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História Police History - E07X1: Crime e Castigo


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 7 - E07X1: Crime e Castigo


O silêncio era total no carro. Camus dirigia ora prestando atenção nas ruas, ora imaginando como matar o homem sentado ao seu lado, que assobiava uma antiga canção. Pararam em um sinal vermelho e foi logo perguntando:

—Acaso você e minha irmã...

—Ei... Sou um Cavalheiro. Não vou ficar falando essas coisas com você.

—Mas...

—O sinal está verde! -ele apontou para o semáforo e Camus resmungou algo inteligível antes de voltar a dirigir. -Aonde vamos?

—Ao IML. -avisou Camus.

—IML?

—Vamos ver se temos alguma coisa com Bishop. -respondeu.

—Aquilo foi tenso. -Milo suspirou e depois fitou Camus. –Eu não fiz nada demais com sua irmã.

—Hunf. –Camus resmungou.

—Só fiz uma massagem nela. –o outro o fitou com raiva. –Ela estava tensa!

—E isso não é nada demais?

—Seria se eu a tivesse beijado. –declarou, vendo que Camus desviou o olhar. –Não que eu não quisesse, já que...

—Cuidado com suas próximas palavras.

—Sua irmã é linda! Aceite que vai ter muito homem interessado nela!

—Eu posso aceitar isso. Não consigo aceitar que VOCÊ e ela tenham algo.

—Por que não?

—Sua fama o precede. –Milo ergueu a sobrancelha.

—A história do apartamento das velhinhas chegou na Homicídios?

—Sim, senhor!

—Droga. –colocando a mão na testa. –Não é o que tão falando aí!

—Ok... –continuando a dirigir. –Não pegaria a minha irmã?

—Só se ela quisesse. –respondeu sorrindo.

—Nem que ela queira, ok?

—Tá.

—Seja sincero.

—Estou sendo.

—Diga com sinceridade.

—Ok, ok...

—Não pode deixar um cara armado com raiva de você!

—Ok, ok... eu não pegaria sua irmã, mesmo que ela quisesse. Satisfeito?

—Agora estou.

—Cara ciumento... –cruzando os braços. –Pena, nosso filho teria sido lindo!

Camus o fuzilou com o olhar e depois voltou a atenção para a rua.

—Se acertou com a senhorita Raccos. -Camus desconcentra no trânsito, passando um sinal vermelho. –Ei, cuidado! Não quero virar estatística!

—Nos acertamos sim. –pigarreou. –Ela não tem culpa pelo o que houve naquela noite e pretendo protege-la.

—Legal... –Milo olha para Camus, que evitava fita-lo. –VOCÊ A BEIJOU!!!

Camus quase perde o controle do automóvel e desvia por pouco de um táxi, evitando bater em sua traseira.

—Mas que diabos? Não diga besteira!

—Então porque está assim sem graça? Até perdeu o controle do carro! –apontando pro volante.

—Eu não fiz isso! Seria antiético da minha parte beijar uma testemunha ou vítima de um caso! –tentava se explicar. –Não ia me aproveitar de uma situação e...

—Você a beijou? –Milo insistiu.

—Beijei sim.

—Caraca! –Milo passando a mão pelo rosto. –O senhor “Certinho” vacilando assim?

—Eu não sei o que deu em mim!

—Eu sei. Ela é bonita e inteligente!

Camus suspira, concordando com um aceno de cabeça.

—Tem uma bunda bonita também!

—NÃO É PRA OLHAR MAIS PRO TRASEIRO DELA, OUVIU?

—Tá... e o da Celly? –provocando, adorando ver o parceiro perder a compostura.

—O que tem a Celly? –olha pro Milo que sorria. -Eu não falo dos traseiros das suas irmãs, você não fala do traseiro da minha irmã e nem o da Annie!

—Já falamos da senhorita Raccos em primeira pessoa? Tá ficando sério.

—Eu vou te avisar uma coisa. Estou armado e não tenho medo de usar minha taurus, então...

—Tá, eu calo a boca. –colocando as mãos para cima e depois resmunga. –Guarda isso, Dirty Harry!

Algum tempo depois, pararam diante de um grande edifício, que mais parecia um hospital antigo. O movimento de pessoas em busca de notícias de entes queridos falecidos ou desaparecidos poderia assustar aquelas que nunca residiram em uma metrópole, mas para quem viveu sempre em Nova Iorque e trabalha com a morte, era uma madrugada comum. Camus estacionou o carro e juntamente com seu parceiro entraram.

Chegaram até a sala onde Aisha estava acabando de fazer um relatório. A jovem sorriu ao rever os colegas.

—Boa noite, detetives. Já ia deixar isso com vocês na Homicídios.

—Já está indo embora?

—Sim, meu turno terminou. –disse pegando sua jaqueta e uma mochila. –Alguns tem vida pessoal, sabiam?

Camus pega o relatório e começa a ler.

—Vocês tiveram que sair, então não sabem o que a perícia viu no local. –explicava a doutora sendo seguida pelos policiais. –No começo pensei que o assassino havia usado uma serra oscilante para cortar a perna e ossos, mas ele optou por uma lâmina longa e angulada. O que não é ferramenta médica. Mas está tudo aí. Sem sinais de arrombamento ou de lutas na casa.

—A vítima conhecia o assassino e o deixou entrar. –disse Milo.

—Sim, encontramos pegadas nos jardins, tamanho 40, sapatos masculinos. Pelo desenho do solado, vocês vão achar isso interessante, é um Testoni.

—Um o que? –Milo indagou, curioso.

—Um Testoni. –respondeu Camus. –São sapatos caros, feitos sob medida.

—Eu particularmente não sou fã desse calçado. –dizia a médica.  –Mas meu pai gostava. São feitos com pele de jacarés e utilizam fio de linho. Custei fazer meu pai parar de comprá-los, não é nada legal para os jacarés.

—Esses sapatos são caros? Quanto? –Milo continuou a perguntar, seguindo-a pelo saguão até a saída.

—Quase quarenta mil um par. –disse a legista.

—WOW! Está brincando? E seu pai comprava? Você é rica?

—Meu pai é rico. Eu não. –respondeu a moça, seguindo para o metrô. –Até amanhã, detetives!

—O que acha disso, Camus?

—O suspeito tem gosta de filmes de suspense, tem dinheiro, gosta de sapatos caros. –respondeu, fechando a pasta do relatório. –E tem conhecimento médico.

—Não necessariamente. Pode ser um caçador ou açougueiro, a doutora Loirinha gótica disse que ele usou uma lâmina afiada ao invés de uma ferramenta médica.

—Um açougueiro não pode comprar um par de sapatos de quarenta mil dólares.

—Isso não facilita. –vendo Camus pegar o celular e enviar uma mensagem. –O que foi?

—Pedindo pro Shaka verificar uma coisa para mim. Sobre a Liz, precisamente seu passado.

—Se apegando a teoria de que o assassino a conhecia também?

—Assassinos em série não matam de modo aleatório. –explicava Camus. –Eles tem um padrão, até mesmo para matar. Isso lhes dá a sensação de controle e poder sobre as vítimas. As vítimas desse louco tem em comum o fato de que todos estavam no acidente que matou Liz.

—Camus, não me leve a mal, mas a Liz foi a única a morrer naquela noite?

—Sim. –respondeu caminhando até o carro. –O que me leva a crer que é algum tipo de vingança.

—Provavelmente. Mas porque envolver você nessa vingança?

Camus se apoia no veículo e suspira pesadamente antes de responder:

—Brigamos naquela noite. Liz fez algo que não conseguia desculpá-la. Estamos juntos há pouco mais de um ano, e ela ficou grávida. Mas não me contou nada e ela procurou uma clínica e... –fez uma pausa antes de prosseguir. –Ela disse que não era a hora ainda. Eu fiquei magoado, furioso. Ela tomou uma decisão sem conversarmos antes, ela nem sequer me perguntou se eu queria ser pai ou não, apenas se decidiu. Me contou depois de ter passado semanas.

—Sinto muito, cara.

—Estávamos casados. Ela devia ter confiado em mim, daríamos um jeito. Mas acabamos discutindo e saí de casa para espairecer, me acalmar. Ela estava ligando atrás de mim, mensagem atrás de mensagem. Ela estava distraída me ligando quando o acidente aconteceu.

—Ah, cara... não tinha como você adivinhar!

—Não precisava ter terminado assim. Eu... se eu tivesse atendido na primeira vez o telefone, talvez ela...

—Foi uma fatalidade. Não havia como saber! –Milo ponderou. -O nosso Cinéfilo pode ter te culpado também.

—Certamente.

—Vamos à lista de sempre. Pais?

—Liz foi adotada. O pai biológico sumiu no mundo e a mãe alcoólatra perdeu a guarda dela quando tinha três anos. Steven morreu há dois anos, ele era fuzileiro. Sua esposa Joan está numa casa de repouso por causa do Alzheimer há cinco.

—Ex namorado? Algum outro parente?

—É o que estou pedindo ao Shaka. –notou o semblante preocupado do parceiro. -Qual é o problema?

—Não consigo parar de pensar que se eu tivesse sido mais cuidadoso, eu o teria pego e esse homem ainda estaria vivo.

—Pare de pensar assim. –Camus o cortou irritado. -Isso não irá trazê-lo de volta, ou prender o maníaco que fez aquilo. O nosso trabalho é garantir que ele nunca mais faça isso novamente.

—Eu sei. -Milo olhava para o nada. -Preciso de uma carona, pegar meu carro que ficou em frente ao apartamento da sua irmã.

—Aquela lata velha é seu carro?

—É um clássico!

—Que seja. -ele suspirou e perguntou enquanto caminhavam até o carro dele. -O que vai fazer?

—Pra casa dormir. Vou ver minha médica amanhã cedo e trocar meu curativo. -respondeu sorrindo.

—Sua médica?

—Aquela médica gatinha que me atendeu na emergência. -respondeu com um sorriso malicioso.

—Sério?

—Seríssimo!

Camus revira os olhos, pensando em não contrariar.

—Não vá se atrasar para continuarmos o nossos trabalho. –pediu entrando no carro em seguida.

—Sem problemas!

Algum tempo depois, Camus estacionava em frente ao prédio onde residia a irmã, viu as luzes da sala acesas.

—Devem estar tendo aquelas conversas de mulheres. -comentou Milo descendo do carro. -Por que você não sobe e conversa com a garota?

—Do que está falando?

—Annie. A que você beijou. -sorrindo como um menino.

—Milo, não devia responder isso a você! O beijo foi um erro que não pretendo repetir. –dizia calmamente.

—Você que sabe! -Milo levanta as mãos como quem se rendia. -Tô indo pra casa. Se precisar me liga.

 

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Na manhã seguinte, no Hospital.

Lara atirou-se na cadeira estofada de sua sala e escondeu o rosto entre as mãos, suspirando. Ainda sentia o corpo moído pelas horas de plantão que fizera na Emergência do Hospital e tinha várias pacientes ainda essa manhã.

Levantou a cabeça, movendo-a para os lados para aliviar a tensão, ia pedir um café bem forte a sua recepcionista antes de começar a trabalhar. Então a mesma apareceu na porta cm um sorriso divertido nos lábios.

—O que é Melissa?

—Dá pra senhorita atender, doutora Lewis?

—Não dá tempo de um café? -ela gemeu. -Acaso ela está em trabalho de parto?

—Bem... não é exatamente uma mulher grávida. -Melissa deu uma risadinha maliciosa. -Embora ele jure que é seu paciente.

—Ele? -Lara franziu a testa e, antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Milo Alessandro afastou a recepcionista gentilmente e invadiu o consultório.

—Você se importa em me atender? -perguntou com um sorriso irresistível dirigido a ela. -Acho que está na hora de trocar o curativo em minha cabeça e... por que tem tantas mulheres grávidas aqui?

—Por que aqui é meu consultório e eu sou ginecologista e obstreta.-Não conseguiu segurar o riso diante da expressão surpresa dele, apesar de não querer aparentar isso.

—Que médica é você afinal que ri da cara de seus pacientes? -ele comentou encarando-a. -Por que não me disse que era ginecologista?

—Eu era apenas uma plantonista quando você chegou. Minha especialidade não interfere em meu trabalho na sala de emergência. Senta aí. -ela indicou a mesa onde ela normalmente examinaria sua pacientes. -Vou trocar o curativo.

Ela foi a pia, desinfetou as mãos e começou a examinar o curativo antes de retirá-lo.

—Sente dor de cabeça ou tonturas? Disse para procurar um neuro.

—Não. -respondeu. -Eu te pego as oito no sábado?

—O que disse detetive? -tentou ignorar a cantada direta dele, enquanto limpava o ferimento.

—Me chame de Milo. -ele pediu.

Lara o olhou pouco à vontade e tentou disfarçar seu embaraço, procurando antisséptico e gaze dentro de um armário. Concentrou-se na tarefa, evitando o encontro daqueles olhos azuis, brilhante e inquisidores, rezando para que ele não percebesse que esse mesmo olhar a perturbava.

—Pronto! -ela falou terminando de fazer o curativo e se afastando de Milo.

—Ótimo. -ele desceu da mesa e se aproximou dela. -Então, sábado as oito pego você em sua casa?

—O que?

—Sábado. -ele repetiu. -Você, eu, e um jantar. Gosta de comida grega? Que tal? Ou prefere italiana?

—Eu não disse que aceitava.

—E não disse que recusava. -ele voltou a sorrir.

—Eu não acho que seja uma boa ideia, sr. Alessandros.

—Milo.

—Sr. Alessandros. -ela apanhou os objetos que usou para fazer o curativo e colocar em seus devidos lugares, tentando manter o autocontrole. -Sou sua médica.

—Minha ginecologista. -ele riu. -E com certeza a médica mais bonita de Nova Iorque. Podemos jantar?

—Sr...

—Milo.

—Milo. -ela suspirou. -Estou com uma sala cheia de pacientes me esperando. Preciso realmente trabalhar.

—Então, aceita meu convite? -ele insistiu.

—Se eu aceitar, vai embora agora e me deixar trabalhar?

—Sim.

—Está bem. -ela finalmente cedeu.

—Ótimo. Tenho o seu endereço, passo as oito.

—Como você pode ter meu endereço? -o fato dele ter descoberto seu endereço intrigou-a.

—Sua assistente. A loirinha alegre me deu. -ele tocou em seu rosto antes de sair. -Te vejo sábado.

Lara sentou-se novamente, em um banquinho. Milo afinal conseguira fazer com que ela aceitasse o convite. O modo como ele a olhava, o som de sua voz, a sensação do toque daquela mão em seu rosto, tudo isso a intrigava. Será que fez bem em aceitar o convite para jantar?

Milo saiu todo satisfeito do consultório, quando recebeu uma ligação do seu celular.

—Sim.

—Alessandros, aqui é o Aiolia!

—Fala. Por que tá me ligando?

—Não consigo falar com o Camus, busca ele e traga pra Central agora!

—Que foi? -Milo já estava preocupado pelo tom de voz dele.

—Camus está com problemas. O Capitão e a promotora estão procurando-o. Vem!

 

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Annie acordou um pouco mais tarde do que o costume, sentiu o cheiro gostoso de café sendo feito e vestiu o robe, lavou-se rapidamente e foi até a cozinha. Com surpresa, viu que não era Celeste a fazer o café e sim Camus.

—Bom dia. -ela falou sem jeito.

—Bom dia. -ele também parecia meio sem graça. -Vim ver como você estava e minha irmã saiu. Café?

—Obrigada... madrugou? -ela se senta num banco do balcão que separava a cozinha da sala de jantar e aceita a caneca que Camus lhe oferecia.

—Dormi pouco. O assunto não é muito agradável, mas preciso lhe fazer perguntas, Annie.

—Pode perguntar. -disse-lhe dando um gole no café.

—Segundo a perícia que esteve nas casas de Bishop e Winslan, não haviam  sinais de arrombamento. Ou seja, eles conheciam a pessoa que os matou, deixaram que ele entrasse. -ele prosseguiu diante do olhar surpreso dela. –Tem certeza de que não reconheceu o homem que te atacou no metrô?

—Eu lhe disse, o rosto estava coberto e a voz... o lenço sobre a boca atrapalhou e não, não consigo lembrar de ninguém! –ela ficou pensativa. –Acha que é alguém que eu conheci?

—Provavelmente. –explicava. –As primeiras vítimas foram envenenadas. Acredito que o exame toxicológico em Bishop vai revelar que ele também estava sob efeitos de algum tipo de droga ou veneno para não reagir ao o que acontecia a ele.

—Sinceramente, nada me ocorre.

—Alguém que goste de caçadas?

—Não.

—Precisarei de nomes de seus médicos. –ela o olhou surpresa. –Temos que limitar a lista de suspeitos. –ele vê o gato, se esfregando em suas pernas. -Até o veterinário do seu gato.

—Bem, tem o doutor Bring, que é meu ginecologista. Doutor Calhahan que é o veterinário do Akenaton. –ela começou a numerar. –O doutor Hernandez que é meu ortopedista e...

—Hernandez? S. Hernandez? –perguntou tirando um cartão do bolso.

—Sim, doutor Shura Hernandez.

—Há quanto tempo o conhece?

—Cinco anos. Fui com indicação de um amigo. –ela explicava. –Há cinco anos quebrei a perna, fui atropelada por uma moto quando saia da faculdade, um bêbado que saiu de uma festa de fraternidade. Ele cuidou de mim e é um excelente médico.

—Esse cartão estava na casa de Bishop. –disse Camus. –Acho que vou marcar uma consulta com seu médico.

—Ajudei?

—Ajudou e muito! –sorrindo, pegando em sua mão.

Annie ficou corada, sentindo a maciez e o calor de sua mão sobre a dela. O detetive logo a retira, parecendo constrangido.

—Maninho! –Celeste o saudou, entrando com uma sacola de comprar. –Fui comprar ingredientes para fazer panquecas. Fica para o café?

—Outro dia. –ele se levanta. –Annie, poderia ficar aqui ainda?

—O tempo que precisar. Mas tenho que trabalhar.

—Fique com ela o tempo todo. –Camus pediu a Annie, saindo. -Lá está sempre cheio de gente e não é bom que fique sozinha.

—Olha eu também tenho que trabalhar. Meus chefes estão me ligando desesperados!

Annie faz menção de se levantar, mas o robe fica preso na cadeira e ela quase perde o equilíbrio, mas Camus a ampara com uma das mãos, fazendo com que fiquem com os rostos bem próximos. A advogada teve a impressão que ele a beijaria de novo e essa perspectiva fez seu coração disparar.

—Querem que eu saia? –Celeste perguntou, deixando ambos constrangidos. –Brincadeira.

Foi quando o celular de Camus começa a tocar e reconhece o número de Milo.

—Tenho que ir. –atendendo ao telefone e saindo pela porta. –Milo? O que foi?

—Vá pro departamento agora, cajun! –disse Milo. –Estou aqui te esperando e não tá boa a coisa.

 

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Chegando ao Departamento de Homicídios, Camus foi logo na sala do Capitão onde estavam seu parceiro, uma jovem mulher de tailler preto, e Aiolia com sua parceira Marin.

—Capitão?

Camus bateu a porta, pedindo permissão para entrar, o Capitão faz um gesto.

—Detetive, creio que conhece nossa Promotora. A senhorita Shina Adamatti. –o capitão foi dizendo.

—Promotora... –Camus a cumprimentou, mas ela o olhava severamente.

—Detetive Chevalier, quer me dizer o que é isso? –ela apontou para um aparelho de TV e liga o DVD onde todos assistem Annie e Camus trocando um beijo longo e apaixonado. –Ela não é a nossa testemunha e quase vítima do Cinéfilo?

—Eu... –pigarreia. –Posso explicar.

—Explique isso também, Chevalier. –disse o capitão apontando para um tipo de dossiê. –Você ocultou que tem recebido ligações e ameaças do nosso assassino, e o pior, tudo isso aponta para a sua falecida esposa e algum tipo de vingança?

—Capitão, eu...

—Detetive, eu conheço sua fama. –disse a promotora com cautela. –Sei que tem uma ficha exemplar e seus serviços à cidade de Nova Iorque foi imprescindível, mas não podemos te manter nesse caso!

—Como assim? –Camus e Milo se alteraram. –Estamos perto do assassino!

—Estamos seguindo uma pista e...

—Estão envolvidos demais! –disse o capitão. –Você passou de investigador para alvo! Não entende?

—Se vazar que estava aos beijos com a senhorita Raccos a imprensa fará um Carnaval disso! –explicava a promotora.

—Vocês dois estão fora do caso! –determinou o Capitão e apontou para Aiolia e Marin. –Petronades e Matsuhara estão no caso agora!

—Capitão! Isso não é justo! –Milo tentou argumentar, mas Camus colocou a mão em seu ombro e balançou a cabeça negativamente.

—Passem tudo o que tem do caso para os dois e tirem o dia de folga. Vão fazer o que sabem fazer. –o capitão fez um gesto, dispensando-os.

Do lado de fora, Aiolia pega as pastas com tudo o que eles tem do caso e evitando olhar para ambos murmurou:

—Sinto muito, Camus. –batendo em seu ombro. –Vamos pegá-los.

—Confio em vocês. –Camus respondeu, vendo-os sair.

—Vai ser assim? Simplesmente o Petronades pega o meu primeiro caso e vai embora? –Milo estava inconformado.

—Vamos. –determinou Camus.

—Onde? Para um bar encher a cara?

—Não. Vamos primeiro falar com o Shaka. –determinou.

—Ouviu o capitão?

—Ouvi. Ele disse: “Vão fazer o que sabem fazer.” –ele pisca para o parceiro que sorri compreendendo, seguindo-o rapidamente.

Ainda não estavam totalmente fora do caso.

 

Continua....



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