obrigada por ler!! ^-^
Gente, vocês estão sentindo o clima de fanfic acabando? ;-; Então... meio que eu só não coloquei a fic como terminada porque tenho uns capítulos bônus já parcialmente digitados :') mas pois é, Poker chegou ao fim ;-; tá doendo dizer isso ;-; uau, tá doendo muito mesmo dizer isso ;-;
E, nossa, a fic alcançou mais de 600 favoritos... eu não sei como agradecer vocês. Sério, muito obrigada mesmo, vocês realizaram um sonho meu :3 obrigada de verdade, essa fic se tornou muito importante pra mim, não só pela história em si — claro, isso também conta — mas principalmente pelo apoio que eu sinto que recebo de vocês através dela *-*... eu 'to sem palavras, mas muito, muito obrigada por ler. ❤


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