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História Poker - Nostalgia


Escrita por: Laraa777

Notas do Autor


Annyeong!! *-*
Vou responder os comentários do capítulo anterior amanhã ;-; estou exausta, meu dia foi cansativo hoje ;-; mas trouxe o capítulo bônus que eu prometi :3
E, só justificando a demora mesmo eu estando de férias:
- Deu uma trabalheira, mas agora todos os capítulos tem uma fotinha de capa :3 (elas são inspiradas no conteúdo de cada capítulo, então algumas são meio... sensuais e.e kkkk mas não coloquei nada de explícito, relaxem)
- Estou reescrevendo a fanfic e arrumando alguns errinhos. Eu queria reescrever ela inteira antes de postar este, mas são muitos capítulos para refazer então resolvi parar de enrolar e postar logo ksks
- Boa leitura!! ^-^

Capítulo 42 - Nostalgia


Fanfic / Fanfiction Poker - Nostalgia

 

Após voltar das inúmeras entrevistas de emprego que tivera ao longo do dia, Taehyung deixou o corpo despencar sobre o colchão.

Sua mãe estava, à julgar pelo horário, em alguma consulta médica que ele lembrava-se de ter agendado tempos atrás.

Ela estava cuidando bem de si mesma, o que Taehyung considerava ser um grande avanço.

Como não havia motivo algum para voltar para casa, resolveu descansar no apartamento do mais novo. Bom, eles já o dividiam como sendo dos dois, mas Taehyung precisaria de tempo até se acostumar com isso. 

E também, Jungkook logo chegaria do serviço; mais um motivo para Taehyung estar ali, o esperando. O moreno lhe avisara, na noite anterior, que sairia mais cedo do trabalho.

Olhou em volta, sentindo uma sensação de nostalgia o invadir. Lembrava-se de ver aquele quarto pela primeira vez, e, agora, o lugar era tão familiar para si.

Era estranhamente bom relembrar as memórias que construíra junto do Jeon, mesmo com as complicações que enfrentaram até estarem definitivamente em um relacionamento.

Sorriu para as paredes ao recordar uma a uma as tais lembranças. Desde o toque desejoso e outrora possessivo exercido pelas mãos atrevidas do mais novo na primeira noite dos dois, até os deslizares de mãos carinhosos quando amaram-se em sua casa. Naquela noite, a mão de Jungkook não soltara a sua em momento algum durante a relação.

Fora diferente das vezes anteriores; não estavam mais buscando apenas prazer.

Algo havia mudado.

Taehyung só não esperava que aquela metamorfose de sensações confusas se transformasse no carinho imenso que sentia pelo outro atualmente.

Ah, deixando de lado toda a enrolação, Taehyung o amava. Amava tê-lo perto e guardava um medo imensurável de perder o mais novo. Jungkook era tudo que ainda lhe restava, afinal.

Bom, ele ainda tinha a mãe, e a relação dos dois estava se firmando melhor depois da aparição do Jeon. Aliás, tudo lhe parecia melhor após tê-lo conhecido.

A lembrança do dia em que Jungkook o levou para jantar o fez rir. Aquele dia fora repleto de risadas, inclusive.

"— Eu... agradeço por isso. Mas, sinceramente, não faço ideia de como usar metade desses talheres — falou rapidamente e abaixou o olhar, não querendo ver a possível expressão de desapontamento que imaginava adornar o rosto pálido.

Surpreendeu-se porém, com a resposta que recebeu:

— E você acha que eu sei?"

Também fora algo — no mínimo — marcante descobrir sobre o passado nem tão alegre de Jungkook. Sentia-se bem em saber que ele era o único a quem Jungkook contara, por livre e espontânea vontade, tal parte de sua história. Era gratificante pensar que o moreno havia lhe contado algo pelo qual lutara por dezesseis anos para tentar enterrar.

"— Desculpe, acho que falei demais... 

— Não, tudo bem — interviu Taehyung, passando a olhar Jungkook de forma direta. — Eu só não imaginava isso. 

— Todos temos segredos dos quais não gostamos, não? 

[...]

— Então posso crer que sei um segredo seu? — Taehyung lhe dirigiu a frase em um sussurro, como se quisesse aumentar o tom misterioso de sua voz.

— Como os únicos que sabem disso são você e a dona do orfanato onde cresci, sim, isto é meio que um segredo.

Taehyung sorriu, um sorriso de criança, empolgado por saber que descobrira um segredo do garoto à sua frente."

Quando deu por si, já estava em um estado pleno de nostalgia, recordando as lembranças de que mais gostava. Haviam tantas...

“Curvou os lábios em um sorriso discreto. Jungkook era de certa forma divertido, parecia ser uma pessoa legal apesar da personalidade resguardada. A imagem do garoto segurando suas calças, lhe perguntando se precisaria delas o fez rir.

— Idiota — xingou baixinho ao não conseguir mais conter uma risada.

As poucas pessoas à sua volta lançavam-lhe olhares de curiosidade e estranhamento por vê-lo rindo sem algum motivo aparente. Mas Taehyung tinha um motivo.”

“[...] Andou até estar em frente à porta do box. Um grito esganiçado e surpreso se desprendeu de sua garganta quando as mãos do moreno o puxaram para debaixo do chuveiro consigo.

— Jungkook! — Reclamou Taehyung, tentando se soltar, mas o mais novo manteve-se firme na tarefa de lhe segurar.

Taehyung notou o sorriso arteiro nos lábios cheinhos e deixou-se vencer. Tirou apenas o casaco que continha seu celular — por sorte ainda seco — e o pôs em algum canto rente ao chão do banheiro.

Então foi a vez de Jungkook se surpreender, ao passo que os braços de Taehyung o rodearam em um abraço apertado, o qual retribuiu sem jeito. Era um pensamento levemente infantil, mas ele estava feliz apenas por Taehyung estar ali.”

"— Posso te acompanhar até sua casa? — Jungkook largou a frase no ar enquanto seguiam pela calçada. 

— Por que quer fazer isso? — Taehyung se viu na obrigação de perguntar. Queria descobrir se aquilo significava que o Jeon estava quebrando a promessa de serem apenas amigos.

— Porque assim eu terei mais tempo para falar com você. 

— Desde quando gosta de conversar comigo?

— E alguma vez eu demonstrei não gostar?"

"— E-Eu tenho que entrar — murmurou Taehyung, apressado, virando-se prestes a entrar em casa.

— Tae — o mais novo o chamou antes que concluísse a ação.

— Sim?

A chave da casa que tirara recentemente do bolso tremulava em sua mão. 

[...] 

— Amigos podem dar um beijo? Só um..."

“— Tae...

O Jeon sorriu sem jeito. Era a primeira vez que ficava desconcertado diante do mais velho, e Taehyung segurou-se para não surtar e dizer que ele estava inacreditavelmente fofo.

Entretanto, logo o sorriso costumeiro voltou a adornar os lábios rosados e atraentes do mais novo.

Jungkook segurou delicadamente o queixo de Taehyung, deixando seus rostos próximos.

— Você não sabe o quanto eu gosto de você.”

Taehyung corou quando, ocasionalmente, lembrou-se de alguns foras que dera sem perceber no Jeon, como quando o mais novo o ajudara a levar sua mãe às pressas para o hospital.

"— Então, como você disse a ele, somos amigos?

O Kim sorriu, parecendo, por alguns milésimos de segundo, envergonhado.

— Amigos não transam, Jungkook — O moreno deixou uma risada alta escapar.

— Ok, para você nós somos o quê?

— Eu sou só o cara com quem você dormiu.

— Então, de acordo com esse título, não vai interferir em nada o fato de eu querer repetir aquela noite, certo?"

Taehyung riu baixinho ao se dar conta do que estava fazendo. Já havia se passado quinze minutos desde sua chegada e ele ainda estava ali, com o corpo esparramado sobre a cama, sorrindo enquanto encarava uma das paredes. E tal pensamento lhe arremeteu outra lembrança.

"— O que você faz quando não consegue dormir? — A pergunta feita por Jungkook o fez rir minimamente ao pensar na resposta que daria. 

— Fico acordado encarando a parede. 

— Isso é estranho. Normalmente as pessoas encaram o teto. — Taehyung notou o tom brincalhão e sorriu." 

— TaeTae?

Taehyung — literalmente — ergueu-se em um pulo ao ouvir a voz do moreno o chamando.

Lembrar-se de tudo aquilo o deixara com saudades — não que ele já não estivesse.

Sorriu e, travesso como sempre fora, correu pelo corredor até ter um vislumbre de Jungkook tirando o casaco pesado que usava. O outono estava com os dias contados e o inverno já anunciava sua chegada através dos ventos que varriam as ruas da cidade.

— Gukkie! 

O Jeon sorriu ao ter o corpo de Taehyung próximo do seu, lhe envolvendo em um abraço apertado.

Jungkook mal teve tempo de questionar o porquê de tamanha animação, pois Taehyung iniciou um beijo ao qual ele não tinha intenção de recusar.

Acabou que nenhum dos dois queria encerrar o ósculo, fazendo com que se separassem levemente ofegantes.

— Posso me acostumar a ser recebido assim — comentou, e Taehyung riu. — Está tudo bem? — Perguntou Jungkook, estranhando o comportamento do mais velho.

Taehyung costumava gostar de lhe ver chegar em casa, mas estava o achando mais animado que o habitual.

— Sim, eu só... estou feliz. 

Jungkook sorriu, entrelaçando os dedos das mãos atrás da curvatura das costas de Taehyung, fazendo com que seus braços envolvessem a cintura esguia.

— Que bom — respondeu, selando seus lábios aos de outrem. — Como foi hoje?

Taehyung suspirou, apoiando a testa em seu ombro.

— Acho que fui bem. Agora tenho que esperar para ver o resultado — replicou, incerto.

Ele queria — e como queria — um emprego. Todavia, não era como se uma vaga fosse brotar de repente. Não que ele não estivesse à procura de uma.

Além do mais, Jungkook e ele tinham um acordo.

O moreno se oferecera para bancar a faculdade de música que Taehyung dissera, em um dia qualquer, ter vontade de cursar.

O mais velho no entanto, teimoso como sempre fora, recusara-se a aceitar, visto que estaria apenas dando despesas ao Jeon.

Decidiram então que, quando Taehyung conseguisse arranjar um emprego, ajudaria com as contas em geral, enquanto Jungkook ficaria encarregado dos gastos com a faculdade.

— Isso é bom — disse Jungkook, afagando as madeixas (recém-tingidas de um loiro reluzente) de Taehyung. — Tive um dia cheio — comentou junto de um suspiro. — Vou fazer pipoca, você... — sequer precisou terminar a frase, pois Taehyung já assentia, desfazendo-se do abraço. — Certo.

Minutos depois, ambos encontravam-se acomodados em um dos sofás, com um filme aleatório sendo exibido na TV e uma bacia de pipocas quentinhas sobre a mesinha de centro.

Jungkook normalmente trabalhava das uma da tarde até às nove da noite, às vezes até às dez, o que os fazia ter de esperarem pelo fim de semana para passarem um período de tempo significativo juntos.

Não que Taehyung não o esperasse chegar para deitarem-se juntos e prolongarem mais um pouco a noite, por assim dizer.

De súbito, o celular de Jungkook tocou. O dono do aparelho notou se tratar de um número desconhecido por si, mas atendeu.

— Alô? 

Taehyung remexeu-se. Estava deitado entre as pernas do mais novo, com as costas coladas ao peitoral alheio.

— Jeon Jungkook?

— Sim...

— É da delegacia de polícia. Liguei para lhe informar sobre o B.O que você e Kim Taehyung registraram há algumas semanas.

Taehyung comprimiu os lábios, curioso e, ao mesmo tempo, angustiado. Os dois rapazes trocaram olhares.

— Pode falar.

— A princípio, o caso ainda está em aberto e o culpado segue em regime aberto.

Taehyung fechou os olhos, distraindo-se com o calor provindo do contato entre o corpo de Jungkook e o seu. Não queria mais frustrar-se em razão daquele episódio, apesar da lembrança desgostosa ainda o alfinetar.

— Mas, andei analisando a ficha do sujeito... Parece que vocês não foram os primeiros a relatar algo vindo de Jong-Suk. As ocorrências anteriores foram arquivadas por falta de provas ou de testemunhas, mas, juntando todas as queixas que temos, é provável que ele seja levado à julgamento em breve. Eu ligo quando tiver mais detalhes.

Jungkook sorriu, fitando o namorado.

— Certo, obrigado.

Dito isso, a linha telefônica ficou muda. Jungkook desligou o celular, guardando-o no bolso da calça social. 

Taehyung permaneceu em silêncio. Jungkook sentia-o tenso. Embrenhou os dedos nos fios de cabelo loiros, fazendo um cafuné que fez Taehyung arrepiar-se.

— Você nunca me disse como chegou tão rápido para me ajudar naquele dia — comentou Taehyung, distraído.

Jungkook riu soprado.

— Você ligou pra mim, não se lembra?

— Eu tentei ligar, mas não tive tempo de dizer nada — replicou, ao recordar-se de que havia apertado a opção de chamada de emergência (a qual tinha o número de Jungkook como contato), mas, em segundos, aquele homem (que descobrira se chamar Jong-Suk) o agarrara por um dos braços.

— Meu celular estava em cima da cômoda, perto da janela. Achei um pouco estranho quando vi que era você ligando, já que nós estávamos... afastados — Taehyung desferiu um selar na palma da mão de Jungkook, ao lembrar-se de quando decidiu romper o contato com o Jeon. — Quando eu atendi, ouvi uns barulhos estranhos e alguns gritos. Mas, como você estava praticamente em frente ao prédio e eu estava perto da janela, ouvi o mesmo grito vindo lá de fora. Não faz ideia do susto que eu levei ao ver você lá embaixo — disse, risonho. — Acho que nunca desci uma escada tão rápido.

Taehyung sentiu-se feliz ao ouvir o relato. Sabia que o moreno preocupava-se consigo, mas ouvi-lo falar aquilo era bom. Fazia-o se sentir importante.

Sorriu, erguendo-se. Virou-se de frente para Jungkook e em seguida sentou-se sobre as coxas fartas de outrem.

Jungkook arqueou as sobrancelhas. Não esperava que Taehyung tivesse uma reação tão... espontânea. Se bem que, não havia como prever algo se tratando de Taehyung, isso era fato.

— Entendi. Agora, vamos mudar de assunto? — Sibilou Taehyung, ajeitando-se sobre o colo do parceiro.

— Como quiser — replicou Jungkook, sorrindo malicioso.

O mais novo levou as mãos à cintura do Kim, erguendo a blusa deste os poucos. Fazia-o de forma lenta e provocante, conforme afastava as próprias pernas e firmava os calcanhares no estofado claro do sofá.

No momento em que seus rostos se aproximaram, o toque estridente de um dos celulares os interrompeu.

— Desta vez é o meu — falou Taehyung, tirando o aparelho do bolso. — Alô? — Jungkook começou a traçar selares por seu pescoço. — Sim, sou eu... Sim, posso, claro! — O mais novo parou ao notar a animação na voz de seu hyung. — Quarta-feira às oito, certo. Obrigado.

— O que tem quarta-feira às oito? — Perguntou Jungkook com um sorriso arteiro, assim que Taehyung desligou. Achara engraçada a expressão de surpresa do mais velho quando este dissera a tal frase.

— Consegui a vaga no escritório daquela empresa que dei uma entrevista — disse Taehyung, sem saber ao certo como contar a novidade.

Jungkook abriu um sorriso orgulhoso. Para alguém que vivia de jogos em um cassino, o mais velho estava tendo um grande progresso.

— Eu sabia que você iria conseguir — disse, sorrindo bobo.

Podia ser algo simples, mas que os deixara animados.

— Acho que deveríamos comemorar — provocou Taehyung, deslizando as mãos pela camisa social que Jungkook ainda usava desde que chegara do serviço. — Eu já disse que adoro ver você com essa roupa?

Jungkook sorriu, apalpando as coxas do mais velho.

— Para falar a verdade, diz isso toda vez que fazemos amor depois que chego do trabalho.

— "Fazemos amor"? Uou, isso foi muito brega — disse Taehyung, rindo baixinho.

— Eu não... O que eu quis dizer era que... nós... Ah, você entendeu — replicou, desviando o olhar.

Taehyung sorriu de orelha à orelha ao ver a face envergonhada do mais novo. Raramente conseguia deixá-lo constrangido. 

De súbito, pegou Jungkook de surpresa em um beijo, colando seu corpo ao dele. Um beijo calmo, porém quente, como o de quem estava dando início às preliminares da noite.

Jungkook não resistiu ao sentir os lábios de Taehyung passeando por seu pescoço, deixando ali, sobre sua tez pálida, uma trilha de selares mornos.

— Quer fazer amor comigo, Jungkook? — Questionou em um sussurro.

Jungkook permitiu-se sorrir, apertando a cintura do mais velho com gosto. Taehyung retribuía seu olhar com malícia.

Ao que parece, aquela seria mais uma noite que passaria sob os encantos de Taehyung, o rapaz que tinha em mãos seus sentimentos como cartas de um baralho, e ele não se importava de entregá-los de mão aberta ao Kim.

 


Notas Finais


Obrigada por ler!! *-*
Alguém ainda se lembra que eu estava devendo uma explicação sobre como o Jungkook chegou lá para ajudar o Tae? :') Pois é, demorou mas ta aí u.u
Achei que colocar flashbacks com algumas cenas importantes da fic no capítulo final ficaria legal :3
Doeu colocar a fanfic como terminada ;-; e sobre os dois bônus que eu iria escrever: resolvi não cortar o capítulo e juntei ambas as partes neste aqui, então, sim, Poker está oficialmente terminada... eu não sei o que dizer ;-; ksksks
Muito obrigada mesmo por acompanharem a fic, ela conta muito pra mim *-* acho que eu já agradeci tanto vocês nas notas finais dos capítulos anteriores que não sei o que dizer ;-; me sinto sem palavras kkkkk mas eu estou realmente muito feliz, então obrigada, por cada favorito e comentário :3


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