História Poliamor - Capítulo 1

Poliamor (do grego πολύ - poli, que significa muitos ou vários, e do Latim amor, significando amor) é a prática, o desejo, ou a aceitação de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos.

Poliamor em minha visão significa Lee Jooheon e Shin Hoseok ao meu lado em todos os momentos de minha vida, significa ser amado por ambos os lados e amar os dois lados. A primeira coisa que faço em minha rotina é acordar no meio da cama envolvido pelo braço direito de Wonho e pelo braço esquerdo de Joo, sempre foi assim desde o nosso primeiro dia juntos, eu dormia no meio e um de cada lado, se eu reclamava? Obviamente não, eu me sinto amado e protegido dessa forma. 

Daddy & Baby Boy na visão das pessoas é a relação de pai (daddy) e filho homem (baby boy), unidos pelo sangue, pelo nascimento, criação e amor fraternal. Na minha visão é Jooheon e Hoseok mais velhos cuidando do maknae que no caso sou eu, não só cuidando, protegendo, mas também amando de forma sexual e não fraternal. Conceito sexual, que faz com que meus dois companheiros fiquem mais excitados e mais atraídos.

Mas no inicio não era assim, eu não entendia o que era poliamor e muito menos daddy e baby boy, minha visão curta sobre várias formas de amor não me permitia ver o que vejo hoje, em minha mente a dois anos atrás era apenas casais, sejam heteros ou homos, mas nunca mais de duas pessoas no relacionamento, e nunca chamando os hyungs de daddy’s e muito menos ser chamado de baby boy. E também foi uma luta interna aceitar esse tipo de relacionamento que hoje em dia eu prezo tanto, foi difícil aceitar que eu estava gostando de dois enquanto namorava apenas um, foi mais difícil aceitar internamente do que conversar com Jooheon e o ver aceitar livremente Wonho em nossa cama, obviamente sabia naquela época que ambos já haviam se pegado, mas envolveria agora três pessoas e um relacionamento já dava trabalho demais, imagina mais um no ciclo. Tudo isso hoje parece tão idiota quando lembro, que me dá vontade de rir, mas foi bom para meu amadurecimento. 

E se as pessoas se surpreendem ou falam horrores quando sabem de nosso relacionamento? Sim falam bastante, muitas dizem que isso não é amor, é apenas suruba, bagunça, falta de vergonha na cara, tesão, desejo, poligamia, traição, doença, que Deus não aprova, falam várias coisas. Se isso me afeta? Já afetou e muito não nego, hoje em dia não me afeta em nada, tenho quem eu amo ao meu lado, tenho quem me apoia e isso é o que importa. Se eu amo mais um do que o outro? Jamais, todos os dois recebem o mesmo amor, o mesmo carinho, e até mesmo quando brigamos são os dois que recebem a mesma cara feia, o mesmo braço cruzado e ambos vão dormir no sofá, tudo é em torno de igualdade.

Talvez seja confuso para algumas pessoas essa forma de amor, como administrar tudo isso em trio, eu mesmo não sabia como era no inicio, vi muitas vezes um reclamar que o outro passava mais tempo comigo, que o outro recebia mais beijos ou abraços. Com o passar do tempo, vamos conhecendo nossos parceiros, sabendo sobre o seu intimo e assim vamos administrando como conversar, como cuidar e assim a relação vai melhorando e entrando no eixo. Posso até mesmo dizer que sou um expert quando o assunto é poliamor.

Tudo começou quando eu estava entrando na faculdade de música no auge dos meus dezessete anos, desde pequeno já sabia que aquela era minha profissão, não me gabando, mas eu era bom em composição e em linhas de rap, mas era para fraco em dança, ainda assim quis seguir esse caminho. Eu era o maknae da minha turma da faculdade, todos eram mais velhos e eu era o único mais novo, não que a diferença de idade fosse exagerada, questão de um ano no máximo de diferença. Nunca fui de conversar, era sempre mais retraído e só me soltava nas aulas de prática, atraindo logo a atenção primeiramente de Lee Jooheon, ele era dois anos mais velho do que eu e estava no período acima do meu, porém algumas aulas envolvia várias turmas e foi assim que conheci meu Joohoney. Também tinha o dom para o rap e isso acabou nos aproximando muito nas aulas, tínhamos uma interação boa na hora de cantar. 

Ele tinha as covinhas mais fofas de toda a faculdade, seu rosto de menino boboca não fazia jus a sua voz rouca e gostosa de se ouvir, e seu cabelo era tingido de cor vermelho cereja combinando com seus lábios carnudos que semanas depois eu estaria mordendo, chupando e me deliciando com eles. Eu nunca neguei minha sexualidade e não seria diferente na faculdade, eu não saia contando para todo mundo, mas também não negaria se alguém perguntasse e foi o que Joo fez uma vez que lanchávamos de frente a quadra que tinha para divertimento dos alunos, dias antes do mesmo me beijar pela primeira vez, enquanto lanchávamos eu observava descaradamente o rapaz que jogava basquete com outros alunos, ele era forte, rosto expressivo, um sorriso maravilhoso e tinha o cabelo tingido de loiro, minutos depois eu soube que seu nome é Shin Hoseok, estava também no segundo ano da faculdade, mas tinha apenas um ano de diferença em relação a minha idade, era amigo e ex ficante de Jooheon, fomos apresentados de imediato pelo mesmo.

Meses depois quando estávamos em uma festa de faculdade, Wonho estava dançando no meio da pista improvisada, enquanto eu estava sentando no sofá conversando ao pé do ouvido de Joohoney coisas aleatórias, naquela época vínhamos ficando na faculdade, saímos as vezes no meio da semana ou quando ele me convidava para esse tipo de festa. Ri baixo antes de ver Wonho caminhar em nossa direção, o mesmo sentou ao meu lado me deixando no meio entre ele e meu ruivo, arregalei os olhos quando o mesmo puxou Lee e o beijou ficando com os rostos próximos ao meu, se eu senti raiva e ciúmes? Também, mas aquilo estava despertando um sentimento estranho e meu membro já estava doendo dentro da calça apertada, as mãos de ambos apertavam minhas coxas sem pudor algum, sem vergonha alguma de estarem se expondo para todos os convidados ali, mesmo que ninguém estive reparando já que preferiam dançar e beber. Mas eu soube que estava ferrado quando ambos afastaram um pouco, me chamaram de baby boy  antes de me puxarem para uma espécie de beijo triplo, eu estava virando o baby dos meus daddy’s, entrando em um poliamor e não sabia.