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História Police History - E16X1: O Jogo Final


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 16 - E16X1: O Jogo Final


O Sedan partiu em alta velocidade em direção ao Rio East e à ponte que o levaria a Manhattan. As mãos de Camus seguravam firme no volante, enquanto pedia a todos os deuses que chegasse a tempo de evitar uma tragédia. Não poderia de modo algum permitir que sua irmã fosse ferida por aquele louco.

Todos os recentes acontecimentos vieram à sua mente como um raio, enquanto esquivava-se de mensageiros em bicicletas, de outros veículos e de táxis. Por pouco não se chocou com um caminhão ao atravessar de maneira imprudente um cruzamento no sinal vermelho.

Fez uma curva a sessenta e cinco por hora, derrapando no asfalto esponjoso, e pisou no acelerador para trazer o veículo à velocidade alta de antes. Não podia perder tempo. Fez uma curva perigosa ao entrar na Ponte de Manhattan, desviava dos demais carros que buzinavam furiosos com sua imprudência. Ouviu sirenes, alguns patrulheiros já estavam em seu encalço sem saberem que se tratava de um colega, mas ele os ignorou.

 Não teve ideia de quanto tempo dirigia, mas finalmente, descendo como uma bala a Avenida Lexington, ele avistou o prédio de apartamentos luxuosos onde o empresário grego residia. Deixando no asfalto marcas de deslizamento de freada, Camus enfiou o Sedan em uma vaga entre dois carros luxuosos e saltou logo do veículo para dentro do edifício.

Nesse momento, um dos carros de polícia que o perseguiam parou no meio da rua e um jovem policial saltou com a arma em punho.

—Parado! –gritou.

Sem paciência, Camus mostrou logo o distintivo e foi dizendo:

—Detetive da Homicídios, Camus Chevalier! Temos uma situação com refém, talvez haja vítimas. –apontou para o parceiro do policial. –Chamem reforços e me deem cobertura.

Diante da hesitação deles, ordenou em um tom mais duro:

—AGORA!

Diante do comando, os dois policiais fizeram o que foi ordenado e seguiram Camus, diante dos olhares surpresos das pessoas no andar térreo e dos porteiros, até os elevadores.

—Você! –apontando para um dos porteiros, mostrou o distintivo. –Qual é o apartamento do Tassouli?

—C-cobertura. Os dois últimos andares são dele. O que está acontecendo?

—A vida dele pode estar em perigo.

—Ele tem um elevador que leva diretamente para dentro do apartamento. –respondeu o outro, levando os policiais até lá e acionando a chave de segurança para que pudessem subir.

—Temos uma situação delicada com vários reféns, mas não façam nada sem que eu mande, entenderam? –Camus disse autoritário.

—Sim, senhor!

—Não atirem, mesmo que ele me ameace. Se o suspeito morrer, talvez nunca encontremos os outros reféns a tempo de salvá-los!

—Sim, senhor!

Sem dizer mais nada, entrou no elevador e apertou o botão que o levaria até a cobertura, retirando sua Glock do coldre e se preparando para o pior.

—Por favor, meu Deus... que ela esteja bem. –murmurou.

 

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Enquanto isso, Milo dirigia apressado até uma área mais afastada da cidade, onde antigos matadouros e frigoríficos funcionavam até serem fechados graças ao progresso e a grandes empresas alimentícias e sua concorrência feroz. Muitos fecharam as portas há décadas e estavam condenados à demolição, precisando apenas que trâmites legais fossem resolvidos para isso.

O detetive chegou no exato local em que o sinal de celular da irmã havia dado o último sinal.  Desceu do carro e começou a andar pela rua, observando qualquer detalhe relevante. O lugar parecia ser enorme, cheio de prédios abandonados, becos, bocas-de-lobo, vãos de portas e janelas escuras. Perfeitos para esconder reféns!

Já havia passado as coordenadas do local para a Central e logo ali estaria apinhado de policiais procurando por sua irmã e pelo médico sequestrado, mas a movimentação poderia atrair a atenção do sequestrador e ele poderia fazer algo impensado para escapar. Precisava chegar neles antes.

 

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Cora observava atentamente os movimentos de Shura enquanto ele, com habilidade, conseguia abrir a algema com o pedaço de arame que havia encontrado em meio ao lixo. Ela o olhou com surpresa e ele deu um sorriso de lado, algo que a jovem achou bem atraente, antes de falar:

—Nem sempre fui um bom menino. Aprendi um truque ou outro com alguns amigos da adolescência.

—Acaso já andou com gangues ou algo assim?

—Algo assim. –disse pegando no tornozelo de Cora para libertá-la de sua corrente. –Só que sair daqui pode ser outro problema. Nosso sequestrador está armado e não temos nada para nos defender de um confronto caso ele nos veja escapar.

—Então vamos ser rápidos para que ele não perceba até estarmos longe.

Cora disse, ficando de pé assim que se viu livre da corrente e olhando ao redor para ver se tinha algo que pudesse usar como arma para se defender. Acabou pegando um gancho enferrujado esquecido em um canto, o que atraiu o olhar surpreso de Shura.

—Só vou usar isso se for preciso. –respondeu a jovem.

—A questão é: teria coragem de matar alguém, señorita? –Shura pegou o gancho da mão da garota e o segurou firme.

—E você tem?

—Não tenho problemas em fazer o que for preciso para sobrevivermos. –respondeu segurando em seu pulso. –Agora, fique perto de mim.

Em sua sala de observação, alheio à fuga de seus prisioneiros, Misty ligava a todo momento para Deloateffi, mas ela não atendia o celular. O loiro já estava começando a ficar apreensivo e se perguntava se estava tudo bem com sua amada e se os planos estavam correndo como havia planejado.

Foi quando sua atenção voltou-se para a tela do pequeno monitor da câmera de segurança que havia instalado na sala onde seus prisioneiros estavam e levantou-se bruscamente da poltrona que ocupava.

—Não! –olhava desesperado pelos outros monitores, tentando localizar os fugitivos. –Não! Não... não... NÃO!

Os encontrou em um dos corredores que levava a uma sala onde realizavam o processo de desossar os animais abatidos. Pegou sua arma sobre uma mesa e saiu apressado atrás deles. Não podia permitir que escapassem, teria que eliminá-los imediatamente.

Shura e Cora chegaram à enorme sala abandonada, o cheiro nauseante de fezes de ratos mesclado ao de alguma criatura que ali deveria estar morta e apodrecendo revirou o estômago da morena. Ela quase fez menção de dar meia volta, mas Shura apertou sua mão lhe dando coragem para continuar.

—Esse lugar parece um cenário de filme B de terror! –Cora comenta, sentindo uma angústia enorme e medo de não conseguirem sair dali.

—Acho que aquela porta deve levar para fora. –o rapaz apontou para o outro lado da sala. –Assim que chegarmos na rua vamos procurar um telefone público ou alguém e chamar a polícia.

—Olha, uma boa ide...

A porta atrás deles foi escancarada, interrompendo a jovem. Ela olha entre a surpresa e o pavor ao reconhecer o homem loiro que lhe apontava uma arma. De repente, o som de um tiro. Cora grita.

Há alguns metros dali, Milo ouve um disparo. Seus sentidos se apuram, ele sente um calafrio. Outro tiro surge e o detetive Alessandros corre o mais rápido que pode na direção do som.

 

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Manhattan

Camus fez um sinal aos dois policiais que o acompanhavam para lhe dar cobertura assim que a porta do elevador abrisse, os dois concordaram com a cabeça e se posicionaram. Assim que chegaram ao destino e a porta abriu-se, os três entraram pelo hall e viram alguém caído no chão.

O detetive reconheceu o namorado de sua irmã e cauteloso se aproximou dele, verificando que ele tinha um ferimento de uma bala que havia passado de raspão por sua cabeça. Verificou que tinha pulso e respirava. Saga gemeu ao sentir o toque do detetive e entreabriu os olhos, ainda tonto pelo ferimento. Camus fez sinal para que ficasse quieto.

O som de algo se quebrando, seguido da voz de Celeste, que parecia lutar com alguém, chamou a atenção dos três, que o seguiram apressados e com as armas em punho.

Chegaram até a sala de jantar, onde avistaram uma loira de vermelho que arrastava Celeste até a borda de uma janela panorâmica aberta, ameaçando jogá-la do alto da cobertura, mas a ruiva lutava bravamente para impedir sua própria morte.

—PARADO! SOLTA ELA!

Camus grita a ordem de comando, apontando sua Glock para Gustav, que rapidamente coloca Celeste diante de seu corpo, apontando sua própria arma para o pescoço dela.

—Ora... não esperava você aqui. –Deloateffi disse, sorrindo e engatilhando a arma. –Que situação inconveniente. Não previ que me acharia justo agora!

—Gustav, solte-a. –Camus ordenou friamente, tentando ter uma boa visão para atirar nele se fosse necessário.

—C-Camus... –Celeste murmurou, tentando ficar calma.

—Deloateffi, por favor. –ela falou com uma voz suave. –Gustav é um pobre menino que não teria coragem de fazer o que se deve.

—Deloateffi? –Camus logo compreendeu o que acontecia e deu um passo cauteloso para frente. –Onde está Gustav?

—Nem um passo a mais ou terá que recolhê-la com uma pá lá embaixo. São dezenas de andares, lembra?

—Onde está Gustav? –Camus repetiu a pergunta, ignorando a provocação.

—Em algum lugar aqui dentro. Escondido e protegido. Até o certinho do Afrodite acha que ele deve ser poupado disso tudo. –disse com certo desprezo na voz, dando um passo para trás e mantendo a mesma distância que os separava, ficando perigosamente próximo à janela.

—Afrodite? –Camus perguntou, tentando se aproximar novamente. –Pelo visto ele é o mais sensato entre vocês três.

—Sensato? Ele? –Deloateffi estreitou o olhar. –Um idiota, quer dizer! Sempre educado, sempre certinho. Sabe o que ele achava da dor de Gustav? Ele a ignorou! Dizia que foi um acidente, que ninguém tinha culpa, era o destino. Mas eu sabia que havia um culpado nisso tudo! Você! Eu disse isso a Afrodite, mas ele se recusava a me ouvir! Dizia para Gustav erguer a cabeça e engolir o choro, continuar, ignorar! MAS EU NÃO PODIA IGNORAR!

—Camus... –Celeste fechou os olhos, estava apavorada ao perceber que estava rendida por uma pessoa desequilibrada.

—Devia ter ouvido o Afrodite. –Camus comentou, ainda apontando a arma para seu alvo.

—Jamais. Eu disse a Gustav que cuidaria de tudo. Que a justiça seria feita para a nossa Liz.

—Acha mesmo que Liz aprovaria as mortes que causou? –Camus perguntou.

—Liz me entendia. –a loira comentou com um pouco de tristeza na voz. –Ela sabia sobre mim, éramos tão amigas quando crianças... era a sua irmã. Tentaram me calar, tentaram calar Gustav... as malditas drogas que nos faziam tomar. Mas aceitávamos isso porque queríamos fazer parte da vida dela, da nova família de Liz... mas nos tiraram tudo... todos eles mereceram o que houve.

—Ninguém merecia morrer... nem mesmo Liz. –Camus tentava argumentar. -Deloateffi, os crimes que cometeu são graves. Percebe que toda a culpa recairá em Gustav!

—Afrodite falou isso. Ele vive falando nisso... Ele está me perturbando agora mesmo com esse assunto. –Deloateffi riu. –Mas eu prometi que não deixaria Gustav pagar por algo que não fez.

Sons de um gemido atraíram a atenção de todos e Saga entrou na sala, se apoiando na parede apesar de estar tonto pelo ferimento. Olhava furioso para a pessoa que o atacou e mantinha sua namorada refém.

—Ao menos seu namorado riquinho não morreu. –Deloateffi riu. –Deveria ficar feliz, ruiva. O tiro não foi fatal porque ele não deixou. Afrodite não quer mais mortes.

—Se abaixar a arma, soltar minha irmã e me contar onde Anne está, eu prometo que terá toda a assistência de que precisa. –Camus faz um gesto para que Saga ficasse onde estava.

—Conte a ele... –a voz de Deloateffi não parecia mais ter o tom meigo, mas era firme e grave e parecia falar consigo mesma, e para a surpresa de Camus, o tom voltou ao sensual de outrora. –Mesmo se eu contasse, ele não chegaria a tempo –riu. –Não te frustra saber que não pode fazer nada dessa vez, Afrodite?... Então, eu contarei... NÃO! EU O PROÍBO, GUSTAV! Conte a ele, Gustav!

Percebendo a confusão mental que o suspeito vivenciava, Celeste aplicou-lhe uma cotovelada. Como filha e irmã de policiais, ela cresceu aprendendo com ambos a se defender da violência urbana, Deloateffi não esperava por isso e recuou com o golpe doloroso que recebera.

Foi o suficiente para que soltasse sua refém, e quando ela se afasta, aponta a arma contra a ruiva, mas Camus dispara primeiro e alveja a mão de Deloateffi, que cai ao chão segurando-a e vendo o sangue que escorria abundantemente do ferimento.

 —Parado!

Camus se aproxima e Deloateffi começa a rir, um riso nervoso que se torna uma gargalhada.

—Onde está Anne? –Camus perguntou furioso, segurando-a pelo colarinho.

—Não... não vai saber.

—Você e Gustav vão para a prisão pelo resto da vida! –Camus ameaçou.

—Gustav não. Ele não suportaria. –ela fecha os olhos e sorri. Em seguida a face dela fica séria e reabre os olhos, Camus nota que há algo diferente no suspeito agora. –Lamento, detetive. Ela e Gustav não vão aparecer mais.

—Já estou farto dessa loucura! –Camus pressiona o rapaz violentamente contra a parede, mas ele não esboça qualquer reação. –Onde está Anne?

—Eu não sei. –ele respondeu sério. –Só eles sabiam. Deloateffi nunca me contou nada!

—Filho da... –Camus ia dar um soco no suspeito, já no limite, quando outros policiais entraram no apartamento. O detetive suspira pesadamente e o solta. –Leiam seus direitos e levem-no daqui.

—Detetive...

Camus olhou para o rapaz, não vendo traços da loucura de Deloateffi em seu olhar e nem o medo de Gustav, havia algo diferente.

—Ela mentiu sobre o tempo. –ele lhe disse. –Você tem que correr, ou a garota morre.

—Como é?

—Ela nunca teve a intenção de que os encontrasse com vida. –o rapaz dizia. –Eu sei que ela deu ordens para isso. Desculpe.

—Seu desgraçado! –aproximando-se do rapaz, ameaçador. –Estou cansado desses jogos!

—Eu não sou ela, detetive. –ele respondeu sério.

Enquanto os policiais algemavam o suspeito e o retiravam sem que ele oferecesse resistência alguma, o telefone de Camus toca e ele o atende nervoso ao reconhecer o número.

—Fala!

—Eu estava vendo o vídeo onde a moça está presa e tentando descobrir onde ela está, tentando rastrear alguma coisa que me levasse a ela e nada, cara. Aí, eu estava só pensando aqui e Pá! –Mu falava sem parar no telefone. -O aquário que a garota está é de vidro acrílico, deve medir uns três metros quadrados e com uma espessura de ...

—MU! FALA LOGO!

—Eu pesquisei empresas onde eles poderiam ter comprado esse vidro, quem entregava e tal. Vou te mandar o endereço! É de uma fazenda em North Salem.

 —Maldição! É longe demais!

Camus então lembrou das palavras de Deloateffi sobre jamais chegar a tempo para ajudar Anne, depois desligou o celular e gritou para os outros policiais:

—PRECISO DE UM HELICÓPTERO, JÁ!

 

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A água atingia a sua cintura naquele momento. Anne estava em cima da cama, e sabia que isso não iria ajudar em nada. Olhou ao redor, tentando encontrar uma solução, uma saída de sua prisão de vidro... em vão.

 

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Cora estava encolhida em um canto, prendendo a respiração ao observar seu sequestrador passar por ela sem perceber sua presença. Assim que o viu se afastar, ela suspirou aliviada e ouviu o gemido de dor de Shura ao seu lado.

Rapidamente ela se virou e foi examinar o ferimento que ele recebera em seu ombro esquerdo ao ser alvejado pelo estranho que os raptara.

—Deixa eu ver. –ela pediu sussurrando, vendo o ferimento.

—Não é nada. –ele respondeu no mesmo tom de voz baixo.

—Eu decido isso. –ela olhou e suspirou aliviada. –Foi de raspão. Graças à Deus!

—Eu te disse que não era nada.

—Que ideia levar um tiro no meu lugar! –ela falou dando tapas no braço são do médico. –Não devia ter me empurrado!

—Não é da minha natureza deixar que machuquem uma mulher na minha frente. –ele respondeu sorrindo, deixando-a desarmada. –Ainda mais bonita como você.

—Idiota! –Ela ficou corada e estreitou o olhar para o rapaz. –Temos que sair daqui!

—Temos que pegar ele antes. Não vai nos deixar sair vivos daqui. –disse Shura se armando com uma barra de ferro e segurando-a como se fosse uma espada.

—Não sei se reparou, mas ele tem uma arma. Acho que isso não vai ajudar muito! –apontou para a “espada” improvisada dele.

—Não há...

Shura parou de falar e fez sinal para que Cora ficasse quieta ao ouvir sons de passos e alguém que retornava pelo corredor. De repente, o silêncio. Ambos se entreolharam, tentando saber o que estava havendo e Cora fez menção de se levantar, mas Shura pegou em seu pulso fazendo um sinal negativo com a cabeça, então foram surpreendidos pela presença de seu captor, que surgira de repente à sua frente.

—Acharam mesmo que iriam sair daqui? –Misty perguntou, apontando a arma para o casal. –Essa brincadeira já acabou.

—Por que está fazendo isso? –Shura perguntou, se colocando à frente de Cora. –Nunca te fizemos nada!

—Por amor. –ele respondeu, apontando a arma e engatilhando-a.

A reação de Shura foi imediata, ele avança contra Misty com a barra de ferro e o som do estampido da arma é ouvido. Cora fecha os olhos e grita, para abrir em seguida com receio e olhar surpresa que o corpo estendido no chão não era de Shura, e sim de Misty.

—CORA?!

A voz de Milo a tira do torpor e ela sai do esconderijo, vendo o irmão que se aproximava com a arma recém disparada na mão, guardando-a em seguida. Cora se jogou nos braços do irmão, respirando aliviada por vê-lo ali.

—Você demorou! –ela disse em lágrimas.

—Desculpe. –acariciando os cabelos dela, abraçando bem forte.

Shura observa e suspira se encostando numa parede, sentando no chão em seguida.

 

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Manhattan.

Ligações foram feitas e meia hora depois um helicóptero da polícia já havia sido disponibilizado para o detetive Chevalier, que o aguardava no heliporto que ficava no alto do edifício. O suspeito estava sob custódia agora, e a ambulância havia partido a pouco levando Saga até um hospital, sendo acompanhado por sua irmã. Era um problema a menos para pensar agora, e ainda estava preocupado com Milo, pois não havia conseguido falar com ele no celular ainda.

Assim que a aeronave pousou, Camus correu até o piloto e lhe deu as instruções sobre onde ir.

—É uma viagem longa! –avisou o piloto, levantando voo assim que seu passageiro se acomodou.

—Então, seja rápido!

Já haviam saído da área metropolitana quando o piloto conseguiu efetuar uma ligação ao departamento de Camus, a seu pedido.

—Detetive Chevalier, pode falar.

—Capitão?

—Que diabos, Camus! –o capitão vociferou do outro lado. –Avisei a polícia local, estão indo nas coordenadas que passou.

—O que descobriu?

—É uma fazenda ao final da estrada 99. O local pertenceu a família de um tio avô de Lefebvre por décadas, até eles entrarem em falência e o Estado ficar com elas. –o capitão falava pelo celular, andando pelos corredores. –Estava abandonada, ia para leilão.

—Local perfeito para manter Anne presa.

—Ah, falei com seu parceiro. –Dohko deu um suspiro. –Ele encontrou os reféns e o Lefebvre. O desgraçado está morto!

—E os reféns? A irmã dele?

—Estão bem.

—Ótimo! –depois olhou para o piloto. –Quanto tempo?

—Menos de quarenta e cinco minutos para chegarmos, detetive.

 

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A água chegava ao seu queixo, Anne tentava em vão quebrar os vidros com socos, conseguindo apenas machucar suas mãos com o ato. Por fim, ela encosta a cabeça na parede de sua prisão.

—Não vou morrer aqui... não vou...

Ela ergue os braços, tentando segurar nos canos no alto de sua cabeça para ganhar mais algum tempo, mas as mãos escorregam e ela cai na água, voltando em seguida para a superfície buscando ar.

As pessoas assistiam pelo fórum seu desespero. Seu tempo estava acabando.

 

Continua...

Next: Final Season



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