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História Polaroid - Please...


Escrita por: M1zzy

Notas do Autor


Oi, oi! <3
Primeiro, esse capítulo foi inspirado na música Please Don't... do K. Will <3
E, também, indico à vocês lerem o capítulo com Bubble Butt (depois de Photograph) 🌚
Beijos! <3

Capítulo 3 - Please...


Taehyung 

Puta merda! O que eu fiz? 

Tal pensamento corria dentro de mim como se sugasse cada gota vermelha de meu sangue. As cenas anteriores passaram em flashes rápidos, mas Jimin estava no lugar de Hoseok. Em sussurros discretos, eu pedia que ele não me deixasse. E o mesmo respondia que jamais o faria, pois me amava. 

E eu me ouvi gemendo novamente. 

Tarde demais! Senti toques rápidos em meu ombro nu, e, um pouco sonolento, eu abri os olhos. Encarei um Jimin sorrindo falsamente, enquanto mordia o lábio inferior. Fiz o mesmo, apenas por mania (ou algo mais). Ele me disse algo que não entendi e agarrou-me pelo braço. Estendeu-me uma calça de couro colada e uma camiseta branca, juntamente com uma jaqueta de couro. Levantei-me, vestindo-me logo após. E sim, eu pedi para que ele se virasse para não me ver nu. Sua reclamação foi um suspiro cansado e, logo depois, o que me pareceu um gemido, carregado com meu apelido. 

Quando terminei, ChimChim rapidamente arrastou-me pelo corredor de casa, levando-me para a sala. A festa estava cheia, nem parecia ser uma festa de adolescentes comum. 

ㅡ Vamos festejar, TaeTae! ㅡ gritou, pois a música estava alta. Talvez isso não desse certo. Talvez eu estivesse me precipitando. Talvez eu devesse correr. ㅡ Tae! O que houve com você depois de Hoseok? ㅡ pronunciou o nome de Hobi com certa raiva, o que me confundiu. 

ㅡ N-Nada, ChimChim. ㅡ menti, puxando meu braço de seu aperto. Ele ficou uma expressão confusa e eu apenas desci as escadas, tentando espantar alguns pensamentos estranhos de minha mente. Encarei as pessoas à minha volta. E então Bubble Butt, do G-Dragon, começara a tocar. - Mas o que...

Eu não sei exatamente o que se passou pela minha cabeça. Muito menos pela cabeça de Jimin, que voltou a agarrar-me pelo braço, puxando-me para algum canto escuro da sala lotada de pessoas. Indagando mentalmente o que ele dizer, eu apenas confirmei com a cabeça, enquanto ele se afastou de mim alguns centímetros. Para depois, misteriosamente, voltar a colar nossos corpos. Encarei seus olhos, quase fechados, e sua expressão. Orgásmica. 

Eu o sentia pressionar-se contra mim, fazendo-me morder o lábio. Suas mãos agarraram-se em minha jaqueta, enquanto seus movimentos contra mim se intensificaram. Soltei um suspiro preso, mas ele não de satisfazia apenas com isso. Estranhamente, minhas mãos pareceram ganhar vida própria, pois agarraram sua bunda com força, enquanto ChimChim se aproximava do meu pescoço. Seus lábios eram como veludo, e agora estavam em contato contra minha pele, destribuindo selinhos rápidos. 

ㅡ TaeTae... ㅡ  mas que audácia é essa? ㅡ Eu não aguento mais, você precisa ser meu. ㅡ franzi o cenho. Jimin, você está bem? Certamente sim, mas quem não está sou eu. 

ㅡ J-Jimin... ㅡ murmurei, em seu ouvido; e o ouvi revirar os olhos, lançando-me um sorriso logo após. Era malicioso, mostrava sua verdadeira natureza. ㅡ P-Por favor, não. 

ㅡ Aish, Taehyung... ㅡ fez um bico infantil, que eu tive que apertar. ㅡ Certo, certo. Outro dia tentarei de novo, longe de Jungkook.  ㅡ direcionou seu olhar para o meu irmão, mas não o achou. Ele me fitou, sorrindo. Dessa vez, não era malicioso. Tampouco falso. Era apenas um sorriso, verdadeiro e simples, como garotas dão pro seu primeiro amor. 

E então, Blue Jeans, da Lana Del Rey, começou a tocar. Desci meu olhar por Jimin, reparando que ele usava (milagrosamente) um jeans rasgado azul-marinho. Revirei os olhos. Como assim? 

ㅡ Uh... olá, todo mundo! ㅡ a música abaixou em um volume considerável, e um feiche de luz se direcionou para a sala. Todos aquietaram-se, e até mesmo eu parei para encarar o que viria. Estranhamente, algo me dizia que não seria bom, então eu deveria preparar meu coração para o pior. E então meus olhos se arregalaram ao ver Jungkook ali, em cima do sofá (eu vou matá-lo!), segurando firmemente um velho e desgastado microfone de karaokê e com um sorriso realmente alegre formado em seus lábios. ㅡ Eu gostaria de falar algumas coisas. ㅡ lá vem. Cruzei os braços. ㅡ Há cerca de um ano, eu conheci alguém. Foi uma situação engraçada, já que isso ocorreu numa sorveteria. E nós nos tornamos amigos, melhores amigos; e depois namoramos por algum tempo. E agora, depois de um ano, eu percebi que essa pessoa é a pessoa certa para mim. Eu amo o jeito que ele sorri, eu amo o jeito que ele fala, eu o amo. Eu apenas gostaria de amá-lo mais. 

ㅡ Não... ㅡ sussurrei, abaixando o olhar, a espera do que viria. O holofote improvisado (com o celular de Namjoon) direcionou-se para Jimin, que me encarou antes de dar um sorriso tímido. Mordi o lábio, ainda não acreditando. Procurei algo que pudesse me ajudar, mas eu estava apenas solitário naquele canto, com a parede branca como apoio. ㅡ Não pode ser... ㅡ e encarei Jin andando em minha direção. Sorri fraco para ele, que negou com a cabeça. Frustrante; todos sabem que eu não estava bem. 

 ㅡ Não minta para si mesmo. ㅡ cutucou-me Jin, depois sussurrando. Eu assenti, mas neguei em minha mente. Isso não pode estar acontecendo! Eu apenas nego que sinto algo, porque eu realmente não sinto. ChimChim é apenas namorado do meu irmão (futuro marido de Jungkook, e isso é meio estranho), eu simplesmente não posso nutrir nada.

Por favor, não desça do sofá! 

ㅡ E eu quero passar o resto da minha vida com ele. ㅡ Jungkook retirou uma caixa de veludo ébano do bolso da jaqueta, enquanto se aproximava de Jimin. Não estenda! ㅡ Jimin-ah. Você quer o mesmo? Quer se tornar meu para sempre? 

Não aceite! Senti as primeiras lágrimas se formarem em meu rosto, mas as segurei. Elas não poderiam sair; não ali. Não naquela hora. Talvez, quando todos estivessem dormindo. ChimChim é precioso demais para me ver chorar, eu não quero que as coisas dêem errado para os dois. Afinal, parece que Jungkook realmente gosta dele. 

ㅡ E-Eu... ㅡ hesitou. Eu o notei; ele tremia loucamente, como se fizesse aquilo, não por desejo, mas sim por algum tipo de obrigação. Neguei que isso fosse verdade. ㅡ Eu aceito, Kookie. 

Não consegui mais segurar as lágrimas que insistiam em sair de meus olhos, borbulhando contra minhas bochechas, atingindo minha camiseta. E meus joelhos caíram no chão. 

Por favor, não...

 

 

Revirei os olhos mais uma vez enquanto ouvia obrigatoriamente os gritos e gemidos do sexo selvagem entre Jungkook e ChimChim, que acontecia diretamente do lado do meu quarto. Chequei o horário; eu acabara de chegar da faculdade e apenas queria dormir. Eram três e meia de manhã, e os berros apenas se tornavam mais altos. 

Virei o rosto para encarar a minha antiga Polaroid, e sorri ao fazê-lo. Imediatamente, a peguei. Era algo costumeiro ficar acordado até tarde, porque meu sono estava sendo roubado totalmente. Então eu aproveitava para tirar fotos  em um estilo retrô (e depois guardá-las na gaveta do quarto, como se jamais estivessem ali). E preencher suas legendas com frases estranhas. 

Apenas haja como se nada fosse errado. 

Eu preciso de você. 

Amar pode doer às vezes.

Nós fizemos estas memórias para nós mesmos.

Então você pode me guardar no bolso do seu jeans rasgado.

Apenas as palavras sangram dentro destas páginas, apenas me abrace

Eu estou em perigo; estenda sua mão e me salve. 

Dessa vez, não foi diferente. Aproximei-me da janela, tirando uma outra foto. Essa era o céu; estrelado e frio, com uma lua brilhante. Com a caneta, anotei abaixo. Podemos ser jovens para sempre. 

Foi então que tive uma ideia estranha. 

Coloquei todas as pequenas fotografias na cama, e tirei mais uma última foto. Eu gostaria que você estivesse aqui, escrevi no espaço em branco. Então, coloquei todas as fotos dentro de meu bolso da calça jeans e caminhei para fora dos corredores. 

Encarei-os, para que tivesse total certeza que não saberiam que eu fui. Então, quando ambos silenciaram (talvez por pouco tempo, era melhor aproveitar), eu aproveitei a chance para descer as escadas. E eles realmente precisam arrumar essa bagunça. 

Cacei as chaves no bolso da jaqueta que eu ainda usava e destranquei as portas de minha casa com as chaves prateadas. Assim que saí, senti o vento frio me cobrir, mas não me importava. Seria algo rápido. Convicto do que faria, coloquei-me de frente para a caixa de correio na porta da casa de Jimin, esgueirando todas as fotos uma a uma rumo à sua confortável casa.

 E então voltei. E dessa vez, pude dormir tranquilo. 


Notas Finais


Enfim, foi o fim!
Beijos! <3


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