História Polaroid - Call Me Daddy (II)

Levei algum momento para entender o que se passava em minha mente naquele momento. Confusão poderia ser o adjetivo perfeito; e era isso que Jimin era. Eu realmente estava pronto para fazer isso? Entretanto, adivinhe ㅡ Jungkook me impedia. Era a única coisa que se passava por minha insana mente; fazendo-me temer. E se...?

Balancei a cabeça, na (falha) tentativa de abandonar cada uma das maluquices que se instalavam aos poucos no meu pensamento. Mordi o lábio, enquanto avançava, lentamente, pelas escadas da casa de Jimin. Embolada entre meus dedos e o tecido do casaco que eu vestia encontrava-se minha velha e apodrecida e amada Polaroid. Meus olhos deslizaram por cada canto daquela casa pequena, memorizando tudo calmamente, como se eu fosse um Memory Card ambulante. Os quadros pendurados cuidadosamente nas paredes cor de creme, estendiam-se até o corredor. O mesmo também possuía grandes e diversos quadros, os quais me prenderiam a atenção ㅡ se não houvesse algo melhor subindo logo atrás de mim. Sua respiração próxima de meu corpo tornava-me cada vez mais arrepiado. Esse era o poder que Jimin tinha sobre mim. 

Tentando ignorar a corrente elétrica que corria juntamente com meu sangue em uma velocidade inesperada, eu ergui a cabeça para encarar uma porta em questão. Era possível ouvir uma música lenta e calma ecoando pelo cômodo, mesmo com a porta cuidadosamente trancada. 

Eu poderia reconhecer ambas as vozes de longe!

Lambi os lábios, apreensivo. Jimin pareceu se aproximar de meu corpo, entrelaçando seus braços em minha cintura. Ato esse que me fez estremecer, enquanto o mesmo colocava seu nariz na curvatura do meu pescoço. Porra! Como ele consegue me deixar tão louco com poucas coisas? 

A verdade eu sabia; mas não queria admitir. 

ㅡ J-Jimin... ㅡ murmurei, agarrando a maçaneta dourada da porta. Ele sorriu; e seus olhos estreitaram, fazendo-me lançar-lhe um sorriso sincero. ㅡ E-Eu... ㅡ as palavras simplesmente travaram. Não pude dizer mais nada, pois logo Jimin segurava fortemente a chave dourada que se encaixava perfeitamente na fechadura. E então eu fechei os olhos. Não que eu temesse ver o que me aguardava, mas as coisas estavam tomando proporções insanas. Eu jamais me imaginei nessa situação; e por isso meu rosto avermelhou-se. 

Eu apenas abri os olhos quando o cheiro do perfume de Jimin invadiu minhas narinas. Respirei fundo; sua essência era, para mim, a mais perfeita que eu já sentira. A música parecia estar em loop infinito, mas não me importava. 

Mas que porra é essa, Jimin? 

Fitei a cama de casal com os lençóis cuidadosamente alinhados. Eram vermelhos; cor que sempre me atraia por seu significado, ainda mais presentes nos fios de Jimin. Uma fraca luz amarelada iluminava o quarto quase envolvido completamente em escuridão, então deduzi que eram as velas. Mas minha surpresa entrou em ápice quando encontrei minhas fotos ㅡ e mais algumas ㅡ espalhadas pelo lençol carmesim. 

Além das minhas fotos, Jimin permanecia em outras. As fotos que eu, secretamente, tirava dele. As fotos de paisagens noturnas. O seu corpo; tiradas por ele mesmo ㅡ tais mostravam desde seus músculos à seus olhos, detalhadamente. E, por fim, eu; também tiradas por Jimin. Desde meus lábios marcados aos fios do meu cabelo castanho quando o vento os levava. 

Senti-o novamente enterrar-se em meu pescoço, depositando beijos e mordidas cuidadosas por ele inteiro. Mordi o lábio, enquanto Jimin deslizava suas mãos por meu corpo. Deslizando o zíper de meu casaco vermelho para baixo, retirando apressadamente minha camiseta branca. Gotas de suor já saíam de minha testa. Ele sorriu, impressionando-se com minha entrega. 

Mas eu não era assim. 

Aproveitando o ritmo da música, comecei a dançá-la com os quadris. Meus movimentos eram lentos e tímidos, mas se intensificaram depois de alguns minutos. Ouvi o primeiro gemido de Jimin depois de uma série de suspiros, e pude sentir seu membro se aproximar mais. 

ㅡ Porra, Taehyung! ㅡ arranhava-me o abdômen, mordendo meu ombro, enquando eu continuava o estimulando. Entretanto, ele não demorou para me empurrar contra a cama, jogando algumas fotos para longe. Já era tarde demais para voltar no tempo. E, mesmo que eu pudesse fazê-lo, jamais voltaria. Jimin era minha passagem para um mundo inexplicável. Eu queria pausar esse momento, como uma fotografia. ㅡ Você não sabe se comportar, parece que terei que puní-lo. ㅡ puxou minhas madeixas, fazendo-me soltar um gemido arrastado e manhoso, tal como um gato. Ele me calou com um selo de lábios, apenas para introduzir sua língua mais uma vez em minha boca. 

Que saudade desse beijo, que saudade desse corpo. 

Necessitado, cheio de prazer. Desejoso; luxúria impregnando no ar aos poucos. 

Parou o beijo, deixando-me com uma expressão confusa. Então entendi quando ele deslizou sua língua por meu abdômen nu. Sua língua áspera enfim chegou ao cós de minha calça jeans, onde ele retirou-a sem cerimônias. Gemi. Ele fez o mesmo quando viu o quão necessitado eu estava. Meu membro estranhamente quase saltava para fora da cueca box, e ele sorriu quando o fez. 

ㅡ J-Jimin... ㅡ sussurrei, arranhando seu braço. Ele abriu mais ainda o sorriso; e dessa vez tornou-se malicioso, como se me puxasse para ele. ㅡ Vamos nos livrar desse monte de tecido. ㅡ referi-me à sua calça e cueca, que logo retirei rapidamente. Lambi o lábio inferior ao encará-lo. Então, comecei a deslizar meus lábios por todo seu membro. E quando cheguei em sua glande, tratei de colocá-lo em minha boca. Ou, ao menos, tentar. Minha língua brincava com seu membro por inteiro, ás vezes sugando um pouco de seu pré-gozo. Seus suspiros e gemidos carregados com meu nome eram música para mim. 

ㅡ T-Tae... ugh, Tae! ㅡ agarrou-me pelos cabelos mais uma vez. ㅡ E-Eu vou... ㅡ não pôde avisar. Logo, seu líquido saiu e eu tratei de engolí-lo. Nos beijamos novamente; mas, dessa vez, Jimin me puxou para si. Enlacei minhas pernas por seu quadril, e sentei em seu colo. 

ㅡ A-Aish... ㅡ gemi. Ele sorriu maliciosamente, segurando-me pelo quadril, impulsionando-me contra seu membro. Violando-me a entrada apertada. Meus suspiros não eram contidos. Muito menos os gemidos, que saiam arrastados com o nome de Jimin. ㅡ J-Jimin... argh! Jimin!

Enfim, eu me derramei inteiramente em seu peito. Empurrei-o em direção ao já bagunçado lençol vermelho e deslizei minha língua por ele, retirando todo meu líquido. Jimin pediu que eu subisse. O fiz, para receber um selar de lábios carinhoso. Depois, beijou meu pescoço; e então o sugou com força. Eu sabia que ia deixar uma marca roxa, mas não me importei. 

A música enfim acabara. 

ㅡ T-Tae... eu amo você. ㅡ sussurrou em meu ouvido, após terminar de deixar sua marca em mim. Eu sorri abertamente, como uma criança, selando seus lábios. 

ㅡ Eu também, Jimin. Eu te amo. 

Eu te amo, Jimin.